Tabelas da Quinta Etapa da Temporada 2021

Vocês já devem ter lido ou escutado por aí, então, não trago novidades: Mônaco não foi a melhor etapa até agora. Mas certamente ouviram que o resultado da corrida é o melhor momento da temporada. 
E se não ouviram ou leram isso, agora já sabem e podem até discordar. 

Aproveitamos essa situação, meus consagrados! Pode ser que seja por pouquíssimo tempo. Mônaco é destes tipos de circuito que se certas coisas "bacanas" acontecem lá, não se repetirão tão cedo. Então, Verstappetes do mundo: comemorem, com parcimônia, mas comemorem. Pode ser a única vez que vocês poderão mandar - por mérito claro e incontestável - os Hamiltonianos às favas. 

Já comentei aqui que me desagrada placar de classificação, não é? Um dos motivos é que não acho que tenham tanto significado prático assim. No entanto, muita gente conta com esse placar para poder endossar o seu ponto de vista sobre esse ou aquele piloto. E isso, quando convém. 
Eu teria N exemplos, mas vou pinçar um só. 
Nesta semana que passou, pós corrida, começou um burburinho de que Valtteri Bottas estaria saindo (ou precisando sair?) da Mercedes. 
Estranho que a negociação com o finlandês, no ano passado, se deu de forma pacífica e dizem até que o seus salário teria sido aumentado, para que ele decidisse ficar. Em alguma medida, ele deve ter também exigido alguma garantia para além do âmbito financeiro.  Se isso tiver fundamento, só posso concluir que Bottas ganhou um potinho de mel, mas a Mercedes já preparava as caixas de abelhas. Desde que a temporada 2021 começou, Toto Wolff tem dado todo o tipo de declaração descabida para, em breve, justificar a dispensa do nosso Bichinho de Goiaba. 

Talvez não precisasse dessa apoteose toda: se dispensar Bottas no fim do ano, todo mundo iria concordar. Uma que Bottas não é do tipo carismático. Já comentei aqui em outros textos: ninguém se dá o trabalho de defendê-lo. Em Mônaco, o cara nunca fez feio, a não ser quando era piloto da Williams, entre os anos 2013 e 2016 e que teve resultados improdutivos. Em 2017, já com a Mercedes, foi quarto colocado; em 2018, o quinto e em 2019, o terceiro. Perto do genial Lewis Hamilton, ele foi muito mais constante e caminhando para a evolução: em 2017 Lewis foi o sétimo, em 2018, o terceiro e só em 2019 é que a vitória apareceu. 
Segundo ponto seria esse mesmo: Lewis já venceu em Mônaco. Mas quando se tem a equipe a seu favor, metade do caminho está traçado. O pessoal se esquece, mas faço questão de lembrar: quem entra pela porta principal da equipe para ser segundo, nunca tem chances de sentar perto da lareira. 

Pegamos 2017 como recorte. Lewis em sétimo, Bottas classificou-se em terceiro. A mesma configuração do domingo retrasado. Bottas ia para o pódio, tranquilamente e depois da não presença do pole position. Ele iria ter, no mínimo, uma segunda e excelente colocação enquanto Hamilton lutava até para manter o sétimo lugar, depois das primeiras paradas. 
Não é de se espantar que um erro de pit stop acontecesse com Valtteri.
Não é de espantar também que a responsabilidade do erro bizarro de uma porca impedir a troca de pneus, caísse nas costas do finlandês. 


Dito isso, deem uma olhadinha na tabela de classificação. Cinco etapas: 3 a 2 para Hamilton. 
Percebem que esse lance de placar só surge quando convém entre os debatedores? Se tivesse 5 a 0, como no caso da dupla da Williams, estariam comentando sobre. Mas 3 a 2 é pouco para quem mandaria e desmandaria na equipe, por ser muito melhor que o companheiro.

Por isso, o assunto substituição de Vatteri parece ser a tônica, no momento, injustificada. Atribuir à ele, a culpa da roda presa no pitstop era apenas um pretexto para criticar um pouco mais. Confirmada, na quinta-feira passada, que o piloto não tinha responsabilidade sobre a falha, ao mesmo tempo, olhávamos (pasmos?) para diversas fotos divulgadas de um "happy hour" em iate com a presença de Lewis, Toto Wolff e a esposa, e ninguém menos que Nico Rosberg e suas filhas. 
E o Bottas? Não estava nos cliques e provavelmente sequer foi convidado. E se foi, negou a ida, por saber que não é bem quisto. 

