Os círculos do paraíso e do inferno de Dante Alighieri na F1

O GP da Hungria foi no fim de semana passado e - como se como pressupõe o calendário deste ano de 2014 - esse também foi o último GP antes das férias e consequentemente, aquele que marca o fim da primeira metade da disputa pelo mundial, sendo a 11ª etapa, de 19. 
Esse ano a última corrida, em Abu Dhabi, conta com a novidade ainda dúbia de pontos dobrados para os dez primeiros colocados. (Digo dúbia, pois sabemos que algum não merecedor - ou seja, que não fez uma temporada monstruosa - pode chegar em primeiro nessa, ganhar 50 pontos e ainda levar o caneco para casa e o nome para o hall da fama... ¬¬')
Em todo caso, o assunto aqui é para ser diferente. Proponho uma postagem para falar sobre os 22 pilotos deste ano até essa etapa, antes de caminharmos para Spa no fim do mês de agosto, dando início à segunda parte. 
Lendo uma revista que falava sobre religiões do mundo, me deparei com a citação dos círculos de Dante Alighieri. Para quem não sabe (duvido muito, mas vamos lá), Dante (por favor, não confunda aquele ser que eu tenho o desafeto de jogar no meu time favorito do campeonato alemão...) foi um autor italiano da época medieval, renomado e famoso por sua grande obra "A Divina Comédia". Esse livro do século XIV é um poema de cunho teológico que se divide em três partes: Paraíso, Purgatório e Inferno.
Essa obra também pode ser uma fonte muito acessível sob a perspectiva de estudos medievais e de ponto de vista medieval em geral, que dividia o Universo em círculos concêntricos (uma forma astronômica que Alighieri usou para explicar e organizar a posição do céu - ou paraíso - e o inferno).
Separei então os círculos do Paraíso e Inferno (excluindo Purgatório), cada um com 9 círculos para poder comentar cada piloto se possível. 

Círculo do Paraíso: 

