GP do Japão

Demorei um pouco mais a fazer minha coluna da corrida, mas é certo que serei breve.

Não há muito que comentar. Além da chuva, mal podia ver bem o que acontecia na corrida. Largada xoxa com Safety Car e a narração do José Roberto que tem sempre um palpite irrelevante atrás do outro, deixou a situação já muito desanimadora. Fora que a transmissão em si estava pouco reveladora, muito mal filmado - pelo menos eu achei. 

Com tudo ruim, não podíamos sentir a pista de fato e todos os carros estavam na cautela, até mesmo quando o SC se retirou, e como não assisti ao vivo (deixei gravando, afinal ia votar logo cedo no domingo e sou sonolenta por natureza, cortar as noites seria como fazer do meu domingo meio "zumbi"), só fui assistir a corrida depois das 9 da manhã, quando cheguei da votação e sentei tranquila.

Ao perceber que algo de errado estava acontecendo com o interrompimento da corrida e a transmissão da Globo em cima de informações a respeito do Sutil e eu já havia percebido que Bianchi estava fora, achei muito preocupante que tivessem interrompido a corrida faltando ainda algumas voltas. As reações dos pilotos saindo do carro já me deixou em tensão. Os rostos de Rosberg e Hamilton indicavam que algo foi informado a eles que não era digno de comemoração. 

Quando disseram o que de fato tinha acontecido, eu vou dizer pessoal, não faço ideia do que me aconteceu - não sou dessas sentimentais, sou até muito insensível para algumas coisas - mas caí no choro. Minhas irmãs ficaram preocupadas, uma delas tentou me acalmar, mas claro, a outra tinha que fazer sermão do tipo "se for assim, pode parar de ver esse troço agora!" 

Bom, eu não sou disso, mas seguramente me entenderão que esses desaforos são difíceis de engolir. Não é simplesmente "pare de assistir" alguma coisa que gosta. Por todos milhões de defeitos e raivas que passamos com a FIA e a própria F1, tudo que envolve o esporte faz parte do nosso dia-a-dia. Além do mais, sabemos que por mais segura que a categoria seja, esse tipo de coisa está fadada a acontecer, se tiver de acontecer. E digo; só não mandei ela para aquele lugar, porque nem eu não sabia o que estava de fato acontecendo comigo e fiquei muito sentida e me sentindo meio idiota, mas desabei mesmo. Fiquei nervosa, não controlei, e daí? Voltei ao normal e fui para a internet saber as notícias mais explicadas.

Antes mesmo, no meio da corrida, quando Hamilton conseguiu a ultrapassagem sob Rosberg eu desatei a passar algumas partes para frente. Alonso fora, e Kimi com problemas que revelavam novo fracasso na corrida, mais ainda os poucos momentos de ultrapassagens; não arrependi de ter passado para frente, agilizando tudo.

No fim das contas, tudo que podemos acusar agora - que deveria ter colocado Safety Car assim que o Sutil bateu, que deveria ter mais consciência quando a pista está em condições críticas como estava, alguns diziam que estava perigoso (o Massa disse que alertou para o fato...), e etc, agora é irrelevante. Foi imprudência: foi. Mas conhecemos o tanto que são teimosos. Foi um pódio visivelmente desconfortável e mesmo assim, fizeram a cerimônia... Fato é que quando acontece um acidente assim, um monte aparece para dar as explicações e inclusive procurar os culpados. Enfim: O acidente já aconteceu, o mal está feito. Não adianta mais. Se Hamilton vai vencer o campeonato, se a Mercedes já premeditava isso desde o começo, tudo que eu preparei para falar antes, sobre o que penso das próximas etapas, do Vettel, do Alonso (figuras de alvo de comentários do fim de semana),  pouco importa agora. 

É como se a corrida meio que não tivesse acontecido, porque não há clima para falar do campeonato, da danças da cadeiras... Tudo que se pode dizer, pelo menos por agora é que todos torçam pela recuperação de Jules Bianchi. E vai ficar tudo ok. #ForzaJules

Abraços afáveis!