Além de ser uma baita cortina de fumaça para as pessoas pensarem sobre as trivialidades da vida, como Rosberg e Lewis "amigos" de novo ou o teatro para exaltar o piloto da equipe relaxando com seus parceiros fieis, temos uma "big picture" muito mais palpável de toda a situação e que passou muito despercebida: Nem o chefe da Mercedes está a fim de solucionar pequenos ou grandes problemas no carro do segundo piloto e como um todo, ninguém, nem Lewis está preocupado com o avanço da Red Bull no campeonato - tanto de construtores, quanto o de pilotos. 
O único trouxa sofredor dessa maracutaia toda é o Bottas. Sofre, de bolsos cheios, mas pingando gotas de humilhação.

Enfim. 

De volta ao placar, temos a confirmação de que Sérgio Pérez nunca foi a solução de nenhuma equipe que quer vencer bem a ponto de não passar tanto sufoco diante da Mercedes. Infelizmente, a forma como tratam isso internamente, também não ajuda o mexicano. 

Ainda não tenho motivos suficientes para discutir a não adaptação de Daniel Ricciardo na McLaren, embora tenha lá os meus palpites e que contarei mais adiante.

Sigo sem achar que Carlos Sainz é muito melhor do que qualquer outro para o lugar de Sebastian Vettel. Acredito piamente que, se ele faz "bonito" agora, é porque a equipe ainda não esteve em um patamar de prejudicá-lo em detrimento de Charles Leclerc. A Ferrari como equipe dá tom, para mim, de não ser nem bom, nem ruim que apareçam nas corridas.
De algum modo, o protagonismo deles no GP de Mônaco, desde do TL 2 e a classificação, teve um sabor agridoce para a corrida. Em se tratando de Ferrari, isso não veio sem uma boa dose de dúvida e de "facepalm".

É importante que Vettel recobre a confiança e possa achar o seu lugar na Aston Martin, ainda que com passos de formiga em termos técnicos. Não que a opinião pública sobre ele irá mudar - visto que se repete, toda santa vez a tal batida de 2018, no GP da Alemanha. 
Como falei em seletividade, todo brasileiro dito fã de  F1 atual não se esquece da tal batida em 2018 para dizer que Sebastian é "fraco" ou tende a chamá-lo de "farsa" pelos títulos conquistados na Red Bull no começo da década 2010. No entanto, se esquecem do balé clássico do Felipe Massa em Silverstone 2008. As 8 rodadas do brasileiro nunca é uma estatística para discutirem como ele conseguiu a proeza de perder aquele título justamente para Lewis Hamilton.
Águas passadas? Deveria ser, mas se não esquecem Vettel, também não esqueço as bobagens dos nossos queridos pilotos.

Estou de mau com Fernando Alonso no momento. Aguardei que ele pudesse ser o tal homem que escancararia Esteban Ocon como um piloto instável e pouco promissor, mas não!!! Decidiu vir pra ser o cara que teve um "come back" fracassado? Poxa, Alonso... Se bem que acho que ali, o caso é diferente...

Riscamos os fósforos para soltar foguetes para Yuki Tsunoda e gastamos só na primeira corrida, certo? Claro que é jovem e se esperava que Pierre Gasly fosse superior, mas "deu xabu". No entanto, ainda está na equipe e tem tempo para "evoluir", se não deixar a pressão de ser piloto da escola Red Bull acabar derrubando-o.

Finalmente Nikita Mazepin "superou" Mick Schumacher. ... Só que não! 
Esse seria o outro motivo pelas quais o tal do placar de classificação é um tanto ruim. Não só no sábado, mas na quinta de treinos, Mick não conseguiu controlar o carro da Haas em Mônaco. Bateu duas vezes e a última vez, foi no finzinho do TL 3 e ele não foi para a classificação, pelas avarias no carro. Só por isso, Nikita ganhou esse pontinho de classificação. E só por isso, não está 5 a 0. Parece injusto, e é. 

Na corrida, Mazepin também precisou da ordem de equipe, uma vez que o carro de Mick não estava 100%. Deu polêmica, para variar, mas não precisamos de tando desconforto assim, os dois sofrem com a Haas, sem merecerem (opiniões moralizantes são irrelevantes aqui). Ambos estavam com um carro bem ruim sobretudo pelas condições de Mônaco: foi a primeira vez, em 5 corridas, que a dupla ficou à 3 voltas do líder e foram os únicos. 

