Faixa a Faixa: Perfect Strangers

Sigo com o Faixa a Faixa ainda achando que não está sendo divertido só para mim, como também, para quem acompanha esse espaço. 

Falei muito desse disco nas semanas que passaram e possivelmente me tornarei repetitiva. Mas a escolha da enquete foi para ele, então sem mais demoras vamos dedicar uma escrita que vai estar disponível de hoje até domingo.


♫ Nome do álbum: Perfect Strangers

Disco de estúdio número 11 do Deep Purple, lançado em 1984. A versão em CD possui uma faixa extra, chamada "Not Responsible". A cópia que comprei no mês passado é a remasterização de 1999, incluindo a instrumental "Son of Alerik".



Foi o primeiro álbum de estúdio num hiato de 11 anos entre um lançamento e outro. Um marco na minha vida (apesar de ter nascido 3 anos depois do lançamento e descoberto 13 anos depois também rsrsrsrs...).

► Arte, capa e encarte:

No disco que tenho, a capa é igual ao original, sem modificações e sem frescuras: capa preta, logo da banda com as iniciais DP central, prateada, num desenho tridimensional. Ao topo, o nome completo Deep Purple com letras maiúsculas, fonte simples, em branco. No canto direito inferior, o título do álbum, remetendo à música da faixa número 5, em letra cursiva, em vermelho, se assemelhando à uma assinatura. O conceito do logo e o design é de autoria de Craig Sprovach, no entanto a ilustração de Glenn Dean. A direção de arte e o design do álbum são de Bill Levy e George Corsillo, respectivamente. 



O interior, encarte e disco são tão simples quando o apelo da capa: algumas fotos miúdas, detalhes da produção e composição, bem como as letras. Na contracapa, as fotos da formação "Mark II" em tons de azul, recortadas em retângulos. A fotografia é de responsabilidade de George Bodnar e Mick Gregory. 

► Membros da banda, composições, participações especiais e convidados:

"Perfect Strangers" foi e é considerado um clássico do rock talvez mais pelo que ele representou naquele 1984 do que pelo seu conteúdo. O disco anterior à ele, foi "Who Do We Think We Are" e data o ano de 1973. Depois dele, muita coisa aconteceu com a banda, inclusive, a saída de Ian Gillan dos vocais. 
Essa retomada, trouxe Gillan de volta, acompanhado de Richie Blackmore, na guitarra, Roger Glover no baixo, Jon Lord nos teclados e outro Ian, o Paice, na bateria. Essa formação é a responsável por dar vida à um álbum interessante e que possui uma das músicas que mais amo na vida...
Quanto as composições é o seguinte: das 10 canções, 8 delas são compostas pelo trio Glover-Gillan-Blackmore, exceto "Nobody's Home", que acrescenta-se Paice e "Son of Alerik" que foi assinada apenas por Blackmore.

► Produção e gravadora:

A gravação de "Perfect Strangers" aconteceu em agosto de 1984, na cidade de Stowe em Vermont, nos estúdios "Horizons" e "Le Mobile Studio". A mixagem foi feita na Alemanha em Hamburgo, no "Tennessee Tonstudio".
A produção é do Roger Glover e da banda. Já a engenharia criativa é de Nick Blagona e mais 5 assistentes. 
A masterização foi feita por Greg Calbi no "Sterling Sound" em Nova York e a remasterização digital de 1999 é da responsabilidade de Suha Gur da "Universal Music Group Studios".

O disco original de 1984 tem 8 músicas, divididas em dois lados, com duração de 39min28s. A versão digital, tem o acréscimo da nona faixa "Not Responsible", e a remasterizada, a décima "Son of Alerik" o que soma quase 55 minutos de música.

► Música favorita do álbum e segunda melhor:

Incansavelmente repito: "Perfect Strangers". Ela é insuperável!!! 


A segunda melhor é a de abertura, "Knocking at Your Back Door".

► Faixa a Faixa: 

♫ Knocking at Your Back Door

Com uma introdução arrebatadora de Jon Lord e o imediato vocal de Gillan não existiria melhor abertura para o disco. Empolgante e até mesmo dançante, é uma música consistente. Abre o disco com jeito bem convidativo à conferir o resto da obra.

♫ Under The Gun

Os teclados de Lord que já havia dado as caras na faixa anterior, retorna fortemente nessa cujo o jeitão é bem oitentista, numa pegada quase pop, mas não grudenta, mas sim, acessível. Tanto essa quanto a primeira faixa, são boas pedidas para se ambientar numa festinha temática da década.

♫ Nobody's Home

Aqui nos sustentamos melhor com o disco, já confortável. Os teclados tira uma folga do protagonismo (embora tenha um solo do instrumento) e identificamos melhor a pegada ritmada de Blackmore e Paice. A tendência é escolher essa como terceira melhor canção do disco. 

♫ Mean Streak

A quarta faixa do disco é tipo cara-crachá do grupo. Os elementos sonoros que identificam os membros estão todos lá, nos agraciando fortemente. Você se encontra nela, certamente feliz pela qualidade sonora, mas nem ela, muito menos as anteriores te prepara para a faixa título da canção...

