Temporada 2013 da F1


Enfim, no último domingo completaram-se as 19 temporadas pressupostas no calendário da F1.
Por mais otimista que eu possa ser, foi um ano um pouco normal, tumultuado de surpresas (boas e ruins - dependendo do ponto de vista de cada um) e de intrigas.
De forma hegemônica e antecipada tivemos um novo campeão. Sebastian Vettel é inegavelmente um grande piloto, capaz de estar lado a lado com o grandes nomes da categoria. Digo sim, sem medo de errar que ele chegou onde chegou por grande mérito pessoal. Não há como dizer que, vercer quatro vezes seguidas foi mera sorte. Sua equipe a Red Bull trabalhou bem, muito bem, extrapolando e se tornando praticamente imbatível. Em termos físicos, não há carro, se não tiver piloto. Assim, a suprema equipe chegou em um patamar de 200%, a ponto de nos trazer mais um tetra campeonato de equipe (e piloto). Foi histórico, com os muitos recordes batidos pelo garoto de 26 anos. Graças à um excelente carro que corresponde ao seu talento - um dos mais completos da F1 atual - Vettel escreveu seu nome na história, e por mais "chato", "enfadonho" ou "previsível" que a temporada tenha sido, foi épico.
Presenciamos isso. Já é uma grande vantagem para nós fãs do esporte.
Não me esquecendo de nada relevante para falar sobre o ano, seguimos com seu companheiro de equipe Mark Webber. Após uma pequena intriga na Malásia, segunda etapa da temporada a Red Bull parecia ter um criptonita. Vettel ignorou uma orientação da equipe e ultrapassou Mark Webber que era líder da corrida.  Houve briga e o futuro de Webber era incerto. Até que ele decidiu mais ao fim do ano que se aposentaria no fim da temporada.
A justificativa paira naquele momento, foi apenas uma das razões para a decisão. 
O que acho seguramente digno de respeito é que ele decidiu que era hora de parar. E assim, com a cabeça levantada, mesmo com muitas corridas desastrosas nesse ano, terminou bem em todo. Terminou do jeito certo. 
Inevitável que eu passe direto para o segundo colocado no campeonato. Considerando que Vettel praticamente corria em um campeonato paralelo, Fernando Alonso é o vice com orgulho. Há alguns anos, talvez os dois últimos, a Ferrari já não tem um bom carro. Tudo o que eles conquistaram nos últimos quatro anos, parece desmoralizante se comparado à Red Bull ou à Vettel.
O que se aprende disso é que a equipe não trabalha o suficiente. Na mesquinhez acham que tudo se resolve com o piloto mais completo do grid. O problema é quando se luta para que o carro se encaixe nesse piloto. E se a Ferrari teve nesses últimos quatro anos um salvador, ele caminhou quase todo o trilho sozinho. Esse ano, não mais que diferente.
Felipe Massa pode ser o que for. Mas algumas ações e algumas palavras suas o tornam alguém indigno de comentários. 
Seguramente a McLaren deveria ser o nome mais comentado depois dessas duas equipes, mas não foi assim. Esse ano, tivemos uma grande e apática McLaren. Muito se perdeu com saída de Hamilton, poderia ser. Mas fato é que muito se perdeu contratando um imaturo Sérgio Perez. Ainda por cima, um carro mal nascido completou uma má temporada da equipe, tendo que contar com um light Jenson Button, famoso por ter uma pilotagem suave e não intensa de ajustes e batalhas.
Pérez teve uma chance e perdeu. Agora será substituído por Kevin Magnussen. Não sentiria falta se Pérez não retornasse à F1 ano que vem.

