Temporada 2021: Grande Prêmio da Holanda

Depois da Bélgica, todo mundo estava sedento por corrida

Mas será que estavam mesmo?

A pergunta é legítima, mas ampla demais talvez, para jogar aqui no começo do texto. No entanto, arrisco, sabendo onde estou me metendo. 

A resposta para isso não tardou a ser respondida, pelo menos, em partes. Se depois do GP passado tínhamos um monte a discorrer sobre as decisões de "não corrida", logo poderíamos por uma pedra do assunto, pois a partir de quinta-feira, estávamos novamente nas movimentações de um outro GP, desta vez em circuito antigo-novo: Zandvoort (que é bacana de escrever, mas não muito para falar) voltava ao calendário da F1 depois de muito tempo e vinha com a pompa de circuito clássico, para os desavisados ou recém-chegados "fãs". 

No meio da semana, tivemos uma notícia que já adentrou na seara do que vou tratar aqui, nesse texto, ou seja: o que é uma corrida boa para o admirador do esporte a motor. 

Pois bem, Kimi Räikkönen - que já vinham comentando ser "o aposentado do ano" - revelou não se tratar de um boato. Em sua rede social e de forma sucinta, disse que se despediria da categoria no fim do ano.
Ainda que fosse uma notícia que já soubesse que estava por vir, desde o ano passado, eu me entristeci de uma forma bem melancólica.

A ver que algumas pessoas fizeram pouco da carreira do Räikkönen, considerei mais um motivo para querer evitar ver os vídeos dele, com cenas de corridas boas (como Suzuka 2005) e de suas icônicas frases nos rádios ou em entrevistas. 
É isso que é o fã da F1? Um grande número de pessoas que tratam alguns pilotos como ídolos, perfeitos e intocáveis, e outros como "garrafas pet"? Que ignoram tempos em que as coisas eram diferentes, os carros, os regulamentos, e o tempo também eram. De pilotos de outro estilo, de outra geração ou técnicas, que não precisaram de DRS ou DAS para encherem os nossos olhos? 

Entendi, depois de alguns minutos pensando, que isso se dava por uma hipótese razoável: as pessoas gostam de corrida. Se o cara não faz ultrapassagens ou ganha, ele está "acabado", mesmo e eu, estava errada. Eu gosto do Räikkönen. 
Ok. Entendi, e então é isso: corridas, hoje, são vencidas pelo melhor piloto, e por isso, fez um contrato com a melhor equipe. Ele faz uma sequencia de poles, e fica de cara para o vento, dando volta em retardatário na maior parte dos circuitos. De vez em quando, aconteceria de sobrar umas migalhas para o cara que largou dos boxes e chegou na zona de pontuação geralmente, porque algum outro piloto à frente, teve a estratégia errada ou acabou abandonando a competição.

Chegamos à Zandvoort, sedentos por corridas. Não tivemos na Bélgica, então, precisamos resolver a coisa. A atmosfera "laranja", por conta de Max Verstappen, "coloriu" o evento. Não seria o único lugar onde "reinou" (se é que me entendem), mas o único que deveria reinar por direito. 
Alguma situação em que botavam pilha como provocação, foram aplaudidas como conquista e diplomacia pelos "fãs", autênticos e com bom senso. 

Nos treinos de sexta, Max não andou na frente, mas ele mesmo disse que isso era a tônica. E não foi. No sábado, fez a pole. Largaria na frente e comemorou contido, mesmo sabendo que uma mar laranja o apoiaria de todo o entusiasmo.
Lewis teve falha no carro na sexta, e um segundo lugar bem confortável no sábado. Reclamaria muito no rádio na corrida, sobretudo sobre desgaste de pneus ou decisão errada de estratégias.
Depois, subiria "no salto" e diria que Max foi melhor, ganhando estrelinha no caderno, por bom comportamento e esportividade.

Pelos treinos e pela classificação tínhamos duas opções à frente: uma corrida difícil em termos de ultrapassagens e por isso, talvez muito morna para os padrões "fã de F1" ou, muita bandeira vermelha - o que deixaria o resultado um pouco imprevisível.
Onde poderia ter ação? No começo e no fim, como algumas das corridas do ano, consideradas até, excelentes, mas com meios monótonos. 

