F1 2018 em pauta: pendengas

Algumas coisas da F1, que por ventura, ainda não foi comentado vou fazer hoje. Preparem que vem aí, um textão hehehehehe... 

A situação para os fãs (fãs?) brasileiros da F1 está atípica. O fato de não termos um piloto brasileiro na categoria teve consequências relevantes. Uma delas, já era de se esperar: o saudosismo daqueles que acompanhavam a categoria, nem que fosse minimamente, apenas por uma presença brazuca, estão insatisfeitos. Agora - ainda mais do que antes - estão se apresentando com a eterna lembrança dos grande nomes do automobilismo conterrâneo. Existe um velado "chororô" por parte de alguns e uma "cachoeira de lágrimas" por parte dos indivíduos responsáveis pela transmissão dos GPs, tanto o canal aberto quanto o fechado. As lembranças/lambanças de tempos que não voltam serão a tônica de todas as corridas que tivermos daqui a diante, e não adianta reclamarmos; sim, o Galvão vai lembrar, sempre que puder, que Räikkönen "só" venceu o campeonato de 2007 por conta da abertura de passagem do Massa na última corrida daquele ano. Atribuições "heroicas" desse tipo faz parte do ser humano brasileiro: eles gostam de exaltar feitos, como se fossem realmente grandiosos. Vocês jamais ouvirão frases do tipo "não fez mais do que a obrigação" - afinal ele era contratado da Ferrari, a grande beneficiadora daquele momento do Kimi, que também era ex piloto da McLaren, a rival direta naquele ano - nem mesmo um "bem, tecnicamente Räikkönen tinha mais vitórias que os dois concorrentes da McLaren, por isso, a chance da Ferrari fechar um ano de plena vingança contra os rivais era tendo o piloto - que já foi deles - vencendo o campeonato depois de dois anos de jejum". Não, isso não vai acontecer, então sentem, e ouçam essas besteiras e no máximo revirem os olhos quando eles lembrarem do feito do Massa. Mais do que isso, não podemos e não teremos argumentos para contestar, mesmo que sejam plausíveis.

A consequência que me deixou mais abichornada (rsrsrsrsrs...) foi a descoberta de que certos portais de notícias especializadas e comentadores afins nunca, NUNCA, reportaram notícias palpáveis. Esse ano, isso ficou escancarado para todos. Eu - antes de ter esse espaço - entrava em brigas em portais de notícias por conta dos comentários amadores e invejosos de fãs (fãs?) do automobilismo, mostrando reportagens em inglês para ilustrar que as coisas "não era bem assim que tinha acontecido". Com o tempo, fui me desprendendo do costume e selecionando o que lia e o que comentava (especialmente aqui). Acabei vendo o pessoal se rebelar contra portais de notícias por terem divulgado as costumeiras besteiras (como se fosse não fosse do feitio deles) e foram pegos com as calças na mão. 
Ainda que tentassem dizer "não é nada disso que vocês estão pensando" enquanto tentavam puxar o zíper sem se prender, eles seguiram como antes, ainda insistindo em divulgar informações que é como se fosse um ensopado: mistura recortes de assuntos com grandes doses de opinião, com molho de boatos e uma pitada (grande ou pequena) de especulação. 
Observei pouco, mas agora, alguns fãs (fãs?) apelaram para outras fontes de notícias, se desmantelando totalmente daquela que antes divulgava recortes convenientes de assuntos da F1, no afã de angariar cliques ou botar lenha na fogueira das discussões de grupos e alimentar comentários dos trolls.
Não que isso seja uma melhora na mentalidade de alguns fãs (fãs?) da categoria. Ainda temos os opinadores que falam "ai, eu não gosto", "ai, eu não concordo", "ai, que logotipo horroroso", "ai, que halo feio", "ai, no meu tempo não era assim", do mesmo jeitinho. Certas mudanças, ou aceita ou abandona. Estão além de nossas capacidades de reverter. Eu quero faz mais de 10 anos, que a disputa seja o mais livre possível. Mesmo que tenha umas preferências, que elas sejam menos aparentes, pelo menos, já que disputa liiiiivre é meio visionário demais.

