Ser fã ou não ser.. Eis a questão!

Finalmente é tempo de descanso! ^^
Nem vi a manhã passar. Meu dedo indicador ficou chato e vermelho do tanto que escrevi na prova de hoje. Chega! Mais? Agora só ano que vem. xD



Bom, agora posso ficar uns dias de bobeira, fazendo outras coisas digamos, inúteis. Será divertido, eu tenho certeza. Já posso receber emails e responder com rapidez... E... ah! Minha irmã já deixou pelo menos uns 10 emails de notícias para mim hoje só pela manhã. Isso ela foi capaz de fazer porque não conseguiu acessar o tal "colheita feliz" do orkut... ^^
Selecionando, tinha umas nove notícias da F-1. Oito delas eu li ontem. A nona... bem... eu queria falar dela, mas envolve Montezemolo e Kimi Räikkönen... E daí o décimo email era uma notícia do yahoo. Coluna do Regis Tadeu (Segue o link para que leiam)... Ok, vou falar disso? Vai ser melhor...

Lendo a coluna pensei na questão do ser ou não ser fã de alguém.
Desconheço o evento base que Regis tirou para escrever. Não tenho Multishow na minha casa porque a tv a cabo à anos não faz extensões pela cidade. Não há nada que os façam mudar de idéia. Quem tem, tem. Quem não tem, ficou sem.
Antenas dessas que se pagam adicionais?... São boas, mas se tivermos uma em casa, temo que aqui ninguém mais vai trabalhar, comer e tomar banho. Ou seja, será declarado estado de calamidade.

Meu canal preferido é o youtube.com. Eu vejo o que eu quero e na hora que eu quero. Assisto telejornais, principalmente para não "boiar" nos assuntos de importância, e porque numa certa época eu não tinha tempo para eles a não ser que falassem de integral, derivadas, Teorema de Pitágoras...
Vejo CQC porque não me faz mal rir um pouco, uma vez por semana.
Tenho pavor das coisas da MTV. Por motivos óbvios, o "M" alí pode ser de tudo, menos de Música. São raras as excessões e nessas excessões provavelmente eu já desisti de ficar no canal e desliguei a tv.
Por isso nem sei do que se trata "banda Strike". Provavelmente uma "cria" da MTV, não tenho dúvidas. Se não for, deve dar as caras nos principais programas do canal. É porque banda de boçais lá é o que não falta.
Não tive paciência em ver o vídeo citado por Tadeu. Não perdi meu tempo. Sei que vcs dirão: "Manu, tu está aí sem nada pra fazer e não vai ver o vídeo e meter o pau numa banda que nem sabe o que é?" Vou. E sabem porque? Porque o ato descrito pelo colunista sobre uma "fã" dos "anormais" já me deixou em completo alerta sobre o quanto a mediocridade reina em certas situações.
Já disse algumas vezes aqui no blog, mas não custa repetir: tenho 22 anos. Se daqui uns 5 anos eu me casar, meu maior pesadelo vai ser ter filhos. Só de pensar na fase "aborrecência" já me deixa com mais cabelos brancos, fora aqueles que a genética já me presenteou.
Eu ainda não consegui definir quem é mais babaca na história... Se é a "fã" ou os "músicos". Se eu tenho uma filha fazendo isso, meu santo! Eu seria sumariamente taxada de "mãe quadradona" na melhor das hipóteses.
Sou absurdamente "velha" para muitas coisas. As vezes eu falo como se eu tivesse no século passado. Eu tiro sarro da cara de meus colegas de sala que se portam como infantis, os mestres das piadinhas de fora de hora e as propagadoras dos "tipo assim". Entre outras coisas que não cabe comentar...

Mas daí a frase do Tadeu: Todo fã é um idiota.
Na hora eu fiquei com sombrancelhas bem arqueadas.

"...fã é todo aquele ser que chora por seu ídolo, que coleciona pastas e pastas com fotos de seu objeto de desejo, que tem seu quarto forrado de pôsteres do alvo de seu fanatismo (palavra que, não à toa, originou o termo "fan" ou "fã", dando uma 'abrasileirada'), que chora na porta de camarim, que passa dias e dias na fila, esperando o momento de entrar no local onde acontecerá o show de seu "amor não correspondido". Ou seja, é o retrato nu e cru, despido de qualquer racionalidade, de um idiota." (trecho da coluna)

Eu fui fã. Gastei um dindin considerável numas revistinhas do tipo Capricho na época de minha infeliz transição de criança à adolescente. De repente eu tinha 14 anos e era preciso umas coisas mais completas e daí virei roqueira. Larguei a idéia do fã, mas algo ainda ficava.
E a ficha caiu por volta dos 18 que fazia mal sair de roupa preta em sol de 35º C. De lápis no olho as 3 horas da tarde não era uma coisa bonita... As coisas não ficavam boas quando uns colegas pagodeiros perguntavam se eu era gótica sabendo que tem umas fotos de garotas góticas na internet que mais parecem garotas eróticas... Opa, tem algo errado! Daí veio a porcaria dos "emos" e...
Roupas normais sim? Sim, e não morri! Hoje ninguém olha para mim como "cruzes, de preto nesse calor!"
Continuo ouvindo as mesmas músicas, já diversifiquei meu gosto. Principalmente tonho orgulho de dizer: eu cresci.