- Lua: Inconstantes 
Para essa parte coloco três nomes: Jenson Button, Kevin Magnussen e Sérgio Pérez. 
Inconstantes, mas de formas diferentes. Button é um bom piloto, o tipo ideal pois suas ações consideradas até muito polidas em pista, na realidade deveria ser a mais bem aceita. Porém não é assim. A McLaren mantém o piloto desde que o contratou depois de ter vencido seu primeiro e único campeonato em 2009. Esse ano, chega até a metade da temporada com 60 pontos, somando inclusive um terceiro lugar na primeira etapa, o GP da Austrália. É bom lembrar que desde então, o ano passado foi marcado como a pior temporada da McLaren em muitos anos, e Button finalizou o ano todo de 2013 - que tinha com o mesmo sistema de pontuação - com 73 pontos, ou seja, apenas 13 a mais em 19 corridas e ele já tem 60 fixos em 11 delas. Assim sendo, ao que tudo indica, alguma remota melhora ocorreu, ainda que não muito significativa. A McLaren ainda deixa muito a desejar do que era, novamente o carro ainda precisa voltar a evoluir muito mais.
Button está na chaves dos inconstantes, mas quero sim lembrar do meu compromisso de falar sério unido do propósito de ser justa e também ter opinião formada. O nosso querido Galvão Bueno vem dizendo à algumas corridas, (inclusive, na última da Hungria o assunto foi exaustivo embora poucos tenham notado), que Button não tem vaga na McLaren e o inglês - em suas próprias palavras - "já deu o que tinha que dar". O grande problema da equipe na realidade pouco pode ser culpa de seus pilotos. Se a McLaren pensa em mudar as caras da equipe isso só eles podem saber. O que penso é que não adianta tirar fulano e colocar o ciclano do banco se os gols não começarem a sair. "Já deu o que tinha que dar?"... Sob esse aspecto serei breve: o carro da Williams é muito melhor que o da McLaren, e ainda assim Felipe Massa tem 20 pontos a menos que JB. É preciso respeito aos campeões mundiais. E se não for possível, que se fale menos em rede nacional como é caso desse distinto senhor.
Kevin Magnussen, por coincidência é o companheiro de JB. Novato e jovem, tem bem menos pontos que o companheiro experiente: 37 pontos. E olha, apenas três a menos que Massa, o que sinceramente, me faz peitar ainda mais a premissa mesquinha do narrador. Mas deixamos isso de lado. Magnussen está na fila dos "Inconstantes" pois 37 pontos é mesmo pouco, apesar de novo na briga e apesar do segundo lugar no GP da Austrália. Com corridas de altos e baixos, atribuo sua inconstância muito mais à inexperiência que à incompetência. Mas vamos ver como as coisas fluem daqui em diante...
Sérgio Pérez deveria me agradecer por colocá-lo no círculo do Paraíso.  Em virtude das raivas que passei com ele no ano anterior, eu nem deveria cogitar essa possibilidade. Mas aqui ele está, justamente. Pérez teve uma abertura na F1 em 2011 modesta, um 2012 rico em se tratando de Sauber, com direito até a pódio. Isso lhe garantiu vaga em uma McLaren; uma grande chance se não fosse dois pormenores: a equipe esteve numa fase inimaginável em 2013 e Pérez, bem... Mostrou suas asas e mostrou que era muito mais inconsequente do que se imaginava. Causou pequenas brigas com nomes como Räikkönen e até o companheiro gente boa do Button. Ficou sem emprego na McLaren, mas decidiram pelo seu bem e arrumaram uma vaga para ele na Force India, muito melhor do que regredir para a Sauber. Não que ele tenha desligado o botão de atitudes afoitas, mas teve "highlights" com um pódio esse ano, chegando em 3º no GP do Barein. Sim, ele ainda soma módicos 29 pontos, 40 pontos atrás de seu companheiro Nico Hulkenberg - mais talentoso e que vem perseguindo pódios com muito mais constância e parcimônia que ele. Mas, é um piloto de bons momentos. Mesmo que alguns brasileiros tirem dele as chances de repetir os feitos de um pódio por exemplo, se é que me entendem, rsrsrsrsrs...

- Mercúrio: Ambiciosos
Soa feio o termo "ambicioso", mas aqui coloco Daniel Ricciardo sem o tom negativo da palavra. Sim, ele teve a ambição de ir para a melhor equipe do grid depois de dois tetras, o de piloto e o de equipe. Tudo bem que ele vinha da equipe "subsidiária". Mas ninguém pensaria que a RBR viesse remando tanto para conseguir engrenar no campeonato esse ano. Muito menos que se desencantassem justamente com o "novato". Vettel tem pálidas e modestas corridas enquanto Ricciardo, sem pressão e com muita alegria e força, tem feito corridas ótimas. Constante, marcou segundo lugar na primeira etapa e em casa - resultado que acabou anulado por irregularidades no carro - mas depois disso, marcou três terceiros lugares, na Espanha, em Mônaco e na Inglaterra e venceu duas, no Canadá e na Hungria. Soma nada mais que 131 pontos e segue a 4 corridas em terceiro lugar na tabela de pilotos, que era desde o começo da temporada de Fernando Alonso. 

- Vênus: Amantes
Nico Rosberg. Em 11 etapas, Nico é líder desde o começo da temporada com 202 pontos podendo somar tal resultado com muita naturalidade no processo. Das 11 corridas, esteve no pódio em nove delas, vencendo quatro vezes, na Austrália, em Mônaco, na Áustria e na Alemanha. As duas etapas que não foram muito boas, foram: Inglaterra, onde por problemas no carro, não completou; e a outra, exatamente na última, na Hungria, que por situações extra talento resultou em um modesto quarto lugar. Rosberg ainda não perdeu as estribeiras da sua meta e tem feito um excelente bom trabalho. Nada melhor do que a tranquilidade sem chateações e falatório extremado não é mesmo?

