Velhice precoce...


Eu só posso estar sofrendo de um mal novo: a velhice precoce.
Se existe eu nem sei, mas ontem diagnosticado a doença, admito que sou portadora com covicção.
Sexta-feira é para todos estar com sorriso bobo nos lábios porque afinal chegou o fim de semana.
Eu fui para aula pela manhã não com o sorriso bobo porque estava com um sono descomunal. Mas eu sabia que naquela noite esse problema seria resolvido.
Sabe esses dias em que nada dá certo? Mesmo que você não tenha planejado nada mirabolante, mas tudo que acontece no decorrer dele te deixa ao menos com as pestanas quentes?
Eu sou tranquila, basta que não seja injusto, eu encolho os ombros e fico na minha. Fora isso eu parto para briga. Mesmo.
Primeiro a aula na faculdade seria necessário um computador e projeção para slides. Foi reservada uma sala fora do meu bloco para isso (já que o meu bloco se encontra em "troca de telhado" em plenas aulas...¬¬'). 
A Universidade Federal de Uberlândia está um caos, senhores e senhoras. Abriram muitos cursos e não tem salas para todos, aderiram ao ENEM e sinceramente acho que é por isso que tem entrado tanto novato "tapado" (para ser educada), na universidade. É visível que a universidade tem muito mais alunos que o normal, as salas estão lotadas. Ainda trocamos de reitor faz um ano. O novo não está agradando ninguém e chegam a chamá-lo de ditador. Está uma verdadeira zona.
Na sala que reservamos haviam alunos de outra disciplina de um pessoal da Física.
E o que houve? Tiramos os alunos de lá e depois a professora deles bateu boca com a gente nos tratando de invasores da sala dela. A nossa professora nem teve altura para encarar a falta de educação da adversária, colega de trabalho: tentou mater a calma, mas saiu com muitas patadas e coices.
Eu avisei que aquilo daria confusão e no primeiro "sumam da minha sala" eu já estava na porta para não causar piores comoções. Mas os retardados dos meus colegas quizeram ser heróis e ouviram o que não queriam, e no fim acho até que mereceram.
Invadimos uma outra sala estranha, e ficamos até às 9:30 quando começaria outra aula. A aula era para ser até as 11:30, mas na circunstância que nos encontrávamos, não dava.
De lá saí e fui à pé, num sol de lascar, andando 11 quarteirões até a escola que eu farei estágio. A diretora, uma besta que vive na lua, informou que só posso começar o estágio com todos os papéis assinados (que a universidade já informou que vai demorar a entregar assinado e carimbado ¬¬') e que semana que vem nem preciso ir lá. Até dia 16 eles estarão paralizados esperando resposta do Governo de Minas Gerais a respeito da proposta do sindicato de professores sobre aumento. A escola é estadual.
E aí como fica? A minha professora de estágio sorri e diz com uma vozinha de quem canta para neném dormir: "não sei, você tem que conversar com o pessoal da escola" e eu vou na escola e ninguém me responde nada. Só falam em "paralizados, querida, não fazemos nada, se não o governo não nos ouve!"
M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O!
Fui embora. Entrei no maldito ônibus de volta para minha cidade querida. Os novatos do ônibus são uma turminha de burrinhos, infatis e medíocres que desde o início do ano conversam tanto que atrapalha todos no ônibus. Ontem eles bateram seus recordes. O ônibus atrazou 40 minutos porque muita gente queria voltar para cidade, mas não tinha ônibus suficiente (o que acontece sempre e a empresa insiste que não aumentou o número de estudantes. Não, eles se multiplicam por bipartição! Ranca um pedaço de um e nasceoutro indivíduo! ¬¬'). Com uma bando de idiota falando alto no ônibus, fiquei ouvindo Sepultura (que era o mais violento que tinha no meu mp4) no último volume, afinal ouvir idiotice de gente de mente pequena eu já estava esgotada.
E os novos amiguinhos gritaram que tampou o som do mp4. Riram, pulavam nos bancos, xingaram o motorista, cantou para um do grupinho levantar e dançar "rebolation" para todos e assim foi. Os veteranos como eu riam e diziam "que povo chato!". Foi a comoção: todo mundo vendo minhacara feia veio comentar comigo a situação. Um conhecido da engenharia elétrica me falou quando descemos do ônibus e eu e ele íamos p/ casa que não conseguiu dormir nada com a bagunça. "Espera só eles abestados fazerem a primeira prova e vc vai ver que o Zero deles será tão grande que eles param com a macaquice". Ele morreu de rir e disse, que torcia para que isso acontecesse. E estamos combinados: quando eles tiverem caladinhos seremos nós, eu e os marmanjos das Engenharias que vamos nos vingar. Eu já entrei no grupo de "extermínio" com meu mp4: os fãs de "rebolation" vão ouvir "Roots, Bloody Roots" do Sepultura durante toda a viagem.

