Treino Classificatório da Rússia

Desde sexta tivemos o primeiro grande contato com a nova etapa da F1, o GP em solos russos, em Sochi. 


Era para ser um clima de festa, empolgante para a mídia e para as declarações das impressões dos pilotos e de forma exagerada. Exagerada mesmo, pois "um tilkódromo" quase nunca apresenta empolgações substanciais. A não ser aquela fake que se faz para promover o evento. 
Mas tudo foi ofuscado pelo infeliz (e ainda mantenho minha postura de também, injusto) acidente de Jules Bianchi nas últimas voltas do GP do Japão no domingo passado. Uma série de pensamentos surgiram, um montante de perguntas sem respostas convincentes, e poucas notícias boas. No fim, ficamos ou inconformados e emotivos, ou esperançosos e ponderados, e, (em uma pouca quantia, espero!) ou insensíveis e estúpidos.  
Eu, precisamente estou inconformada, emotiva e esperançosa. Inconformada que depois de 20 anos, não esperava esse tipo de angústia. Emotiva, porque me afetou de uma forma que ainda não sei explicar o porque. E esperançosa sim, pois se a dor por essas coisas é real e latente, assim também é a fé. 

Acordei a tempo de ver o treino completo, mas eu tinha algumas coisas para serem arrumadas e optei por ver o idiota fim de treino que a Tv Globo dispõe pra gente.
A pior transmissão já feita até hoje. Uma série de absurdos que por mim, poderia ter deixado para ser conferido na íntegra para quem possui canal fechado. Porque lá, é brincadeira, eles vomitam sem dó no microfone. 
Anunciando para às 8:30 da manhã, o merchan deveria ser feito: uma tonelada de propagandas longas e chatas (para não dizer inúteis - propaganda não me seduz!) e o "treino" começou às 8:45. Por twitter, conferi que o Massa estava fora do Q2, em 18º. "Ok, entendi." Por isso o atraso de 15 minutos  -  o importante já não estava mais "em campo".
Daí foi uma chuva de bizarrices: José Roberto muito empolgado e feliz, enquanto o mínimo que ele deveria estar é ponderado, afinal há um piloto em caso grave no hospital e não tem nada de narração amistosa. Mas, é uma questão de escolha, se fosse brasileiro em caso grave aí era velório mesmo. Mas é um mero francês, então... O fim do Q2 estava rolando e então o tempo todo que restava foi "comido" pela declaração de derrota mal-humorada do Massa. E então: "vamos de novo aos comerciais"... Aquela chatura voltou, todas as propagandas, de novo, na mesma infeliz e decorativa  sequencia. 
O Q3 foi longo: Reginaldo não era ouvido (e mesmo se fosse, não falou nada substancialmente útil), José Roberto continuou só baixando o tom quando via na entrada da largada a frase: "Jules, we are all supporting you" e voltava a soltar aquela voz esganiçada dele. Ainda por cima, riu quando fez uma tradução livre da frase, o que me deu vontade de quebrar o televisor. ¬¬'
E sem o Reginaldo, ele se contentou em falar da programação do dia na tv, depois falar do rapaz que chegou ao país com suspeita de ebola. Ok, isso é informação importante, mas até eu sabia que ia dar negativo e como outro exame deve ser feito, ainda paira o problema, então, ficou deslocado e visivelmente ele estava arrumando um meio fora do contexto, até voltar a ter contato com Reginaldo. Que tal experimentar narrar o que está acontecendo na pista?

Acham que eu exagerei? E os poucos minutos de treino que eles ficaram lamentando que o Bottas estava em terceiro e o Massa poderia estar junto?... E o que foi aquele grito para o Bottas, que de certa forma secou tanto que nos metros finais ele perdeu o controle e a chance de ser pole. De embrulhar o estômago, na boa.
Ah e quando o Reginaldo volta a falar, tem que ser a comparação sempre injustiçando o Rosberg? Qual é o problema do Regi com o loirão da Mercedes? Nossa, é desconfortável! E olha que dessa transmissão ele foi até fofinho com o alemão... ¬¬'
E falar que todos os pilotos amaram a pista? É? Foi? Não sei se "amor" foi usado em alguma declaração, mas assim... achei mais uma bobagem comentada. E um outro comentário também tosco foi a "surpresa" do bom desempenho de Kvyat! Ora, em casa, existe uma vontade e força extra, não há surpresa nenhuma nisso... 
Ah, acabou tudo e sabe o que aconteceu? Nem deu bem a última bandeirada e despediram para aquele tal de super clássico das Américas.
(Sabem, amistoso de verdade, a Argentina jogou com a Alemanha no mês passado. Jogaram absurdos, e sem Messi. Ganharam dos campeões do mundo (tudo bem que estavam bem desfalcados) de 4 x 2.
Mas contra a selecinha, ah, tudo dá-se um jeito... ¬¬')

Em termos pragmáticos, a pista parece ser desafiadora. Bem lisa, ela exige uma concentração para não exagerar. Aparentemente é isso que acontece. Os melhores na pista não parecem se dar bem, muito porque não possuem carros equilibrados, ou a cabeça mesmo está lá com o Bianchi (sim, se eu não paro de pensar nisso, imaginem eles...) Vamos ver se essa pista é legalzinha amanhã mesmo. Mas acho que já dá para entregar logo o prêmio do ano para Hamilton e pararmos de ficar gastando neurônio e força para torcer por emoção e disputa. Perdeu a graça.
O que importa então - o grid de largada de amanhã ficará da seguinte forma:

1º L. Hamilton (Mercedes), 2º N. Rosberg (Mercedes), 3º V. Bottas (Williams), 4º J. Button (McLaren), 5º D. Kvyat (STR), 6º D. Ricciardo (RBR), 7º F. Alonso (Ferrari), 8º K. Räikkönen (Ferrari), 9º J-E Vergne (STR), 10º S. Vettel (RBR), 11º K. Magnussen (McLaren), 12º S. Pérez (Force India), 13º E. Gutierrez (Sauber), 14º A. Sutil (Sauber), 15º R. Grosjean (Lotus), 16º M. Ericsson (Caterham), 17º N. Hulkenberg (Force India), 18º F. Massa (Williams), 19º K. Kobayashi (Caterham), 20º P. Maldonado (Lotus), 21º M. Chilton (Marussia).

A Marussia, em respeito à Bianchi, não colocou um segundo carro na pista (nada mais legal). Magnussen se classificou em sexto, mas perdeu 5 posições por troca de câmbio. Assim como ele, Hulkenberg se classificou em décimo segundo, pelo menos motivo, caiu para 17º. 

Abraços afáveis e desejo a todos um excelente sábado, diversão no domingo esportivo - com F1 e NFL (no meu caso, pelo menos, rsrsrsrs...).  


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