E a Liberty Media quer muito mudar, colocar sua marca no novo tempo, novo comando. É óbvio que as "sugestões" virão de forma  bizarra e que fará a gente virar o pescoço de lado e arquear as sobrancelhas em total desconfiança. Uma delas já foi o "halo", a tal proteção da entrada do piloto no cockpit que visa barrar qualquer coisa que possa vir (especialmente em alta velocidade) em direção à cabeça do piloto. É feio, as pessoas associaram aos chinelos havaianas, e sim rachamos de rir. 
Eu sinceramente nem achei tão feio, afinal tecnologia tem que caminhar com a segurança, e ela nunca é demais e talvez, nem sempre, esteticamente viável. Poooooorém, eu fiquei pensando: tem piloto custando a sair do carro, meio desesperado. Em casos de fogo, manter a calma pode ser complicado. 
Em questão disso, sou eu: eu ficaria afobada. O particular não deve aplicar ao universal como os opinadores de plantão tem errado - devemos expor o nosso "achismo" e esperar que alguém queria discutir ou trazer uma ideia diferente, não impor e fazer birras. A questão do "halo" não é mais estético, é ser funcional. E apenas dirigentes e pilotos sabem se aquilo ali vai continuar e vai beneficiar em situações extremas e etc. De nada resolve a gente ficar aqui, do lado de cá, no nosso garbo e elegância, vociferando que é feio, que atrapalha e o escambau. Segue o barco - ou melhor - segue o carro tipo havaianas. 

Esses levantes "cricris" só são ressaltados por conta da média de idade dos que acompanham a categoria. Não há jovens, e se há, são poucos na estatística que curtem a categoria. Pelo menos nessas bandas aqui, não conheço crianças que se interessam pelo esporte. Tenho primos, muitos meninos. Nenhum deles já fez festa de aniversário temática da Ferrari (o que é uma tristeza enorme para mim, pois adoraria ia numa festa assim, rsrsrsrs...). A Liberty quer essa aproximação maior do fã, e principalmente dos mais jovens, à categoria. Acho uma jogada de marketing interessante, embora, tudo que seja muito exaltado hoje em dia com a questão das mídias sociais, tem lá seus problemas. Eu particularmente evito tudo que seja muito comentado ou aclamado pois a tendência é desencadear uma dessas sensações: uma decepção danada ou uma bobagem pouco criativa e pseudo intelectualizada. Vejam o filme "Pantera Negra". O anúncio era de melhor filme da produtora da Marvel... No fim, é um filme recheado de belos figurinos, referências africanas, e ação, como qualquer outro filme do gênero "super-herói". E assim como o gênero também é lotado tem, do começo ao fim, clichês altamente triviais e nada surpreendentes. Foi exaltado por ser filme de empoderamento dos negros, algo que, no crivo do nosso século e acompanhando o que em tese deveria ser dado como a evolução racional/intelectual, não deveria ser novidade pessoas de cor serem donas do seus próprios narizes.

Em questão de mudanças, eu vou dizer que tem alguma outra coisa que eu gostaria que mudasse na F1: o sistema de classificação. Mas essa vontade estaria totalmente relacionada ao primeiro aspecto de desejo: uma intervenção direta que possibilitasse maior disputa. Para isso, imagino que, os treinos livres poderiam ser de fato, livres, sem contagem de tempo: deveriam ser testes mesmo, para sentirem os carros e poderem usar estes para adaptarem (com alguma fiscalização) ao perfil da pista do evento a cada fim de semana. O classificatório seria com tudo acertado para que o carro ir para a pista no domingo, sem mudanças, a não ser as trocas de pneus. Cada piloto deveria ter um tempo, um cálculo baseado na média da última volta mais rápida do circuito, que desse por exemplo alguns minutos para abrir voltas. Eliminando os piores tempos, iriam rankeando os pilotos para o grid de domingo. 
Se isso daria certo? Não sei. 

