Temporada 2021: Grande Prêmio do Azerbaijão

Enquanto assistia a classificação da F1 em Baku, no sábado, eu pensava: "Acho que essa corrida vai ser difícil de escrever sobre e publicar na segunda". 
O motivo dessa minha insegurança foi a quantidade de bandeiras vermelhas durante a classificação. Não que fosse um enorme problema: era absolutamente normal, em condições de classificação que isso acontecesse, ainda que fosse um tanto excessivo. 

O primeiro a dar um "oi" para o muro da curva 2 foi Lance Stroll. Garantindo a última fila, garantiu também a primeira bandeira vermelha. Um atraso para a retomada, apenas Charles Leclerc havia feito marcado tempo. Seria caso de sua segunda pole?
Em seguida, o Q1 foi retomado e Antonio Giovinazzi foi o que propiciou outra bandeira vermelha e lá se foi, basicamente, a primeira parte quase toda. 

O Q2 daria chance da FIA punir Lando Norris por não ter ido aos boxes imediatamente em caso de bandeira vermelha e haveria outra pausa, em breve. Quando marcavam seus tempos normalmente, vimos que Lewis Hamilton havia melhorado consideravelmente em relação aos treinos de sexta-feira.  O que deveria ter sido lido como blefe, foi traduzido como trabalho duro. E quando vem à tona o lance de ajustes fundamentais para lidar com os rivais, vem também reclamações e obviamente, destaque de um só: trabalho duro apenas para o carro 44 que é o piloto excepcional, e se der errado, já tinham na manga o protesto da asa traseira da Red Bull. Tacaram o "f&¨%-se, Bottas" claramente? Sim.  

No final do Q2, mais um: Daniel Ricciardo bateu na curva 3 e Sebastian Vettel, ficou fora do Q3, por isso. Outra bandeira vermelha e mais um bocado de atraso. 
Estava tudo ok, com Lewis propenso a ser pole e Max não mostrando necessariamente chances de tomar o primeiro tempo. Cheguei a bufar por achar que tudo estava voltando a ser previsível até que observei melhor, o Leclerc. 
Faltando pouco mais de 40 segundos para o fim, Yuki Tsunoda bateu na curva 2 e Carlos Sainz Jr. passou reto na área de escape no mesmo lugar. Bandeiras vermelhas pela quarta vez e fim de classificação.

Mais uma vez, Verstappen, se quisesse enforcar Charles por isso, poderia. Em terceiro, desta vez, via Hamilton dar sorrisos empolgados por largar na frente dele, em segundo, enquanto Leclerc cravava a segunda pole em circuito de rua - dessa vez, sem bater. Bottas era apenas o décimo, sinalizando  que a Mercedes não se importa mais com ele e tanto fazia se estivesse em 10º ou em 20º. 
No entanto, na corrida, poderia ser que as coisas não fossem tão simples.

Para mim, seriam. Lewis tentaria (e conseguiria) tomar a posição de Leclerc se não na largada, quando estivesse liberada o uso da DRS. Talvez Max poderia aproveitar a circunstância e tomar a posição de Lewis na largada, mas a prudência em Baku deveria ser prioridade, sobretudo para os dois que estão disputando o campeonato. Se tivesse alguma mudança notável seria por Safety Car ou até, bandeira vermelha. Eu fiquei um pouco tensa com a última possibilidade. Contanto que ninguém se machucasse, tudo bem...

A corrida foi o seguinte: Não foi a melhor do ano para os críticos, mas eu considero a melhor que já assisti até agora. 
Sem juízo de gosto: pode não ter sido a melhor, mas teve um tom muito interessante e bem semelhante à Mônaco, isto é, o resultado foi melhor do que o esperado, denotando a tão sonhada imprevisibilidade das quais estávamos sedentos.
Mas não se enganem, a corrida estava normal, e até um pouco chatinha, até as paradas de boxes. Havia um falatório na transmissão que fazia a gente revirar os olhos, mas estava suportável. 
Na minha cabeça, por muitos momentos, estavam em outros lugares...  Mas até o Stroll ser muito elogiado e estampar o muro numa pancada forte, a gente poderia até ter puxado um cochilo.

