Tabelas da Décima Terceira Etapa da Temporada da F1 2021

Tivemos, no último domingo, uma visita à Zandvoort e tivemos, enfim, um corrida (já que na Bélgica, não teve...)
E teremos outra, já nesse fim de semana, em Monza - circuito também clássico - e com mais um teste da Sprint Race, no sábado.
 
Ainda que seja uma coisa que nem todo mundo curtiu, já era decidido que repetiriam a fórmula. A gente torce para não ser a "patacoada" que foi em Silverstone.
(No entanto, alguns analistas já dão conta de que as Mercedes virão fortes, então, já ficamos temerários sobre o campeonato voltar para as mãos do Hamilton...)

Mas isso é assunto para amanhã. Para hoje, separei as tabelas do GP holandês, ou GP dos Países Baixos e os resultados para comentarmos.

Primeiro, a costumeira tabela de classificação, um tanto repetitiva já nessa 13º etapa: 


Aproveitamos para falar da classificação, em pista "nova", pista seca. 
As Mercedes tomaram a primeira e a segunda fila com o Lewis Hamilton em segundo e Valtteri Bottas em terceiro.
O finlandês fazia o seu trabalho de proteção, conforme "mandava o contrato", se é que me entendem. Neste ano, ficou bem claro que a equipe não daria nenhuma chance de Bottas "aparecer", pois não poderiam dar mole no campeonato, depois sobretudo, de perceberem que a
Red Bull viria forte.  Tendo a comentar mais sobre Bottas em um outro momento. 

Max Verstappen tinha um plus de pressão por correr em casa: fez a pole, depois de não se sair muito bem nos treinos livres e... Não teria um escudeiro.
Sérgio Pérez, depois que assinou renovação com a equipe dos touros vermelhos, tem apresentado problemas de desempenho. Classificou-se em 16º, no GP dos Países Baixos e, por exceder a cota de elementos da unidade de força, largaria do pit lane para contar com uma nova especificação de armazenamento de energia.

Daniel Ricciardo chegou a passar para o Q3, o que foi um alento para seus fãs, mas isso  não aconteceu com Lando Norris, que ficou apenas com a 13º colocação a pior do ano (além do acidente na Bélgica). O piloto inglês da McLaren teria que fazer uma baita corrida se ainda quisesse ficar em terceiro no campeonato, em vista que Bottas, o quarto, estava à espreita e com largas chances de pódio. 

Na Ferrari, Charles Leclerc esteve sendo acompanhado de perto por Carlos Sainz. Em 5º e 6º, respectivamente, aguardava-se que fizessem boa classificação, depois de fazerem os melhores tempos no treino livre 2, da sexta-feira. A equipe precisaria de bons resultados de ambos para continuarem na briga pelo terceiro lugar no campeonato de construtores. 

A Aston Martin voltou a decepcionar mais uma vez, sobretudo com Sebastian Vettel. Desde o erro do combustível na Hungria, estão a dever com o piloto e até com o protegido, Lance Stroll - que no GP húngaro, não fez muita coisa e na Bélgica foi punido por erro da equipe, já nem perto de pontuar. 
Na Holanda, Vettel foi "atrapalhado" pelas Haas em volta rápida e minimizou o incidente, dizendo que simplesmente o carro não estava rápido o suficiente. Nos treinos sexta, até fogo no carro, o tetracampeão precisou apagar. 
Deu até para achar que está rolando alguma proteção ao filho do dono, muito abaixo do Seb, principalmente pelos rumores de que estariam querendo colocar outro na vaga do Vettel, em 2022. No entanto, Stroll não passou do Q2  - e não faria, também, uma boa corrida (mas os rumores, continuaram).

A dupla da Alpine oscila, mas dessa vez, foram ambos para o Q3, com uma vantagem para Esteban Ocon. Nessas circunstâncias, dava para projetar que Fernando Alonso teria um ritmo de corrida mais condizente em relação ao companheiro e que a Bélgica, realmente nunca foi o forte do espanhol.

Os casos da Alpha Tauri e da Williams seguem na mesma. 13 a 0 para os pilotos mais "experientes" ou "melhores", como preferirem chamar Pierre Gasly e George Russell. Lembrando sempre que Nicholas Latifi não é nenhum novato, enquanto Yuki Tsunoda, sim.

