Balanço da Temporada da F1 2020 (parte XIII)

O terceiro GP em território italiano do ano, marcou-se como um retorno à Ímola. A última vez que o circuito tinha recebido a F1 foi no GP de San Marino em 2006. 
O GP - com o nome de Emilia-Romagna - também chegou com ares de desprezo por parte do heptacampeão mundial, Lewis Hamilton. Não, não tinha nada a ver com a história do circuito e o ano de 1994. Era um pouco mais simples que isso. 
Após não conseguir a pole, Lewis projetou que a corrida seria chata. 
E ele estava certo; foi chata.
Pelos motivos que ele estava projetando? Não.
Por conta dele? Sim. Mais uma vez ele vencia sem fazer o mínimo do esforço e a equipe, com mais uma dobradinha - a quinta - do ano. 
Foi por isso que o GP de Portugal também não foi o supra-sumo. 

Obviamente, eu não bati palma para esse GP nem para quem cravava que em 2020 Lewis experimentaria dificuldades. Eu já sabia que ele seria hepta com antecedência. Isso já era uma questão de dias, já que a Mercedes consagrou-se era hepta no GP 13, faltando ainda 4 etapas para o fim da temporada. A expectativa era que não mudasse muita coisa nesse sentido, para 2021, inclusive, e ficaríamos só na saudade.
Reclamei - claro! - da mesmice, na postagem, e também do pessoal analisando até im possível aposentadoria do Lewis. Ideias e análises bestas semelhantes ou até falsas, brotavam aos montes. Seria ingenuidade ou burrice?

Para se ter uma ideia, estamos aí acompanhando os testes no Barein e notícias pipocam sobre manhãs e tarde ruins para a equipe do octacampeão. É muita vontade de confiar numa "novidade" para 2021 só pela base dos testes de pré temporada que dá um pouco de pena.
Queiramos ou não, a vida não é esse mar de rosas. É bem possível que todos esses "problemas" enfrentados pela equipe Mercedes sejam propositais para testarem as adversidades, no afã de não serem pegos de "surpresa" durante a temporada. 
Mas sim, dá para dar umas risadas e fingir que o genial Lewis está tendo "reais" dificuldades. A única coisa que dá para ter realmente pena nessa situação prévia será em relação à Valtteri Bottas. Se, de fato, a Mercedes de 2021 não seja essa coca-cola toda, quem sofrerá todas as consequências negativas será o finlandês. 

Ainda é cedo para falar sobre 2021 (haverá um post só para isso), mas em relação à Nikita Mazepin, prevejo que será um longo ano. A implicância com o cara tomou proporções estratosféricas antes mesmo da temporada se iniciar. Não irei defendê-lo pelas suas atitudes (até porque, não tem o que ser defendido), mas que já tomo partido pelo enjoamento que está se tornando todo e qualquer comentário em relação à ele enquanto piloto. O erro de misturarem o público com o privado e condenando ele à pedradas... Bem, só diz muito sobre a confusão que é a mente das pessoas sobre outros. Sem segunda chance e sem tentativa de se redimir, Mazepin já está "endemonizado" e isso é um caminho sem volta, assim como o "endeusamento".

A postagem sobre o 13º GP de 2020, está aqui. Entre um erro de português (e de digitação) e outro (fiquei com preguiça de editar, confesso), eu não comprei nenhuma conversinha barata da "mídia especializada" sobre os acontecimentos em Ímola, dentro e fora da pista.
O infográfico da corrida, a seguir:


Novidade na terceira colocação e, do quarto em diante, ficou assim:

► Daniil Kvyat com a Alpha Tauri, em quarto, foi o P8 na classificação. Pierre Gasly não teria a mesma "sorte"...

► Na Ferrari, mais uma vez contavam com Charles Leclerc para mais pontos. Saindo da sétima colocação no grid e terminando em quinto, exaltava-se o seu trabalho do monegasco como se fosse um "milagreiro". A questão era que, a Ferrari focava no carro 16, e toda a brecha de melhoria estaria à sua disposição, uma vez que Sebastian Vettel tinha sido dispensado e, por essa razão, não servia - na visão deles - nem para colocar a equipe em uma posição melhor no campeonato. 

*Faço um adendo aqui: Muito se comentou que o que ocorria na Ferrari com Seb não era sabotagem. A equipe não colocaria o campeonato em risco por birrinha com seu segundo piloto. Para estes, era caso de incompetência do alemão, pura e simples. E eu pergunto: porque gastar grana e tempo para melhorar o carro, que é interessando no funcionamento dele, que entende de estratégia, sabendo que esse cara poderia sair dali e levar as informações boas com ele? Além disso, é um gasto extra e para um "dispensado"? Melhor seria investir tudo o que dava em um piloto só - o queridinho - e economizar para o ano seguinte. 
Nisso, não espantaria que Carlos Sainz se saia relativamente melhor em 2021 do que Seb em 2020. Claro que não será fantástico, por duas razões:
a) Sainz não é grande piloto. No máximo é esforçado;
b) E a Ferrari não sabe trabalhar, que dirá em dupla.
Mas que ele vai se sair melhor e vai dar munição para um monte de desocupados fazerem análises e comparações, ah isso vai. *

► Em 11º no grid, Sérgio Pérez veio parar na sexta colocação. Lance Stroll não marcaria pontos nesse dia.

► Carlos Sainz Jr. foi o sétimo, largou da 10ª posição. Foi seguido pelo seu companheiro da McLaren, Lando Norris era o 9º no grid e 8º na corrida.

► A Alfa Romeo teve um dia bastante bom em Ímola: Kimi Räikkönen e Antonio Giovinazzi foram nono e décimo na corrida. Largaram do P18 e P20! Digam se não foi uma boa corrida deles?

