Bahrein serviu para alguma coisa...

Digamos que um dia eu pensei em fazer das minhas postagens por aqui em áudio. Mas alguns fatores pesaram para que eu não levasse a ideia adiante.
O primeiro era que eu não faria programas de comentários curtinhos. Segundo, que o fazer e rever textos de pauta demandaria tempo, que hoje anda bem escasso. Terceiro porque ninguém se habilita a ouvir uma voz infantil falando de esporte de gente grande. 
Não me arrependo de reproduzir apenas textos por aqui. Agora mais que nunca, uma vez que agora se utilizasse da forma em áudio, pouco poderia falar sobre esse último GP. 
Quem leu meu texto de sábado, sabe do que falo. Inventei de ser um pouquinho radical ao criticar algumas coisas acerca do  GP do Bahrein, e uma delas, bem, me deixou calada.
O Bahrein enfim serviu para alguma coisa, mesmo que o foco fosse outro sempre além da corrida (no caso, das manifestações). Serviu para vermos que por mais que a gente deteste algo, ele pode se tornar algo apreciável. Mais que isso, serviu para que eu da próxima vez seja menos radical nas minhas cobranças. Serviu também para entender porque ainda assisto às corridas mesmo quando não concordo com a forma com que as coisas acontecem por trás das pistas. Serviu ainda, para entender e afirmar mais uma vez porque admiro certos pilotos.


Devo algo a vcs: se alguém for de fato querer ler meu texto, não vai passar perto das próximas linhas se houver uma desenfreada "rasgação de seda". Tentarei algo mais natural, dando os devidos destaques a quem acho que devo.
Começo com a Ferrari. Nada direi sobre Felipe Massa, pois estarei mais que nunca, mais chata e repetitiva que ele. Nada significa dois pontos, sendo um destes obra do destino mal feitor de Button, que com problemas no pneu abriu a chance para mais um pontinho de pura sorte. Quando se tem uma Ferrari nas mãos o que menos se espera é o que temos visto corrida após corrida. Alonso por sua vez numa infeliz sétima posição fez o que deu. Se espera mais dele por ser o bicampeão, o melhor piloto em pista, mas com essa maravilha de carro, nem sempre consegue fazer coelhos saírem da cartola todas as vezes que botar os quatro pneus na pista.
Se minimizo os feitos de Alonso, é porque acho de uma ignorância tamanha confiar no taco do nome da equipe para resolver toda e qualquer circunstância. É a sensação que deixa transparecer toda vez que a Ferrari deixa seus pilotos nessa situação nada satisfatória, com resultados nada bonitos, nem empolgantes.

A Mercedes não pareceu a mesma da última corrida, onde, era de se esperar que o rendimento de Schumacher não fosse próximo ao de Rosberg, mas ao menos dessa vez ele terminou a corrida com um ponto. Se Rosberg teve grande momento na China, deixando a entender que a Mercedes estaria sim viva na briga, nessa nem tudo foi tão flores, terminando a corrida em quinto, acumulando no caminho duas investigações pois ter jogado dois pilotos fora da pista, Hamilton e Alonso. Não farei juízo de valor sobre os dois atos e as duas consequências, ainda mais que o alemão lorinho do cabelo arrumadinho (no bom sentido) foi absolvido.

As McLarens tiveram uma corrida ruim. Button e Hamilton tiveram diferentes problemas durante o percurso: parecia que para Button classificar mal não rendeu bem e depois teve um pneu furado que acarretou um abandono ao fim da corrida. Se assim foi o contrário para Hamilton que se classificou melhor, mas saiu da mesmice. Não garantiu um ameno terceiro lugar como nas outras três corridas anteriores, mas sim um oitavo e desajeitado lugar. A constância até o GP da China havia lhe garantido a liderança. Acumular pontos em todas as corridas, parece ser o mote desse campeonato concorrido.

