Tag Cinematográfica: Desafio dos 30 filmes (# 18)

Desafio dos 30 filmes - Dia 18: Um filme que você gostaria de atuar

O desafio de escolher um filme para atuar vai além das escolhas primárias de "vontade": ser atriz é um parecer que nunca cogitei, embora seja interessada em filmes, Oscars, outras premiações e tudo o mais. Nunca fiz uma aula de interpretação, nunca arrisquei qualquer coisa nesse sentido, nem pensei em fazer. Uma que palcos nunca foram meus amigos: em apresentações de escola, até fui cogitada em algumas apresentações. Mas nenhuma saiu de verdade. Eu meio que fazia pois entendia que fazia parte do processo de estar em uma escola, mas se fosse por livre espontânea vontade, talvez, não fizesse. Quando eu entrava em apresentações era por companhia de colegas e amigas. Ou, em um dos casos, por insistência de professores. Sempre tive muita vergonha, algo que melhorou só quando passei no vestibular. Hoje, mesmo apresentando trabalhos ou palestras, por dentro estou meio nervosa, mas encaro estar de frente de pares e pares de olhos atentos melhor que nos anos de escola.
Mesmo assim, nunca me vi como atriz, até mesmo porque, no Brasil, o futuro dessa categoria é teatro ou tv. A primeira opção é para os realmente amantes da arte, bons e engajados. A segunda, é para os narcisistas desejosos de fazerem parte do mundo Global. E não tenho nenhuma das duas coisas. 
Mas claro, por gostar de filmes, há alguns que dê para imaginar fazendo parte. E a lista pode ser grande, se eu fosse parar para pensar, afinal, filmes favoritos para mim, é lista telefônica de metrópole.

Gostaria de ser alguma guerreira em algum filme. Um tipo Éowyn de "O Senhor dos Anéis" - que é um filme em que gostaria de atuar. Mas é primeiro, um livro, cujo teor profundo da personagem citada é muito mais realçado que no longa, por questão prática de tempo. Não torçam o nariz, não farei discurso feminista, não escolherei "Mulher Maravilha". Talvez escolhesse uma Sarah O'Connor, muito mais mulher que a heroína da DC (cujo filme não assisti, mas pelo trailer, é um Capitão América de saia e espartilho dourado. Já vi Capitão América e não preciso de novo, versão Luluzinha). Esse tipo de clichê - mulher forte e sexy sem necessitar de homem pode ser comprado pelo movimento feminino, mas não meu. Meu tipo é Lagertha da série Vikings: mãe, durona, sábia. Escorrega e comete erros, pois quando recorre aos homens, acaba os matando ou fazendo-os submissos. Mas em alguns momentos, tem amor por eles. Parece mais real.
Aposto que esse assunto está chato, afinal ontem, foi o dia internacional das mulheres. Algumas ganharam flores e parabéns por algo que, na realidade, é uma bobagem que é comprada por muitos como um direito. Mas se espremer bem, pode não ter significado nenhum, a não ser, uma maquiada data só para sossegar a mente de muitas de nós. Uma data não vai mudar a mentalidade vitimista de algumas "irmãs", nem mesmo vai mudar a visão retrógrada de alguns incomodados, justamente com o choro das "manas". É uma data que nem dia dos namorados: o comércio ontem, fez promoção de tudo que puderam pelo dia 8 de março. Oportunismo sempre tem lugar cativo, não se iludam.