Já devo ter dito que sou "fã" de Nightwish. Levando em conta o trecho do Regis Tadeu há algo errado.
Eu não me rasguei, não chorei e não olhei para o céu com cara de frango de padaria prestes a ser totalmente assado, quando a vocalista Tarja Turunen, membro da banda desde o início, diva do metal sinfônico finlandês, foi mandada embora da banda. Não disse para Deus e o mundo que deixaria de ouvir a banda. A não ser que mudasse para um estilo que não me agradasse, tipo... sertanejo? Afinal o que eu gostava era do som e das letras.
Quatro anos depois e eu estava no show deles com a nova vocalista.
É minha banda favorita sim. Não dei "pití" por causa da máquina fotográfica durante o show. As fotos não estavam ficando boas. Olhei para minha irmã e disse: "Larga isso e curta o show". Foi ótimo sim, adorei e foi duas horas surreais. Mas se eu tivesse chance não sairia enlouquecida atrás de alguém da banda gritando que nem uma gralha. Nunca. Até porque como bom europeus que são, eles iriam fugir no primeiro minuto que isso acontecesse.

"Se você é daquelas pessoas que adora o seu ídolo de uma maneira equilibrada, que aprecia o seu trabalho quando o cara manda bem, mas reconhece as pisadas na bola e os vacilos, então você não é um fã, mas sim um admirador. Você simplesmente gosta da banda ou de quem quer que seja. Você não o ama, não chora por ele, não grita, não se desespera quando um pedido de autógrafo é recusado, não pensa em cortar os pulsos quando recebe a notícia que seu "amor" vai se casar com uma outra pessoa que não é você. Você não é um fã. Você não é um imbecil." (trecho da coluna)

O mesmo cabe à Kimi Räikkönen. Já fiz tributos, textos, lamentações. Fiquei com o coração apertado de ouvir críticas, já saí nos tapinhas singelos para defendê-lo. Faria isso por uma colega de sala. Faria o triplo por um amigo, ou alguém da minha família. Faço isso por justiça. Faço... porque admiro Kimi. Ele foi o primeiro piloto de F-1 que acompanhei. Tenho o direito!
Mas eu não defendi suas bebedeiras. Apenas achei que ele deveria fazer o que ele achasse que deveria. Se ele achou que era hora de beber, que transbordasse em vodka. Pra mim não mudou. Seu caráter foi segundo plano para mim. Primeiro o piloto, segundo a pessoa. Só não acho que duas ou três momentos como esse possam se resumir na vida dele inteira, como muitos fazeram em comentários, como se no lugar de sangue nele corresse etanol. Porque não podemos gostar das pessoas apesar dos pesares? Ele pode gostar de mim e de qualquer outro fã dele sem saber de nossos defeitos (claro, situação hipotética ok?)
Se eu encontrasse com Kimi hoje, digo que não faria nada além de um olhar fixo. Duvido que eu teria coragem de dizer qualquer coisa a ele. Talvez um "poxa, legal ir por rali, mas vc fará falta na F-1". Porque, como ele, eu não sou assim muito "aberta a todos" como uma máquina de caixa rápido. Me bastaria vê-lo correr e vencer. Como no show do Nightwish. Músicas ao vivo, cantadas em uníssono e o sorriso dos músicos no palco e o povo empolgado a minha volta.

"O artista quer que você compre o disco dele e vá aos shows, que demonstre explicitamente a sua devoção comprando a camiseta da turnê, a edição especial do CD que está sendo "trabalhado" na turnê, o chaveirinho, o imã de geladeira. Todo artista no fundo, pensa "me ame, me idolatre, compre todas as bugigangas que eu soltar no mercado, mas fique longe de mim". Lamento, mas esta é a pura verdade." (trecho da coluna)

Será?
Se assim for, que os admirados continuem fazendo um bom trabalho. Cabe só a mim escolher se compro os cacarecos deles.  Mas eu tenho alguma certeza que no fundo, aqueles que "admiro" sabem que sem pessoas para admirá-los, nada seriam. E eles não abusam desse argumento.
É um show bem legal, que em êxtase agradam seus tímpanos e vc canta como se tivesse em casa no seu quarto; é um filme com boa interpretação, que te emociona ou faz rir; é uma apresentação sem igual do atleta favorito na sua modalidade, vencendo, ficando feliz e espalhando a alegria...Não importa como são, importa que são como vc.
É reciprocidade sem palavras, apenas o carinho da troca, do bem estar que provoca. Sem mais. Cabe a nós impor limites e nos valorizar também. Porque o bem que eles podem fazer tem que ser realmente um BEM...



Abraços afáveis!
* E viva o descanso! ^^

Comentários

Ron Groo disse…
Considero o fã uma extensão do artista.
Se o artista é vazio, os fãs assim o serão.

Geralmente as bandas voltadas a um publico adolescente tem os fãs mais barulhentos e bobos. Do tipo que chora, se descabela, fica gritanto eu te amo pra uns caras que nem sabem da existencia deles enquanto individuo.

Mas como em tudo, generalizar é mancada.

Sou fã do Queen, desde a adolescencia, tenho tudo que foi lançado oficialmente pela banda e 90 por cento do que foi pirateado. Muita grana foi embora com isto. Livros, revistas, cds, vinil, cassetes. Camisetas, quadros.
Mas não me considero nem idiota. E - é ruim advogar em causa própria - dificilmente alguém me ache por este motivo.

De qualquer forma...

Bem deixa pra lá.
Valeu Manu. To tentando terminar teu texto tá!
Manu disse…
Sim sim Groo, concordo plenamente!

É, agora seu texto deve ficar ainda mais legal... Digamos q o q esperávamos se concretizou!^^
Abs!

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