Da série: É horrível, eu sei, mas eu gosto! #3

Uma vez vi um vídeo do Corey Taylor em um programa de rádio em que ele foi chamado para tocar as músicas de seu Ipod. Ele brinca quase o tempo todo, com algumas músicas por pura piada ou  que mesmo que sejam elas batidas e clichês do pop, elas são boas e ele queria também deixar os ouvintes da rádio de Chicago loucos da vida. Ele dança algumas e parece mesmo que ele curte aquelas coisas e curte rir de si mesmo. E lá pelas tantas, depois de tocar New Kids on The Block ela manda ver com Justin Timberlake e o locutor diz "Slipknot, uma das bandas mais pesadas no mundo e mandamos agora JT..." e Corey, apesar de "zueiro" retruca com uma expressão: "Dig what you dig" de uma forma bastante séria. Seria talvez um jeito de dizer que não se deve levar tudo a ferro e fogo. Se ouve e é agradável para você, manda ver! Não tem que negar só porque é brega, feio, tosco, mal feito, ridículo, etc. (Para ver o vídeo que estou falando, basta clicar aqui. É a partir do minuto 4:08 que ele diz o que comento).
Quando eu tinha lá meus 15 anos, diminuí minhas audições do pop em uma época que ele tocava na rádio e brotava que nem erva daninha, esses pops de adolescente, primórdios de Britney Spears e afins. Minha criação sempre foi do rock e dali adiante pulei em poucos passos para o Heavy Metal como ideologia musical para toda minha vida. Hoje, já "véinha" já não me nego ouvir mais certas coisas que com 17-18 anos eu negaria. Na época, acompanhava a turma que delimitava a ruindade das coisas pela sua execução nas rádios. Eu mesma já falei várias vezes que se fizesse um sucesso absurdo, era para ter cuidado, pois as chances de ser uma "m" era grandíssima. E isso não deixa de ser verdade, mas as vezes, a frase do Corey deve ser aberta nesse juízo de gosto. Uma hora a gente é atraído pelas coisas mais estranhas que se poderia imaginar...

O caso exatamente é com Justin Timberlake. Confesso, fui fã dos Backstreet Boys e do N'Sync no começo da minha adolescência, e fui perdendo o gás para essas coisas dados os meus 14 anos. Os primeiros continuam na ativa e apesar de não gostar tanto mais (não captou meu interesse o último disco deles, por exemplo) eles ainda enchem os locais de shows, mesmo depois de 20 anos de carreira. Até pensei em ir no show deles no Brasil para reviver esses tempos em que bastavao lançamento de um novo vídeo e eu ganhava, o dia, a semana. Os caras tem boas vozes e amadureceram como músicos e se você não gosta, isso ainda não pode ser negado. 
O N'Sync terminou depois do terceiro disco e desde então cada membro foi para um lado. Justin foi o que mais se destacou, com carreira solo e carreira em filmes. Não tenho seus álbuns, mas algumas de suas músicas ouço sem problemas. Algumas até gosto de ouvir no dia-a-dia. Porém, a postagem se encaixa na série: "É horrível, eu sei, mas eu gosto!", então, não é as músicas boas que cairão aqui e sim aquela que você percebe no ato que não é nada boa: é repetitiva e de refrão grudento, é eletrônica e sem anormalidade inquietante ou surpreendente na melodia. É só uma música pop com uma letra meio absurda feita para dançar. É só isso e mesmo não dançando, você gosta e acaba ouvindo umas "trocentas" vezes.

Com todo carinho ao JT, mas "Sexy Back" é horrível, eu sei, mas se serve de consolo, eu ouço. 
  


Abraços afáveis! 

► Outras postagens da série: #1 e #2 

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