Pontinhos pré-GP da Espanha

Ponto 1:

A 97º vitória do Lewis Hamilton foi muito difícil.
O piloto atribuiu o começo da dificuldade - física e mental - de conduzir a corrida, à falha logo na largada: ele não conseguiu superar o companheiro Valtteri Bottas. Salvo pelo Safety Car, pelo menos, momentaneamente, com a relargada, na sexta volta, ele perdeu a segunda colocação para Max Verstappen.

A recuperação foi tão suada e difícil que ele demorou muito para retomar a posição de grid. Foram 5 voltas para ultrapassar Verstappen! Uma eternidade!
Oras... Na volta 9, ele marcou a volta mais rápida e pode abrir a DRS no começo da volta 11, tirando o segundo lugar do holandês. 
Partir para cima do Bottas era o desafio seguinte. Mas, porém, todavia, entretanto, ele resolveu o caso, com a ultrapassagem, no começo da volta 20. 
Nem estávamos com 1/3 da corrida completos e ele disparou na frente. Terminou a corrida com quase 30 segundos de vantagem para Verstappen. 

Pergunta sincera: onde estava a dificuldade?

Ponto 2

Se essa reclamação sobre a dificuldade tivesse vindo do Bottas, talvez tivesse mais sentido.
Em Portimão, Bottas foi pole, fez uma boa largada, mas perdeu a posição rapidamente para o companheiro de equipe. Até aí, tudo bem. O contrário é que seria surpreendente.

O problema estaria no retorno dos boxes. Bottas precisaria assegurar que Verstappen não voltasse para a segunda colocação e tivesse um rendimento tal que acabasse incomodando o companheiro. No entanto, quando voltou do pitstop, com pneus frios, ele perdeu o segundo lugar. 
Ele chegou a ter chances de retomar a posição, mas adivinhem só? Perdeu tempo e relatou também  uma perda de potência no motor.
Um sensor, com defeito, colocou o motor do Bottas em modo de segurança, indicando superaquecimento. Isso custou a ele 5 segundos em relação ao Max e Bottas perdeu a batalha. 

A equipe exaltou essa corrida como "sólida", mas Bottas se mostrou decepcionado. Ele em si não soube explicar porque perdeu rendimento já na volta 20. 

Houve problema de sensor no carro 44?
Então... 

Ponto 3:

Explicação da "dificuldade" de Hamilton, não existe. Sugiro lerem essa matéria:

F1: Entenda a abordagem diferente da asa traseira que ajudou Hamilton no GP de Portugal

Percebem que houveram ajustes necessários para que o resultado fosse vitória? A configuração do carro já era diferente em relação à Bottas - começa por aí a ideia de que não estão em pé de igualdade. Quando o segundo supera o um, eles teria toda capacidade de estudarem uma forma de reverter isso, mecanicamente, sem que ninguém percebesse (ou se esforçasse para perceber).

Quem precisaria, então, da tal chamada no rádio, para abrir passagem, com essas amarrações?
Mais que isso: a matéria pode gastar o vernáculo chamando as manobras do Lewis de brilhantes, sendo que isso não ficaria colocado assim se as configurações do carro dele não fossem, digamos, muito mais bem desenvolvidas do que foi e é para o Bottas.

Como fim deste ponto, eu diria que, no fim das contas, a paciência de Lewis para tomar a ponta e a tal habilidade no gerenciamento de pneus, só são possíveis graças ao engenheiro de corrida, citado na matéria: Pete Bonnington.

Mas é mais fácil exaltar a grandiosidade do elemento entre cockpit e volante. 

Ponto 4:

Carlos Sainz teve a sua carta de boas vindas da Ferrari. Um pouco tarde, eu diria, mas não sem algum requinte de crueldade.
Sainz passou Sérgio Pérez logo na largada, mas após o período de Safety Car, ele acabou perdendo a posição para o mexicano e para a McLaren de Lando Norris. Em sexto, ficou até o primeiro giro de troca de pneus - o que no seu caso, aconteceu no começo da volta 21. 

