Corrente Musical: Faixa a Faixa

Dada o corrente musical de A a Z que fiz até o começo deste ano, decidi fazer algo semelhante, afinal, era divertido. Mas eu precisava mudar, já que repetir o mesmo, não ia ser interessante para vocês. 
Então pensei no seguinte: disponibilizar álbuns, 5 à cada semana, para que vocês escolham qual será comentado dentro de 15 dias. 
O padrão de questões respondidas do Corrente Musical de A a Z veio de uma corrente do Facebook: comentávamos na publicação de um amigo da rede e este "dava" uma banda ou artista para que você fizesse o mesmo. Aqui, respondi o padrão de questões e adaptei o "ganho" de bandas ou artistas para a votação de vocês. E deu certo.
Sem esse padrão pré estabelecido para o novo jeito de comentar músicas, eu montei as seguintes questões do Faixa a Faixa:

► Nome do álbum;
► Arte, capa e encarte (esse último, apenas se tiver acesso);
► Membros da banda, composições, participações especiais e convidados;
► Produção e gravadora;
► Música favorita do álbum e a segunda melhor;
► Faixa a faixa;
► Elemento chave do álbum;
► Porque gosta/desgosta de uma música do disco;
► Uma história sobre ele, como uma questão pessoal ou  uma curiosidade;
► 5 novos álbuns para a próxima postagem.

O tipo de escolha de álbuns para serem votados se darão, no começo, por álbuns conhecidos por mim à algum tempo. Na medida em que as postagens forem ganhando corpo, poderei sugerir para que votem em álbuns que irei me colocar para ouvir, pela primeira vez. Neste ponto, saibam que os comentários estão ao dispor: caso queiram que eu comente algum álbum em específico é só me dizer que coloco entre os 5 para os votos.

Láááá no primeiro Corrente Musical de A a Z resgatei do fim da minha adolescência e começo da vida adulta, o apreço pela banda Angra, para indicar como seriam as postagens e dar o pontapé inicial dos votos para a sequencia de postagens. Vou gastar essa ficha novamente, embora, seja de pouco interesse para alguns de vocês.

♫ Nome do álbum: Aurora Consurgens



O significado do álbum é interessante: trata-se de uma menção à obra (supostamente) de Santo Tomás de Aquino, escrito no século XV. Carl Jung, famoso psiquiatra contemporâneo de Sigmundo Freud, usou essa obra no tratamento de sonhos em diferentes estados mentais de pacientes. Embora tenha um sentido inerente no título, Aurora Consurgens não foi (e provavelmente não é, ainda) tratado como um álbum conceitual pelos membros do Angra. Álbuns dessa natureza contam uma história desde a primeira até a última faixa, seguindo uma linha de pensamento ou mesmo, temas intrínsecos ao título  que seguem uma lógica pré estabelecida. Ainda assim, existe nele um segmento que possa confundir ouvintes e críticos: a maioria das canções abortam temas de cunho psíquico como esquizofrenia, suicídio, depressão, bipolaridade e etc, o que levaria a pensar sobre um álbum conceitual.

► Arte, capa e encarte:


O livro de mesmo nome atribuído à Santo Tomás de Aquino e atualmente à um escritor "Pseudo-Aquino" é, como já mencionado, uma das obras cujos símbolos foram estudados e analisados pelo psiquiatra Carl Jung.
Possivelmente a imprecisão da autoria se dá pela falta de provas, já que o estilo do manuscrito não condiz claramente com as outras obras de Aquino para alguns analisadores, o que levantou suspeitas. Embora há quem defenda ser dele, o manuscrito foi certamente escrito por alguém semelhante ao filósofo medieval, isto é, um conhecedor da Bíblia e da liturgia cristã de forma enfaticamente clara.
A obra contém um tratado de alquimia medieval e é realçado como uma exceção, já que contem 38 tipos de iluminuras pintadas à aquarela, uma delas, a que constitui como capa do álbum:


