Música: os reality shows

Depois da última postagem aqui, decidi pesquisar um pouco sobre a banda H.e.a.t. Algumas outras músicas ouvidas, decidi fazer um post sobre, afinal é boazinha. 
Tudo foi mudado no meio do caminho, quando me deparei com a seguinte informação: Erik Grönwall, o vocalista, participou do programa Ídolos da Suécia. 
Bem, toda minha programação de publicação tinha que ser mudada. Antes ia escrever um pouco mais sobre o estilo Hard Rock e ia mencionar - o que sabiamente o Ron Groo mencionou nos comentários do post anterior - o fato do vocalista ser bem parecido com o Billy Idol. (No caso, Ron Groo disse que ele é a cara do Supla, que nada mais é que nossa versão do Billy em "terras brasilis". Se um já é detonado, imagina o clone compatriota?! Rsrsrs...)

Agora, decidi partit para falar de reality shows que apelam para aquilo que está com o seres humanos antes mesmo da fala, produzindo ou mesmo apenas apreciando: a música.
Não assisto a nenhuma das versões brasileiras ou mesmo estrangeiras de Ídolos, The Voice e afins... Muito porque eu não tenho muita paciência para isso. Sou um tanto competitiva e se, por ventura, alguém me agradar, eu certamente sofreria se esse não se saísse bem com o fim do programa. As versões nacionais não me motivam acompanhar pois não me passam credibilidade; a começar pelos jurados (caso de The Voice), e como meu gosto é fora dos padrões brasileirísticos, então é o seguinte: eu passo. (Se vocês assistem a algum deles, por favor, sintam-se a vontade de darem um parecer positivo sobre). 

O que sei é que nunca no Brasil um "metaleiro" com influência do André Matos ou Edu Falaschi, ou semelhantes, vai estar lá cantando uma música do Iron Maiden e passando para a última fase da disputa. Never, nunquinha, nem se o inferno congelar. É difícil até ser selecionado que dirá chegar mais longe no programa.
Mas pelo visto, noutros países, o que não rola é preconceito nessa parte. E graças, temos a bendita internet para se dar conta dessas boas coisas que aparecem por lá. Se aqui eles restringem o gosto do músico ao gosto popular, lá fora eles respeitam o estilo adequado de cada talento, pelo pouco que pude perceber. 
Um destes casos foi uma edição do Ídolos finlandês. Já até falei rapidamente de Ari Koivunen neste post: Dois "efes": Festa e Finlândia. (Inclusive, essa postagem é o que mais números de visualizações aqui no blog). 
Como me referi nessa postagem, eu listei as melhores vozes da Finlândia, país que - por tradição - tem o metal como música popular (ah, se aqui fosse assim!). Ari venceu o Ídolos de 2007, pautando seu repertório em heavy metal e hard rock. O primeiro vídeo que sem querer acabei assistindo foi a performance que fez para a música "Perfect Strangers" do Depp Purple (ver vídeo aqui). Uma voz maravilhosa, e olha que esse tipo de música, é meio que intocável! Qualquer tentativa de cantar como uma música qualquer, poderia cometer um grande erro. Pois bem, felizmente, não era o caso. 
As demais músicas que Koivunen cantou seguiu a mesma linha, dentre elas "Rock and Roll" do Led Zeppelin, "Still Loving You" do Scorpions e "Hunting High and Low" do Stratovarius. Por fim, ele uma tem carreira solo consolidada com álbuns de estúdio e também, desde 2008 faz parte da banda Amoral, como vocalista principal, tendo sido convidado pelos próprios membros da banda.
Vale demais conferir o trabalho dele. Para quem estiver curioso depois de assistir a performance dele com "Perfect Strangers", aqui vai duas dicas legais de músicas dele e com o Amoral:



Já, Erik participou da edição de 2007 do Ídolos sueco. Fez as audições, mas não chegou às finais. Foi participar novamente, já mais maduro, em 2009, onde de fato venceu. No wikipédia, informa que suas influências são incrivelmente boas: Freddie Mercury e Paul Stanley.
Saí na pesquisa, e achei as duas performances de Erik com uma música do Kiss e do Queen.




Bom, KISS é sem sombra de dúvida ótima influência. E do Queen? Bem, Queen é aquela coisa: nunca ninguém fará algo melhor que os próprios membros da banda original. Mas depois de ver a tal Lady Gaga fazer performances com os músicos remanescentes, e não ouvir sequer uma crítica negativa (eu achei horripilante, só para constar...) sobre, bem, achei que o menino aí estava livre para fazer o que fosse, ainda que fosse com "Show Must Go On". Antes de apertar play pensei "pior que qualquer coisa que Gaga tenha feito, não vai ser". E de fato, com isso na cabeça, não foi:



Na dica abaixo do vídeo, pedia para ver a versão ao vivo, que era bem melhor que a de estúdio. Surpreendentemente, foi mesmo: versão do programa.
A performance mais legal mesmo, foi a de "Run to the Hills". Copiar Bruce é o que todos querem. O timbre e o alcance vocal deve ter sido o desafio do programa. E bem sucedido, a versão ficou bem boa: 

Hoje, como já publiquei, Erik é vocalista principal da banda H.e.a.t e tem prosperado com boas críticas, já no segundo álbum e em tour com bandas como Scorpions. A música que me levou a clicar no play e conferir do que se tratava, foi "Living on the Run" do post passado. 
E é com bandas que a gente percebe o alcance de cada músico. Uma coisa é fazer cover. A tendência é compararmos com as versões originais. Você não gosta 100%, você vai sempre preferir a original, mesmo que adore o músico novo e curta as mudanças que ele fez. Original é original, a não ser que seja ruim e alguém consiga o milagre de melhorá-la. Com as suas bandas, a sua aceitação melhora, pois você não tem mais com o que comparar. As composições são novas e você opta por curtir ou não. 
Depois de toda pesquisa, procurei ouvir outras músicas do H.e.a.t. E essa foi a mais legal que separei para finalizar o post, com uma pegada quase country:


Com tanto "The Voices" fabricando as mesmices, é legal saber que tem gente saindo desses programas e fazendo alguma coisa um pouco mais séria. E claro, fazendo crescer nosso repertório musical de cada dia. \o/

Abraços afáveis! Excelente semana para todos!

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