Postagem rápida

Ainda estou por aqui. Esses dias fiquei sem acesso a internet devido a má vontade do técnico que acabou fazendo com que ela não funcionasse por 6 dias. Aparentemente, resolvi o problema.
Peço aos que comentaram no post passado que verifiquem as devidas respostas. Agradeço muito por terem deixado seus recados! ;)

Esta semana o assunto do momento foi a partida do Orkut. Não pude comentar antes, mas agora faço isso para botar atividade por aqui. 
Essa rede social era de fato a maior derrota já vista. Mas tinha umas bizarrices que rendiam no mínimo boas risadas. Quem nunca recebeu emails das pérolas do site? Eu já, e ri muito e perdi lotes grandes do Céu por conta dessas risadas maldosas. Com certeza até eu ajudei, porque era meio viral: bastava você ter uma foto nova e não importava o quão ruim ela tinha ficado, você as publicava mesmo assim com o intuito: "poxa, são novas!" E fora que as Casas Bahia dividia em 500 vezes uma máquina digital, então o pessoal dava um jeito. Na época as benditas nem tinha opção de bateria recarregável, era pilha AA mesmo que não durava absolutamente nada. Sofri em um show em 2006 por conta das fotos embaçadas e com pilha descarregando fácil. Levei 6 pilhas e usei todas em um show (ri-dí-cu-loooo!!)

O site, depois de 10 anos, não está mais na web, e não pude nem salvar as minhas fotos (as bizarras e as não bizarras), porque faz uns dois anos que minha conta foi sumariamente deletada por falta de acesso e por publicação de poucas fotos que indicavam que eu seria na verdade um fake. Tudo porque deixei de publicar fotos pessoais nos últimos anos, embora eu ainda mantivesse o álbum pessoal, com fotos de show e tudo o mais. Vai entender...!
O melhor do meu perfil certamente eram os álbuns de F1, que a cada corrida eu publicava alguma coisa com alguma piadinha. Hoje eu faço esse "zueira never ends" aqui no blog mesmo.
E eu entrei no maldito Facebook antes dele virar essa baderna que ele é hoje: esse informe diário das normalidades do dia-a-dia dos outros, palco para trollagem e corajosos do teclado, gerador de indiretas, brigas e bolhas do ciúme entre casais. Mesmo assim troquei mesmo, de uma rede social para outra, em 2008 ainda, quando ninguém ainda tinha o tal Facebook porque "não sabia usar" e pois o Orkut rendia muitos vírus e scraps em massa brilhando com "bom dias" e afins. Não era sincero, era o recurso que o povo gostava e gastava a nossa paciência.
Tinha também as comunidades épicas que geravam muito contato e amizades. Um pessoal inclusive virou blogueiro ou obteve sucesso hoje, porque começou lá, quando a divulgação era escassa, vídeos não eram tão fáceis. Hoje com os smartphones qualquer um faz um vídeo e já publica no youtube e vira sucesso qualquer coisa, até cantar arrotando. A velocidade agora é muito maior e a quantidade de lixo também. Mas, vamos lá, teve contatos legais via Orkut e ele teve seu significado. Eu particularmente não "cresci" com ele, esse blog não surgiu dele, nem os meus leitores, apenas adquiri alguns contatos legais e alguns eu mantenho ainda. 

Hoje as pessoas falam que depois de 8 anos de governo Lula é difícil encontrar alguém que não use termos como "mim adiciona", "concertesa", "com migo", e que não saiba usar os erres dos verbos no infinitivo (tipo escrever "vou faze", e não "vou fazer") etc. Ledo engano. Creio sim que depois do nosso ex-presidente ficou mais fácil falar e escrever essas coisas como se fossem não só naturais como corretas. Os mais vergonhosos culpam um problema no teclado. Outros, nem percebem o erro mesmo e se brincar ainda esnobam você por ter tentado educadamente corrigir. Mas esse infeliz Orkut já definia a ignorância latente de nossa língua justamente na hora de legendar as fotos, ou mesmo aqueles scraps inteligíveis com erros crassos em texto absurdo sem ponto, nem vírgula. Uma vez escrevi à uma moça (que Deus a tenha, e não deveríamos falar dos mortos, mas... serve de exemplo) que eu tinha visto uma moça idêntica à ela na rua e fui perguntar se ela era afinal, da minha cidade. Ela disse que não e replicou: "que dize que tem uma sosier minha aí?" Nunca mais me dirigi à ela, pois a "sosier" doeu na alma. Sem falar nas gírias, os orkutês da vida... O lance sempre foi: não sabe como escreve, abra outra aba e digite no google e tente encontrar o jeito certo. Ou então, procure aquele infeliz termo que você está familiarizado e pronto. Não dificulte.

O mais legal ainda é que ninguém comentou um fato detonante do Orkut. Eu fiz amizades com alguns finlandeses na minha época de Orkut, e usava inclusive o MSN (também extinto, olha só!) para improvisar o meu inglês com eles e outros estrangeiros. Um desses finlandeses mantenho contato até hoje, falando com ele depois de deixar uma aviso no orkut que eu estaria online no MSN ele começou o assunto sobre as redes sociais. Comentou que era mais comum o pessoal da Europa usar o Myspace ou Facebook, principalmente os finlandeses, que preferiam o Facebook em virtude das mensagens mais rápidas, impessoais e a interação menos exagerada que do Orkut (isso, bem antes do FB ser invadido por brazucas), além do nome ser mais agradável, já que "Orkut" era uma palavra meio estranha em finlandês e não seria facilmente usada para sites assim.
Foi aí que minha curiosidade brotou e perguntei: "porque afinal? o 'orkut' tem algum significado feio em finlandês? tipo um palavrão?" e ele me mandou uma comunidade, da qual explicava em inglês que 'orkut' em finlandês significava "orgasmos múltiplos" (ver aqui um relato de uma palestra em que menciona isso). Ou seja, perguntar se alguém tem orkut na Finlândia causava um certo constrangimento, mesmo que a pessoa já tivesse familiarizada com a rede social.


Um perigo hehehehe...
Adeus Orkut! Contem o que essa rede social trouxe de bom e ruim para vcs ok?

Abraços afáveis à todos e vamos que vamos!

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