Essa ilustração mostra Hermafroditas num possível simbolismo a respeito das relações da alma na obra original, assim como outras iluminuras do manuscrito. De acordo com Jung, estudioso dos simbolismos, essa imagem retrata ou representa a união dos opostos: "(...) um símbolo da união criativa dos opostos, e um 'símbolo de união' no sentido literal (...)".
Na imagem, a metade feminina do hermafrodita segura uma espécie de morcego e a metade masculina segura um coelho. Os termos junguianos para esses animais representados na figura tratam o morcego como um ser que emerge da sombra, ou seja, símbolo de sombra ou de cunho espectral. O coelho, pode ser interpretado como a imagem da mãe útil. O morcego e o coelho se opõem e se contrastam enquanto as metades masculina e feminina fazem o mesmo, ainda quando se unem conforme no desenho.
Há também uma águia na imagem. Jung determina a águia como representando "a alma liberta". Uma união de opostos na forma do Hermafrodita é levantada ou transposta para a ideia da "alma liberada" como Grande Pássaro, ou seja, um retrato do Eu, o interior.
Na parte inferior da imagem, aos pés do Hermafrodita parecem pássaros azuis ou, possivelmente, peixes. Jung atribui aos peixes o símbolo de energia criativa do inconsciente. (Fonte)

Assim sendo, as atribuições de estados mentais para algumas das músicas do álbum, conferem na perspectiva do que a obra trata.
Não apenas essa ilustração do livro foi usada, mas outras parecem na arte final da capa e do encarte, de forma bem feita e bem encaixada. A parte central do encarte, a imagem a seguir mostra o Sol e Lua, "lutando" por espaços, pode ser vista, assim como na contra capa do disco:


► Membros da banda, composições, participações especiais e convidados:

A formação do Angra neste sexto álbum de estúdio, lançado em 30 de outubro de 2006 era composta por: Edu Falaschi como vocalista, Kiko Loureiro e Rafael Bittencourt como guitarristas, Felipe Andreoli como baixista, Aquiles Priester como baterista e Fábio Laguna, nos teclados (mas como membro de apoio).

Esta formação foi a que fez, logo em seguida os shows de comemoração dos 15 anos da banda. É também a formação do meio das 3 fases - se é que posso nomear assim - em que Angra já passou. O grande lance em que divide fãs é a questão vocal: tiveram três vocalistas - o de formação André Matos, até 1999, Edu Falaschi, até 2012 e agora, Fabio Lione, desde 2013. Desde o fim da turnê dos 15 anos do Angra confesso que me afastei de chats ou fóruns da banda e não sei como foi a repercussão da saída do Edu, nem a entrada de Lione, muito bem. O que acontecia na fase Edu que acompanhei, era uma rixa entre os puristas amantes do André Matos contra os favoráveis à mudanças do tipo conhecedores do passado de Falaschi. Pelo pouco que acompanhei, alguns radicais detentores de informações sempre gostaram muito de detonar Edu a qualquer custo. A sua saída da banda foi meio tumultuada, e essa galera deve ter sido as primeiras a dizer que ele não era para a banda e blábláblá...
O lance é que essas picuinhas de fã sempre exaltam o pior dos músicos, pois algumas brigas saltam e opiniões alheias tornam fatos. Nunca sabemos o que é fofoca afim de ser apenas maldade.
Fato é que, uma banda que troca de líderes, ainda mais vocalistas, sempre enfrentam uma maré de desgosto as vezes infantil, as vezes desmedida dos fãs. No caso do Angra, o que mais cansava eram os fãs da banda desde o início chorarem copiosamente pela falta de alcance de notas de Edu na canção "Carry on" do álbum Angels Cry. O erro de Edu era tentar copiar os falsetes de Matos e não criar seu tipo próprio para interpretar a música; assim não agradava nem os "novos" fãs que descobriam a canção original, nem os que estavam satisfeitos com a mudança e muito menos os fãs número 1 do grupo. Com o tempo na banda ele foi se adequando bem, mas mesmo assim, alguns faziam questão de publicar vídeos das apresentações que continham "Carry On" no setlist.
Bobagem? Sim, das grandes. Com um fundo de verdade, talvez. O fato das pessoas serem radicais, era um agravante. Não digo que fã tem que aceitar qualquer coisa, mas ele precisa entender que, ficar criticando, detonando só porque ele não gosta, é uma burrice sem tamanho. Imposição de gosto além de sem fundamento, é muito chato.

Não há participações ou convidados especiais no Aurora Consurgens. As composições são equilibradas entre Kiko Loureiro e Rafael Bittencourt, ora com música e letra, ora dividindo entre eles ou também com Felipe Andreoli e Edu Falaschi. Aquiles não participa em nenhuma parte de composições ou arranjos, e foi com o Aurora, o seu último trabalho com a banda.