Leclerc largou relativamente bem, se beneficiando da prudencia dos dois atrás. Outros que iam bem era Pérez que havia passado Sainz, e até mesmo Vettel que já era nono,passando Bottas. 
A alegria da Ferrari e do Leclerc durou 3 voltas, quando Hamilton passou sem deixar nem um bilhetinho de "fui" e Verstappen fazia o mesmo, quatro voltas depois, à caça do inglês. Pérez não deu sossego ao monegasco e tomou-lhe a terceira colocação na volta seguinte ao do Max. 

Estava aí o grande erro da Mercedes: o desprezo com Bottas ia custar caro para a equipe. Logo a RBR ia colocar, nem que fosse a força, Pérez em situação de escudeiro.
Eu, no lugar de Valtteri, faria mesmo. Optaria por largar em décimo e manter a posição se desse... Ia ser péssimo para a carreira, mas pelo menos, não precisaria ficar pajeando o companheiro - mimado. 
Não precisam dele, e mais que isso, quando ele está em indo para o pódio, pela primeira vez na frente do Hamilton, ferram com o seu pitstop e estratégia? Então, que fique longe dele, se puder. Foram quatro anos subserviente ao ReiMilton para chegar à esse ponto de esculhambação da equipe. Não valeria a pena se desgastar por eles. Por mais que Bottas seja um piloto mediano, nenhum, NENHUM piloto merece ser tratado assim. Já disse isso e é chover no molhado.

Na volta 11, os pitstops aconteceram. Hamilton optou pelos pneus duros que deveriam ir até o fim. A lentidão na parada ia dar motivos para muitos gritos com a equipe - que depois de Mônaco, tinham muito a aprender, não é mesmo?
O que a Mercedes não contava era que a Red Bull fizesse exatamente o que eles faziam quando estão atrás: fazer uma parada mais rápida e colocar seus carros na frente do deles. E desta vez, sem ter Bottas por perto, foi muito pior do que pensaram: Não só Max voltou à frente de Lewis como Pérez, também. Se tivessem pensando na corrida do Bottas, talvez essa situação estaria menos, digamos, periclitante. 

Enquanto isso acontecia, Vettel liderava a corrida. 
Sim. Ele mesmo. 
Um tom de chacota brotou "do nada" na transmissão. Não demoraram para justificar que ele estava com pneus macios e tinha que parar - como se ficar na liderança de uma corrida fosse um crime.
Se voltaram à Stroll, depois da parada do Vettel (que voltou para pista em sétimo, ganhando a posição de Tsunoda), mas não houve tom depreciativo com o canadense. Foi devidamente para elogiar o seu quarto lugar naquele momento.

A gente até poderia ter apostado em batidas propiciadas pelo Leclerc (que já teve seu episódios em Baku) ou Nikita Mazepin, o novo doidão da pista que todos amam odiar. Mas quem estampou o carro no muro, na corrida, foi Stroll. Quase como se tivessem "zicado" o cara, seu pneu traseiro esquerdo fez "pou" e ele fez "pá" no muro, deixando pedacinhos para todo lado. 
O ponto em que ficou daria até bandeira vermelha, no entanto, não. Apenas bandeira amarela e um Safety Car deu conta do recado. Os seis primeiros eram Verstappen, Pérez, Hamilton, Gasly, Leclerc e Vettel.

Com a relargada, Pérez não deixou que Hamilton chegasse a ameaçá-lo logo de começo. Quem estava muito bem também era Vettel que avançou, em pouco tempo conseguiu a posição de Leclerc e depois a de Gasly, posicionando-se em quarto, já prestes de partir para cima de Lewis. 
Achei que ele estava acabado... Achei que cinco corridas de adaptação era pouco para quem perdeu os campeonatos de 2017 e 2018 com uma Ferrari. Achei que Vettel não era piloto sem carros do Newey...

Estava tudo voltando ao normal e pensando noutras coisas, até que olhamos as fichas e constatar que Max parecia ir para a vitória, com segurança propiciada por Pérez. 