Com pneus médios, ele penou.O espanhol atribuiu a dificuldade propiciada pelo desgaste maior dos pneus, já que os demais que estavam próximos à ele, optaram pelos pneus duros.

Assim, nas voltas finais, ele foi orientado a deixar Charles Leclerc passar e assim, também perdeu posições para outros três pilotos: Esteban Ocon, Fernando Alonso e Pierre Gasly. Sainz terminou a etapa portuguesa em décimo primeiro.

Justifica-se o "deixar passar" já que estava entravando os demais? Sim.
Teria acontecido a chamada se fosse o Leclerc no seu lugar? Não.

Mattia Binotto aproveitou para deixar escorrer um veneno. Indicando que às vezes é necessário dar ordem de equipe (no caso deles, esse "às vezes" deveria vir com uma placa em neon piscando "ironia"...), ele ainda aproveitou para dar aquela clássica humilhada nos "segundos pilotos". Entendendo que o espanhol estava sofrendo na pista por conta dos pneus que ELES escolheram errado, deram a ordem que foi obedecida rapidamente. 

"Pedimos a ele, ele fez isso imediatamente. Portanto, parece que realmente se relaciona com a maneira como ele entende a mensagem", disse, ainda acrescentando: "Acho que quando você tem pilotos que entendem quais são as prioridades e que apoiam a equipe, é sempre um prazer".

Atualizações de "fdp" concluídas com sucesso.

Ponto 5:

Sabe uma revolta que não dá em nada? Ir contra as decisões de comissários da FIA é uma delas.
19 entre os 20 pilotos do grid podem esbravejar o que quiserem contra certas punições ou decisões de comissários - dadas comumente como injustas - e o resultado será o mesmo: NADA!

Verstappen achou estranho, ter o tempo de melhor volta deletado, e depois da corrida, foi informado a razão: na curva 14, ele excedeu limites da pista. 
Justamente, ele ironizou acusando o pessoal de não estar verificando a curva em questão.
Isso foi prontamente colocado pela mídia com um tom de crítica ao holandês, dando a explicação do diretor de provas Michael Masi, num texto feito no sábado: 

"Os limites na saída da Curva 14 são definidos como quando nenhuma parte do carro permanece em contato com o meio-fio vermelho e branco. Os pilotos devem fazer todos os esforços razoáveis ​​para usar a pista em todos os momentos e não podem sair sem uma razão justificável."

A subjetividade dessa marcação é proposital. Abre um monte de brechas para deletar voltas a bel-prazer. No caso de Max, ele estava tirando tudo de seu carro para marcar um ponto extra - o que deixaria a diferença entre ele e Lewis à 7 pontos, e não 8. Não custava nada, os comissários dar uma mãozinha, se é que me entendem. 

Juan Pablo Montoya, que os não enfermamente jovens devem se lembrar bem, deu uma entrevista ao Motorsport.tv sendo assertivo a respeito dessa "novela" do track limits:

"(...) eu diria que tudo virou controverso demais com os limites de pista. Eu sei que eles estão tentando tornar as pistas mais seguras com áreas de escape e mais, mas é muito difícil de controlar e entender porque em alguns momentos é certo e em outros é errado".

Volto ao meu ponto do começo para resolver essa dúvida do Montoya-gordito. A regra dos track limits, depende das três grandes perguntas:

Ponto 6:

Muito se tem provocado reações odiosas em relação à Nikita Mazepin. Isso eu já havia previsto que tornaria o ano irritante. 
Pois bem, em três corridas ele é deste tipo:
 "- O que fez de errado? 
- ...Nasceu."

(Não que eu defendo, mas fica aqui a dica: não gosta? Ignore!)

