Tabelas da Sétima Etapa da Temporada 2021

Como vamos direto para outro GP não teremos como ter notinhas ácidas nem pontinhos pré GP de Estíria, não pelo menos, nesta semana.
Ainda mais que amanhã, dia de fazer esse tipo de postagem, estarei num evento online de um grupo de estudos e não poderei sequer assistir aos treinos livres. 

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Aproveito o ensejo para convidar vocês para acompanharem o evento: será transmitido pelo YouTube e a programação completa pode ser conferida no site Tolkienista. É amanhã, e começa às 9 horas da manhã, com apresentações até às 19 horas da noite. 
O assunto não é F1, mas é uma oportunidade bacana para assistir ótimos pesquisadores falando sobre temas pouco vistos na academia. A minha participação nem é a mais interessante, para vocês verem como a Jornada está requintada, rsrsrs... Conto com a presença de todos!

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Para não acumular muito assunto para os próximos posts, a colocação das tabelas de resultado do GP da França é possível de ser feito, com os devidos destaques.
Começamos com a tabela de placares das classificações:


Não há grandes mudanças na Mercedes, Red Bull, Ferrari, Alpha Tauri, Haas e Williams. Em termos pragmáticos, destas todas, é surpresa que exista entre eles duas duplas com 5 a 2 e não 7 a 0 ou mesmo, 6 a 1. O que quero dizer? Hamilton ter apenas 3 corridas de crédito em relação ao Bottas, sendo o piloto principal surpreende um bocado. Afinal, Bottas não é precisamente ruim? 
De outra via, o caso da Ferrari: Leclerc é prioridade desde 2019, e em 2020 dispensaram Vettel sem nem sequer lhe dar o benefício do tentar mudar a visão deles a seu respeito. Então, se aguardava que Sainz não se classificasse nenhuma vez à frente do monegasco. No entanto, já conseguiu o feito em duas ocasiões. 

Em seguida falamos dos 7 a 0. A Alpha Tauri e a Williams estão neste patamar: no caso da dupla da primeira, já era previsível e na Williams, nada se alterou desde o ano passado.
O 6 a 1 da dupla da Red Bull também não choca, pois Verstappen já teria pompa de competidor de títulos e Pérez veio para ajudar, somar e não rivalizar.
Já na Haas, Schumacher é, em projeção, mais piloto que Mazepin.

Na McLaren, a situação é equilibrada. Norris demorou para acompanhar Ricciardo nas classificações e tinha melhor desempenho na corrida. Agora sim, estão mais equiparados pelo menos nas sessões de sábado. 
Em relação a Aston Martin, aconteceu o contrário mais comum e justificável: Stroll era o confortável da casa, enquanto Vettel precisava se ajustar. Agora, se sentindo membro da família, o alemão já mostra pelo menos, estar apto a mostrar o que sabe e ter um performance levemente superior ao do canadense. 
Não menos importante é o caso da Alpine: muito se diz a respeito da performance de Alonso, e pareceu até que Ocon colocaria o espanhol no bolso. A evolução dele é progressiva, e pode não ser bem assim. Deste modo, o francês precisaria ficar que nem escoteiro: em alerta. 

A situação da Alfa Romeo já me deixa, particularmente, tensa: Giovinazzi nunca foi considerado por mim um mau piloto. Mas ele e Kimi estavam muito equiparados no ano passado, e neste ano, Räikkönen tem me deixado preocupada em relação às classificações perdendo espaço para o companheiro.



O GP da França acabou sendo interessante como os dois últimos por conta do resultado. Não foi o melhor GP do ano, mas o nó tático da Red Bull como troco da Espanha foi fundamental para criarmos uma expectativa de um piloto e equipe vitoriosa que não atendesse pelo nome de Lewis Hamilton e Mercedes. Desde 2017 ou 2018 que isso não acontece. 