A largada foi limpa: ninguém bateu, houveram os "quase", mas sem as vias de fato. No fim da primeira volta, Verstappen já estava à 2 segundos de Hamilton.
Alonso tinha ganhado duas posições enquanto Giovinazzi, que fez um excelente P7 no sábado, lutava para se manter na pista, perdendo 3 posições rapidamente. 

Mais sobre a corrida: 

► Ótima recuperação de Sérgio Pérez, que largou do pit lane e chegou em 8º.
Parece que o romance com o mexicano acabou. Li comentários do tipo "não fez mais nada que a obrigação" de quem "rosnava" e ameaçava "morder" quem criticasse Checo. Achei estranho também que não gostaram da escolha dele como piloto da corrida. Bem, o cara fez uma corrida de recuperação e pelo menos, não tinha feito nenhuma bobagem... 

► Dia de corrida ruim para a McLaren que viu a Ferrari ter um bom desempenho. Monza pode ser ainda mais pesado, a contar que a equipe rival corre em casa. Um 10º lugar para Lando Norris deixou os admiradores do piloto e da equipe, chateados, e sabendo como se sente os fãs do Daniel Ricciardo.

► Podíamos até ter previsto, mas houveram mais ultrapassagens que a gente pensou ser possível. Então, ponto para os esforçados que fizeram isso acontecer: Pérez, Sainz, Vettel, Alonso, Ocon...

► O campeonato voltou para as mãos de Max e essa alternância empolga. (No entanto, talvez depois de Monza, tenhamos vitórias fáceis de Lewis. A conferir...).

► Bottas mostrando mais uma vez porque a Mercedes deveria mantê-lo. Mas, (como foi confirmado hoje) o dispensaram e ele assinou com a Alfa Romeo. É só uma questão de horas para a Mercedes anunciar George Russell. (Tenho medo do que irá acontecer com o 2022 do cara, sendo companheiro de Hamilton...).

► Boas corridas de Pierre Gasly e Charles Leclerc, mantendo os P4 e P5 da classificação. Um comentários: quando os caras mantem posições da qualificação, fazem pouco deles em detrimento dos que saem lá de trás. A mídia, de um modo geral, fez o contrário na Holanda: Pérez não foi piloto do dia, mas sim, para alguns, esses dois mereciam mais. Vai entender?!

► Alonso pode não ser o cara que tira "leite de pedra" como diziam (ou dizem, rsrsrs...) mas ele sim, é o tal mestre da administração de corridas e pneus

► Em tempo, vitória bonita do Max. De ponta a ponta, sem erros, com paciência deixando que a equipe analisasse o que a Mercedes poderia fazer, sem deixar que tivessem sucesso na tentativa. 


Houve até bons momentos, pontos que podem muito bem gerar uma discussão saudável. O resultado foi muito melhor do que a corrida em si. E é aí que entra a polêmica. O pessoal reclamou da corrida.

A pista é estreita. Os carros de F1 atuais teimam em andar em circuitos estreitos proporcionando uma fila indiana nas corridas.Já se considerava, com 10 voltas, mais ou menos, que a pista holandesa era ruim.
Chegamos no ponto contraditório. Eu mesma já fui a "reclamona" de corridas assim. Critiquei, um tempo atrás, Mônaco (que também é estreita), por conta das corridas monótonas que tivemos lá. 
Me frustrei muito, com corridas na Bélgica, como a do ano passado, ser totalmente ruim. "Estragaram" o nosso gosto pela pista. Como assim?
Os apelidados de "tilkódromos"? Nossa, como são xingados...!

Chamo atenção para uma questão a ser pensada: 

Você prefere ser chamado de ignorante ou limitado?

Eu prefiro ser chamada de "limitada". O limitado é aquele que não sabe, mas pode mudar algo em relação à isso. Já o ignorante, não só ignora que não sabe, como não move uma palha para mudar a situação. Geralmente, ainda teima, achando certo o que diz, com convicção baseada em... "vozes na sua cabeça".

Eu estou reaprendendo, todo fim de semana, a assistir F1. Ainda dou muito murro em ponta de faca, e isso é bem certo e perceptível. Mas eu comecei a me policiar nos meus comentários contraditórios. Não vou mais reclamar de corridas monótonas. Digo que elas aconteceram, mas não digo que elas foram péssimas e nem pego tochas com fogo e saio na rua, a noite, pedindo a retirada da dita cuja do calendário.

