Balanço da Temporada de F1 2020 (parte XII)

Vocês devem ter dado graças aos céus por eu ter disponibilizado textos de gente competente aqui no blog, ano passado. Com eles, tiraram folga do chamado desconforto dos meus desagradáveis comentários sobre a F1 chatíssima que estávamos acompanhando. 

Para a semana do GP em Portugal, convidei o Paulo Alexandre Teixeira, do Continental Circus para contribuir não só com uma, mas duas participações no blog: um texto sobre o circuito em Portimão e outro, com a resenha da corrida. 

Fiz isso também por que estava entusiasmada para "conhecer" Portimão ainda que soubesse que os resultados seriam bem semelhantes aos GPs anteriores. De todo modo, não seria culpa da pista, por isso precisaria contar com alguém melhor do que eu para falar do assunto.  

Sobre o circuito, a postagem do Paulo foi excelente e deixo linkado aqui para que vocês leiam ou releiam: Circuito de Portimão em Portugal.
A resenha da 12ª etapa da temporada 2020, também foi ótima e recomendo (re)lerem: Chapter 12: GP de Portimão.

(Claro que eu tinha que estragar a postagem comentando alguma coisa sobre a corrida, em pontos de opinião - seguramente irrelevantes... Ou não, como diria Caetano)

Foi em Portimão que Lewis Hamilton ultrapassou Michael Schumacher em número de vitórias. Isso foi bem bacana... Para a "fanbase".
E por falar em fãs: Kimi Räikkönen, já o maior em número de largadas, estava, então, dando um show na 324º largada de sua carreira.
Haviam esses pontos de destaque  que depois colocamos nas especificações da corrida.

O infográfico do GP em Portugal:

Está aí a grande ressalva da etapa em Portugal: Logo tão ficamos empolgados com a possibilidade de um circuito bom e diferente (pelo menos para a nova geração), o GP se firmou frustrante como tantos outros, com o mesmo comum resultado: duas Mercedes, liderada por Lewis Hamilton e uma Red Bull com Max Verstappen (desde a classificação). 
Não era culpa do circuito. Era - e é -culpa da atual F1. Insistir nisso faz a categoria deixar de ser um esporte, pois para ser considerada assim, se pressupõem competição e isso não existe nas 3 primeiras colocações em 90% dos GPs nas últimas temporadas.
No entanto, a F1 segue sendo um entretenimento atrativo. Não a toa, a Netflix sacou um seriado (com uma base narrativa ficcional) que contempla até quem acompanha a F1 faz muito tempo. 

- "Assista a série, é muito boa!!", me disseram.
- "Eu assisti a primeira temporada. Inventaram muita coisa... Não gostei muito, por isso não me interessei ainda pela segunda tempor...", respondi e sendo rapidamente interrompida, tive que ouvir:
- "Mas sob o ponto de vista de bastidores é ótimo! Você fica conhecendo os caras!!! Deveria assistir se gosta mesmo de corridas..."

Além de colocar em dúvida meu gosto pelas corridas, eu me senti ajudada a não continuar a conversa. Sempre desconfio de gente que assiste filme baseado em fatos reais e acha que os acontecidos ali retratados foram exatamente daquele jeito. Com certeza se conhece uma pessoa por uma sequencia de imagens editadas para um "TV show". Com certeeeeeeeza...


Vamos aos demais pontuadores além do trio Hamilton, Valtteri Bottas e Verstappen em Portimão:

► Em quarto, Charles Leclerc. Com a mesma posição de largada, contemplava toda a sua preferência pelos dirigentes, de uma vez por todas. Mattia Binotto chegou a indicar, na ocasião, que os carros eram iguais, o que frustrou Sebastian Vettel fortemente e com razão. Era mais uma mentira da equipe e ele, já devia estar de saco cheio. 

► Pierre Gasly em quinto, fazendo o nono tempo na classificação. Seu companheiro, Daniil Kvyat foi o último colocado e daremos os detalhes adiante.

► Em sexto, Carlos Sains Jr., ganhando uma posição em relação à classificação. Seu companheiro Lando Norris, não tinha uma história melhor para contar sobre a corrida.