Erra quem diz que aguardamos um campeonato aberto, pelo menos no início do ano, há 7 anos. Os anos das quais duvidamos da vitória da Mercedes, por algumas corridas, foi em 2014 (pois foi a primeira vez que disputaram diretamente), em 2017 e 2018, pela tentativa de protagonismo de Vettel (minadas pela pressão e erros da Ferrari - e alguns dele - que não favoreceram).

A corrida deu sinais de mesmice logo na primeira curva, quando Verstappen perdeu a ponta para o Hamilton, escapando no extra pista. Mas foi com a tática do pneus e um grande trabalho de equipe que a Red Bull deu de Mercedes quando a Mercedes achou que tinha tudo sob controle. 
A ultrapassagem do Max à 2 voltas do fim, parecia improvável até que ela se concretizou. Isso sim, faz pelo menos uns 5 anos que não acontece. 

Aquilo que faltava ao Pérez, em termos de não perder contato com o companheiro e estar sempre ali para conseguir roubar pontos da Mercedes, foi concluído no sétimo GP do ano. Isso não implica que Bottas errou muito mais do que a própria equipe tem falhado com ele. A Mercedes, pela primeira vez, precisa olhar para os dois pilotos e não apenas um se quiser vencer esse ano com "honrarias". Se acomodaram, é hora de "mexer o doce".
Não teria sido isso que fez a Ferrari não conquistar a vitórias no anos de 2017 e 2018. Mas quando precisou Räikkönen fez seu trabalho à contento e por ele mesmo. A Red Bull, depois da era Vettel, não conseguiu canalizar esforços nesse sentido e fez a aposta para esse ano, trazendo um cara experiente e que tivesse certas habilidades para propiciar melhores avanços.
 
Não há problema em ter um piloto como prioridade. O problema é não tratar o segundo com decência. 
Digo que a Mercedes nunca se preocupou com o segundo posto. Nem mesmo quando ele era ocupado pelo Nico Rosberg.
O alemão em questão era o cara simpático da equipe e reforçava seu lugar mais por afinidade que por confiança. Bottas chegou pela porta do substituto. Sempre foi lembrado apenas quando Lewis não tinha possibilidade de vitórias - ou seja, poucas vezes. Não me digam que souberam tratá-lo bem nos últimos anos. Se o fizeram, foi em 2019 e em 2020, quando não tinha a possibilidade de dar sopa para os rivais. De algum modo, até em 2017 e 2018 poderímos dizer que foram agradáveis com Bottas, mas isso se deu muito mais como forma de conquista, do que necessariamente por "consideração".
Então, não acho certo botar na conta dele a culpa de toda a situação que a Mercedes tem passado nas últimas corridas e nem da boa jogada da Red Bull para fazer vitória, pódio duplo na França. 

Tenhamos o bom senso aqui, de uma vez por todas: são 20 caras no grid e ago um bom momento para falarmos a sério que todos ali possuem habilidades para estarem nesta categoria.
Não houve nenhum abandono ou acidente na corrida. 
Então vamos lá:

► Max foi estupendo, mas não perfeito. Errou na largada, por ser humano, mas por ser muito bom, recuperou a vitória com um sabor mais doce, justo no finzinho da corrida. 
► Lewis é experiente e sabe das coisas. Precisa passar a ser menos mimado e focar, no momento, que ele é piloto de F1 e heptacampeão. Prove-se que nunca foi só sorte, que sempre teve equipe superior, ou dispositivos, sistemas e rádios coachs que fazem dele quem ele é. 
► Pérez não é o melhor piloto do universo. Mas sabe de algumas coisas e levou informaçõesboas para a Red Bull. Sabe, mais que Mark Webber sabia, e ajudar Max garantirá bons momentos junto à equipe.
► Bottas está sofrendo excessiva cobrança. Quando ele é ouvido e respeitado, ele é útil. Dizer o contrário é birra com o finlandês.
► Norris é um menino sagaz. São 7 corridas e 7 momentos de pontuação, duas das quais, com pódio, em terceiro. Mérito dele? Também. Ele vive um bom momento e tem aproveitado cada gota disso.
► Ricciardo está mais ou menos como estava no ano passado. O que tem interferido no seu desempenho é que outros pilotos pareceram como intrusos na tentativa de protagonizar boas corridas neste ano. No entanto, ele tem mais que só carisma. Já mostra ser o velho Ric que conhecemos e esperamos que assim continue.
► Desde o ano passado, Gasly encheu os olhos do pessoal com uma sortuda vitória. Mas não ficou só nisso, e com exceção da primeira corrida em 2021, ele esteve entre os 10 em todas as outras. 
► Parece frase feita de fã vazio, mas Alonso é Alonso. Na hora que menos esperarem, o espanhol estará marcando muitos pontos e dando sinais de quem manda na Alpine. 
► Vettel é um piloto diferenciado. Não que irão admitir que ele ainda tem muita lenha para queimar, mas o fato dele fazer um corrida razoável mesmo depois de uma classificação complicada, mostra que suas habilidades não desapareceram.
► Stroll transformou-se em um piloto de verdade à custa de muito trabalho e empenho. Ele ainda erra, mas bem menos do que poderíamos rotular como "piloto-cujo-papai-é-dono-da-equipe".

► Sainz deve ter talento. No entanto, erra demais em não saber ficar em um só lugar. Ao menos está numa equipe de fábrica, mas não será campeão com companheiro prioridade e como piloto que está esquentando lugar para outro.
► Fica difícil dizer qual é a real capacidade de Russell. Mas é indiscutível que ele pode ser uma das melhores possibilidades de novo campeão do futuro. O ponto pra isso é considerar que ele sabe lidar com carros médios-ruins. Todo piloto que passa por essa experiência mais dura e frustrante, cria uma boa casca para lidar com a perspectiva de competidores em equipes maiores.
► Uma das incógnitas do ano é Tsunoda. O que sabemos é que ele é um pouco impetuoso e talvez até mais que um tal... Mas a questão é que, novatos são difíceis de medir e o primeiro ano não é padrão para analisá-los.
► Ocon para mim não passa de um piloto mediano. Mas acreditam nele. Então, uma hora dessas, ele prova não ser apenas uma "moda" e se afirma um dos bons da nova geração ou o contrário: apenas um embuste. 
► Se disserem que Giovinazzi está no patamar da enganação, vou discordar. Gio tem um bom jeito e quase nunca erra, mesmo com todos os problemas que um carro com motor Ferrari possa propiciar. Isso é ponto fortíssimo. Mais uma vez: é com carros ruins que a gente vê quem tem potencial e quem não tem.
► Quanto a Leclerc, esse já étop 5 da nova geração e tem talento. Só precisa ter um olho mais apurado para os cálculos de espaços na hora das disputas e largadas...
► Não posso falar do Räikkönen, por ser suspeitosíssima. É um dos pilotos old-school raridade na atual F1. Com talento nato, Kimi não é do tipo que vai ter cadernos de anotações e estatísticas na mente. E por incrível que pareça, isso não caducou com a nova fase da F1 em que sentir o comportamento do carro e dos pneus é necessário para gerir corridas. Ele segue fazendo isso, e bem, depois de quase 20 anos de categoria.
► Ânimo! Latifi não é um piloto extraordinário, mas pelo menos é constante e prudente. Já tivemos campeões mundiais assim. 
► Mick não é o pai. Nem queríamos que fosse. Mas filho de peixe, peixinho é. Logo veremos ele dar sinais de ser filho de quem e da parte boa do sobrenome. Confiem! Além disso, estar numa Haas, não é tarefa fácil. Dêem crédito. 
► Por extensão: Deixem o Mazepin em paz. Não queimem o cara pela régua da moralidade que vocês fingem a acreditarem que é a mais correta. Ela pode até ser, mas não é usada para os outros 19 pilotos do grid. Porque será? Ah, e ser um piloto bom com uma Haas, é brincar de faz de conta.