A Alfa Romeo ficou, em uma semana, pouco atrativa. Já não era, diga-se de passagem. 
Kimi Räikkönen anunciou aposentadoria numa quarta-feira, super anti-clímax para seus fãs, à vestperas da Holanda. Ele viveu uma espécie de inferno astral em seguida: No sábado,  não iria treinar nem participar da classificação pois estava com Covid.. 
Assintomático (graças à vacina), a transmissão da Band deu de ombros para isso, num desprezo notado até porque quem não é fã. Kimi foi substituído por Robert Kubica, um dos pilotos de testes da equipe (Callum Illot estaria com compromissos com a Indy) e também, o modo de "who cares?" pairou denso no ar.
Kubica não fez uma classificação expressiva, conquistando um sólido 16º lugar. Já Antonio Giovinazzi foi para o Q3, e foi incrível! Mas nem por isso, diminuíram os rumores de sua não permanência na equipe.

O que houve na Haas dessa vez? Treta. Treta interna, das grossas, e que até demorou para ganhar contornos mais sérios. .
Nikita Mazepin falou impropérios sobre Mick Schumacher depois da classificação, dando conta de que teria prioridades e etc.. E Mick respondeu querendo manter isso internamente e não lavando a roupa suja em público. O tom "filho do Michael" apareceu quando basicamente chamou o companheiro de "drama queen", se defendendo de não ter feito nada de errado (o que, de algum modo, também tinha sua razão).
Quando Gunther Steiner veio dar declarações, a gente sentiu aquela toada dos panos quentes e tendenciosa em relação ao piloto pagante. Justificável: sem Mazepin, não há Haas. É um sapo que precisarão engolir para terem $$. E Mick tem mais essa para lidar, já que a construção da imagem dele como filho de quem já está dada. 
Em tempo, a rivalidade dos dois é o que tem para. Infelizmente a Haas não compete nem com a Alfa Romeo, que dirá com as demais. 

Abaixo, todos os tempos e resultado da corrida. Percebam que pouca coisa mudou do sábado para domingo:


Da classificação, já expliquei o que houve com Pérez. Além dele, Latifi recebeu 5 posições de penalidade por troca não programada de caixa de câmbio. Ele havia batido na Q2. Largou também, do pit lane. 

Os cinco primeiros permaneceram os mesmos, da classificação para a corrida. Um piloto da McLaren apareceu em 10º nos dois eventos e Alonso e Ocon ficaram entre os pontuadores. O "intruso"? Pérez, que largou dos boxes. Mas vou chegar lá...

A corrida do Bottas até que poderia ter sido mais ajeitada, mas, em detrimento do Hamilton, não pode fazer muito e precisou fazer por ele e pelo outro, em um específico momento: quando a equipe o colocou em situação difícil, sem pneus e com o propósito de "segurar" Max. Acabou dando uma atrapalhada, mas a equipe, repito, colocou o finlandês na grelha.
Para se ter uma ideia do quanto Valtteri é podado na Mercedes, ele tinha a chance de ter a volta rápida, algo rapidamente resolvido para Hamilton ter a sua parada e garantir o ponto extra. Bottas só ficou com o reloginho roxo para assegurar que Max não ficasse com mais um ponto. Quando Lewis trocou os pneus, claro, fisgou mais um pontinho.

Uma questão "bacana" é que ainda se insiste na fala de que a Red Bull tem o melhor carro de 2021. Não só parece, mas tenho quase certeza que se insiste nisso, só para não ter que elogiar o  trabalho do Verstappen...

Hamilton, limitou-se a reclamar dos pneus e das decisões estratégicas. Depois da corrida, elogiou Max como mais rápido e todo mundo fez:


Quero saber quando é que ele começará a falar que corridas não estão "colocando sorriso em seu rosto" e/ou passar a cogitar a aposentadoria. 
Talvez isso esteja próximo de acontecer, agora que o seu companheiro favorito - como bem disse - anunciou ida para a Alfa Romeo, no começo dessa semana que antecede Monza. O promissor George Russell foi confirmado um dia depois, como substituto de Bottas na Mercedes,  e tem tudo para ser a "carne de pescoço" ideal para esse discurso começar a ganhar força com o Big Lewis. 
Só resta saber qual será a desculpa, caso isso aconteça: se é o papinho de que vai deixar a F1 para "a nova geração" ou se será a saúde "debilitada". 