Gunther Steiner decidiu soltar os cachorros com relação aos rádios divulgados sobre as manobras pouco cordiais do russo em pista. Quem tem um cara atrapalhando sua volta ou toma um passão esquisito ou é ainda atingido por um toque, nunca abre o rádio para dizer coisa bonitas sobre o adversário. Vai rolar palavrões e protestos, sim, como não? Esperavam que fosse o quê? "Obrigado gostosão, volte sempre?" 

Sobre isso, Steiner esteve certo em reclamar: o problema é que a F1 tem divulgados os xingamentos contra Nikita, desde a primeira corrida e isso está se tornando apelativo. Não precisa disso, mas é isso que vai acontecer.
O último a perder a compostura, foi Nicholas Latifi, que foi atrapalhado da sua volta no Q1. (E hoje, sexta-feira, quando editava esse texto para a publicação, ele causou até com Charles Leclerc, que teria ligado o rádio para dizer: "Ele nunca irá mudar"...).

Fica nas aparências que Mazepin só está colecionando inimizades no paddock. 
A transmissão da Band também fez das suas pinturas sobre o suposto "bad boy" com nome de remédio. Agora, grosseria é crime grave. E considerar a chance de um russo ser gentil, para mim é coisa de gente com déficit intelectual.
O interesse por um cara que não dá sinais de não ser habilidoso, parece coisa de gente desocupada.

Em Portugal, na corrida, Mazepin tomou pontos na licença por ter ignorado bandeiras azuis. Pérez precisava passar (ao que tudo indica o sinal da bandeira foi dado quando o mexicano já havia o ultrapassado) e Nikita não teria aberto a passagem rapidamente. Recebeu 5 segundos de punição, que não mudou em nada, pois já estava mesmo em último. 

Não que isso afete o cara. Ele com certeza está dando de ombros. Mas não se divulgou que ele se desculpou com Pérez após o ocorrido. 
O interesse é só quando faz coisa errada, então?
Dispenso. 

Ponto 7:

A Aston Martin desenvolveu atualizações para Portugal. No entanto, elas foram para o carro de Lance Stroll e não o de Sebastian Vettel.
(Não vou polemizar sobre isso, até porque são pontos pré GP da Espanha e não notinhas ácidas. Já estou um pouco sarcástica aqui então, vou maneirar.)

Em tese, as atualizações só poderiam acontecer uma de cada vez. Os dois carros, atualizados juntos, não seria possível. (Os detalhes das atualizações podem ser procurados por aí, no portal de notícias que for do seu gosto.) 

Quando pensei em comentar sobre essas atualizações, iria dizer que neste fim de semana na Espanha, Vettel teria o seu carro alinhado com o de Lance em Portugal. Dado o desempenho do canadense neste GP, não pareceu uma boa ideia. 
Mas, olhando bem, Vettel classificou-se em 10º e logo se estabeleceu na 13ª colocação, enquanto Lance, com as atualizações, sofreu com o tráfego na classificação e ficou com o 17º. Na corrida, ele ganhou 3 posições, ficando em 14º. 

A ideia é que, sem as atualizações, Vettel não conseguiu progredir. Já Lance sim e exatamente na mesma quantidade de posições que Vettel perdeu: 3.
Talvez a ideia da Aston Martin, não seja tão ruim assim, porém é preciso manter em mente que trata-se da Espanha, um circuito que geralmente oferece corridas com poucas mudanças no grid. 

Ponto 8:

Depois que a corrida em Portugal acabou, a gente contabilizou os "danos". Particularmente, eu me encontrava bem estressada. Razão 1: a corrida tinha sido bem ruim. Criou-se uma hype com a dita cuja e ela acabou sendo bem mequetrefe. Tudo bem, não era culpa do circuito (na verdade, quase nunca é, se pensarmos bem...). 