Não pontuaram:

► P11: Nicholas Latifi largou do 19º colocação e terminava mais uma corrida pela Williams. Tudo bem que estava mais uma vez fora da zona de pontuação, mas o cara era, devia-se admitir, constante e cuidadoso.

► Em 12º, Vettel. Depois de uma parada desastrosa da Ferrari, mais um erro besta, detonaram a corrida dele enquanto poderia ser quarto ou até, quinto. Seb fez o 14º tempo na classificação, reforçando a fala da "má fase".

► Stroll fez o último tempo do Q2 - 15º. Na corrida, foi o 13º. (Se em 2021 ele superar Vettel, vai levantar muitas, mas muitas suspeitas...)

► Romain Grosjean da Haas, fez o 16º tempo e foi o 14º na corrida. Kevin Magnussen acabaria fora da corrida logo no início.

► Alexander Albon teve um desempenho aquém novamente. Com o sexto tempo na classificação, acabou apenas em 15º na corrida (e último!), não oferecendo pontinhos para repor à Red Bull, fada a um prejuízo total com a sua dupla de pilotos.

Abandonos/Acidentes:

► Primeiro a abandonar: Pierre Gasly, com oito voltas das 63 completadas, por um vazamento no refrigerador. Ele fez o quarto tempo na classificação.

► Esteban Ocon largou da 12 colocação (e Ricciardo da 5ª...) e abandonou com 27 voltas, por problemas na caixa de velocidade. 

► Kevin Magnussen se envolveu num toque com Vettel na largada e depois, abandonaria com 47 voltas, das 63 - provavelmente por conta do toque. Ele largou do P17.

► Max Verstappen, que era o terceiro, acabou abandonando a corrida faltando 13 voltas para o fim e fazendo a Mercedes pular de alegria. Com um problema de centrifugação, a Red Bull acabou zerando em Ímola.

► Com Safety Car na pista por conta do abandono de Max, George Russell errou o traçado enquanto aquecia os pneus, na volta 51, e bateu entre a Piratella e Aqua Minerale - prolongando assim, a estada do carro de segurança na pista. George tinha largado da 13º posição e naquele momento era o décimo, à postos de marcar o seu primeiro ponto... Ai, ai...
Isso acabou ajudando a dupla da Mercedes a terminarem a corrida tão tranquilos como nunca. E eram campeões pela sétima vez SEGUIDA!...

O placar da classificação:


► Bottas marcou mais uma pole - a quarta do ano - o que deixou Hamilton de mau humor na entrevistas pós classificação. 
Quando ele é pole, faz cara de nada na foto com o pneu Pirelli. Quando perde, ele coloca culpas aleatórias ou faz pouco caso. 
(Outro piloto a agir assim, teria o título de arrogante e talvez até fosse "cancelado"... Mas...)

► Verstappen, Leclerc, Ricciardo, Gasly e Russell, seguiam fazendo mais, no sábado, que seus respectivos companheiros, e cada um por uma razão diferente: 
- Albon estava sofrendo pressão;
-  Vettel foi dispensado (e, por consequência, desprezado);
- Ocon simplesmente não é tão bom assim;
- Kvyat poderia estar de saída e então, estava desmotivado;
- Latifi estava no seu ano de estréia (no entanto, era constante nas corridas, sem cometer grandes erros).

► Quem havia "acordado" para a vida - pois contrato para 2021 dependia disso para ser assinado - era o Pérez. Não adiantava vir com grana, precisava de algo a mais também, para segurá-lo pelas redondezas, e isso estava sendo articulado: o mexicano já estava 8 a 2 contra Stroll (filhinho de papis) e com duas classificações à menos!

► Grosjean colocava uma diferença maior em relação à Magnussen, denotando mais a falta de motivação com o carro péssimo por parte do dinamarquês de saída da equipe, do que qualquer outra coisa. 

► As equipes que seguiam alternando entre seu pilotos ainda eram McLaren e Alfa Romeo - e ambas tiveram bons momentos em Ímola, sobretudo no domingo de corrida.

Especificidades:

Piloto do dia: Max Verstappen da Red Bull. 
E havia abandonado, heim?

► A Mercedes, como já mencionado, ganhou o sétimo título de construtores, fechando o GP com 479 pontos. A equipe também quebrou o recorde de sequencia de títulos: a Ferrari, venceu 6 vezes seguidas o campeonato de construtores, de 1999 a 2004. Nessa era não teve um piloto seu vencendo o campeonato de pilotos em 1999, nas quais Michael Schumacher ficou fora de 6 corridas, por conta de um acidente no GP da Inglaterra. Foi substituido por Mika Salo. Schumi voltou às corridas no fim da temporada, mais também para ajudar Eddie Irvine na disputa contra Mika Häkkinen. Em vão, o finlandês da McLaren acabou campeão naquele ano, pela segunda vez seguida. Saudades desse tempo em que os caras venciam campeonatos com 70 e poucos pontos... (Embora eu não me lembre dessa temporada direito, mas está valendo o comentário!

► Em relação aos pilotos, a situação estava completa para Hamilton vencer já no GP seguinte, na Turquia, faltando 3 corridas para o fim da temporada. 
Bottas estava confortável para terminar o ano em segundo.
O mesmo se aplicava para Verstappen, que tinha uma projeção relativamente confortável e poderia até não pontuar em uma das três próximas corridas e ainda manter a terceira colocação.

A coisa mudava com o quarto lugar: até o GP de Emilia-Romagna estava Daniel Ricciardo com 95 pontos. Charles Leclerc era o quinto, com 85. 

Turquia? Sim, era a próxima... Uma das situações de campeonato, se resolveria e bem... Seria decepcionante, mas não surpreenderia.

Até!

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