No caso, o fato de Zandvoort ser estreita dava a letra de que: 
a) Seria necessário cautela, pois esse tipo de pista cobraria carro se o piloto errasse;
b) Os carros atuais são longos, e há uma série de coisas que envolvem uma corrida e não é mais necessariamente ultrapassagens. Talvez nunca as corridas tenham se resumido a isso. Existe a questão dos poupar pneus, de gerenciar temperatura de freios... Entre outras coisas. 

O "fã de F1", está esquecido disso. Ou finge que está esquecido disso. 
Lembram de estrutura de carros ou de estratégias ou de atualizações, quando convém. 

É mais ou menos o que rolou nesse fim de semana, sexta e sábado: No TL2, um carro rodou e ficou preso na brita e o comentário era "tinha que ser!" em tom jocoso. Já sabemos que nem é possível nomear o cara, porque já acompanha um certo tom de maldade como se ele fosse um criminoso.
Só que o lance não era prejudicial. Não valia nada. Nikita Mazepin ia sair das últimas colocações no sábado (sim, eu chamo ele pelo nome)... Agora no sábado, um certo inglês com futuro promissor (não tenho dúvidas disso) rodou, bateu de leve, e o comentário era bem diferente na transmissão: "isso acontece!"
Mamãe, trás os panos quentes! George bateu.

Daí, vamos recorrendo às "informações" para justificar ações, medidas, escolhas. Pista estreita, pista que pune, pista isso, pista aquilo. Não estou criticando Russell, estou apontando o quando somos passionais quando não devemos, e reclamamos quando alguém é. 

Eu não escrevi, anteriormente, que teria uma possibilidade da corrida ser monótona? Então, estava cheio de tuítes reclamando do marasmo e decretando que a pista era ruim, até antes das primeiras aradas acontecerem. Eu confesso que perdi um bom pedaço, conversando com minha mãe, mas eu olhava a tv enquanto isso. O que era "descartável", naquele momento, não era a corrida, mas a narração recheada de tentativas de serem engraçadinhos e gritalhões.

Sempre se fala que deveriam voltar à pistas clássicas. E Zandvoort é uma dessas. Paul Ricard é uma dessas... Ninguém gosta de corridas lá na França. 
Não gostavam de corridas na Hungria, e agora, ela anda entregando eventos bacanas. Bahrein é um saco, mas teve empolgação nas últimas edições, já querem mais de uma corrida por lá.
Percebem onde estou querendo chegar? Ainda não? 

Chegamos à uma constatação dita há muitos dias nas Lives do Clube da Velocidade: Fã de F1 nunca está satisfeito.
E eu estou aprendendo a ver a contradição dos meus "estresses" com corridas previsíveis a partir das minhas participações lá e com o pessoal do grupo. Uma coisa é certa, se é para continuar nessa, eu tenho que pelo menos, tentar me divertir, ou não vale a pena acompanhar o esporte.
E eu posso aprender a ouvir (deixar de ser limitada...) com os companheiros de live. 
Se você não participa de live, participa de grupo de "fãs" do esporte. Você ouve bem a opinião diferente? 

Parece que estou saindo do assunto, mas, o lance aqui é uma defesa da corrida de ontem. Não foi a pior corrida do ano. E eu tinha vários motivos para achar isso. Dou três deles:

1) Kimi testou positivo para Covid, no sábado. Eu, já condicionada por essa notícia, assisti à classificação com desprezo e não contive  quando disse que no Twitter que "só não dormi porque estava sem sono", durante a corrida.
2) Sebastian Vettel não foi bem na classificação. Teve treta entre Mick Schumacher e Nikita Mazepin, na sua frente. Os dois poderiam ser culpados por terem atrapalhado a volta rápida de Vettel, mas a FIA não puniu ninguém (claro, se fosse o Vettel, teriam dado umas 15 penalidades).
3) O clima na Haas ficou esquisito também, pois o russo botou as asas para fora e falou mal do companheiro na mídia. Provocando um racha, o cara foi injusto nos comentários. (Mas não era o fim do mundo, só era chato mesmo...)
4) Todo momento que houve brechas, tinha alguém levantando assunto de racismo contra o Lewis Hamilton no Twitter, então eu previa que se Max vencesse, a gente ia entrar de novo nesse assunto e na complicação que é (dos dois lados, os que defendem e os que acusam) a falta de interpretação de texto em um usuário de rede social.

