Slipknot no Rock In Rio

Eu ainda devo comentar algumas coisas a respeito da F1.
Mas antes que eu perca o pique, quero falar do Rock In Rio.
Esse ser que vos escreve acompanhou pela tv a última edição em 2001. Fraca, para dizer o mínimo. Só tenho a leve idéia (de opiniões alheias) de como foi as anteriores edições. A de 1991 eu cheguei a saber, já que tinha irmãs adolescentes.
Esse ano as coisas pareciam mais empolgantes. Queria muito estar lá no sábado e domingo passados.
Ficar no chãozão para curtir boa música, só acontece bem para quem é alto e gordinho. Um pigmeu - Olívia palito - tinha duas opções: ou morria no sábado a noite ou ficava nos cantos sentada na grama e não enxergando absolutamente nada. Optei por ficar em casa.
Confesso, minhas maiores vontades era em rever o Metallica e conferir um show do Slipknot. O sábado viria de brince uma vez que minha irmã também é fã de Stone Sour.

A sensação de estar num show do Metallica, já postei aqui, é impossível de descrever. E parece que pelo que vi, tudo se repetiu. Os fãs da banda pouco podem reclamar do que eles fazem nos shows.
Mas, Slipknot é o foco do dia. Eu queria mesmo fazer o post sobre a banda norte-americana, e acho a adequada a data.
Conheci Slipknot por curiosidade. Tenho até hoje uma revista de 2003 de Terror, que falava de filmes e deu uma nota sobre o grupo de Iowa.
Eu tenho pavor de palhaços. Máscaras também não são muito bem vindas, dependendo da situação. Quando vi a foto na revista, não gostei muito porque caí os olhos exatamente no palhaço da turma.




Dramas psicológicos a parte, eu procurei a banda ao vivo. Precisava ver como era uma banda com nove integrantes. Já era fã e metal, na época já fã de Nightwish - a procura incansável de material de DVD dos finlandeses, a espera do Once, quinto álbum de estúdio deles.
E assim encontrei um show, do Disasterpiece Tour, do Slipknot e conheci esses caras ao vivo. A primeira impressão deve ter sido como quando o KISS surgiu no mundo da música. Era muito insano, os caras agitavam, o som era muito alto, mas surpreendentemente muito bom. As letras pareciam bobas, alguns críticos repudiavam o chamado New Metal da qual a banda se encaixava, mas eu achava que deveria ter algo de melhor para dizer sobre os caras, que de todas as bandas de New Metal era a única que não pudesse ser tão ruim.
Eu tinha e tenho preconceito com o termo "nü metal" por causa do Korn. Achava Korn repetitivo, muito peso de forma gratuita e sem objetivo. Depois detestei Evanescence, e outras bandas que estavam no estilo.
Slipknot se encaixava no estilo pela presença de sintetizadores, e outros artefatos, mas eles deveriam estar  acima disso, como bons músicos. E foi aos poucos que percebi isso, mais precisamente quando foi deixado de lado músicas de letras mais cheias de palavrões do que qualquer outra coisa, e menos rap. Foi em "Before I Forget" que achei que a banda precisava de um crédito extra. (ver vídeo da música aqui).
Era básico, os guitarristas eram ótimos. A bateria rápida e precisa. E o vocalista na medida certa. Os adereços extras, eram bons adereços extras.
A minha irmã já a essa altura de minha constatação já era fã. Daí só suguei do que ela trouxe dos caras para casa, CDs e DVDs, além do Stone Sour (banda do vocalista Corey Taylor e do Jim Root, um dos guitarristas).
Corey é um grande cantor, um dos melhores dos últimos tempos, digo sem medo de errar. Muito simpático e brincalhão, é gente como a gente. Joey, o baterista, já substituiu Lars Ulrich em alguns shows para o Metallica. Mick, o "Seven" é professor de guitarra, Jim também toca muito bem. Paul (que Deus o tenha, faleceu ano passado por overdose acidental de morfina) era um excelente baixista (este acabou desestabilizando a banda em certo ponto). Os percussionistas Shawn e Chris agitam o ritmo da banda, bem como o DJ Sid leva "os moshes" e o eletrônico ao som. Resta Craig, que ninguém sabe ao certo o que é (hehehehehe), mas é o responsável pelos samplers.



O último álbum All Hope is Gone tem grandes excelentes músicas, deixando a banda num patamar de banda pesada de responsa sem precisar de rótulos.
Quem viu o show do Rock In Rio e não conhecia percebeu uma das melhores bandas em termos de performance neste último domingo aqui no Brasil. O baterista Joey entrar no palco nos ombros do "Clown" (o da máscara de palhaço) era rotina entre eles nos primórdios da banda. O macacão vermelho foi o que deu a eles a fama. os moshes de Sid também é entretenimento garantido desde sempre, assim como a bateria girando, nos últimos shows. Também sempre conta com o pedido de Corey para que todos pulem quando ele cantar "Jump The Fuck Up!"
Slipknot é o que vcs viram, sem se preocuparem com rostos ou poses. Apenas para dar ao seu público o que eles querem: muito som pesado e bom, e diversão.

Para finalizar algumas das músicas que mais gosto, além de "Before I forget" postada acima.

"Psychosocial" (ver aqui)

"Duality":


"Dead Memories":


"Sulfur":


"Wait and Bleed" (ver aqui)
"People = Shit" (ver aqui)
"Left Behind" (ver aqui)
"Spit it Out"(ver aqui)
"Vermillion" (ver aqui) e "Vermillion pt.2" (ver aqui)

"The Blister Exists":


"The Heretic Anthem":



Existem "n" outras, mas para fechar escolho uma balada mas com a letra muito, muito bonita:

"Snuff":


O post de hoje vai para minha irmã: Michelle, a Maggot aqui de casa hehehehehehe ("maggots" ou vermes são como os fãs do Slipknot são chamados) e para Ron Groo que parece ter gostado da apresentação dos caras no Rock In Rio, certo Groo?
Aos demais, espero que tenham gostado. Até!
Abraços afáveis!

Comentários

Ron Groo disse…
Nossa Manu, eu nunca tinha ouvido, também tinha certo preconceito por conta das máscaras e tal.

Sempre achei que mascarado bom é só o Kiss e o Secos e Molhados, mas quando assisti ao show dos caras no RinR eu pirei.

Estou cobrindo o festival para a folha de uma amigo da cidade, e pra ir colocando as ideias em ordem coloco algumas opiniões sobre os shows e bandas no twiter durante as apresentações, durante o show dos caras, não consegui escrever uma só linha, foi puro impacto.

Já tinha achado o Stone Sour muito legal, e quando soube que o cara era o cantor do Slipknot fiquei muito curioso, tinha que conferir.

Tambem soube que Mike Portnoy, aquele cara virtuoso das baquetas do - chato pra cacete - Dream Theater era o baterista convidado do Sour e que iria tocar com o Slipknot a coisa ficou mais aguçada ainda.

Já estava chapado com o som, com o visual, com a violência dos caras desde o começo do show, mas quanto tocaram Spit it Out eu vibrei que nem adolescente...

Acho que vi o melhor show deste rock in rio, e olha que sou muito fã do Metallica e do Stevie Wonder...

Valeu pela citação.
Manu disse…
De fato, Groo. O show deles tem esse propósito, de fazer a audiência pirar.
Tbm sou fã do Metallica como sabe, mas Slipknot faz um show como muito poucos fazem.

Abs!

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