Da minha listinha de filmes que gostaria de trazer para tag, excluí aqueles que vão dar as caras em outra pergunta. E então, pus os neurônios agitados e me veio filmes que misturam música ao roteiro. Mesmo não sendo fã de musicais, pensei em "Moulin Rouge", "Rock of Ages" ou "Velvet Goldmine". "Rock Star" não é bem um musical; apesar de falar de uma banda que perde seu vocalista e recruta um fã para substituir, o clima do filme é interessante, afinal aborda ambientes das quais eu gosto. Todos os 4 filmes, carregam músicas em seu desenvolvimento de trama, mas a escolha é usar útil e agradável: um papel que do começo ao fim, agrade. Em Moulin Rouge, apesar de Nicole não cantar tão bem quanto Ewan McGregor, ela está estonteante, glamourosa num papel que chama a atenção e exala uma expectativa brilhante. 
Em "Rock of Ages", há atrizes que cantam e os papéis variam: dona de uma boate de strip, mulher de um senador conservadora, a jovem cantora tentando uma carreira, uma jornalista/crítica musical... Aqui o papel masculino mais legal é do Tom Cruise - o tom Axl Rose do personagem fez com que o papel se destacasse, mesmo com o foco nas moças. Além disso, finalizou que Tom é ator para além dos filmes de ação.
Recentemente assisti à "Velvet Goldmine". Claro que a admiração pelos atores do elenco, em especial Mcgregor (sim, ele de novo, numa espécie de Iggy Pop, monumental), e Jonathan Rhys Meyers (num possível David Bowie) é a causa principal, confesso. Mas além da trilha, o filme é também exuberante.
O mesmo falado em "Rock of Ages" cabe em "Rock Star": Ainda que Walhberg seja o personagem mais legal, nos maneirismos do vocalista da fictícia banda Steel Dragon da qual ele imita e substitui, a personagem de Jennifer Aniston passou pela minha cabeça.
Embora eu seja mulher, eu sempre penso em personagens masculinos como intrigantes, não à toa tenho mais atores que atrizes favoritas. Não é ódio ao gênero, por favor... Apenas que, personagens femininas são menos atraentes para mim simplesmente. Mas quando são, elas não são histéricas, bobas, fúteis ou exageradas. Sempre penso que, se uma atriz faz um bom trabalho, eu a substituo por um homem, mentalmente. Se consigo enxergar a inversão é uma personagem legal e uma atriz admirada. Se eu troco e não consigo ver encaixe, eu tendo a escolher o segundo personagem masculino mais próximo.

Além disso tudo, filmes são técnicos. O resultado deles pode ser majestoso, mas o clima da produção é, um dia uma cena, noutro outra cena que vai estar lá no final, em sequencia voltam para o começo e dependendo do diretor, haverá muita coisa rodada que é cortada. Acrescentamos isso as telas azuis, que exigem da imaginação e torna, a cena ainda sem os efeitos, meio tosca de ser filmada. As marcações, continuístas e maquiadores no pescoço, diretores exigindo novas tomadas que atinjam as expectativas deles, produtores pelos cantos, só observando (ou até, palpitando demais) o que tornam - suponho - estranho fazer filme. O resultado final é algo que a gente acha maravilhoso, mas é porque estamos do lado de cá da tela. O trabalho mesmo, parece, mas não deve ser tudo glamouroso. Como qualquer trabalho, deve ter dias bem ruins, mesmo que o roteiro seja apaixonante.

Ainda assim, "Quase Famosos" é mais um longa que se passa com a temática da música - que chega a ser um musical tradicional - que eu gostaria de atuar.
Cameron Crowe dirigiu o longa datado do ano de 2000. Para quem não conhece, aqui vai a sinopse:

► Nos anos 70, um adolescente de 15 anos tem a chance realizar seu sonho acompanhando a turnê de uma banda de rock como jornalista. Sua mãe acha que o mundo do rock é dominado por drogas e sexo, mas as matérias do garoto atraem o patrocínio de uma revista importante que o convida a viajar com a banda. Ignorando os conselhos, ele faz amizade com membros da banda e seus fãs.

Soa como se eu tivesse querendo ser a groupie Penny Lane? Não hehehe... Por isso, a sinopse, para indicar que gostaria de ser o adolescente (ou a adolescente, no meu caso) que tem a chance de acompanhar uma banda e escrever sobre a experiência. Música, interações com as pessoas do meio, e poder contar essa vivência de forma poética/sentimental, toca direto no ponto definitivo para que eu me interesse.
Além disso, o filme é muito legal, com boa trilha e um clima que muitos que gostam de rock, se identificariam.
Essa tag tem também um intuito: sugerir - caso não conheçam, ou não tenham tido a oportunidade - que assistam bons longas. Quem sabe, não aproveitam para o fim de semana? Segue o trailer:



Deixem seus comentários, de filmes que gostariam de atuar ou ter atuado e porquê. Se assistiram "Quase Famosos", comentem também!

Deixo abaixo, os links do desafio que já foram respondidos, para acompanharem:


Abraços afáveis e bom fim de semana!

Comentários

diogo felipe disse…
eu adoro o quase famosos, principalmente a cena do pessoal cantando tiny dancer.

sobre ofilmes q eu gostaria de atuar, seriam varios: james bond, star trek e filmes de jornalismo investigativo, todo os homens do presidente, spotlight, intrigas de estado, e por ai vai. ;)
Manu disse…
Essa cena é mesmo ótima, Diogo!

Gostei das suas escolhas! Jornalismo investigativo dão filmes bem legais!:D

Abs!

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