Razão 2 para o stress: O turbilhão de comentários furados do Reginaldo Leme, daria um ponto à parte. Mas vou me ater ao tom pouco cortês dele quando Mariana Becker escolheu Daniel Ricciardo como piloto da corrida. Não interessava qual era a suposta resposta certa. Mas ele pegou a resposta dela, como se fosse o maior absurdo do mundo. Grosseiro só o Mazepin e o Alonso, é? "Tá certo!"

Suas colocações infundadas são conhecidas do público mais atento, então, não precisaria destacar. Agora, os gritos desenfreados, os jargões patéticos e os apelidinhos criados pelo Sérgio Mauricio estão começando a incomodar até os mais pacientes ou dados à narração descontraída.
Se a intenção de ambos era nos matar de raiva, no último fim de semana, cumpriram a meta. 

Por isso, mais um "race week" foi pouco comemorado da minha parte: Se em Portimão, esses dois cumpriram a meta, na Espanha, dobrariam essa meta. Se eu não xingar uma única vez até domingo, vou me considerar uma monja budista. 
Nada contra uma transmissão descontraída. Até prefiro. Mas o que tem sido feito pela "nova casa da F1" é amadorismo mesmo. 

O circuito de Catalunha é o que menos gosto do calendário. Acho todas as corridas por lá, bem chatas.
Se em Portimão, o maluco narrador não calou a boca um só segundo e forçou demais para dar uma emoção que não existia... Minha Nossa Senhora, já imagino que será um fim de semana terrível.

Não assisti aos treinos livres pela Band, mas corre boatos que palavras como "patrão" e crítica à pilotos, sem necessidade, rolaram aos montes. Vou precisar de bastante chá de camomila...

Ponto 9:

Lewis Hamilton prometeu que irá manter a disputa com Max Verstappen, limpa.
E a imprensa comprou a ideia, inclusive reforçando com o discurso dele como se estivesse mesmo contente com a disputa.

Está contente porque está ganhando e quando "perde", algum fator heroico acontece e salva ele do vexame completo, como uma princesa presa numa torre com um feroz dragão de guarda.

Acredito que nem seja bem uma promessa. É mais um subterfúgio para falar que tem respeito e que é grandioso em relação à rivais - ainda mais um das quais ele não consegue ler rapidamente, nem prever exatamente todos os movimentos. 

Sobre disputa limpa, a jogada no Bahrein não foi. Esperta, mas "liiiiiiimpa", eu diria que não. Como eu teria uma séria dificuldade de rotular dessa maneira, vou esperar mais umas corridas. Não estou muito propensa a bater tambor para o que se repete na imprensa sobre o Hamilton.
Eu sei que é mais fácil concordar e aceitar que ele é tudo isso e mais um pouco, mas quem disse que eu sou fácil?

Ponto 10:

Depois de Portugal, Christian Horner projetou que Barcelona seria o divisor de águas sobre a Mercedes e a sua equipe, a Red Bull. Seria neste fim de semana que teríamos a resposta de quem está na frente.

Mesmo tendo vencido duas vezes, em três etapas diferentes, o fato de Hamilton estar superando o Verstappen ainda seria ponto discutível, não só para Horner, mas para toda a mídia especializada (sobretudo aqueles que acreditam que a RBR seria superior). 

O pessoal da Mercedes manifestou inquietação. Não com a fala do Horner, mas em relação ao superaquecimento - algo que teria sido uma grande preocupação no Bahrein e, de algum modo, apareceu como problema no carro do Bottas, em Portugal. Percebam que, nas duas corridas mencionadas em que o assunto "superaquecimento" surgiu, a equipe fez P1 e P3?
Pois é... Um problema, "pero no mucho"... 

De todo, é bem possível que nem Horner esteja certo, nem a Mercedes precise dramatizar tanto. Ao que tudo indica, o GP em solos espanhóis será mais, do mesmo. 
O indício? O Treino Livre 1, dessa manhã de sexta-feira:


Tudo bem que no TL 2, parece que a RBR deu uma de Mercedes e blefou. Mas se é isso mesmo, e estão achando que a Mercedes vai provar o próprio veneno...