► Produção e gravadora:

Produzido por Dennis Ward, baixista da Pink Cream 69. Como produtor, trabalhou com o Angra - de 2001 a 2006 (coincidentemente AC é seu último trabalho com a banda, como produtor) -, Edenbridge, Place Vendome e projetos solos do Kiko Loureiro.
A gravadora é a Paradoxx Music, e o Aurora Consurgens foi um dos últimos CDs lançados por ela, já sob a união com a Universal Music, pouco antes de seu fechamento.
O disco foi gravado entre junho, julho e agosto de 2006, em dois estúdios: no Via Musique Estúdios de São Paulo, e no House of Audio, na Alemanha.
A duração total do disco é de 50min32s, contém 10 faixas, sendo que a versão japonesa contém 11. A canção extra que só os nipônicos tiveram em disco é "Out of This World", composta e interpretada por Rafael Bittencourt. Ela faz menção a Marcos Pontes, o tal "astronauta brasileiro"... Fora esse  pormenor, a faixa é legal e conta com uma demonstração do outro lado do guitarrista, o lado cantor.

► Música favorita do álbum e a segunda melhor:

Minha favorita do álbum é uma das que mais gosto do Angra, a música que abre o disco, "The Course of Nature". Gosto dos desníveis dela e da bateria (por incrível que pareça, não é as guitarras ou o vocais, que geralmente é o que mais me chama atenção numa música).

Para escolher uma segunda melhor, escolho "Ego Painted Grey", cuja letra e a harmonia me agradam fortemente.

► Faixa a Faixa:

Aqui vou descrever (ou pelo menos tentar) o que cada faixa causa em sentimentos.


♫ The Course of Nature

"Natureza" já começa com uma introdução com toque indígena, meio floresta tropical e um berimbau. Acho a melhor música do álbum e a mais bem sucedida, do começo ao fim, com uma harmonia ótima. Edu está na sua melhor fase nesse disco: mais agressivo mesclados com vocais mais limpos em momentos mais naturais, da escola do heavy, mas direto e nem tanto "firulado". E nessa música ele mostra a que veio sem amarras. As guitarras estão sempre buscando peso (junto ao baixo) e melodia. Mas a bateria é um ponto que sempre me agradou nessa música.

♫ The Voice Commanding You

É (talvez) a música mais cansativa do álbum, com o pé total no speed metal que fez do Angra a sua morada. Essa agilidade nas guitarras e bateria como Helloween, Gamma Ray e afins fazem e faziam, exige o espírito preparado. Quando esse disco saiu e um pouco antes, eu estava imersa nesse estilo.

♫ Ego Painted Grey

A segunda música que mais gosto do disco é "Ego Painted Grey". Ela é o oposto da "The Course of Nature": não é vibrante, é uma quase balada, densa e pesada. A melodia dela me encanta em todos os pontos, e ao contrário (de novo!) da primeira faixa, o que mais gosto dela são as linhas das guitarras bem como o trabalho de Aquiles.

♫ Breaking Ties

Um tempo atrás, comentei com um amigo sobre esse álbum. Falei que não desgostava de "Breaking Ties" e ele disse que era "muito mela-cueca". Termo bem nojentinho esse, né?
Essa faixa tem uma letra que não é assim, bonitinha. É um tipo meio jogar tudo para o alto. Mas a melodia engana: se não souber o que está sendo cantado, pode parecer canção para ouvir em uma tarde com o vento batendo no rosto, sentado num carrossel. Mesmo assim, eu posso concordar que ela é meio dramática para que o cara tenha usado esse termo para defini-la, rsrsrsrsrs...

♫ Salvation: Suicide

Essa é como a segunda faixa, com o guitarras virtuosas, ágeis com a melodia igualmente acelerada, característica do power e speed metal. Ela tem alguns altos e baixos, com um foco quase inteiro nas guitarras. A justificativa: Kiko é o compositor da música e Rafael, a letra. Os temas que perpassam as canções ficaram simbólicos nos títulos, até essa que já toca o ponto tema diretamente: o suicídio.

♫ Window To Nowhere

Essa é animada. Segue a linha que define a banda à tantos anos, e se fosse para escolher uma canção que define a carreira deles, naqueles 15 anos, essa seria uma boa escolha. Não pela letra (até porque estão ainda na ativa então, eles estão indo para algum lugar, sim), mas porque todos os elementos do que fez a banda, estão lá, especialmente o vocal, cuja a técnica do estilo power metal está mais latente em "Window to Nowhere" que em todas as outras.