Se não bastasse, tomei a tal vacina contra H1N1. O negócio não dói, mas meu braço ficou doloridíssimo durante as horas seguintes. Tive aula de guitarra logo depois e meus movimentos ficaram limitados. Eu não sei o que houve mas meus músculos não responderam bem à isso e meu braço ficou estranho. Na aula o tempo todo fiquei fazendo caretas. Pobre de meu professor que pensou que o problema era com ele. 
Um dia de cão. 

Aos professores. Já vi que a vidinha de vcs é um saco, porque brincadeira! Se estouram com qualquer coisa que se mova perto de vcs. Aos funconários de governo... Pai do céu! Não tenho culpa se esse país não os ajuda. Falo isso sobre a escola do estágio... Que culpa tenho se as diretoras escolheram esse ofício caótico? E que culpa tenho se o MEC exige que eu faça essa porcaria de visita à escola? Não é por isso que tenho que ser tratada como um pequeno verme.
Quanto aos inúteis seres perturbadores da tranquilidade, agradeço à eles porque descobri que estou velha e não tenho paciência com gente jovem. Parece que eu nunca fui. Mas realmente acho que eu não era retardada assim não. Eu tinha senso e educação nas horas que era preciso.


Em meu momento de Limão ontem, recebi esse email da minha tia:
"A IDADE

Quando você encontrar alguém da sua época e achá-lo muito velho e acabado, é bom correr pro espelho e fazer uma bela autocrítica.
A idade passa para todos.
Eu estava sentada na sala de espera, para a minha primeira consulta com um novo dentista, quando observei que o seu diploma estava pendurado na parede. 
Ao ler o nome, de repente, eu me recordei de um moreno alto, que tinha esse mesmo nome. 
Era da minha classe do colegial, uns 40 anos atrás, e eu me perguntava se poderia ser o mesmo rapaz por quem eu tinha me apaixonado à época? 
Quando entrei no consultório, imediatamente afastei esse pensamento do meu espírito. Este homem grisalho, quase calvo, e o rosto marcado, profundamente enrugado, era demasiadamente velho para ter sido o meu amor secreto... Quê que é isso? 
Depois que ele examinou minha boca, perguntei-lhe se ele tinha sido do Colégio Estadual Central.
- Sim, respondeu-me..
- Quando se formou?
- 1966. Mas, porquê a pergunta?
- Eh..... bem... você era da minha classe.  
Aí, então aquele velho horrível, anormal, cretino, tremendo filho de uma p..., me perguntou:
-
 A Sra. era professora de quê?????"

O povo realmente só tem "pérola" para dizer mesmo. ¬¬'
Abraços afáveis e bom fim de semana a todos (se for possível ^^)!

Comentários

Ron Groo disse…
O EMAIL da sua tia é muito bom... vou copiar e repassar...

Agora... Limão ser laranja de mau humor é fantástico!
Manu disse…
Pode repassar Groo. Não duvido que ela tenha recebido isso de alguma amiga doida que ela tem aos montes hehehehe...

abs!

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