São 20 anos de Kimi Räikkönen na F1, então são 20 anos em que ele nunca foi necessariamente um "grande cara" nas classificações. Seu 4 a 1 para Antonio Giovinazzi não significa que ele já pode "dar adeus", pois a idade não permite mais que ele seja bom piloto. Não sejamos implicantes. 

5 a 0 para George Russell contra Nicholas Latifi, vai justificar muito a ida do inglês para a Mercedes. E talvez nem seja para o lugarzinho do ReiMilton... 

Por falar em ReiMilton... Ele ficou apagadinho na corrida, né? Deu até pena que seus protestos no rádio tenham surtido efeito nenhum e a equipe, que coisa horrorosa, tenha errado com a escolha de pneus e o "timing" para o seu pit stop. Que triste! 


"Em sétimo viestes e em sétimo ficastes". Eu daria risada, se não soubesse que que depois posso chorar.
Eu não sei vocês, mas ainda que Mônaco seja "chata" para alguns, hoje, por conta dos carros largos e longos que não combinariam mais com a pista estreita, esse ponto específico de um piloto dado como fantástico largando em sétimo e ficando em sétimo, tomando até overcut de pilotos que não estão lá nas suas melhores fases ou posições na carreira... É de se considerar que permaneça no calendário. Se a corrida causar pelo menos uma mudança inesperada para agitar, nem que seja momentaneamente, o campeonato, é para aplaudir de pé. 

Percebam que nem tirando Bottas do caminho, nem com Leclerc fora também, Sir Hamilton conseguiu ser o "piloto excepcional" que Toto Wolff considera divisor de águas para a Mercedes. 
"Mas ele fez a volta mais rápida!"  Não precisariam gritar, pois eu bem sei. 'Tá ali, indicado na tabela, inclusive. 
Só que aqui entre nós: porque quando algum outro faz volta rápida é pois "o carro está mais leve, trocou para os pneus mais rápidos e tem o melhor carro do grid", e quando é Lewis quem faz a volta rápida, "é genial"?

Destaques de sábado para domingo: Demorou cinco corridas para a Ferrari ser assunto na F1 e ir do bom ao ruim em questão de minutos. Por sorte, tinham Sainz para salvar o dia. Como ainda não teve a implicância dos italianos com ele, pode brindar-se com um pódio antes do protegido. E de algum modo, Leclerc mostrou a sua qualidade enquanto gente: assistiu a corrida dos boxes, e foi cumprimentar e comemorar o pódio do companheiro. Se houver rusgas entre ele e o espanhol futuramente, não será pessoal. Tomara que a Ferrari não detone isso, pois seria ruim para ambos. 

Lando Norris em seu segundo pódio no ano, retomando a terceira colocação, graças à sabotagem da Mercedes com Bottas. Sim, sabotagem é termo forte, mas não consegui achar adjetivo melhor. 
Ainda sobre a McLaren, é estranho o que vou dizer, mas fica parecendo que fizeram mau negócio e, com relação à habilidade do Daniel, ficamos na dúvida: Ricciardo não é essa coca-cola toda? Fomos conquistados pelo seu carisma e consideramos ele talentoso só pelo seu jeito leve de ser? Ou estamos só num campo nebuloso em que o inglês de equipe inglesa está se destacando e isso é natural? 
Ric está apenas se adaptando e isso demanda tempo. Mas porque, para ele podemos dar tempo, e para Vettel ou Alonso, não? 
Não vou responder nenhuma destas perguntas com exatidão, pois talvez não exista respostas boas para especulações. Só estou fazendo um exercício à modos críticos sabichões da F1 para deixar algumas opiniões começando a tomar forma. 

Sobre os sabichões, me refiro aos anônimos e aos famosos, tipo aqueles que venceram um título, viraram "comentaristas" que no sábado cravavam que Vettel deveria ter se aposentado e no domingo diziam que ele será herói de novo na Aston Martin.
Sim, eu falo de Nico Rosberg. Podem procurar, ele disse essas coisas e assim como a Ferrari, mudou da água para o vinho, saiu de crítico para defensor do Vettel, em 24hs. 
Seguindo a premissa do piloto ser tão bom quanto a sua última corrida, há quem compre essa ideia do Rosberg e repita como papagaios. 

