Comentários sobre a Corrida no Canadá

O GP do Canadá, neste circuito é sempre boa. E olha, houveram - como todos os GPs - pontos positivos e negativos. Até ontem, com o fim da corrida, e sem saber nas notícias após ele, eu estava ciente de alguns pontos positivos maiores que os negativos. 

Existe uma coisa que todos precisam saber sobre os acontecimentos das corridas, que devem ir além da visão limitada que assombra muita gente. A começar pelas Mercedes. Não quero saber se a briga ou as pazes dos seus pilotos é forjada. Se uma semana Hamilton dizia aquelas bobagens de não ser amigo de Rosberg e agora - de acordo com Mariana Becker - é Rosberg que não quer que Hamilton "o encoste" a mão, pouco me importa. Sei como é Hamilton, tenho minha opinião formada e quero que siga-se adiante sem essa "pataquadas" desnecessárias de âmbito mais pessoal que de velocidade. Enche o saco quando as coisas na F1 são decididas pela mídia das coisas. E os jornalistas e narradores acham que a gente é trouxa!

Tudo é questão de estar atento a simples detalhes. No começo da corrida, lá pelas 20 voltas mais ou menos, Rosberg perguntou a equipe sobre os freios do companheiro. Ainda nem sabia que teria problemas com os tais, mas ele perguntou. A razão disso parece clara para mim, mas não parece a pessoas como Reginaldo Leme, que disse em alto e bom som que "Rosberg sabe e todo mundo sabe, que Hamilton é mais piloto que ele". Será que sabe? Rosberg sabe sim é que no Canadá os freios poderiam ser fator determinante para o resultado da corrida, tanto foi que ele sabia que o estilo de pilotagem de seu companheiro poderia ser seu calcanhar de aquiles nesse ponto. Embora eles tenham tido juntos, problemas nos ditos cujos, quem terminou a corrida? 
A razão das coisas no esporte a motor é muito simples: andar rápido é muito fácil, na realidade, muitos são bons na velocidade. Mas saber a hora de ultrapassar, aproveitar chances, medir e tentar reverter problemas no carros é pra poucos. Muito poucos. Só os mestres erram pouco. E é por isso que as coisas as vezes são muito injustas, pois pouca gente também percebe isso.
Por essa razão, e pelo passado do Hamilton, desculpe Reginaldo e adjacentes: Rosberg não é mais piloto que ele. Conseguiu terminar a corrida e foi para o pódio. O prejuízo foi até pequeno em vista dos problemas de freios que eram, sem solução. 
Tudo bem que ele não contava com a grande vontade de Ricciardo (xará!) que estava empenhado em estar na sua primeira vitória. Foi muito incrível o que fez. Mas mesmo assim, ainda está na liderança se distanciando do companheiro. E é assim que é.

Sobre pequenos deslizes, Hamilton já teve sua cota e não para de crescer sua lista de pormenores. Muitos  destes, ainda não o fiz aprender a calcular ímpetos. Forçou nova ultrapassagen sob o companheiro e acabou com o freios que já estavam danificados.  
Irreconhecível, Kimi Räikkönen não nos deixa mais com argumentos de carro ser uma "m". Sim, Ferrari está ruim, tanto que não se ouviu o nome de Alonso na corrida. Mas os erros de Kimi, que desde Mônaco tem agido afoitamente, e nessa, perdeu o senso da curva sozinho, nos deixa de mal do mundo. Sabemos que ele não é assim. Tiramos as bobagens da bebida e colocamos em gavetas trancadas - sabemos que é piada, não sejamos estúpidos. Kimi está mal, numa fase tenebrosa. E certamente sua atenção está comprometida com coisas que não são equipe, nem corrida. Embora, mesmo que haja esses esforço, não renderá muita coisa, já que Alonso também tem sofrido duras penas. Mas pelo menos, seus erros não aparecem. 