(Lembrando que eu já disse num texto este ano, que se Bottas saísse para dar lugar ao Russell, o papo do Lewis em querer aposentar-se viria com o tom de "deixar a nova geração" tomar conta, só para parecer bem na fita. Se acontecer, soará como despeito. Mas prevejo um mar de gente aplaudindo a atitude).

Gasly e Leclerc fizeram ótimas corridas e Max foi "rei supremo da corrida": não cometeu nem um errinho sequer.
Nenhum destes 3 ganhou o título de "Piloto do dia". Gasly até foi o quarto melhor votado e Max, o segundo. No entanto, quem venceu, pela terceira vez, foi:


Lembraram do Kubica por "participaão" e Lewis sempre está nas opções de voto, desde que Max também esteja. 

Sobre o Pérez escolhido nessa brincadeira que não vale nada... Bem... Parece que o casamento de alguns comentaristas e jornalistas especializados, com Chego, esfriou. Ano passado, resenhas e mais resenhas sobre "porque manter Sérgio Pérez" na F1 eram entusiasmadas e até desproporcionadas. Esse ano, toda desculpa para o desempenho deficiente do mexicano é  que "Helmut Marko não deixa ninguém afetar o Verstappen". 

*Pausa dramática seguida de comentário jocoso*  


O cara tem feito pouco, nas últimas corridas? Sim.
Está meio aquém do que se esperava? Concordo, apesar de que não esperava muita coisa.
No entanto, é preciso colocar três pontos importantes aqui, sobre a escolha de Driver of the Day antes de dizer se, de fato, Pérez merece essa específica crítica.

a) Piloto do dia é algo subjetivo e é, majoritariamente, uma escolha sem lógica. 
Ela se dá, usualmente, pelo "fandom", mais do que pelo feito. E nunca temos ali um piloto que chegou em 11º com um carro de fundo de grid, por exemplo. Além disso, quem chega ao top 5 não parece ter conseguido essa "perfumaria" por escolhas arbitrárias: "Ah, não gosto desse aqui, então, vai esse mesmo..."

b) Pilotos que ultrapassam muito em uma corrida que quase ninguém faz isso, geralmente é levado em conta para essa escolha. Logo, se o Lewis Hamilton erra em Emilia-Romagna (por exemplo) e ainda assim chega em 2º, ele aparece entre os 5 pilotos do dia, sem dúvidas. Quem ganha? Norris, que saiu de sétimo para terceiro nessa mesma pista. 

c) Classificar-se bem, e terminar a corrida na mesma posição aconteceu com os pilotos do dia escolhidos em 4 das 13 corridas do ano: Portugal (Pérez: de 4º para 4º) Espanha (Hamilton: pole e vitória), França (Verstappen: pole e vitória)  e Estíria (Leclerc: 7º, caiu para último, tirando Gasly da corrida e voltou para 7º).

Pérez ganhou o título de "piloto do dia" no GP da Holanda porque recuperou-se na corrida, saindo do pit lane. E foi o piloto que mais ultrapassou em Zandvoort, como vemos abaixo, e por isso, o ponto b) parece ser a motivação do voto:


Os comentaristas acharam isso ruim? 
"Poderiam ter escolhido o Gasly ou o Lelcerc..."
Sim, no entanto, os caras que mantiveram posições do grid nas corridas foram as escolhas de Driver of The Day em apenas em 4 das 13 que já aconteceram. Assim, ponto c), "descartado".

E poderiam ter escolhido o Max. Deveria ter sido o holandês. Mas aí é dar o braço à torcer que o piloto da Red Bull fez tudo certo esse fim de semana? Não parece ser algo que o pessoal está preparado para admitir. Portanto, o ponto a), está explicado. 

É bem o seguinte: para implicar com o que deveria, ninguém está à postos. Contradição de falas, provocações, draminhas e choramingos, nem são comentados. Notícias técnicas, informações sem opinião maldosa, é raridade. 
Não dá engajamento, né? O lance é usar a faixa do "achismo" e tascar umas piadas, uns apelidinhos e 
umas fofoquinhas de aperitivo.