- O Sol: Sábios
Nomeio Fernando Alonso para esse círculo. Aparentemente não há nada de sábio em teimar em ficar em uma equipe desastrosa como a Ferrari. Mas em alguns anos duros enfrentados pelo espanhol na Scuderia, ele "aprendeu" que quanto menos falar, cobrar e até mesmo reclamar, melhor. Claro que ele ainda faz certos comentários a respeito do desempenho duvidoso desse maldito carro, mas além de em nenhum momento estar errado, ninguém aguenta tanto erro e é bom que fale mesmo. E em nenhum momento Alonso deixou de batalhar por resultados positivos ou mesmo míseros pontos. Além disso, é 100% focado no que faz. Podemos esbravejar o quanto quisermos, mas 97% das coisas que esse cara faz - em pista, principalmente - é louvável.
O quarto lugar com 115 pontos é milagre e o santo chama Fernando.

- Marte: Guerreiros da fé
Aqui, Valtteri Bottas, pois seguramente é a melhor surpresa desse ano. Para quem contava já que a Williams viria com tudo esse ano, e com isso, os bons momentos seriam protagonizados por Felipe Massa - lá fora, por causa da experiência, e aqui no país, em virtude do "pachequismo" - , Bottas foi categórico a mostrar que não seria bem assim. Em seu segundo ano na equipe, depois de uma estréia nada agradável, mas com alguns míseros pontos marcados, Bottas finalizou a primeira parte da temporada com 95 pontos. O companheiro experiente e apontado facilmente como candidato à campeão do mundo esse ano, soma até então míseros 40 pontos. Well done, Bichinho de Goiaba!

- Júpiter: Governantes Justos
Aqui, nesse bizarro círculo (que se de fato existir, deve estar praticamente vazio e não deve ter nenhum brasileiro) trago Nico Hulkenberg. Na realidade os governantes precisam ser justos dando um carro descente para ele logo, pois há muito venho pensando que ele pode se destacar muito como piloto de ponta. Algo que só a escola alemã de automobilismo pode dar como justificativa, o fato de Hulk ser assim. Ele estreou na F1 pela Williams em 2010, marcando 22 pontos, fazendo pole position no Brasil e tomando notoriedade no meio. Apesar disso, foi dispensado da equipe e no ano seguinte se transferiu para a Force India, algo que não foi nem de longe lucrativo pois era apenas piloto reserva. No ano que se seguiu, ganhou vaga definitiva e fez trabalho significativo, marcando 63 pontos. Poderia também ter se mantido, mas ano passado correu pela Sauber - que de fato estava melhor que esse ano - e marcou 51 pontos. O grande lance foi seu retorno à Force India esse ano e até a etapa Hungria, está marcando 69 pontos. Manteve uma sequencia agradável, marcando pontos em 10 das 11 corridas - sequencia quebrada justamente nessa última corrida do fim de semana passado.
Está mais que na hora de ver Hulk no pódio. Que isso logo aconteça, afinal, até o companheiro (afoito) Sérgio Pérez já esteve lá esse ano...

- Saturno: Contemplativos
Aqui o mais contemplativo de todos é o que menos imaginávamos que seria, depois dos últimos 4 anos: Sebastian Vettel. O mais jovem a fazer praticamente tudo na F1, "causou" desde que colocou os pés na F1 em 2006. Na STR marcou pontos pálidos, mas substanciais, roubando com propriedade o título de "fenômeno" do Hamilton. Em seu ano de estréia, 2009, na RBR - uma equipe melhor - foi vice. E em 2010 foi fazendo pole atrás de pole e vencendo... e uma, duas, três e quatro vezes foi campeão do mundo.
2014 começou avesso para ele e subitamente já teve seu brilho ofuscado pelo próprio companheiro de equipe. Seb já enfrentou 3 abandonos, e apenas dois míseros terceiros lugares, na Malásia e no Canadá, somando até aqui 88 pontos e está apenas em sexto lugar no campeonato. Seu maior rival nos últimos quatro anos de título foi Fernando Alonso, que com um carro substancialmente pior, está em quarto, com 115 pontos. Mesmo assim, ele ainda é um tetra campeão de fibra.