Mas não é que nessa semana a Liberty apresentou uma nova proposta de mudança nos treinos livres e classificação? Segundo a publicação alemã "Auto Motor und Sport", as novidades sondadas começariam já na sexta-feira, com uma inspeção técnica pública - que aproximaria os torcedores dos carros (uma tentativa que tem sido a tônica da nova comandante). No mesmo dia seriam realizados dois treinos livres pela tarde, com uma hora de duração cada, o que aparentemente, não muda muito do quadro atual.
Já o sábado teria alterações maiores: A classificação tradicional ocorreria no período da manhã, sendo que, à tarde, haveria uma corrida curta, de cerca da de 100 km de duração (um terço de um GP tradicional), sem limitações quanto ao uso de combustível ou de pneus. O resultado desta prova é a que formaria o grid para o GP de domingo. 
Não parece tão má ideia, a não ser a classificação tradicional no sábado: haveria um desgaste desnecessário do carro, que já poderia ser usado para, penso eu, em uma inspeção de cada equipe, se não estão burlando certas regras - que devem ser impostas a fim de manter o padrão de competitividade minimamente possível para todos, sem exceção - para colocarem carros na mini corrida de classificação. Toda discussão de estratégia e projeção seria dada nesse instante. 
No meu pensamento, a logística poderia ser um problema, uma vez que possivelmente, na visão da Liberty, essa questão precisa ser levada em conta. 
Na minha ideia acrescentada, essa melhoria é uma questão que exige mais burocracia. Não sei se os grandes dirigentes aceitariam essa fiscalização das suas estratégias. Teriam medo de sabotagem ou mesmo, de punições pois provavelmente o rigor deve dar as caras. 
Não se sabe quando ainda a Liberty apresentará a proposta às equipes e nem mesmo se haverá algum tipo de aceitação e consequentemente, a entrada em vigor.
Há quem já nem tenha lido a notícia direito e já tenha se colocado contra, inclusive, sem uma razão paraisso.
Obviamente, tudo que postei é uma ideia, que nem de longe seria levada em conta. O que penso é que a classificação não só deve, como precisa mudar. Competitividade é sobrenome de Esportes. E isso, na F1, está em banho maria já faz tempo. É um caso à ser pensado, com toda certeza. 

Por fim, depois de taaaaanto texto (me perdoem, prometo que está acabando), vamos falar do tal "mascote" misterioso.
A gente nem conhece o Axel, mas há quem o deteste antes mesmo de ver sua cara/careta. Sem ser no próximo GP (do Barein, neste fim de semana, agendem!!!), no GP da China, a F1 revelará um mascote, cujo objetivo (de novo!!!) é interagir com os fãs. Em comunicado (certamente muito brega), revela apenas o seguinte:

"Ele elevará a atmosfera dos F1 Festivals através de entretenimento intenso e impressionantes habilidades de dança urbana para envolver o público. Axel também terá alguma experiência em jogos, e irá juntar-se aos convidados nos vários jogos ao redor do Festival.”

O circo da F1 sempre foi, ano a ano montado. Faltava o "palhaço", hahahahaha... Se vai colar essa ideia, eu não sei. É bem capaz que ele seja como as figuras mascotes de jogos da NBA e NFL. Da última liga citada, há mascotes que as vezes vão diretamente aos jogadores no touchdown, mas a maioria, no êxtase da pontuação, não dá a mínima para o "homem-boneco". Esse lance "animador de palco" nem mesmo me parece algo que não teria problema tentar. Infantiliza os eventos, pois adultos não dão a mínima para figuras assim. Mas, nem sabemos como será Axel. Vamos esperar para ver. Só me parece contraditório tirar as Grid Girls pelo papo politicamente correto e acrescentar um "Liminha" que corre sério risco de ser alvo de memes, bem desmoralizantes dependendo de como ele for...
Vamos esperar para ver daqui a duas semanas. Até lá, ainda tem outro GP para acontecer.
Empolgados?

Abraços afáveis!!! 

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