Era interessante que até sexta e sábado, o discurso sobre Sérgio ser mais piloto para ajudar Max não saia da boca dos comentaristas e dos críticos dos portais especializados. Estranhamente era a "grande habilidade" de Pérez que justificava o aceite completo de todos sobre Red Bull tê-lo contratado no ano passado. 
O pessoal conversa tanto que não se atentaram para a sensatez: se conheciam esse tal Pérez "completo", era questão de algumas etapas para ele mostrar esse tal valor. Porque então ficar forçando a barra nesse assunto? E olha que não gosto do mexicano, e ainda assim, achava que era necessário que esse povo pensasse antes de ficar dando opinião e fazendo análise à esmo. 
Num passe de mágica, o grande Pérez virou salvador da pátria, e entrou na pauta não para reforçarem o que diziam antes, mas para dizerem que estavam certo, e sim para criticar o desempenho do Bottas. 
Assim, o discurso do Pérez fantástico voltou à tona e ainda vai durar muito a crítica ao Valtteri, sobretudo porque no seu caso, não se enxerga nada mais do que incompetência. 
Sabendo que serem razoáveis não é o forte do pessoal eu pensei nisso e me voltei para a corrida. Faltando três voltas para o fim, eu fiquei na ponta do sofá: Max deu uma rabiada e uma pancada - muito mais leve que a de Stroll - e bateu por conta também de um estouro do pneu traseiro esquerdo. Aaaaah, Pirelli... Obrigada... Só que não!


Obrigada por dar emoção em Baku. Num tempo não muito remoto era isso em que se tratava as boas corridas: as quebras, batidas e falhas eram comuns e ditavam a emoção da categoria. Não no sentido catastrófico da coisa, mas o azar e os erros eram elementos centrais, das quais não podia menosprezar. Hoje, falar nas duas coisas depende sobre quem as comete: se é um amadinho, é azar. Se é um mal falado, é erro.  
Por isso também, se exagera nos elogios e nas críticas. Não existe razoabilidade: o extraordinário está 'dando um pau' no mediano, o genial não é páreo para o que sempre foi uma farsa, o espetacular não pode permitir dividir holofote com o fraco e etc.. 
É por isso que tem que aparecer mais vezes as quebras e é por isso que a gente gosta de F1. Um cara vencer de ponta a ponta e ficarem com esse inferno da mantra em dizer que o tal é irretocável, cansa. 

Parafraseando o Datena: "bota que tem sorte aí, pô!"
Naquela volta 48, Max chutando o pneu e saindo cabisbaixo era mais uma das sortes do Lewis. 
Sim, ele venceu muita corrida por sorte, por estar no lugar certo e na hora certa, por rivais terem errado, terem azar, por uma equipe voltada para ele 24hs por dia e não ter a pressão externa que os outros, volta e meia sentem.
"Ain, mas isso minimiza o talento dele!" 
Me mandaram uma mensagem ontem, de um print de uma garota a dizer que quando falam isso, são racistas escancarados. Pode ser que sim, mas acredito que uma coisa não deveria ter nada a ver com a outra. Dizer que ele tem e teve muita sorte é não exagerar na excepcionalidade que os orgásmicos fãs dele pregam. Não existe ninguém perfeito a esse ponto, o fanatismo é que leva a isso. 
Ainda que não tenha nada com isso, só alerto: fanático nunca é sensato e muito menos, saudável. Eu particularmente não gosto de certas cantoras famosas e não é pela cor de suas peles. Elas são fracas, oportunistas, se aproveitam mais da imagem do que sua arte para aparecerem, e portanto não me parecem talentosas. É uma questão de gosto, simplesmente. 
A aparência de Lewis não está em jogo aqui, até porque ele é um cara bem apessoado. Se veste mal para caramba (risos), mas é bonito. O fato de ficarem achando que ele é o único capaz de fazer e acontecer na F1 enquanto piloto, só por ser negro, aí sim eu diria é que é minimizar a sua habilidade.
Saber que nem ele, nem nenhum outro é imune a críticas é o primeiro passo ao paraíso da sensatez. 