- Estrelas Fixas: Fé, amor e esperança
Aqui trago não só um piloto, até porque todos tem esperanças em vencer e acreditam que vão ser bem sucedidos ali dentro. Mas antes, e concretizando agora, a Mercedes tem a estrela fixa. Desde que começaram, com retorno de Michael Schumacher e desde o começo com Nico Rosberg, eles lutaram para não ser meramente um carro chique passeando pelas pistas. Foi custoso, mas agora - e com o principal piloto apoiador - estão colhendo os bons frutos de trabalho. Uma outra equipe que precisaria desencantar e deixar de ser equipe de meio de grid para mostrar um pouco mais de potencial é a Force India.
A STR, mais do lado negativo, também precisaria mais do que tem. Mais melhores pilotos e menos problemas de carro. Porém não deve ser fácil ser meio que os "primos pobres" da Red Bull...

O último círculo do céu é o "Primum Mobile: Anjos". Esse eu não nomeio nada em ninguém porque... bem... não há nada muito celestial assim no circo da F1, digamos assim rsrsrsrsrsrs...


Partimos então para os próximos círculos.

Círculos do Inferno:

- Limbo
Aqui há três equipes a começar por suas: a Caterham e a Marussia. Ambas entraram na F1 de forma muito errada. Sempre atrás, e quando eram retardatários causavam acidentes de tão lentos que são, sempre tiveram pilotos mais ou menos, pagantes ou desesperados. Minou a chance de alguns de serem bons (Bruno Senna, possivelmente), acabou com a carreira de outros (Jarno Trulli e Heikki Kovalainen), aceitou dinheiro de piloto, mas não chegou longe (Vitaly Petrov e agora Kamui Kobayashi). Das duas, apenas a Marussia parece um pouco menos na lama, já que Jules Bianchi tem talento - e é meio que protegido da Ferrari - tanto que marcou seus dois primeiros pontos dele na F1 e da equipe, em Mônaco. Mas a equipe já esteve bem no fundo do poço: desde sua criação foi pior que a Caterham sempre, melhorando um pouco só quando a Caterham decidiu mandar ver em pilotos que nem sabíamos o nome direito.
Junto e de mãos dadas no limbo está a Sauber. Até teve momentos de alegria com os pódios do Pérez em 2012, bons pontos do Hulkenberg em 2013, mas esse ano as coisas ficaram zeradas totalmente até agora. Fizeram uma meio troca com a Force India: de lá veio Adrian Sutil, que ficou um ano e meio parado em meados de 2012 por conta de um processo de agressão com um empresário da equipe Lotus. Sutil nunca foi piloto de alguma notoriedade, mesmo assim voltou com lugar fixo à equipe indiana no ano de 2013. A Sauber perdeu a única chance de marcar poucos pontos com a troca do Hulk por ele, até porque Gutierrez apesar de ser tão ruim como todos dizem, penso que não salvará a péssima fase da equipe. E é provável que nem Sutil.
No limbo ainda acrescento a Lotus. Depois de dois anos gloriosos, com Kimi Räikkönen, a equipe ganhou novos holofotes. Em 2012 Kimi foi responsável por mais da metade dos pontos que levou a equipe ao quarto lugar na tabela daquela temporada. Em 2013, Kimi ainda seguiu salvando a pele deles, mas ao fim da temporada, o leite azedou por falta de pagamento. A equipe ficou (e ainda está um pouco) na corda bamba e, como sempre fez prioridade forçada à Romain Grosjean, dependeu dele para acabar o ano relativamente no topo e Kimi se retirou para cuidar da saúde já assinado com a Ferrari.
Esse ano a Lotus resolveu dar tiro no pé, contratando Pastor Maldonado para correr para eles. Agora, não só com um mas dois pilotos pagantes, eles corriam o risco de ser a equipe mais explosiva da temporada, contanto com duas personalidades reincidentes em acidentes meio malucos. Terminam a primeira metade da temporada com 8 pontos garantidos pelo Grosjean. Mas além de bizarros, temo que a Lotus está no limbo mesmo porque são burros: nessa pindaíba, eles assinaram com Maldonado por mais uma temporada enquanto Grosjean ainda tem futuro incerto... Por isso dedico sem remorsos o limbo para eles.

