Pontinhos pré Azerbaijão

 

Ponto 1:

Tudo que se comentava após Mônaco era a roda presa no carro de Valtteri Bottas. 
Disso, surgiu muitas teorias. Algumas delas, cravam, com absoluta certeza, que menino Bottas não correrá de Mercedes em 2022. 

Eu poderia dizer que esse era um ponto que já previa, desde Ímola. 
Com as declarações depreciativas de Toto Wolff desde o tal GP, consegui me aproximar do 100% da tese: a campanha para dispensar o Valtteri Viktor da equipe, estaria firme e forte. 
(Sim, "Viktor" é o nome do meio do Bottas e eu simplesmente adorei. Quem sabe do sotaque finlandês, fica tentado(a) - como eu fiquei - a repetir 'Valtteri Viktor Bottas' o tempo todo). 

Bottas seria substituído por George Russell. Já havia dito que o inglês estava pronto para oc argo depois de Ímola, mas com argumentos escusos. 
Justificaria ainda essa substituição? Claro. A Mercedes como um todo não parece estar satisfeita com Bottas. 
Numa empresa, se algo é insatisfatório sobre o empregado/colaborador, mandam embora mesmo. 
Só não entendo porque já não fizeram isso, no ano passado, se o plano era começar a armar o picadeiro para o Russell, neste.

Ponto 2:

A tal roda presa no carro do Bottas em Mônaco, saiu na quinta feira. Na QUINTA-FEIRA!
Onde estavam o chefe (e seu piloto prioritário)? Estavam curtindo uma vida boa com iate e jet skis.
Já Bottas, devia estar chutando portas (pensando nas porcas) em casa. No entanto, não ia resolver. Seu chefe e subalternos, deram de ombros e não se preocuparam com o tempo.
Naquela boa vontade, só resolveram o lance da porca 4 dias depois, dando uma deixa do pit stop mais longo de todo o F1.

Eu não queria ser Bottas nesse momento. Na verdade eu não queria ser ninguém que não Lewis Hamilton.

Ponto 3:

É interessante como a Mercedes sempre tem algo que acoberta as falhas de Lewis. Primeiro Ímola., depois o GP de Mônaco 2021. Esse último é um capítulo que eu adoraria resenhar da história grandiosa do genial piloto, o melhor e maior de todos os tempos. Mas não fui, nem serei convidada.
Focados na porca do Bottas (coisa esquisita de se escrever num texto...) não foi dado o devido crédito à inabilidade do Blessed-Man nos circuitos de rua. 

Resultado: a equipe considerou que o problema não era com ele e assumiram as falhas. Já Valtteri era, até o último instante, o culpado da porca espanada. 

Eu que não tenho sangue de barata, estou possessa com isso.

Ponto 4:

Não é de se espantar que ninguém tenha se dado o trabalho de mandar o ReiMilton para aquele lugar inóspito e quente, depois de divulgarem que, pelo fraco desempenho no último GP, as negociações de renovação com a Mercedes tivessem ficado abaladas. Oras, quando ele vence, ele é sobrenatural. Quando não faz muito na corrida, a equipe errou com ele.

O que me intriga é que, Bottas é facilmente dispensável (e humilhado). Mas um cara que enche o saco para fazerem tudo pra ele, 'fiiiiiica' até não poder mais.
Querendo isso e querendo aquilo, a gente não vê o cara ir fazer vistoria na pista. Todos os pilotos andam pelo asfalto, conhecendo ou não. Alguns deitam no chão para olhar melhor os ângulos e ondulações. Lewis nem sequer é de ficar em simulador. 

De algum modo, ele nem precisaria, pois tudo está pronto para ele. Ele nem precisa se dar o trabalho de, pelo menos, em vídeos de joguinhos promovidos pela F1, nomear pessoal da equipe enquanto joga uma bolinha para cima, ou em poucos segundos dar o maior número de nomes de equipe que começam com a letra M.
Dizer McLaren, ficar "estagnado" como se não estivesse vestindo o macacão de uma outra equipe, que começa com M, desde 2014 e não ficar nem um pingo sem graça por ter "esquecido" disso, é esse cara que todo mundo tem vários motivos para defender e chamar de "consciente, sensato e genial" (e muito disso, inclusive pelas postagens no Instagram).

Ele pode até passar na catraca para entrar no paddock com todos os outros pilotos chegando, juntos e ser o único de roupa normal, enquanto os demais estão vestidos com camisas das suas equipes. 

"Mas ele é 'style'"... 
Não, ele quer holofote. Num desfile de exército, ele é aquele que destoa a marcha e a mãe puxa papo com alguém dizendo: "Aquele é meu filho! O único marchando certo!"

Ponto 5: 

O ponto anterior acabou sendo uma nota ácida. Mas a questão pode ser facilmente contornada aqui, no quinto pontinho... 

Não é tão mais fácil subir os jovens que tenham talento e precisem se provar para a equipe, garantindo por um tempo, uma trégua para as orelhas e sossego no sono dos trabalhadores? Um dos caras é chato e o outro é fraco? Manda embora! Tem um 'tantão' na fila.

Que frescurite é essa que aceitam um que manda e desmanda na empresa e o outro que precisa ser urgentemente esculhambado para dar lugar para outro?
Juro que não entendo. Quem faz dupla não é importante, então, coloca qualquer um! E diz para o que gosta do tapete e do trono: "filhão, está aqui o carro. Faça o que deve fazer e não enche!"

Não é 'extraordinário'?