♫ So Near So Far

Esta é a canção mais longa do disco, com 7 minutos e 9 segundos. A extensão se justifica com uma introduçãozinha de música árabe, até o 1:50. A grande "estranheza" da canção é a mudança de atmosfera quando Edu começa a cantar, lembrando, no primeiro terço dela, uma canção mais progressiva do que necessariamente metal melódico, que passa a dar as caras logo depois do minuto 2:40. Não só por ser a canção mais longa, é certamente a mais elaborada.

♫ Passing By

A terceira melhor do disco, para mim é Passing By - meio balada e com cara de video clipe. Adoro o refrão e a virada mais bruta, mais pesada e o retorno à baladinha logo em seguida. Foi inteiramente composta pelo baixista, Felipe Andreoli.

♫ Scream Your Heart Out

Boa canção, com elementos de peso, guitarras afinadas em tons graves próximos ao baixo e baterias ágeis. Mas confesso que os solos são pouco criativos. Parecem semelhantes aos antigos - o que não é simplesmente negativo: é estilo característico e reconhecível no Kiko, que é o compositor da música e da letra.

♫ Abandoned Fate

A baladona master fecha o disco, inclusive com vocal acompanhado por violões, totalmente acústica. Há, quase sempre, algo assim nos álbuns, quando se começa com uma música bombástica do tipo "The Course of Nature". "Abandoned Fate" está longe de ser ruim, mas também não é "diferentona" que requeira detalhes.

► Elemento chave do álbum:

Apesar de depois ter "rodado" acho interessantíssima a contribuição de Aquiles à banda. Parece que houveram muitas brigas logo depois da tour desse disco e o motivo ao certo, é nebuloso, mas apontam para questões monetárias - que envolviam questões de marca (no caso, de Aquiles) cobrada pelos empresários da banda. O que foi externado pelo próprio Aquiles foi que seus produtos eram vendidos (e tinham boa aceitação), mas tinham de ser divididos entre os outros membros (algo cobrado pelos empresários). Em tese, Kiko e Rafael proibiram a marca do Aquiles e os conflitos deram começo.

Eu entendia (e entendo) zero de instrumentos. Percussão então, nem se fala. Mas acho empolgante a bateria nesse disco e considerei o elemento chave do álbum.
Se a questão da ganância teve seu lugar como um problema interno, pode ser que os guitarristas também se sentiram ameaçados por Aquiles, já que ele afirma que seus produtos personalizados eram os mais vendidos enquanto membro da banda, o que aparenta alguma preferência dos fãs. No show que fui da turnê de 15 anos, a bateria sobrepunha qualquer outro som no começo do show. Talvez por um problema do lugar (localizado em Uberlândia - MG, o tal "Acrópole" é de péssima estrutura para shows desse tipo), mas ajustes não foram feitos para que houvesse o equilíbrio nos sons. Sem se preocupar - e acho que nem deveria - Aquiles dava o sangue naquele dia.

► Porque gosta/desgosta de uma música do disco:

Quando houver alguma música que não seja exatamente uma favorita, esse é o espaço de responder (caso não tenha respondido) o porquê de gostar ou não gostar de uma música. Já comentei faixa a faixa então não há necessidade de reafirmar alguma outra coisa das 10 canções. Mas há espaço para a música "Out of This World" escrita e interpretada pelo Rafael Bittencourt, e que consta apenas no release japonês de Aurora Consurgens. O que eu penso é que de fato, a canção não se encaixa no álbum e não faz falta nele, especificamente pela temática avessa ao padrão de condições humanas abordadas nas outras 10. Ainda que penso que Rafael tem talento e foi bem sucedido sobre se embrenhar nas "cantorias" (o que não é muito absurdo de se pensar, já que Rafael é graduado em música), a canção começa bem, perde um pouco "o sabor" no refrão, com vozes estranhas aos meus ouvidos, é simples perto das outras do álbum e meio "positiva" demais se comparada as demais. Mas o que é pior é a homenagem à Marcos Pontes, mais uma dessas figuras bobas que o Brasil exalta como se fosse herói e blábláblá... Então, acabou por tornar-se irrelevante em termos de contexto.


► Uma história sobre ele, como uma questão pessoal ou  uma curiosidade:

Já escrevi bastante sobre o álbum. Nessa parte, poderia usar para qualquer menção sobre ele, de qualquer origem. Neste caso, conto como adquiri o disco.