- Vale dos Ventos: Luxúria
Para esse vale, recebam a equipe Mercedes. Em estado de maravilha, com seus dois pilotos fazendo passeios domenicais em praticamente todas as corridas até agora, e com ambos encabeçando a tabela, estão no Céu... Mas também no Inferno. A briga entre seus pilotos poderia ser até descente se a parte que cuida do Lewis Hamilton não fosse tão chata como ele. A critério, a assessoria de imprensa deixa o inglês vomitar qualquer coisa nos microfones, inclusive atos infantis de brigas porvocadas, insinuações de proteção e teorias conspiratórias. O papo dos dirigentes de que os seus pilotos são livres  para decidirem na pista suas diferenças também não funciona, como bem perceberam. O mimado quer que o companheiro o deixe passar, mas o contrário não funciona. E se ele é mandado deixar passar, ele questiona a razão disso.
No fim, o tal pode vencer em Abu Dhabi e se consagrar o bicampeão mais tosco de todos os tempos. A Mercedes de fato nem ligará muito. Os bolsos estarão cheios mesmo...

- Lago de lama: Gula
Aqui trago a Red Bull. Por quatro anos eles abocanharam os dois campeonatos, de piloto e de construtores. De repente, os construtores "perderam a mão" e o foco ainda permanece um pouco sob Vettel. Imagina se incentivassem mais o Ricciardo o que esse garoto não faria?

- Colinas de Rocha: Ganância
Lewis Hamilton saiu da McLaren porque ele fingia ser inocente, mas não é. Sabia dos esquemas da sua equipe mãe e criadora mais que ninguém em 2007. Tocou o terror naquele ano não por talento, mas por topete. Infelizmente venceu no ano seguinte, mas no caso, era disputa de "sujo com mal lavado". Ao menos o mal lavado saiu melhor nessa. Com isso, colecionou bobagens dignas de risadas daquelas que a gente faz quando vê algo ridículo acontecendo. Perdeu espaço na equipe mãe porque lhe falta um pouco de humildade e carisma. Saiu de lá praticamente brigado e assinou com a Mercedes para correr em 2013 e 2014. Em tese era dado como "salvador da pátria" e recebe um burro de uma nota para ser piloto deles. Manda e desmanda e agora pede uma grana absurda para renovar com a equipe. Depois o mercenário é um certo finlandês?... ¬¬'

- Rio Estinge: Ira
Serei breve, até porque o que completa esse círculo do inferno já define tudo: ira. A FIA e suas bizarras intervenções. Uma escória, sem lógica e com coração peludo ainda matam alguém de raiva. Ou não.

- Cemitério de Fogo: Heresia
Quer equipe mais atuante na heresia que a Ferrari? A má administração dessa é uma heresia perpétua.  Digna de pragas das mais violentas. Repugnantes, cobram resultados daqueles que menos tem ferramentas. Arrumam bons pilotos e sentam no trono esperando chover ouro e se der errado é nas costas deles mesmos que jogaremos os peixes podres. Reprimem Alonso - e agora Kimi - em praticamente tudo. Controlam passos e falas. Erram estratégias, fazem carros meia boca, e só porque ainda andam em evidência (porque acertam na escolha de pilotos com responsabilidade profissional) acham que são os donos da cocada preta. Precisavam é fazer companhia para a Marussia ou a Caterham para começar a sentir de fato o que é terminar temporadas zerado, para tomarem vergonha na cara.