Por isso, obrigada, só que não: a pancada do Max deu um sobressalto na gente por não esperávamos e deu uma esquentada na corrida. Só que não pois apareceu o resultado mais do mesmo. A vitória estava correndo para o colo de Hamilton. De novo, nada contra, mas não é isso que me faz gastar tempo em frente a TV num domingo. Já vi esse filme então, eu lamento quando acontece isso, pois poderia ter convertido essas duas horas em outra coisa. 

Para piorar decidiram dar bandeira vermelha. Com Stroll não pararam, com a batida de Max sim. Todos nos boxes esperando para realinharem atrás do Safety Car.  
Depois de um tempo, decidiram pela relargada parada. Isso munia Hamilton das chances de passar Pérez neste momento de largada e correr para a vitória em duas voltinhas. 

E foi exatamente isso que aconteceu. Posicionados no grid de largada, os pneus de Lewis soltavam uma fumacinha, literalmente ele estava "on fire". As luzes vermelhas apagaram e a bandeira verde passou. Ele acelerou. Ele passou Pérez. 
Mas ele atravessou reto, parecendo que se esqueceu de fazer a curva
Pérez retomou a ponta.  

Se vocês ouviram um som como um grito de vibração, vindo pelo vento... Não foi eu!

Em 6 corridas, Lewis errou DE FORMA BEM BESTA em duas delas. Em uma, ele foi salvo pela batida do Bottas com George Russel. Em Baku, ele... Bem... Não duvido que Toto Wolff já não tenha uma desculpa para o que rolou naquele momento. 
Os freios soltando fumaça, dariam a deixa de que ele exagerou ao tentar resfriar. 
Depois, a informação que veio é que existe um botão no volante que ajuda a regular a temperatura dos pneus. Ao ver a fumaça, Lewis regulou essa temperatura errado. É possível que tenha usado botão para resfriar os freios, que acabaram travados em seguida.

Irônico que ele seja o "administrador de pneus" e tenha dado uma mancada dessas. Estranho também que, depois de tanto tempo, a gente percebe que estar no simulador, conferir e repassar estratégias no briefing com a equipe, conhecer o carro de ponta a ponta são coisas muito importantes e não podem ser negligenciadas, mesmo com a experiência.
E o fantasma de 2007 voltou a assombrar: esbarrou o dedinho no botão errado, foi?

De bônus, Leclerc e Gasly protagonizaram uma disputa ferrenha nestas duas últimas voltas e o francês da Alpha Tauri foi para o pódio merecidamente. A combinação do pódio inédita, foi uma das melhores coisas dessas 6 corridas.

Um tal de Sebastian Vettel, que ficou o tempo todo no carro desde a bandeira vermelha, tinha saído da 11ª colocação do grid para ser, o segundo, com o primeiro pódio da Aston Martin.
Piloto do dia, a "farsa" campeã de 2010, 2011, 2012 e 2013 foi ao pódio com um carro "meh". 
Duas corridas, 28 pontos. Nada mal.

E o Pérez, heim? Quem diria! Ajudou muito a equipe no momento em que mais precisavam. Amenizou o problema da falta do Max e conseguiu, com os seus 25 pontos, colocar a Red Bull bem a frente da Mercedes no campeonato de construtores. Foi pra isso que ele foi chamado, certo? Well done!

Ao que tudo indica Max poderia até sorrir no fim de Baku. Foi com a equipe comemorar o pódio de Pérez, mostrando uma maturidade que duvido que Hamilton teria, se Bottas tivesse ido ao pódio em Mônaco. Stroll também apareceu para estar junto do momento emblemático da Aston Martin. Ambos estavam invejosos porque não eram eles no alto do pódio? Com certeza. Mas, engolir sabores amargos da derrota não é bom, mas faz parte do jogo. (E quem sabe lidar bem com isso, é quem deve ser aplaudido sem se pensar muito no exagero que isso implicaria).


Lewis acabou a corrida em 15º, no ante penúltimo lugar e ficou atrás do Bottas, que foi 12°. Nenhum dos dois marcaram pontos. 
Dois carros da Mercedes não ficavam fora da zona de pontuação desde 2012 quando a dupla de pilotos ainda era Nico Rosberg e Michael Schumacher. Nico terminou em 13º e Schumi em 16º no GP dos Estados Unidos daquele ano.
A última vez que Lewis Hamilton ficou sem marcar pontos, foi com o abandono em 2018 no GP da Áustria. Desde então, em todas as corridas que participou (e então, está excluída a corrida em Sahkir no ano passado, em que ele testou positivo para Covid) Lewis ficou sempre entre os 10 primeiros. 