Não sei se Seb vai ser o herói novamente da Aston Martin, mas é visível que o comentário mais razoável feito por alguém "de fora" sobre seu desempenho na equipe foi o de Helmut Marko, no começo da temporada, que disse que era necessário umas 5 corridas de adaptação para Vettel.
Digo razoável pois, apesar de confiar que Seb tem talento o suficiente para transformar o resultado em Mônaco como recuperação de confiança, criar expectativas sobre isso, não é o melhor reação de quem está do lado de cá. 

No entanto, sim, é um dos outros destaques: o quinto lugar do Vettel foi altamente notável, o quarto de Pérez ainda insuficiente, mas possível, o bom segundo de Sainz, o consistente sexto de Gasly e o legal décimo de Giovinazzi. Todos de parabéns. (Kimi também não perdeu Gio de vista e os pontinhos virão - ou voltarão a ser dele, se a FIA deixar.) 

Tenho até medo de comentar a tabela de pontos e dizer que ela começou a ficar bacana e tudo ruir já neste fim de semana, em Baku. Segue a tabela de construtores, até o GP da Espanha:


Porque coloquei a tabela acima, se já comentei ela depois que GP da Espanha já tinha acontecido? Para fazer vocês pensarem comigo uma questão: Supondo que a  Mercedes, de fato, sacaneou Bottas, para tentar deixar "menos feio" para Hamilton, porque eles erraram mais do que poderiam se dar o luxo de permitir?
Não que tenha acontecido, mas eu não duvido, não tanto quanto muita gente por aí. 
Explico o que quero dizer: Depois de um fim de semana em que Bottas estava se dando bem em Mônaco, não me espantaria que tentassem alguma coisa para que ele não ficasse a frente do Hamilton numa pista tão tradicional. Lembrando de todo o show que Lewis fizera em 2016, eles devem ter pensado que era impróprio que Bottas fosse ao pódio, ao lado do rival direto, o Verstappen e com Lewis fazendo apenas o top 10. 
Ia ter objetos do motorhome sendo arremessado num pessoal aí e talvez não fosse muito legal de deixar acontecer, com medo de que vazasse para a imprensa o pequeno-grande surto do octacampeão. 
Se quiseram estragar a corrida do Bottas, erraram na mão. Não terem sequer pensado nisso, poderia ter sido a melhor coisa. E que deixasse que Hamilton gritasse com eles até perder a voz.

Sabe o que acontece quando você se esquece de tratar bem aquele que ajudaria (sempre que precisasse) o seu favorito brilhar? Isso aqui:


Além da Mercedes, só a Alpine mudou de posição. E eu até poderia dizer que as duas estão perdendo, por um ponto, por estarem focadas demais do seus pilotos arrogantes estrelados, e os segundões estão aproveitando disso. A questão é: a Alpine ainda não deu sinais para acharmos que ela prioriza Alonso e talvez nem estejam fazendo isso, uma vez que sendo francesa, estariam do lado do piloto francês. Só que parece senso comum dizer que apenas Alonso era (e não teria mudado) do tipo egocêntrico. E que exige que todo mundo estenda tapetes para ele passar. Essa atribuição, nunca foi dada ao Lewis. 
Mesmo quando a Mercedes erra/humilha/destrata o segundo piloto, não falta aquele tal para justificar: "todo segundo piloto é assim, toda equipe já fez isso..."
A questão é clara: se o cara é brilhante, ele não precisa pisar ou exigir que rebaixem ninguém. Ele faz or si. Porque isso serviu para tantos como Michael Schumacher, serviu para Alonso, mas não serve para Hamilton?

Não é porque ele sempre superou companheiros. 
Se ele fez, ele fez por estar blindado ou lidando com caras muito cordeirinhos, propositalmente anulados. Se bateu Alonso em 2007, foi porque era cria recém-chegada do Ron Dennis. Heikki Kovalainen não poderia contar, não porque era incapaz, mas porque pegou o reinado pronto, só poderia ser súdito. Jenson Button deu de ombros e quando deixaram espaço para Jenson e Hamilton protestou e caiu fora.
Na Mercedes, Rosberg até perdeu a paciência e a boa vontade em ser amigo quando foi seu companheiro. 
Bottas não é simpático. É visível que esta tentando incomodar. Por isso, tardou, mas chegou a hora da Mercedes errar com ele e com o resto: cair na ideia de trabalhar contra àquele que deveria ter como aliado é o primeiro passo do fracasso. É nessas horas que a Red Bull precisa aproveitar. Precisam deixar de provocarem com palavras à imprensa e trabalhar 110% Com Pérez inclusive: Incentivar e não criticar; pedir que faça sempre mais e que confiam nele, pode ser muito importante. E o bico da Mercedes iria cair. 