- Vale de Flagetonte: Violência
Metaforicamente falando, aqui encaminho Kimi Räikkönen, o "mulher de bandido": apanha, mas parece que gosta! Não há outra justificativa para retornar à Ferrari depois de ter sido - de forma injusta e dolorida - chutado da equipe em 2009. Na "equipe", passa por uma fase muito pior que a de 2009 tendo o melhor resultado até agora, com as 11 etapas concluídas, um mísero sexto lugar na última corrida na Hungria. Uma violência com o legado dele. Depois de terminar 2012 em 3º e 2013 em 4º na tabela, ele passa a primeira metade de 2014 em 12º com míseros 27 pontos.
Uma violência com nós fãs, saber ainda que ele está mais interessado em soluções imediatas, já que simulador não é do tipo que ele faz para alcançar melhorias. Fora a vida afetiva - largou uma esposa discreta por uma alpinista social que posta fotos sempre muito divertidas dele e ficamos pensando: "ei, e o trabalho?". Mas isso não deve nos interessar, afinal não pagamos as suas contas, mas gostamos dele como profissional. Então, 27 pontos é ferida aberta, certo?

- Maleboge: Fraude
Um nome, um círculo: Felipe Massa, Fraude. Perco aqui pelo menos uns 40% do lote que eu comprei no céu com esse comentário. Mas desculpem, Felipe pra mim é um farsa como piloto. Tanto que não tem lógica nenhuma quando abre a boca pra falar à mídia. Sempre "reclamão", vem da escola Rubens Barrichello, com certificado de "desculpas esfarrapadas" e "como ser vítima nota 10". Quem cruza seu caminho é um "louco inconsequente" ou "destruidor de corridas proposital".
É mesmo, relevante como é, Bottas, que era um piloto que mal sabíamos escrever o nome até o ano passado, usa o mesmo carro e está 55 pontos à frente dele. U-A-U!

- Lago Cocite: Traição
Os dirigentes sempre estarão neste círculo. Eles sempre traem: pilotos que dão o sangue, são dispensados com uma mãe na frente e outra atrás (lembra algo, pequena Lotus?). Equipes soberbas acham que nome as levam à tapetes vermelhos, tronos, coroas e cetros. Está tudo ruindo? Porque não mandar um finlandês caladão embora, já que temos um puxa-saco pendurado no nosso e que acostumamos a manter?... E assim vai. A lista pode correr solta. Até então, nenhuma coisa do tipo aconteceu, mas pode acontecer. Até agora, em suspenso, estão casos de piloto mais apoiador tipo o Nico Rosberg, correr o risco de perder o campeonato porque Hamilton recebe mais que ele na equipe e batendo o pé ele pode vencer muitas corridas. E tempo é dinheiro. Ou Button, que além de "velho", pode fazer muito pela péssima McLaren, mas eles estão querendo chutar logo fora... Até a Lotus que protegeu tanto Grosjean, esqueceu seus milagrosos 8 pontos pelo zerado e atentado Maldonado?!
Eita...


Enfim, fim. A postagem ficou enorme mas fiquei alguns dias sem postar, justamente preparando ela. Deixarei aqui por todo fim de semana pois de fato a postagem deu trabalho e claro, nem sempre terão tempo para ler tudo. Comente ok? Podem discordar, claro, pois seu que opinião ultimamente é que nem escova de dentes: não se compartilha. Mas de qualquer forma, comentem pois, ufa! deu trabalho! Hehehehe...

Abraços sempre afáveis a todos, excelente fim de semana! 

Comentários

Ron Groo disse…
Genial Manu!
É longo, demanda algum conhecimento da obra do italiano, mas é sensacional.
Manu disse…
Obrigada Groo! Valeu mesmo! ;)

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