Max, apesar de ter a volta mais rápida, por ter batido à três voltas do fim, não pode ficar nem com seu ponto extra. 

Outra estatística (tosca), para finalizarmos é a seguinte: desde o GP da Espanha de 2016 que os dois primeiros pilotos do campeonato saíram de mãos abanando, sem pontos. Essa corrida a gente lembra: foi aquela que Rosberg e Hamilton se atracaram nas primeiras curvas de Barcelona. 

Se adorei Baku?? Eu amei!

Fico por aqui, avisando que hoje tem live no canal Clube da Velocidade no YouTube. Fiquem atentos: será às 20 horas, no canal linkado acima. 
Deixem os seus comentários aqui e participem no vídeo, ao vivo, se puderem, mais à noite. Deixem pelo menos, o 'joinha' de vocês para assistirem depois, caso não possam assistir às 20hs. 

Grande abraço afável e volto com as tabelas no próximo encontro por aqui!

Comentários

"Se vocês ouviram um som como um grito de vibração, vindo pelo vento... Não foi eu!"

Aqui não ouvi nada, até porque eu estava gritando de euforia, quase tendo um orgasmo, feito o Piquet quando viu o Mansell parar na volta final do GP do Canadá, em 1991...

No final, a corrida só valeu mesmo por causa da burrada do Mr. Perfection, o Pole God, o Blessed, o Afro Senna, Rei Milton, Senna Reencarnado, o Patrão e tantos outros adjetivos que arrumamos para ele. Quero mais que ele se ferre, principalmente por causa dos fãs babacas dele que conheço e que só enxergam suas virtude, mas ignoram o protecionismo (por que será que não encerraram a corrida depois da batida do Max?"), e que ele só está no topo porque sempre teve o melhor carro, salvo uma ou outra vez em que os adversários foram incompetentes à enésima potência, como o Vettel esquecendo a roupa no vral no GP da Alemanha em 2018 e saindo da prova às pressas para tirá-las...
Manu disse…
Eduardo: Comenta-se por aí que escutaram um "ô trem bão" vindo daqui de casa. É intriga, rsrsrs... Não fiz nada a não ser rir de gargalhar.

Mas sim, eu vibrei. Vibrei porque quando Lewis erra, erra com requinte de crueldade. São erros bestas e por extensão, injustificáveis. Mostra que não há necessidade desses adjetivos sobrehumanos. Ele erra, graças!

Sobre a pausa após a batida do Max, há uma regra que não poderia acabar a corrida atrás de Safety Car. Além disso, a RBR teria pedido para darem bandeira vermelha pelo perigo de outro estouro, sem aviso prévio. Seria uma medida de segurança algo que ainda a Pirelli irá reportar. Ao que tudo indica os estouros aconteceram por fatores externos e não por problemas nos compostos. Para não ter outra batida, pediram que parassem.
Aí tbm virou aquela coisa: troca de pneus e até troca de bico. Desnecessário...

Isso é o que comenta-se para justificar. E é assim. Na hora que precisa ajudar o tal, aparecem as regras.
No fim das contas, ainda bem que o dedinho do ReiMilton esbarrou no tão botão mágico. Agora a gente sabe que esse tal botão existe mesmo e que não é necessariamente um caso de talento de braço, de sentar e fazer milagres.

Mas isso nem vai mudar... O próximo GP é França e os fanáticos vão voltar a falar que ele é excepcional.

Vc viu comentarista demitindo Bottas? Poxa meu, 4 anos entregando resultado, sendo o (segundo) piloto ideal da Mercedes e agora, essa esculhambação? Tenso.