Mas não vai. 
Se estão tranquilos e seu piloto-mor está festando com o chefe  e o "ex amigo"... Bem, é como disse no começo do texto: estão nem aí para o campeonato, porque sabem que basta  um estalar de dedos à estilo Thanos, para voltarem ao topo da tabela. Para a gente restará ficar confabulando sobre as "genialidades" estratégicas deles e do ReiMilton.

Outros pontos: a Ferrari só apareceu de fato na última corrida e nem foi com a sua dupla. No entanto, nas outras quatro, mostrou valor da união que tanto pregam e estão se aproximando da McLaren. Esta, se não ajudar Ricciardo a se encontrar, pode perder espaço. Ainda dá para contar com a Ferrari errando mais ao longo do campeonato, porém não podem perdê-los de vista.

A Aston Martin em 5 corridas, pontuou apenas com Stroll: foram 5 pontos somados. Em uma corrida, Vettel conquistou 10, o dobro do companheiro que vinha sendo exemplo para os detratores do Seb. Ele está acabado, lembram?
Assim, a equipe superou, numa tacada só, Alpha Tauri e Alpine, que contam com a pouca ou nenhuma expressão do segundo piloto. 

Vivas e vivas para a Alfa Romeo que finalmente, pontuou e dessa vez, permaneceram com o ponto sem serem roubados.

Quanto aos pilotos, as mudanças de posições são mais interessantes. De começo, os 10 primeiros mostram uma maravilha para quem tem TOC: uma setinha verde para cima, uma vermelha para baixo, uma para cima, uma para baixo, alternadinhas:


Tecnicamente Lewis ainda está na frente do campeonato. Não é a primeira vez que ele fica atrás de um rival no começo da temporada. Se fosse depois da metade dela seria realmente de empolgar com a possibilidade de termos um campeonato mais apertado. Como não é o caso, sugiro ficarem felizes agora, pois esses 4 pontos podem ser dissolvidos e superados, neste próximo fim de semana, ainda que digam que será mais fácil para a Red Bull, novamente. 

A imprevisibilidade recai - como tem sido - ao terceiro lugar em diante. Norris voltou ao terceiro lugar, mas não só por méritos próprios. Bottas, se não tivesse problemas com a porca no pneu, teria ido ao pódio e marcado 18 pontos. Norris teria feito o quarto lugar, como estava até aquele momento e teria somado mais 12 pontos, totalizando 53 contra 65 pontos de Valtteri. Norris permaneceria em quarto no campeonato.
 
Lembrando também que isso só é possível porque já sabíamos que Leclerc não largaria. 
Num "e se", o cenário não mudaria: Leclerc teria terminado a corrida em segundo provavelmente, perdendo a pole com o avanço e Verstappen. Em segundo, Bottas teria marcado 62 pontos e estaria à frente de Norris, que teria feito, no máximo, um quinto lugar, e ficando com 51. 
Se tivesse participado da corrida, a vida do Leclerc teria sido mais fácil e ele não teria perdido a posição para Pérez, a não ser que terminasse  abaixo da 8ª colocação. 

A tendência é que o Bottas permaneça oscilando entre o terceiro e o quarto lugar por um tempo. Novamente, não por incapacidade, mas por falta de credibilidade e confiança. 
Ele pode até comemorar, pois esse sofrimento estaria com os dias contados. Nada me tira da cabeça que o lance em Ímola teria sido o gatilho para resolverem que Russell irá substituí-lo. 
Com Lewis realmente se aposentando com oito títulos, a Mercedes chama Esteban Ocon. E talvez seja por isso que Alonso esteja mais discreto. 2022 era a meta da sua chegada, e seria só ano que vem que poderíamos analisar melhor o seu retorno. 2021 seria para sentir o carro, desenvolver e "atacar" no ano que vem.