Falando rapidamente da situação no campeonato, apenas para termos a dimensão de como chegam à Monza. Primeiro, sobre as equipes:


A única mudança é a Ferrari, que voltou à terceira posição e a McLaren que assumiu a quarta. Em Monza, essa distância tende a aumentar para os italianos... Ou não! Pode ser também o respiro da equipe laranja, com requintes de crueldade para os tifosi.

Diferenças de pontos:

► Mercedes para Red Bull: 12 pontos;
► Red Bull para Ferrari: 151 pontos (a maior vantagem até aqui);
► Ferrari para McLaren: 11.5 pontos;
► McLaren para Alpine: 80 pontos;
► Alpine para Alpha Tauri: 6 pontos;
► Alpha Tauri para Aston Martin: 31 pontos;
► Aston Martin para Williams: 33 pontos
► Williams para a Alfa Romeo: 17 pontos;
► Alfa Romeo para Haas: 3 pontos.

Já a tabela de pilotos, voltou a dar uma mudada.
O primeiro, claro, está mais na cara que nariz: Verstappen, retomou a liderança e agora, não são 3 pontos de vantagem para o Hamilton, mas 3 de desvantagem

Outra coisa que movimentou, mas nem deu faísca é que Lando Norris perdeu a terceira colocação para o (considerado) "desnecessário" Bottas. Agora a frase de que se "ganha migalhas por causa do carro" volta ao refrão, afinal, é o Bottas e não existe possibilidade de criticarmos Norris por mau desempenho. 

Leclerc voltou à sexta colocação que era do Sainz depois da Bélgica. Tudo entre os "Carlos", ainda e esperanças "firmes" para a Ferrari.

Gasly tomou uma dianteira e a oitava colocação de Ricciardo, o que é expressivamente incrível para o talentoso francês. Já Ric segue em decadência.

E o Alonso? Bem, chegou ao top 10 com Zandvoort e tomou a posição justo do companheiro de equipe.


► Max e Lewis está à 3 pontos de distância. Perigamos que Monza seja melhor para as Mercedes... Mas não vamos sofrer por antecipação.

► Do Hamilton para o Bottas a diferença está em 98.5. É bastante coisa.
► Do Verstappen para o Pérez é ainda mais: 116.5 pontos.

► Entre Bottas e Norris, a diferença está prestes a começar a preocupar: são 9 pontos.
► Norris também começa a sentir Pérez mais próximo: ele marcou 1 ponto na Holanda, enquanto o mexicano marcou 4. A diferença então está em 6 pontos.

► Leclerc começa a dar sinais de que já em Monza pode passar aos 3 dígitos. Ainda assim, está à  16 pontos do quinto colocado.  Já em relação ao companheiro, o Sainz, Leclerc tem 2.5 de vantagem.  

► 23.5 pontos separam Sainz de Gasly, agora o oitavo colocado. 
► Gasly ganhou 12 pontos com Zandvoort e Ricciardo, nenhum. A diferença entre eles é de 10 redondos pontinhos. 
► E esses 10 pontos é mesma vantagem de Ricciardo em relação ao Fernando Alonso. 

Esses são os top 10, e dos demais, apenas Ocon marcou pontos na Holanda, e por isso, é a única mudança na tabelinha seguinte: 


► Agora com 44 pontos, Ocon tem 2 pontos de desvantagem em realção à Alonso e se distanciou mais ainda de Vettel, com 9 pontos a menos. 

► Seb segue com 17 pontos de vantagem para Tsunoda e o companheiro dele na Aston Martin, Lance Stroll.
► Stroll, por sua vez, está somente 5 pontos à frente de Russell e que, desde a Bélgica, tem 6 a mais que Latifi.

► Kimi não participou da corrida na Holanda e deu lugar a Kubica que agora, ocupa a última posição, sem pontos. 
► A diferença entre Kimi e Giovinazzi é de 1 ponto.

► Mick e Nikita seguem zerados e ainda em 19º e 20º, respectivamente. 

Amanhã os planos é postar algo depois da Classificação para a Sprint Race. Se tudo correr bem, nos encontramos aqui.

Abraços afáveis e cuidem-se!

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