► Sétimo colocado, Sérgio Pérez. Era o quinto na largada. Lance Stroll começava a decair diante do companheiro...

► Em oitavo, Esteban Ocon, finalmente, na frente de Daniel Ricciardo desde a quinta etapa do ano, o GP de 70º Aniversário! Ocon largou da 11º posição. 

► Ric foi o nono colocado, tendo largado do décimo lugar. 

► Vettel largou do 15º e chegou em 10º.

Não pontuadores:

► 11º - Kimi Räikkönen. Em 15º, Antonio Giovinazzi. Os pilotos da Alfa Romeo largaram das posições 16 e 17, respectivamente. 

► Do P6 da classificação, para o P12 na corrida, o Alex Albon. 

► Em 13º, Lando Norris. Ele havia passado para o Q3, fazendo o oitavo tempo, mas não teve ritmo bom durante a corrida, nem mesmo semelhante à Sainz.

► Em 14º na classificação, George Russell permaneceu em 14º na corrida.

► Giovinnazi no 15º lugar foi seguido por Kevin Magnussen. Sua posição de largada era a 19ª colocação. Atrás dele, o companheiro da Haas: Romain Grosjean fez o 18º tempo, e na corrida foi o 17º.

► No P18, Nicholas Latifi. Largou da última colocação. 

► Em último, Kvyat, em 19º. Ele não havia largado tão mal: fez o décimo terceiro tempo, mas na corrida, perdeu rendimento. 

Abandonos/Acidentes:

► Na volta 18, Stroll tentou uma ultrapassagem sob Norris e acabou colidindo com ele na tentativa. Tomou 5 segundos de punição. Ele havia largado da 12ª colocação, mas retirou o carro da pista com danos no toque, quando ainda faltavam 15 voltas para o fim. 

 O placar número 12 das classificações:


Em relação ao GP anterior, pouca coisa havia mudado. Havia o padrão de alternância ou equiparidade da Haas e da Alfa Romeo, normal e também, beirando o ideal. Havia a grande diferença entre companheiros nos casos da Red Bull, Renault e Williams - antevendo uma questão de habilidades superiores. E situações desfavoráveis nos casos da Ferrari, da Alpha Tauri e da Mercedes, em termos de gerência do segundo piloto - algo que não acontecia nem na Racing Point, nem na McLaren.

Acho que dá para resumir assim, sem entrarmos em grandes polêmicas, concordam?

Especificidades:

Piloto do dia: Sérgio Pérez da Racing Point. 
Foi nesse dia que desisti de "votar" no piloto do dia, de vez. Toda vez que lembrei de entrar no site, alguma coisa acontecia e sempre dava como voto para um piloto que sequer havia clicado. Neste dia apareceu na tela que eu tinha votado no Verstappen. Irrelevante, pois o escolhido foi o Pérez e enfim, não foi nele que votei também. Fica aí para vcs adivinharem quem era e colocarem nos comentários. Valendo um chocolate (imaginário, claro!)

► Novas mudanças na tabela: Ricciardo manteve a quarta colocação, somando até a etapa portuguesa, 80 pontos. Mas Leclerc subiu 3 posições ocupando então, o quinto lugar com 75 pontos depois do GP. Aí sim, poderíamos contar com as oscilações para nos empolgar. 

► Lewis Hamilton ultrapassou Michael Schumacher, com 92 vitórias na carreira e também já estava se preparando para vencer o campeonato, com antecedência, novamente. 
Ao fim do GP português, o heptacampeão abriu 77 pontos sob o Valtteri Bottas.
"Fórmula Hamilton" concluída com sucesso!

Ah, não tinha acabado? 

Faltavam ainda 5 etapas? 

O que estavam esperando para dar o troféu final para ele? 

Talvez esperassem que a gente se cansasse antes. Eu já estava quase entregando os pontos. Certamente, fui a única que comemorou quando a temporada acabou...

Combinamos nos encontrar na segunda por aqui com mais um "balanço"? Até, então!

Abraços afáveis!

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