Ainda discordo que a McLaren seja a favorita. As equipes estão oscilantes. Uma que parecia ameaçar a McLaren na Austrália era a Red bull, depois a Sauber pareceu que andaria junto também, depois a Mercedes... E cada uma em um sobe e desce sem função de estabilidade.
Se a Red Bull parecia longe de qualquer coisa, e que Vettel não parecia o mesmo desde a última corrida de 2011, vimos que no treino classificatório, ele botou a prova o que ainda sabe fazer, de ser rápido. Largando na frente e mantendo-se no passeio dominical, pouco pode-se afirmar sua genialidade colocada a prova. Muitos dirão que de cara pro vento é sempre mais fácil que as disputas de meio de grid.
Concordo, mas não esquecendo que esse ano Hamilton largou na frente na Austrália e na Malásia e não segurou a posição... Totalmente fácil nunca é.
Se ouvimos com grande facilidade esses nomes, e nomes "novos" como Rosberg, Pere, Kobayashi e outros, quase não ouvimos algo de Mark Webber. Quieto, não fazendo nada de extraordinário, terminou a quarta corrida do ano, pela quarta vez consecutiva em quarto. Sendo ele, Hamilton e Alonso os únicos a terem marcado pontos em todas as corridas.

Mas de nada adianta falar desses ou daqueles que não comentei se não falasse da dupla da Lotus. Seriamente os destaques da corrida. Grosjean largou em sétimo e fez uma grande largada, ficando rapidamente na zona do pódio, ameaçando de igual para igual Hamilton. Mas havia um cara, que disse confiar na estratégia da equipe, e que almejava pódio, e que estava a dois anos afastado da F1. Kimi deu asa em suas declarações de que o pódio estava perto, e mesmo largando em 11º ele era consideravelmente possível. 
Achei mesmo que ele simplesmente tinha sido mordido pela pieguice da equipe. Julguei mesmo a equipe por não proporcionar situações boas nas classificações que garantissem pódio certo. Se largando em quinto ou quarto ou em décimo ele só conseguia alavancar cinco posições no máximo, como conseguiria alavancar 10 posições?
Não mudo ainda minha postura com a equipe. A Lotus ainda tem muito a provar. Não serei besta em dizer que confio plenamente nela. Ainda estou com pé atrás.
Mas ver Kimi saltar da 11º posição até o segundo lugar como fez, e ameaçar Vettel por boas voltas, me fez entender exatamente porque ele disse que era possível fazer o que estava fazendo. A equipe lhe deu as ferramentas e jogou ele na pista. Ele simplesmente foi lá e fez. Ele abriu a boca e disse que faria porque sabia que dependia apenas dele. E talvez eu tenha esquecido, mas eu deveria ter-lhe dado ouvidos. 
Foi uma grande corrida, dele e o do Grosjean, onde a Lotus deveria se orgulhar da dupla que tem e que trabalhar, para que cenas como essa sejam possíveis de acontecer novamente nas próximas.
A Lotus talvez seja uma das equipes que caminhe bem durante o campeonato, evoluindo sempre. Pode ser. Mas se estagnar ou ficar no sobe e desce que as outras estão, ficará difícil não sair falando novamente com um pé atrás sobre as ações.
Em foto caso, foi bom ver o meio sorriso do Homem de Gelo no pódio. De fato, ele está de volta!




Abraços afáveis!

Comentários

No fim das contas até que foi uma corrida boa, já que imaginávamos aquela chatice de sempre.
O destaque, disparado, foi a excelente colocação do Kimi.Esperemos mesmo que a equipe continue evoluindo e sejamos brindados com uma vitória do Homem de Gelo.
Ron Groo disse…
Foi divertido... Não teve bomba e ainda teve os chifrinhos do Vettel no Kimi...

Valeu até.
Marcelo Betioli disse…
Bem legal o começo do campeonato. Espero que fique assim.
No final das contas, o GP do Bahrein foi legal.

Abraços.
Manu, Manu, o teu gosto por musica continua afiado...abraços...
Manu disse…
Seria bom Eduardo, que a Lotus mantenha esse ritmo.

Sobre os chifrinhos Groo, terei um post hehehehe...

Marcelo, até que enfim, Barein foi divertido! ^^

E obrigada Fernando!

Abs!

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