Acompanhando isso, Lewis Hamilton deixou a casa que o fez. Foi para Mercedes, e chegou como herói e salvador. Fez, mais ou menos isso. No fim das contas, ainda errando os boxes no começo da temporada, fez muitas boas classificações. Só terminou em terceiro no campeonato porque o detentor da posição meio que se tornou um cara avesso ao que conhecemos.
Seu companheiro de equipe, Nico Rosberg teve a infelicidade, de ter corridas mais substanciais, mais intensas, porém terminou atrás de Hamilton. Em todo caso, ainda deveria ser mais bem tratado pela equipe alemã que sempre promete arrasar, mas nos anos que passa, sempre fica aquém do esperado.
A Lotus foi um grande nome. Venceram a primeira etapa, e foram os primeiros a atazanar a vida da Red Bull. Por algumas etapas Kimi Räikkönen foi primeiro e segundo no campeonato. Foi recordista, marcando pontos e mais pontos a todas as corridas. Até as coisas fora da pista começarem a pipocar. Boatos surgiam de que Kimi estava saindo da equipe. Seu destino era para sera Red Bull.
Por uma surpresa estranha e também ruim, não era Red Bull e Kimi não dividiria atenção com Vettel, mas sim com Alonso em 2014.
Assim como a potência da equipe, veio à tona a crise na Lotus. O piloto "salvador" mostrou a todos sua falta de pagamento. Com esse, a equipe mandou ver na falta de respeito, por puro recalque. 
Ignorados, chutados e maltratados, a equipe se fez de vítima enquanto Kimi foi sempre Kimi: ignorou e deu de ombros. Se decepcionamos com isso, é porque realmente somos apenas fãs e não advogados. 
Terminou o campeonato em quarto, não correndo duas das últimas corridas, Austen e Interlagos, devido uma cirurgia e recuperação das costas. Ano que vem é companheiro de Alonso em um dos ambientes mais podres da F1, a Ferrari. Quer queiramos ou não.
Dela, tiveram Romain Grosjean, bem diferente do ano passado, quase nunca causando problemas tensos. Subitamente se tornou um grande líder, quando a relação da equipe azedou com Räikkönen. Na realidade, sempre foi um protegido. Terminou a temporada em sétimo, relativamente bem. Mas a última corrida foi meio que um reflexo de si mesmo.

Das equipes médias, tivemos poucos impasses.  Tivemos Paul di Resta e Adrian Sutil na Force India. Nada chamativo. Apenas Sutil não é mais líder da equipe, um tempo parado no caso dele fez muita diferença. Enquanto um terminou o campeonato em 48 ponto, Sutil terminou com 29. Rendimento baixo para o tal rápido Sutil.
Na Sauber as coisas pareciam mais promissoras, se não fosse pela tal falta de investimento. Hulkenberg que havia trocado a Force India pela Sauber, acabou quase na mesmo, um ponto atrás de Di Resta. Um bom piloto o garoto. Futuro ainda incerto, merecia carro melhor, para sabermos se é bom mesmo.
E apesar de muito rancor com Esteban Gutierrez, seu companheiro, não achei ele assim tão desastroso.
Em termos de coisas mais ou menos, cabe falar da Toro Rosso. Nem Jean Eric Vergne, nem Daniel Ricciardo, surpreenderam. Talvez só que a Red Bull tenha vetado de vez Kimi e decidido para quê teriam uma equipe subsidiária: se Webber ia se aposentar, pegaram Ricciardo para substituí-lo.
A Williams se mostrou mais fraca ainda que ano passado, porém teve uma revelação: uma constância e boa administração de Valtteri Bottas, ainda incógnita para mim. Foi melhor em boa parte do tempo que Pastor Maldonado, que também estaria de saída, agora confirmado que será substituído por Massa. Maldonado, poderia ser aquele que ocuparia o lugar de Kimi na Lotus, o que mostrou-me duas coisas meio absurdas e arriscadas: juntar Grosjean e Maldonado em uma só equipe, e colocar Massa como líder de um equipe gente boa como a Williams.

Por fim, as nanicas: o que dizer delas se não o maior bullying da F1? Quatro pilotos, quatro carros, duas equipes ruins com força. Disputando quem é o melhor dos piores? Sério, isso é triste.

O melhor da temporada é perceber que se tudo, novamente ficar só nas corridas, é simplesmente mágico. Mas quando envolve homens e dinheiro, e saímos das pistas, é o que tem de pior. Principalmente a tratar daquilo que vem das palavras de um e outro, seja dirigente ou piloto. Isso de fato é sempre o pior de tudo.
Mas fica as boas lembranças de boas corridas, bons pegas, e Vettel fazendo história. Que ano que vem seja legal, apesar da quantidade de mudanças e da imprevisibilidade da temporada.


Ano que vem precisa ser diferente. Se não for - copiando minha amiga Priscylla Queiroz - vou assistir NFL! (rsrsrsrs)

E para vcs? O que foi o melhor e o pior da temporada?

Abraços afáveis!

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