Quem experimentou elogiar o evento com a vitória de Verstappen, teve que fazer muito contidamente para não sofrer um "block" ou entrar em brigas. 
Li comentários jocosos sobre o hino holandês cantado no pódio. Como se eles não pudessem exaltar o piloto da casa e isso fosse "criminoso". Foi feito algo muito semelhante em Silverstone, e o errado estava o cara (magoado?) no hospital e que nem teve segunda chance de tentar competir.
Esse extra-pista é muito desagradável, pois vai do juízo de cada um e nem sempre ele é razoável. Tende a ser extremista e nocivo.

A corrida de fato não foi empolgante, mas não consideram, nem por uma fração de segundo que, admitir que Max vem fazendo o dever de casa, depõe contra o entendimento das pessoas. Sim, pois parece que, depois de taaaaaaaaaaaanto tempo, ninguém sabe ainda que corrida é isso aí, é uma roda gigante: uma hora está no topo, olhando o parque de cima, em visão privilegiada. Outra hora, você está em baixo, desejando voltar lá para cima. 

Eu tenho "n" ressalvas com Lewis. De ordem pessoal até: acho ele arrogante, as vezes, cínico. Meu santo não bateu. Mas não o detesto e porque não?
Porque não o conheço. Ele pode ser um personagem que não me agrada, mas no dia a dia, sem políticas e interesses, é bem possível que ele seja o cara mais bacana da face da Terra. E até não tenho dúvidas, sinceramente que seja. Contraditório em discursos, todos somos. 

Não sou fã do Max. Ele é juvenil, afoito, seco, meio "mal educado" às vezes. Também dá ares de arrogância. Mas achei, desde a sua estréia, que seria campeão mundial. Tem merecido mais que o Hamilton em 2021. Mas o que se aplica ao Lewis, se aplica ao Max: eu não o conheço, pode ser que ele seja um "docinho" no privado. 
Os admiradores de cada um, concordariam que um é "O CARA" e o outro, também. 
Há algum problema? Sim, os fãs. Os reguladores da torcida e o gosto alheio. Os sem ocupação. 

Não vou opinar sobre personalidades. Mas disso, dá para peneirar o que rolou ontem, com muita gente dizendo: "que corrida ruim, que pista horrível".
Oras... Portugal ano passado foi quase um deleite. Chegamos à Portimão em 2021 empolgados, e não foi nada do que esperávamos. Alguém criticou o circuito ou a corrida? Poucos.
Eu tenho um palpite: quem criticou o GP português pode ter ouvido ou lido isso. Na ocasião, eu li um comentário de não gostar da corrida lá deixava claro que ninguém gostava de Fórmula 1. Assistiam para ver Lewis perder e como ele não perdeu, o pessoal "estava reclamando".

Ninguém reclamou da falta de esportividade (ainda que sutil) do Lewis, em Silverstone. Acharam normal toda a sua festa no pódio, argumentando: "o cara nem pode mais comemorar com sua torcida?"
Vaiar em estádios times estrangeiros na Copa, nunca foi problema. Principalmente em 2014, quando éramos, "donos do pedaço". Agora é feio, e na F1, é atitude que denota racismo por boa parte de um grupo de pessoas (quiçá, todos) e de gente que não respeita competitividade. Como as coisas mudam de acordo com principio adotado, não? 
Bélgica e Holanda estavam a perigo, nesse sentido. A torcida poderia não se conter. Hamilton usou da política de boa vizinhança, usando uma roupa laranja (se fosse o contrário, seria provocação) e ficou tudo até "leve" para os padrões que estavam sendo fomentados. Mesmo assim, teve gente que foi lá na rede "muro das lamentações", dizer que a simples presença do piloto, incomodava como a musiquinha do elefante.

Os "fãs" não aliviam. Os fogos de artifício quando Verstappen cruzou a linha de chagada foram questionados: "e se o vencedor fosse diferente?", perguntaram.
Oras, poderiam não usar ou sim, já que estava pronto. A gente não sabe! Que mania é essa de procurar "pelo em ovo"? Eu sei que é uma coisa bem besta, porque eu já fiz isso!!!
"A cantora ia estar no pódio se não fosse o Max?" Não, oras! Não tem outro piloto holandês e é provável que se fosse outro vencedor,ia ser a mesma coisa de sempre: tocariam o hino instrumental e "eeeeeeeeh, viva todo mundo!" 