... Eu diria que estão sendo burros à nível "vergonha alheia".
Pode ser mesmo que Horner estivesse certo. Já podemos considerar que a mídia arrume outro assunto para dizer que a RBR tem o melhor carro e "temos um campeonato acirrado".

Tomara que se recuperem, afinal, treinos livres servem para ajustarem o que não pode acontecer na hora do "valendo"!

Fico por aqui. 
Tenham um bom fim de semana, não deixem de se cuidar ecomentem o que quiserem!
Volto na segunda, com a coluna da corrida, ok? 

Abraços afáveis!

Comentários

Não tenho paciência com esse Sérgio Maurício, não. O cara consegue ser mais chato que o Galvão Bueno, atropela a fala de todo mundo. Hoje, quando o Reginaldo foi contar uma história sobre o Emerson, a Gralha Maurícia parecia criança querendo adivinhar qual iria ser a palavra dita e pareceu mais uma caixa de eco. O pior é que até essa besta tem fãs mais bestas ainda, que ficam a todo instante repetindo o já insuportável “no capricho”. Honestamente, vou adotar a tática do Nelson Piquet e deixar a TV no mudo...
Mário Paz disse…
Ponto 1 - Luizinho e sua incansável tarefa de pintar suas manjadas vitórias com tintas de superação e heroísmo...
Ponto 5 - Não tenho dúvidas de que o Max vem ultrapassando os limites de pista, o que me surpreende é: cadê os outros ? ah , entendi :Quem, quando e por quê...
Ponto 8 - Gente, sério que o Ricardo Maurício na transmissão ficava repetindo um bordão como "Lewis Hamilton o patrão da F1" ou algo parecido ? Não entendo essa necessidade de vassalagem aos ídolos, assassinando a análise isenta e racional dos fatos
Ponto 9 - Alguém em sã consciência achava que ele diria algo diferente ?
Ponto 11 - Não existe no texto, eu inventei agora kkkkk...qual piloto da F1 seria capaz de se despir do ego inflado tão presente na categoria para dizer que tomou uma bronca do filho de 8 anos porque "estava mexendo nos botões e não olhou para frente" quando bateu na traseira do outro carro ? Kimi Raikkonen é claro ! Gente como a gente
Robson Santos disse…
Manu!

"....mas quem disse que eu sou fácil?"

rindo ate o fim da pandemia!!!

kkkkk
Manu disse…
Eduardo: eu não ouvi a história do Emerson, mas ele é desse tipo 'maledeto' mesmo que não deixa ninguém quieto ou em paz. Estou evitando TLs justamente pq a margem para falar mais besteira é enorme, pois dada a incapacidade que eles tem de darem os dados técnicos, eles optam por uma falação de boteco incansável.
Nada do que aquele narrador diz, no todo, presta, sinceramente. É de um amadorismo bizarro, mesclado com um puxa-saquismo repugnante.

PS: Cuidado com a cópia dos modos Piquet, pq o homem virou inimigo público, essa semana... o.O A gente revira os olhos.

Mário: adorei seus adendos aos meus pontos e o acréscimo do ponto 11!
Kimi é realmente, muito gente como a gente. Qual daqueles ali admitiriam erros daquela forma? Só ele!
Hamilton ainda não me engana. Depois da corrida de ontem, tenho certeza que aquele papo da disputa limpa, vai ruir. Não demora muito para ele dizer que Max está sendo sujo.
Vai começar a se desenhar a vilania do holandês logo, logo (se já não começou), pela imprensa.

Robson: kkkkk... Não era a intenção, mas acabou ficando engraçada essa colocação. rsrsrs...

Obrigada a todos pelos comentários! Gostei e peço que falem mais, e quando quiserem!!

Postagens mais visitadas deste blog

Aquaman post

Corrente Musical de A a Z: ZZ Top

Boas festas 2021!