GP da Austrália: Get back to where you once belong

Algumas apostas para essa corrida foi para o lixo: uma delas, de que haveria chuva e outra que fosse um tanto bagunçada. A chuva até apareceu, mas não causou nada e mais da metade dos carros que largaram, cruzaram a linha de chegada.
Mas sim, na aposta de que fosse atípica, pelo que deu para sentir, foi mesmo.
Não assisti a corrida, apenas um resumo (problemas técnicos ¬¬'). Mas consegui pegar o espírito dos principais acontecimentos. 
Dois carros da Marussia já com problemas antes da largada e Grosjean punido antes mesmo do começo da mesma, já indicava que as coisas poderiam ficar diferentes.
Vou deixar o melhor - o pódio - para o final. Apesar que meu melhor tenha sido a batida de Kobayashi em Massa. Vou esclarecer porque escrevo "melhor" para algo tão desmedido. Não curto batidas, principalmente quando soam perigosas. Mas ri muito das pessoas xingando o pobre japonês que até mesmo uma semana antes era tratado com entusiasmo: "Koba Mito de volta!!!" A magia toda caiu na hora que ele atingiu o protegido campeão mundial de 2014 (acostumem-se, é assim que chamarei ele em algumas circunstâncias). Em uma reportagem resumo, o jornalista teve a cara de pau de dedicar um parágrafo inteiro a dizer que Massa evitou qualquer acidente, e que Kobayashi não, chamando-o de "barbeiro que atingiu o inocente Massa". Inocente? Bem, antes parece que ele tocou em Räikkönen, e tenho absoluta certeza que esse termo não seria usado para o finlandês. E ao voltar ao assunto, não tem precisão ao dizer que parece que o japonês esqueceu de pisar no freio. 
Parece mesmo e na real, era claro que ele havia perdido o freio. Mas o erro poderia atingir qualquer um e devemos ser pragmáticos: uma hora as coisas dão errado. Parem de lamentar! Foi comprovado que perdeu o freio. Na boa, já viajei em ônibus sem freio ok? Não quase matei o motorista por isso. 
Fora que o campeão de 2014 foi grosso, mal educado e pensou que era pessoal. Sim garoto, o mundo está contra você! ¬¬' Ora cresça, já é um homem velho, e pai. Já deveria ter se tocado que certas coisas não se vomita em microfone.
Assim como não dá para lamentar com os resultados da Ferrari. Era o esperado que fosse realmente resultados meia boca. Largando na frente, obviamente Alonso fez melhor, o quinto lugar dele é exclusivamente dele. Já Räikkönen enfrentou a parada do GP de forma mais fria, como é de seu feitio, porém sua oitava colocação, apesar de morna, era o que tinha para o dia.
Vou lamentar? Deveria, mas depois de algum tempo de F1 e vendo como a Ferrari tem trabalhado nos últimos 5-6 anos, marcar pontos já seria encarado como pódio. Não está bom, mas... Não vou tecer dramas: inocentes, injustiçados... A mídia vai dizer muito, talvez, mas aí, se fosse alguma coisa que realmente valesse a pena, as corridas seriam o de menos importante.

Outra aposta era Mercedes dominando. E assim foi, mas com uma delas apenas. Hamilton abandonou a corrida poucas voltas depois do início com problemas mecânicos. Talvez suas declarações sobre não ser o favorito já tivesse um fundamento. Rosberg mostrou muito mais liderança nessa corrida, que em outro momento qualquer. Com uma largada espetacular, manteve o primeiro lugar tranquilo e com larga vantagem para o segundo colocado.
O segundo colocado sim era uma surpresa: dada a "crise" na Red Bull, não se esperava um pódio da mesma, logo com o segundo piloto da equipe, Ricciardo. Acompanhando Hamilton, Vettel recolheu o carro logo depois do inglês, também com problemas mecânicos. O alemão tetracampeão enfrentará um longo e tenebroso inverno de trabalho na equipe. "Assistiu" dos boxes o triunfo do companheiro, que deu um pequeno ar de ser melhor que Mark Webber em sua primeira corrida com a equipe. Completou então um ciclo, um pódio, o primeiro em terras australianas, ou seja, em casa. Foi quase pressionado pelo terceiro colocado, Kevin Magnussen, mas não houve tempo.
De nada resolveu o pódio. A FIA encontrou irregularidades na inspeção do carro da RBR. Excederam o limite do combustível - e a que ponto isso foi vantagem real para a corrida, ainda não me explicaram; afinal ninguém pareceu viver o drama de ter que economizar combustível.
Assim, o terceiro lugar - e depois da desclassificação de Ricciardo, segundo lugar - estava nas mãos do novato Kevin Magnussen. Excelente estreia do garoto. Seguido por ele, o companheiro Jenson Button que teve estratégias inteligentes e administração consistente de corrida, para chegar ao quarto lugar (e então terceiro). 
Atrás de Button, Alonso, fazendo o que pode para manter uma razoável colocação. E atrás dele, o nome da corrida: Valtteri Bottas. Fez incríveis ultrapassagens, recuperando as posições perdidas pela troca do câmbio, e logo, como todos, passível de erros, excedeu-se ao tentar ultrapassar Alonso, perdeu um pneu dianteiro, mas conseguiu retomar tudo, graças um tempo de Safety Car.
Hulkenberg também esteve por ali, entre os 10, de volta a Force India. Seguido por ele, Kimi, que passou boa parte da corrida lutando para ficar na zona de pontuação, tomou passadas de Bottas e Hulk, mas conseguiu se beneficiar de um erro de Vergne, e finalizar com a oitava (e então sétima) posição.
Completando os 10, Vergne, Kvyat e Pérez - beneficiado pela desclassificação de Ricciardo.
As duas Sauber e as duas Marussia seguram e não marcaram pontos. As Lotus não completaram a corrida, dado problemas mecânicos, assim como Ericsson, da Caterham. Massa e Kobayashi se envolveram n acidente e foram os únicos.

Parece ser uma nova F1. E que as surpresas boas permaneçam. E que as ruins, melhorem. :D


Abraços afáveis!

Comentários

Ron Groo disse…
Foi uma corrida bacana no fim das contas.

Eu fiquei bravo com o japonesbabeiroviadodocaramba não pelo Massa, mas poxa... Acertar uma Williams na largada devia ser crime hediondo.
Manu disse…
Rsrsrsrs, sim, deveria. Mas ele perdeu o freio. Foi uma infeliz situação, mas acontece mais que poderíamos imaginar.

Abs!

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