Hungria: Easy

Numa corrida em que eu não esperava nada de especial, conseguiu até deixar de ser chata em voltas longas e lentas.

Teve tudo: chuvinha, rodadas, punições, burrices, surpresas e fogo...

Button venceu a corrida em que comemorava 200 GPs. Mais bem planejado do que isso duvido muito que exista. Usou a cabeça e mandou ver numa corrida que tinha situações adversas. O que diria seu companheiro que quando tinha faca e o queijo na mão para estampar mais uma vez na cara "sou demais" cometeu o erro humano de escolher pneus não viáveis e o erro afoito (para não dizer ridículo) da direção perigosa que lhe rendeu um drive through. Talento sobra, neurônios ficam em falta.

Talvez essa seja a grande boa de Button: combinar boa pilotagem com neurônios no lugar, trabalhando.

O vitorioso  inglês acabou festejando muito com direito a papai e namorada sorridentes na tv, mas está longe do Vettel, que tem exatos 100 pontos a mais no campeonato.

Por falar no alemão, este contou com a sorte e bons trabalhos para ao menos não sair totalmente prejudicado numa corrida em que largou na frente e tinha tudo para vencer, se não fosse McLarens enlouquecidas como verdadeiras hienas esfomeadas atrás dele. As condições da pista favorecia o motor Mercedes, então um segundo lugar de Vettel foi mais do que lucrativo. Abriu 85 pontos do segundo colocado, Mark Webber, que além de ter feito uma corrida amena, usou de estratégias semelhantes ao companheiro, mas deixou dois daqueles que tinham seus problemas - Alonso e Hamilton - tomarem seu momento.

Alonso mais uma vez mostrou-se um cara muito talentoso (não é óbvio?). A idéia dele de cada vez mais afastar as chances da Red Bull vencer o campeonato antecipadamente, funciona bem. O problema que com Button, Hamilton e ele querendo fazer esse trabalho, só deixa Vettel cada vez mais tranquilo.

E Sebastian pode. Com o fim do GP da Hungria, temos um mês de férias a frente e saldo mais que positivo para o cara bem humorado. Sem ser um cara mesquinho, está sempre os pés no chão.

Se Button foi muito feliz nas escolhas, Vettel também, mais ainda Alonso e Hamilton. O espanhol trabalhou em cima do que sabe fazer de melhor, mesmo que o carro não estivesse correspondendo às espectativas. Fechou o pódio em terceiro lugar de uma forma mais que agradável. Quanto ao inglês um momento abusado de sua parte, ferindo o bom senso, foi remediado com um quarto lugar não tão ruim assim: terminou na frente de Webber com quem compete pelo segundo lugar no campeonato. No momento 3 pontos separam os dois.

Apenas em sexto, Massa não condiz muito com as chamadas melhoras da Ferrari. Se antes, no GP da Alemanha, afirmavam que a Ferrari detonou sua corrida, desta vez ele mesmo foi o responsável por seu  desempenho desfavorável. E quanto a isso não houve dúvidas e é unânime.

Duas situações estranhas ocorreram nessa corrida: uma de fato, foi o fogo do carro de Heidfeld.

O coitado saiu voado do carro, e pela segunda vez no ano sentiu tudo mais quentinho. Dessa vez o piloto disse que estava um pouco assustado. Não era para menos, um fogão que só vendo saiu do Renault assustaria qualquer um.

Outra situação complexa também foi as Mercedes. Tanto Nico quanto Schumi largaram muito bem. Porém, o alemão heptacampeão não seguiu até o fim e Nico marcou apenas 2 pontos. A equipe acabou ficando como o tempo na pista: um verdadeiro "chove não molha".

Situações essas que nos remete a procurar uma música para fechar essa primeira parte do ano:

Agora, só dia 28, temos Spa. A melhor do ano na minha humilde opinião. Logo, logo está aí... ^^


Abraços afáveis!