Dicas de Leitura: Sherlock Holmes

"O cadáver de um homem, nenhuma razão para o crime. É a primeira investigação de Sherlock Holmes, que fareja o assassino como um 'cão de caça'. Lamentava-se de que “não há mais crimes nem criminosos nos nossos dias”, quando, nesse instante, recebe uma carta a pedir a sua ajuda — o cadáver de um homem foi encontrado numa casa desabitada, mas não há qualquer indício de roubo ou da natureza da morte. Sherlock Holmes não resiste ao apelo, mas sabe que o mérito irá sempre para a Polícia."
Essa é a sinopse desse livro que eu ganhei no Natal passado de uma amiga, indicando, na dedicatória, que mais um autor inglês fizesse minha alegria com sua obra em mãos.
Li esse livro em 3 dias, enquanto ficava em salas de espera. Essa é a grande vantagem dos contos e livros do Sir Arthur Conan Doyle: ele nos prende até o fim com a resolução dos casos encabeçados pelo enigmático e fascinante Sherlock Holmes.
Livros - como esse é o caso - para mim são isso: personagens interessantes. O grande ápice dos meus livros favoritos são pelo menos uma identificação com algum dos personagens. Não identificação com minha vida ou personalidade. Nem sempre. As vezes só por identificar uma construção interessante por parte do autor para um ou mais personagens. Ultimamente, o personagem nem é tão interessante assim, pelo viés do complexo - como o caso de Gollum em "O Senhor dos Anéis" - ou fascinante - como o caso de Holmes.  O simples fato de saber contar uma história (quando o personagem é o narrador) já é o suficiente. 
No caso de "Um Estudo em Vermelho" e outros contos de Sir Doyle é fácil: Holmes é fascinante e intrigante pelo olhar de Dr. Watson que, de certa forma, é Doyle. 

Uma coisa que me deixou bem triste com os livros recentes é a falta de profundidade de personagens de livros. Personagens bobinhas, mulheres que nem tenho forças para analisar e escrever aqui. (Até porque se eu for apontando os defeitos de alguns livros aqui, vai ter gente que vai ficar chateada comigo...) 

Rubem Alves disse certa vez em um de seus livros que dar livros de presente é o melhor presente possível. É uma forma de fazer à ela um elogio, um agrado à sua inteligência.
De uns tempos para cá, tenho amado ganhar livros. Mais ainda, em presentear. Depois que Rubem deixou isso claro em uma das suas obras, não tem mais outra manifestação mais agradável para dizer que gosto de alguém quando for comprar um presente.
Mas, não é tudo mil maravilhas. No caso desse belo presente da minha amiga, ela teve de usar de uma artimanha bem sutil para saber se poderia me dar esse exemplar. Perguntou se quando eu tinha feito uma disciplina específica no curso de História - da qual me formei no fim de 2013 - a professora da tal disciplina tinha sugerido a leitura desse livro. Disse que não e que na realidade na ementa antiga constava apenas "As Aventuras de Sherlock Holmes", um livro com 12 contos/crimes relatados pelo Dr. Watson sobre as resoluções de Holmes. Para confirmar, ela perguntou se eu tinha o "Um Estudo em Vermelho". Neguei e ela ficou com uma cara de pensativa, alegando que queria ler... Sugeri o que eu tinha e ela disse que pegaria emprestado depois. Dez dias depois ele estava na minha casa com a dedicatória de presente. Nem havia desconfiado, mas achei ótimo. Fiquei muito feliz.
Esse é um dos pontos de se presentear com livros: você pode correr sério risco de presentear com algo que a pessoa já tenha.

Por questão de ocasião, decidi presenteá-la depois da defesa de monografia, com um livro de algum autor que ela gostasse. Escolhi Ítalo Calvino. Como nunca havia lido nada dele, eu sabia que não poderia buscar falar sobre, com ela pois desconfiaria. Fui falar com o namorado dela e ele mesmo (que trabalha numa livraria) separou um ótimo que andava cobiçando. Juntei o útil ao desejável.  

Uma amiga minha que fez curso de Letras, ama bibliotecas e cheiro de livros. Por consequência do curso, tem livros de literatura brasileira e estrangeira. Gostando ou não gostando deles, leu muitos livros na vida. Consequentemente, tem os preferidos. Jamais conseguiria dar livros para ela se não perguntasse antes qual ela quer e sair para comprar. O momento da surpresa iria pro beleléu, mas tenho certeza que ela ficaria feliz com o presente. Na dúvida, só posso perguntar diretamente ou esperar pelo comentário.

Agora tem gente complicada de presentear. Tem uma conhecida outro dia que também se formou em Letras e aí conversando sobre vários livros ela o tempo todo dizia: "não, esse não li". 
Duvido que tenha ido "Os Lusíadas", sei lá, ou algo do Machado de Assis. Não leu Lewis Caroll e nem Fernando Pessoa. Cervantes? Nada... Jane Austen? Leu, mas não lembra direito... Que curso foi esse, só Deus sabe. Não tem publicações na área, nem nada.
Mas diz que gosta de livros. E eu pergunto: será? Os gostos da conversa foram de gosto duvidoso. Nem chamaria de livros...

Há os que sempre que te vê com livros, lamenta que não tem tempo para ler (tempo é a gente que faz - larga esse whatsapp que você tem tempo para ler...), ou conta sobre o livro que está lendo na hora que você está concentrada no seu (e por consequência não é fã de livros porque se não desconfiaria que quem lê, quer sossego nesse momento). O pior é aquele que diz que é leitor voraz e joga no assunto citando os favoritos como aqueles livros de auto-ajuda. Maior gasto de papel no mundo pra mim são esses livros. 
Tudo é uma questão de gosto, mas a galera do romance fica sempre na mesma. Agora que tem gente fazendo livros que nem nasce erva daninha, fico pensando se não cansam das mesmas coisas, nos mesmo jeitos. Eu cansei dos meus livros de mestrado e estou lendo tudo que não tem nada ver com minha área só para aliviar a mente. Até livro de aventura infantil estou lendo. Faço o processo simples: um sério, como contos ou romance, um de aventura, um infantil e uma releitura. Nada técnico, por favor. E nada repetitivo. Li dois da Jane Austen seguidos e vou deixar o terceiro para depois, porque se não, fica muito arrastado para mim, já que é tudo no mesmo estilo.

Enfim, o post é para dar a dica de "Um Estudo em Vermelho" e perguntar duas coisas: se já leram algo de Sir Conan Doyle e o que estão lendo no momento.
Eu acabei de ler dois livros, nos dias que se passaram - no fim da semana passada "Variações sobre o prazer" de Rubem Alves e " O Oceano no Fim do Caminho" de Neil Gaiman.

Abraços afáveis!

PS: sei que há já notícias da F1 rolando, como carros apresentados... Mas vou deixar acumular as fotos e informações para ver se crio ânimo para falar dessa temporada que está prestes a se iniciar. Depois de 2014, nada é ruim o suficiente que não possa ficar pior...

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