No ano de 2006, um ano de triunfo e derrota pessoal, em meados de novembro, o Angra já estava em turnê de divulgação do álbum e comemoração de 15 anos na ativa.
Vi uma data na cidade vizinha (em Uberlândia, como comentei um pouco acima) e comprei dois ingressos, um para mim e um para minha irmã (que mesmo que não gostasse da banda, ia para me fazer companhia). Fiz reserva em hotel (para não depender de ficar em casa de parentes) e estava tudo pronto para um show em 21 dezembro. Já tinha até planos de encontrar um "crush" lá, embora ele tenha dado o pontapé inicial de nosso afastamento, quando me disse que ia com (ainda recente) namorada.
Uma amiga disse, logo que contei da compra do ingresso, que os membros do Angra, estariam dando entrevistas à uma rádio local para promover o show. Ela me incentivou a participar da promoção de ganhar o disco e um pôster autografado. O que eu fiz? Me inscrevi no site da rádio. Não havia nenhum problema tentar, embora, fiz por fazer, naquela de que "nunca ganhei nada"...
Logo depois do show, que foi uma boa experiência apesar dos percalços afetivos, consegui ficar numa posição em que ninguém me atrapalhava sendo mais alto que eu (era uma escadinha) e também não havia encontrões, empurrões, cotoveladas, nem pisões no pé. Assisti o show relativamente de perto e sem problemas maiores. A banda acabou salvando uma noite, que se fosse uma festa por exemplo, teria sido um momento em que não seria importante relembrar.
Algumas semanas depois, fiz minha irmã, depois de "sofrer" no show que não agradava (coitada! rsrsrsrsrs...) buscar na rádio o meu prêmio. Eu havia sido sorteada junto com duas outras pessoas, uma de Uberlândia e outra de Uberaba. Aparentemente, venci pois devo ter sido a única da cidade que se inscreveu na promoção (sim, os 3 "Bs" do Triângulo Mineiro: Beraba, Berlândia e a Beleza* de Araguari - *que vocês conhecerão como "a Bosta", mas que eu não escreverei pois só seres baixos como Vanessa Da Mata e Alexandre Pires gostam de divulgá-la).
O disco, já postei fotos. Eis o pôster com autógrafos:


Engraçado que essa semana, quando peguei esse poster para tirar a foto, minha irmã disse: "Você ainda tem isso?". Tenho. Confesso que eu guardo muita quinquilharia. Neste caso, foi a única coisa que ganhei na vida, então eu guardo como recordação também por ter sido o primeiro show, e tal... Mas fiquei pensando que, na verdade, tem  pouco valor afetivo: Eu nem cheguei a conhecer os caras, não tenho uma história de ter topado com eles, dado uns abracinhos e ter tirar foto... Pensando bem, é um papel com assinaturas, que as baratas um dia podem fazer a festa e eu vou ficar fula da vida com elas, mas menos mal que ainda terei a memória do show. :(

► 5 novos álbuns para a próxima postagem:

Vamos fazer um teste com este link para votação. Se der certo, continuamos com ele. Mas vocês ainda podem escolher via Facebook e comentários. O esquema será o mesmo: o segundo mais bem votado, volta na repescagem. Em caso de empate, farei um depois o outro num prazo igual de 15 dias.
Opções:

♫ AC/DC - Back in Black
♫ Pantera - Cowboys From Hell
♫ Judas Priest - Painkiller
♫ Black Sabbath - Paranoid
♫ Faith No More - The Real Thing


O voto pode ser anônimo, pode ser em mais de uma opção também. Peço apenas que me avisem caso tenham votado apenas pelos comentários aqui no blog ou na postagem da página do Facebook ou no link acima, para não contar duas ou mais vezes o voto de cada um. Faremos o teste. 

No mais é isso. Agradeço desde já os votos e espero que topem essa nova ideia. 
Abraços afáveis e bom fim de semana a todos!

Comentários

Unknown disse…
Caramba, que postagem boa! Sério Manu, muitíssimo obrigado mesmo... Senti muita coisa lendo isso. Como é bom relembrar dessa época tão boa que foram os anos 2000, que apesar das crises, foi glorioso para o Angra (a mais importante entidade espiritual que me segue há tanto tempo).

Fiquei simplesmente encantado com sua história de como foi ao show e ganhou o brinde. Tipo... A gente valorizava muito essas coisas, o álbum não estava a um clique no celular de distância. Me fez sentir essa nostalgia boa desses tempos mais difíceis (e talvez mais gostosos).

Fiquei simplesmente surpreso de ver que a postagem é desse ano! Saudades de ler essas opiniões e histórias pessoais em blogs. Obrigado, e espero que tudo tenha dado certo com o crush, haha.

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