♫ Perfect Strangers

É inevitável dizer, talvez seja um grande erro, mas arriscarei: essa música carrega o disco todo. Bastasse essa faixa e já tornaria-se perfeito. Sobre ela, eu já comentei aqui e aqui.
Além de ter protagonizado posts desse humilde blog, a música já foi parar em redação do curso de inglês como obra de arte que me define, está nas listinhas de trilha sonora da minha vida em diversas agendas/diários...
A letra, a voz de Gillan, a melodia... Inexplicável. Me toca muito e me deixa em outra dimensão.

♫ A Gypsy's Kiss

Depois de ser deixada em fôlego por conta da quinta faixa, "A Gypsy's Kiss" empolga, mas não muito. Chega a ser um pouco enjoativa no solo que tende ao final, mas segue naquela pegada oitentista e empolgante das faixas iniciais o que não compromete o trabalho.

♫ Wanted Sunset

Essa acaba ficando bem abaixo do conteúdo restante da obra. Todavia está longe de ser uma música ruim. Apenas é simples depois do choque que é compará-la à canção título. É uma balada de pegada blues boa de se ouvir para relaxar, especialmente no solo de Blackmore. 

♫ Hungry Daze

A oitava faixa é a que fecha o álbum original de 84. Tem uma introdução interessante que temo ser mega difícil em tese de exercícios para estudantes de guitarra desprovidos de talento. Sim, estou brincando com minha falta de coordenação motora e dedos surdos da mão esquerda (padeço, Senhor...! Como padeço rsrsrsrs...). Mas o meio da canção meio experimental dos teclados meio que me deixam impaciente...

Extras: ♫ Not Responsible

A faixa extra do disco digital, ou seja, o CD, é uma música excelente. Aos bons moldes impetuosos de Purple, com elementos característicos, boa melodia e um acréscimo novo no jeito da banda: subversiva e com uma letra agressiva,  chega a usar o termo "fucking" no meio da letra. Nada que ofenda tanto assim...

♫ Son of Alerik

Esta é uma canção de pouco mais de 10 minutos, totalmente instrumental. Um deleite para quem gosta, porém pode ser cansativa mesmo para quem está acostumado.  É preciso ressaltar isso pois por muito tempo eu tive relutância à esse tipo de canção, que acho que funciona muito bem como interstício de meio de disco, ou fôlego em shows, mas demorei a aprender a pensar assim. Em algumas bandas e circunstâncias, acho que mais parece um momento em que os músicos se divertiram e os ouvintes são meio que desconvidados da festa. As instrumentais ao vivo evidenciam isso, pois nestas horas os músicos ficam muito absortos,na deles. É muito legal ver as relações deles com os instrumentos - talvez seja essa a falta dos vocais: eles nunca estão sozinhos, sempre estão acompanhados de um fã "esgoelante" rsrsrsrs... No entanto, se instrumentais são bem executados, como é o caso, é um aprendizado. Mas entendo porque foi uma música deixada de fora do disco de 84: ela parece solta perta das demais. 

► Porque desgosta de alguma canção do álbum:

Talvez não goste de muito de "Hungry Daze", pelo já mencionado solo de teclado depois dos 2min50s da música. Acho meio experimental e também não curto teclados frenéticos nem mesmo exagerados... Vai ver é por isso. 

► Uma história do disco, como uma questão pessoal ou uma curiosidade:

É necessário que se confesse algo, para não soar que rasgo seda pura e simples como pode ter ocorrido em outros faixa a faixa - que atire a primeira pedra se alguém não tem em casa um disco que foi só por uma música? Não que o disco seja ruim, longe disso! Mas é um tanto comum e normal perceber que "Perfect Strangers" não é um compêndio de grandes hits do Purple, mas consegue ser bem sucedido sem maiores problemas, a não ser pelos excessos em algumas das canções que fatalmente não superam a faixa título, que de fato, o sustenta. Não me parece ser por acaso que  a canção acabou sendo o nome do álbum.

Comprei o disco nas Lojas Americanas, uma cópia nacional e completa, com as 2 músicas extras do original de 1984, faz um mês. Comprei por um preço razoável e foi, basicamente, sem querer que encontrei ele em pilhas e pilhas de CDs entulhados (para não dizer, encalhados). Vez ou outra, crio vontade de procurar entre eles, alguma coisa que preste levar para casa. Consegui ser bem sucedida umas 4 vezes, no máximo. Se eu gostasse de sertanejo universitário, aí sim, estaria falida. (Eu ia escrever que "estaria feliz", mas tenho minhas ressalvas se eu ouvindo esse tipo de música grudenta e pouco criativa, poderia ser "feliz", rsrsrsrsrs...)

► 5 sugestões para a próxima votação:

Já que ninguém se manifestou em dicas para compor a enquete aqui vai a substituição para o Deep Purple: Ghost. Ousei pegar um disco bem recente, de uma banda que passei a admirar fortemente apenas nos 3 últimos anos. Deixei até Nightwish de lado, que é uma banda que ouço desde 2001, por  saber que logo cairia da enquete e seria substituída por falta de votos, muito provavelmente. Quem sabe, logo apareça a oportunidade de falar dos discos dos finlandeses?




Comentem, palpitem! Sou toda "olhos"!
Abraços afáveis!!!

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