Atualmente, quem quer ver corrida com 80 mil ultrapassagens, terá que dar passagem para aqueles que dizem "piloto x é piloto de videogame" e até mesmo, aqueles que falam que corrida boa era corrida na época do "santo".

Em 2014, 2015 e 2016 haviam até muitas ultrapassagens. As corridas não eram tão ruins. O lance é que a Mercedes estava superior,  à frente e com o tempo, foi fazendo enjoar. Há quem tenha se enjoado com as corridas vencidas pelo Vettel, na era 2010 e 1013. E foram todos anos competitivos.

Em 2017, houve mudanças de regulamento, mas a Mercedes continuou na frente tornando-se "imbatível". Tudo ficou ainda mais previsível e isso, sem bola de cristal. A F1 não organizou para que as equipes ficassem equilibradas - fizeram regras que pioraram as corridas. E a culpa não é dos circuitos. 

O pessoal não gosta mais quando Lewis ganha? Talvez. É esse o ponto: já viram isso muitas vezes. É como assistir o mesmo capítulo da novela, repetidas vezes, sem avançar para o próximo.
Quando o Valtteri Bottas vence, é bom até, mesmo que a gente faça cara de "meh", por ele ser da Mercedes. Menosprezam o cara, mas ele sempre deixou que a equipe pavimentasse a cara dele, como se fosse uma estrada. Por isso, durou 5 anos lá. Quem foi companheiro do Lewis no passado, não durou mais que isso: ou pediram para sair, ou pularam fora. 

Mesmo assim era um cara diferente. Vence corridas, no geral, monótonas. Porque são monótonas? Porque geralmente, Lewis não precisava muito da vitória e até poderiam ter deixado o Bottas ser consistente em termos de campeonato de construtores. Por isso são menosprezadas.

Houve sempre uma prioridade nas equipes. E isso sempre foi chato, assim como sempre foi as equipes dominantes por muitos anos. Percebem que, o problema não está na pista, na torcida soltando fog laranja, ou ingleses cultuando pilotos ingleses? São as regras, é o jogo?
É a categoria que está minando as condições de competição de igual para igual e nós, caindo nessa, sobretudo pelos discursos midiáticos. Estamos escolhendo quem é talentoso e quem não é pela cara. Quem merece ter holofote, medido pelas atitudes privadas ou pelo carisma, mais do que técnica ou capacidade. Lendo falas não pelo que elas significam, mas pela boca que são proferidas. 

É a F1 que não está fazendo com que a competitividade aumente, aproximando as equipes. Se isso não incomoda no momento da crítica das corridas "chatas", inclusive quando Lewis as vence... Vejam bem: ele vence a 7 anos, (8 e contando) e justamente nas corridas dele no alto do pódio, há uma exaltação de sua imagem como o mais perfeito piloto. Não podemos falar que o carro é muito superior, que ele não fez nada de novo, que ele enche o saco com pneus desgastados e isso é blefe danado. Tudo isso parece um grande absurdo se colocamos esses pontos na mesa. 
Então, não gostamos de corridas? Gostamos dele?

Voltem no meu sexto parágrafo. Releiam. 
Eu gosto do Räikkönen. Os outros gostam de corridas. 

Será?

Abraços afáveis...!

Comentários

Mário Paz disse…
Mais uma ótima reflexão da Manu sobre a F1 e seus encantos e contradições, infelizmente não tenho tido tempo de comentar, mas leio todas...um sentimento de melancolia pela despedida do Kimi e satisfação por Lewis "chorão" Hamilton finalmente encontrar finalmente em Max um duro opositor... aliás, diga-se de passagem, e não sou suspeito pra falar porque detestava o garoto, Verstappen é a excelência em performance, e para incredulidade geral, um piloto mais rápido e preciso do que LH...
Manu disse…
Obrigada Mário! Senti sua falta por aqui!
Fico feliz que voltou a manifestar-se! ;)

E só concordo com o que foi comentado, hehehehe...

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