Por fim, quero falar das voltas finais. 
Bem, a corrida depois de sutis pegas das duas Mercedes, estava como as outras: sem atrativos. Novamente a visão sobre "ser piloto" precisa ser expandida. Bottas é melhor que Massa, por mais que a maioria vá contra a maré. Pena que ainda não consiga medir os atos. Quase ao final da corrida ele investiu sobre Hulkenberg, que apesar de mais lento que todos atrás dele, não é fácil de passar. Errou e abriu brecha para um piloto "maestro", o Massa, que foi atacar Hulk - depois de duas pressões cedeu com custo à Massa. Bem, boa coisa daí não viria, eu já sabia. Não confio nesse cara.
Depois da volta 60, a sequência era: Rosberg, Pérez, Ricciardo, Vettel e Massa. Massa tentou de todas as formas provocar o erro de Vettel, já que não havia espaço para uma ultrapassagem bem sucedida. Mas voltamos ao meu raciocínio do começo do post: piloto que é piloto sabe medir as coisas, não é simplesmente ser rápido. Vettel não deixaria de forma alguma Massa passar. Como não deixou. 
Assim que Ricciardo botou gás e confiança em si, passou Pérez que em tese, estava com problemas de freios também, logo a transmissão começou a intensificar aquela gritaria repugnante, estressante, ridícula, demente, pachequista, e claro, (porque não um pouco mais?) BABACA sobre a corrida do Massa.
Com o coração na boca, Vettel fez uma ultrapassagem digna de tetra campeão que é, sob Pérez. Fiquei aliviada? Não.
E por favor, me perdoem pela exaustão, mas vou sim contra a maré novamente, pois eu preso pela minha sanidade mental: as cenas seguintes, de Massa sob Pérez, queira Whiting cegueta, ou não, foi culpa do Massa. Vi depoimentos de gente como Flávio Gomes e ele está comigo. Pessoas que não são fanáticas com corrida e disseram ser problema de quem? Do Massa. Porque punição ao Pérez? E olha que não gosto do mexicano!
Pérez é um piloto que precisa mesmo de umas punições para aprender, mas ano passado ele era assim e fez e aconteceu e ninguém sequer fez esse circo todo. Agora ele é alterado? AGORA? 
Massa declarou que ele precisa aprender. Assim como ele, afirmo. O mexicano não jogou o carro, ele nem sequer mudou de traçado. Quem virou o volante sob ele foi Massa.  Pérez foi praticamente atropelado. Não vou longe, só digo que algo semelhante aconteceu na Austrália esse ano: Massa atingido por Kobayashi. O Massa ficou sem ação, assim como Pérez.
Cadê o senso? Nenhum. 
Injusto.

Dói você passar a corrida inteira torcendo por uma coisa justa, ainda que meio violenta assim. Dói você gastar duas horas do seu dia, com seu esporte favorito e ver seu piloto favorito penar para pontuar, ou aquele que você mais detesta fazer inúmeras bobagens, ser cínico, falastão e mimado e ainda carregado em trono de ouro. 

Foi muito bom ver Ricciardo vencendo pela primeira vez, Vettel de forma amistosa confraternizando com o o colega e a justiça se fazendo presente na disputa da Mercedes, com Rosberg administrando a corrida para se distanciar de Hamilton sem maiores polêmicas forjadas.
Mas Massa por ali, acaba com todo ânimo. As decisões medíocres dessa FIA, detona os ânimos também. Vale ressaltar que um cara "inimigo" de Pérez foi consultado para a decisão, como comissário e pelo visto decidiu pela sua punição... Whiting nega, claro. Mas vale ressaltar que o presidente da FIA é pai do empresário de quem mesmo?
Já que ser cínico e fazer mimimi está na moda... 'Tá lançada mais uma...

Abraços afáveis!

Comentários

Ron Groo disse…
Foi até aqui a melhor corrida do ano. Sem dúvida.

Até o Massa pilotou muito. (repare no "até")
Manu disse…
Até! De fato foi a primeira vez que até senti uma emoçãozinha hehehehehehe...

Abs!

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