Pérez ainda está muito longe do Max. Quando Helmut Marko diz que ele é fraco, o pessoal critica o senhor. Mas totalmente errado ele não está. Bobos dele e dos demais que acharam que Pérez era a melhor opção do mercado. No entanto, se pararem de criticar, digo aí que melhoraria uns 20% do desempenho dele. Esperem para criticar quando ele achar que tem que disputar posição com o Verstappen, como fez com o Button na era McLaren. O momento é de incentivo, até porque, a Mercedes está sempre com a faca e queijo na mão. Menos falatório e mais ação pode destroná-los quando estiverem curtindo a confortabilidade. 

Leclerc e Sainz se aproximaram. Binotto deve estar com as orelhas em pé sem saber o que pode fazer para evitar que o espanhol supere o seu menino. É meio óbvio que vai dar errada qualquer tipo de  tentativa.

Já comentei sobre Ricciardo. 32 pontos de diferença para Norris é algo que ninguém imaginava que estaria acontecendo, mas ele vai se encontrar. E se não, não será maldade nenhuma admitir que estávamos errados e erradas com relação às suas habilidades. Convenhamos: não queremos torcer ou gostar de caras infalíveis. Se fosse isso, não acho que acompanhar F1 seja o "lugar" ideal...

Gasly tem feito pouco mas o suficiente para uma Alpha Tauri. Temo que é o máximo que pode, e máximo que vai conseguir por um tempo. Sinceramente? A Red Bull deveria ter subido ele e rebaixado Alex Albon ao invés de tentar com Sérgio Pérez. (E pode ser que eu esteja errada). 

Não vou dizer nada em favor à Ocon. Estou quase achando que Alonso de fato está "fazendo a egípcia" para vir com tudo em 2022 e o francês está achando que está abafando. 
E não importa também se esse comentário é "nonsense". Não ligo para o que fazem, sobretudo depois do Kimi ter perdido pontos em Ímola e ambos pontuaram... Sim, tenho plena consciência que fui bem "cabeça de vento" agora, mas estou sendo sincera: não tenho gastado neurônio sobre o que rola na Alpine, no momento.

O resto da tabela:


Sebastian Vettel subiu de 16º para 11º, de 0 a 10 pontos, tomando o lugar de Stroll que tinha 5 pontos e agora tem 9, ocupando a 12ª colocação. 
Alonso não marcou pontos na corrida, então caiu de 12º para 13º. 
Tsunoda caiu também uma posição. 
Kimi caiu duas, por conta da subida de Vettel que fez os demais perderem uma poisição. O pontinho de Giovinazzi  não foi tão preponderante pois ele permaneceu em 15º. 
Schumacher caiu uma posição, perdendo para Latifi, que de todos os zerados, foi o único que ganhou uma poição.

Antes de finalizar, deixo para vocês o Top 10 de todas as cinco corridas até o momento - cliquem na foto para melhor resolução:


Em 5 corridas, 3 delas tivemos Hamilton, Verstappen e Bottas, na sequência e no pódio. Ainda um resquício de previsibilidade um tanto incômoda.  
No top 10, apenas Hamilton e Verstappen aparecem em todas as 5 corridas, menos Bottas que já tem duas faltas do top 10 e da corrida. 
Max, no entanto, é o único de todos os 16 nomes que estiveram no top 10 que esteve no pódio nas 5 corridas: são 3 segundos lugares e 2 vitórias. Tá "onfire" esse holandês!

Norris terminou no top 10 em todas as 5, inclusive com dois pódios.
Depois dele vem: Sainz, Pérez, Leclerc, Ocon, Gasly e Ricciardo, que aparecem 4 vezes das 5 etapas, entre os 10. Apenas o Sainz teve um pódio.
Depois deles temos Stroll, com 3 aparições no top 10, seguido de Alonso, com 2 e, por fim, os que apareceram uma só vez, marcando pontos: Tsunoda, Vettel e Giovinazzi. 
Menção honrosa para Kimi, pelo oitavo lugar em Ímola.  

Voltaremos para falar o que nos aguarda par ao próximo GP em Baku. Só ainda não sei se será pontinhos ou notas ácidas. O tempo está curto, mas farei meus esforços!

Fiquem bem e abraços afáveis! Se deixei escapar alguma coisa ou quiserem comentar algo, mandem aí que responderei assim que puder!

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