Ponto 6: 

Só a Red Bull e a Ferrari são máquinas de moer carreiras, e cada uma a seu modo.
Esse ponto aqui vai ser polêmico *spoiler*: A Red Bull é que está certa. Não esperam que alguma estrelinha comece a brilhar e encher o saco. Mandam caçar a própria turma, antes disso. 

Muitas vezes, pode ser precipitado e até cruel, mas pelo menos, evita a fadiga de guiar pela mãozinha o mimadinho e ter um esforço contraproducente para blindar o gostosão que chegou no ápice do ego inflado. 

No caso, a Mercedes emula a Ferrari. Humilha um em detrimento do outro. Só que em Maranello, enquanto eles humilham, eles se apaixonam por outro. Nessa, a Mercedes perde: gostam de quem destrata? Quando tiver a bunda chutada, os que vierem para ocupar o mesmo lugar, já vão exigir as mesmas coisas. Eis o princípio de acharem que lá, não tem pulso firme e podem bagunçar o coreto. 

Afinal, quem é que manda?

Ponto 7: 

David Couthard disse que a F1 está saindo da era Hamilton para a era Verstappen. Eu não sou fã de Max Verstappen a ponto de comemorar isso, mas no momento estou clamando que ele desbanque a Mercedes, neste ano. 

Só neste ano? Por enquanto, sim. Não creio que a Red Bull tenha pique para fazer do Max um novo Sebastian Vettel, por exemplo, mas é possível que isso aconteça e não me incomodará tanto quando eu pensava. 
Não tenho raiva da F1 pelas hegemonias de um piloto ou uma equipe. Eu comecei a me interessar mais intensamente por corridas na era Schumacher.
Já passei dos 30 e estou aqui, ainda.

A situação é a seguinte: torra a paciência o absolutismo que fazem dessa "era Hamilton". Quem teve as suas "eras" desbancadas, sempre tinha o ponto de "rivais jovens, impetuosos" terem sido as suas "criptonitas".
No caso do Hamilton, jogam a ideia do carro que não está ok, logo no começo do ano. Se ele se perde: "o carro, a equipe, enfrentam problemas...". Se ele vence, ele simula que fez uma corrida difícil e a imprensa engole com arroz e feijão, balbuciando "genial, genial...".

Ponto 8:

Lembram do Fernando Alonso? Depois que foi para McLaren, despiram o espanhol como um cara arrogante à olhos vistos. Na Ferrari, bateram carimbo: Fernando foi pintado como insuportavelmente exigente. Choveu (e chove) críticas em relação o seu comportamento um tanto duro no trabalho. 

Mas se o Lewis dá entrevistas e diz que não tirou lições nenhuma de Mônaco, mas a equipe sim, deveria ter várias para aprenderem... Bem, ele é Lewis! A Estátua de Ouro já está pronta. Falta só canonizar.

Ponto 9:

Ainda dentro desse assunto, tenho outro ponto polêmico. Se segurem que essa é forte.

Mudei de ideia! Não quero mais que Hamilton se aposente no final do ano. Estou, agora, torcendo para que ele perca o campeonato atual, grite com meia Mercedes, dê olhares fuzilantes para a outra metade e aceite ficar em 2022 com as condições de ter um carro imbatível, muita grana, e claro, um companheiro de equipe escudeiro, mas cordeirinho (pode ser que Bottas fique, sob a pressão de não ter para onde ir e se sujeitar a ser o capacho-molenga). 

Na imprensa, Hamilton vai dizer que achou ótimo a disputa com Max e voltou a se sentir motivado com a F1, querendo saborear mais um ano, combativo como nunca. Para mim, ele só irá desejar ter chances de esfregar o tal oitavo título. 

A chance de ver a sua verdadeira de decadência com a mudança de regras é um cenário que vislumbro, sedenta. Pelo falatório que ele propiciou e pela imprensa que aceita que ele diga tudo isso, dia após dia e não seja criticada uma vírgula, eu simplesmente desejo demais. 

Quero a Mercedes baratinada, porque se focou com a porcaria do seu contrato e o campeonato de 2021 e não prestou atenção que, não é para ele que tinha que dar ouvidos, era continuar fazendo o dinheiro render no carro e não no cara. 

Hashtag MMM: "Mundo Maravilhoso da Manu" 

PS: Não vai acontecer, viajei e preenchi espaço.

Ponto 10:

Vamos para Baku, a cidade sede do circuito do Azerbaijão que faz a gente querer fazer rima de 5ª série.

Imagens lindas, em mais um circuito de rua.
A Mercedes não está bem.
Parece que vem vitória da Red Bull. E pode ter pódio da dupla. A chance é grande, pois a Ferrari pode até estar forte de novo, mas é a Ferrari. Tenho lá minhas dúvidas de não fazerem bobagem. 
E Charles Leclerc já bateu na curva 15, no TL2. Em 2019, ele também não se deu com o circuito e em 2020, nem no jogo de simulador. 

E parece que Toto Wolff já "encrespou": a tal asa traseira da RBR que denunciaram e pediram que fosse mudada antes do GP da França, voltou ao assunto.
Pediram à FIA que fosse mudada em Baku. E é em Baku que a Mercedes aparece sumida nos Treinos Livres:



 Posso rir? Porque sei que é por pouco tempo...

Fico por aqui, desejo boa classificação e corrida a todos, espero que estejam à passos de serem imunizados, se já não tomaram a primeira dose. Pra mim, ainda demora tomar a vacina. Não estou contando que aconteça antes do fim do ano, nem no ano que vem. 
Ainda assim, fiquem bem, se cuidem e continuem usando máscara PFF2 para sair, só quando for muito necessário. 

Abraços afáveis e até segunda!

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