Abraços geminianos! ;)
Mário Paz disse…
Levinho e o botão mágico ( Papai Toto é o maioral)
Estive a ponto de romper de vez com a F1 e o os Deuses do automobilismo, para mim tinha virado palhaçada, subdivindades sacanas distribuindo de forma terrivelmente desigual as cotas de sorte a que os pilotos tem direito...Chega, pensei eu! Lewis vai trocar um insosso terceiro por um segundo lugar sem Max na prova, zerado... Aí veio os requintes de crueldade e a decisão por paralisar a prova, Perez sentiria a pressão da largada parada, e o afortunado vai vencer de forma épica com carro inferior e blablabla...Foi aí que lancei mão de uma tese maluca: Lewis vai errar na largada devido ao fator constrangimento, ou ainda um "quem tudo quer acaba sem nada"...Passei a acreditar piamente que LH vai para a relargada com a cara engraxada feito menino que colou na prova, sabendo que não fez miseravelmente nada pra vencer, que lidera o campeonato por contar com uma dose indecente de sorte, vai se questionar se sua fama de piloto sortudo não vai ultrapassar o sua fama de talentoso, tudo isso junto vai chacoalhar a sua cabeça e ele vai fazer uma bobagem ! E não é que deu certo kkkkkkkk
Alheio a tudo isso porque ele é uma diva e não se importa com as nossos desejos de justiça, ainda lançou mão de um botão mágico, que segundo palavras do próprio "meio que desliga os freios"...Uau ! Muito tenso isso... No calor da disputa ele esbarra em um maldito botão que deixou o Mercedes sem freios, incompetente Mercedes que atrapalha o nosso campeão, muito azar dele e incompetência da equipe...curioso que esse botão, que eu chamaria de botão do vexame, já foi acionado antes, em outros vacilos do Hammy, de cabeça lembro de uma rodada na classificação para o GP Brasil de 2015, além do já famoso apagão no Brasil também, essa em 2007...
Um ultimo registro : como tudo o que envolve o nome do LH se torna chato e pedante, quase infantil ! E nada me tira de cabeça de que tudo isso é combinado com a Mercedes, por contrato mesmo, uma espécie de "conselho para a imagem do mito", onde todas as versões são trabalhadas e alinhadas para posterior divulgação na mídia, tudo para favorecer a construção de uma imagem mítica e sobre humana...Haja paciência !
Manu disse…
Mário: Depois que li que Toto Wolff disse que não foi um erro do LH, mas um azar do dedo ter esbarrado no botão, construí (no Twitter) uma teoria para ajudar o chefe a defender seu piloto:

Não foi erro do Lewis. Ele sabia que era errado ganhar a corrida naquelas condições. Max não tinha culpa do estouro do pneu e para dar emoção para o campeonato, LH apertou o botão deliberadamente - pois ele é assim, altruísta e quer vencer no "ringue"...
Assim sendo, sem Max no "ringue", ele se retirou da disputa para manter o 105 a 101 pontos por mais uma etapa e ficarmos felizes com a ideia de termos um campeonato imprevisível até o GP da França, onde tudo tende a voltar ao normal e com o bônus de corrida chata em que nada acontece.

Tudo pelo "show", hahahaha...

Pode ver. Vamos para o GP da França, ficamos até o fim, achando que pode ser que dê algo errado de novo, nas voltas finais. Vai dar vitória de cara pro vento do Lewis e a voltamos às matérias infladas com dizeres do tipo "O grande Hamilton, está de volta"

O lance foi um erro besta, mais um, como 2007 e 2015 que vc bem lembrou. Ímola tbm foi bem vexatório.
Ele não queria competitividade? Agora tem e parece que não tá lidando bem com isso. Mas a qq custo, é importante camuflar isso.

Obrigada pelos comentários, como sempre! ;)
Mário Paz disse…
Manu, assino embaixo da sua teoria "eu aumento mas não invento" kkkkkk...Toto Wolff por vezes parece uma grande galinha colocando o LH debaixo de sua asa para o proteger de qualquer crítica...
Manu disse…
Como o Ron Dennis fez na estreia dele e depois, virou mãe abandonada, né?
Ai, ai, rsrsrsrs...

Postagens mais visitadas deste blog

Aquaman post

Corrente Musical de A a Z: ZZ Top

Boas festas 2021!