Com isso, passo à tabela do campeonato:


► As 4 primeiras colocações estão mantidas, desde Baku. 
Agora, a diferença entre Verstappen e Hamilton não é mais de 4 pontos, mas de 12 pontos. 
► Bottas voltou a quinta colocação graças a não pontuada do Lelcerc que caiu para a sexta. A diferença dele para Lewis é a mais gritante do campeonato: são 60 pontos.
► Já a dupla da RBR ainda não está tão próxima. Ainda! São 47 pontos de diferença entre Max e Sérgio. 
► Segue sendo uma diferença razoável de 10 pontos entre "os Carlos" da Ferrari. 
► Garly permaneceu em oitavo, sendo considerado "o cara" da Alpha Tauri.
► Ricciardo tomou a posição de Vettel na classificação geral com seu sexto lugar na França. Em nono, ele está à 42 pontos de Norris e à 4 do Vettel, que ocupa a décima colocação.


Abaixo do Top 10, nenhuma mudança, a não ser no somatório de pontos. 
► Alonso superou um pouco mais Ocon, em 5 pontos de vantagem.
► Stroll vê Vettel se afastar com 20 pontos a menos que ele na classificação geral. 
► A mesma situação complicada está para Tsunoda, que tem apenas 8 pontos e Gasly, 23 a mais.

E o campeonato de construtores está da seguinte forma:


► 37 pontos separam a RBR da Mercedes. 
► 68, é o somatório que separa a Mercedes da terceira colocada, a Mcalren.
► A Ferrari perdeu a terceira colocação não pontuando na França e agora, a McLaren está com 16 pontos à frente. (Não riam que é feio...)
► A Alpha Tauri tem a metade dos pontos da Ferrari e ocupa a quinta colocação.
► Já a Aston Martin está de grão em grão. Em sexto, somam 40 pontos, apenas 7 atrás da equipe B da Red Bull.
► 11 pontos separam a Aston Martin da Alpine.
► E 27 separam a Alpine da Alfa Romeo. 
► Williams e Haas seguem como penúltima e última, e zeradas. 

Esquentou? Então liga o ventilador, porque o GP de Estíria, na Áustria, é a casa da Red Bull. E la está bem quente, literalmente!

Max, na França, conquistou o ponto extra da volta rápida, conforme acrescentamos no ficheiro abaixo:

06 - GP do Azerbaijão (*ponto não computado) e 07 - GP da França. 

Até agora, volta rápida do Bottas no primeiro GP, do Lewis no segundo, voltou para o Bottas no terceiro, do Max no quarto, e Hamilton novamente no quinto. 
O placar de voltas rápidas está 3 para Verstappen, 2 para Hamilton e 2 para Bottas. 

Quanto ao piloto do dia temos, até então: 
GP 1: Pérez, GP 2: Norris, GP 3: Pérez, GP 4: Hamilton. Os GP 5, 6 e 7 foram colocados, abaixo:


No GP da França o piloto do dia foi Max Verstappen com 22.9% dos votos no site da F1. 
Daniel Ricciardo teve 19% dos votos e foi seguido pelo companheir, Lando Norris, que teve 14% das escolhas. Em quarto, Lewis Hamilton com 8.4% e em quinto, Sérgio Pérez com 6.9%. 

E é isso: Max fez barba, cabelo, bigode e a manicure no GP da França, isto é, fez pole position, venceu a corrida, fez volta rápida (e marcou o ponto extra) e foi piloto do dia. 

Deixo para vocês, comentários sobre os resultados e a proposta de fazerem as apostas para o GP da Estíria, já que não voltarei a postar algo antes de segunda-feira, dia 28. Quero saber das expectativas de vocês. 
Desejo também que todos estejam bem, se não imunizados, prestes a serem. Cuidem-se, com máscaras e evitando aglomerações, mesmo assim. 
Boa corrida a todos! Abraços afáveis!

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