Off Topic: Covid-19

Em meados de fevereiro, quando o novo coronavírus passou a deixar as autoridades observando as movimentações da doença na China, o pensamento era que alguns eventos poderiam ser suspensos, pelo menos, por lá. A F1 então, adiou a corrida que aconteceria no dia 19 de abril.

Como no começo de tudo, não se sabia nem mesmo a origem do novo vírus (querendo ou não, o que foi divulgado parece até piada de mal gosto), as autoridades apenas observaram mesmo. Não ficaram em alerta como deveriam. Ou pelo menos, não manifestaram que estavam em alerta, caso contrário, creio que não estaríamos em uma situação de pandemia.
Hoje, dia 23 de março, a suspeita que paira é que a República Popular da China deu de ombros para os avisos. A consequência dessa irresponsabilidade está refletindo drasticamente pelo mundo: na Itália, mais de 500 morrem em decorrência do Covid-19 e essa estatística é a cada 24 horas. É assustador. Os italianos, começaram em março a quarentena. 
No Brasil, desde o dia 14 de março, as pessoas começaram a seguir as recomendações de evitar aglomerações, usar máscaras, lavar as mãos com água e sabão (ou álcool gel) e assim que possível, ficarem em casa. Algumas pessoas passaram a fazer isso, menos o chefe de Estado e seus defensores.

Pois bem. Falei em autoridades e chefe de Estado? O nosso (querendo ou não, é o nosso presidente) saiu no domingo, para uma manifestação pró-governo. Isso, tendo voltado recentemente dos EUA e testado para a doença.
Entre pronunciamentos - rasos, patéticos - a imprensa "montou" no presidente. Não sabíamos o que era para ser feito, pois tudo que se lia nos portais e redes sociais envolvia as falas e atitudes do tal presidente. Escolheram tentar derrubar o presidente, ao invés de salientar as medidas de precaução. 
Que havia uma certa burrice latente neste indivíduo, e que líderes religiosos eram verdadeiros babacas, eu já sabia. Todo mundo sabia. Era como ver um bando de cachorros correndo atrás do rabo. 

Nas redes sociais, as pessoas começaram as hashtags do "fica em casa". Eu dei risada (sarcástica), quando no fim de semana do dia 15, reconheci as pessoas que a qualquer palavrinha (sempre errada) do presidente, estavam em bares ou restaurantes. "Tá serto!"
Naquele mesmo fim de semana, a F1 teria a sua estréia na Austrália. Muito tardiamente, a F1 cancelou. E quando digo tarde, vocês já sabem que estavam todos lá: equipes e funcionários, pilotos, e jornalistas - todos expostos. Muito disse-me-disse acabou cancelando o GP.
Não deveriam ter sequer ido. Foi uma temeridade enorme esperar chegar lá e cancelarem poucas horas antes dos primeiros treinos livres. O contágio do Convid-19 se deu exatamente assim: pessoas que estiveram na China que voltaram para seus países. Na Austrália - se não bastasse as queimadas que sofreram no mês anterior - já havia casos da doença. 

A primeira movimentação deveria ter acionado a luz vermelha: um mecânico da McLaren teve o exame positivo e a equipe soltou uma nota de que não correria no GP. A Haas tinha 4 funcionários em isolamento. Os piloto começaram a se manifestar.
Só na tarde de quinta-feira aqui, é que decidiram pelo cancelamento oficial.

Tomei para mim que estávamos diante de tempos muito difíceis. Eu simplesmente não confiava nas pessoas. As providências não estavam sendo tomadas pelos grandes empresários por conta das questões financeiras. O que dizer de chefes de Estado egoístas por natureza?
Confinar as pessoas em casa poderia ser drástico para economia, mas era necessário. E não iam fazer de imediato. Muita reação contrária seria dita, ouvida e colocada em prática.

Dito e feito. O caos estava se formado: gente estocando comida em casa, outras teimando em sair e vivendo a rotina sem se preocupar. 
Artistas fazendo vídeos tutoriais em suas casas, ensinando lavar as mãos. Necessidades básicas estavam sendo tratadas como novidade é uma amostra de que parcialmente não saímos da Idade Média. Cancelamentos de shows, jogos, corridas e eventos acadêmicos e até mesmo, estreia de filmes aconteceram rapidamente. Tudo para evitar aglomerações. 
As Olimpíadas não deve acontecer. Entendam, é necessário que não aconteça.

Encaramos o pior dos mundos: a maioria ignora a gravidade da pandemia. O excesso de informação (desencontrada inclusive) está mostrando as fragilidades humanas: fake news e caça cliques estão denotando o nosso psicológico. 
Não é hora de shows, de jogos. Não é hora de preocupar como é que vai ficar o entretenimento, ou como o mundo reagirá sem eleições. Não é agora que temos que pedir impeachment dos líderes políticos. Não é hora de ser hipócrita, de dizer que temos que acabar com os chineses ou amaldiçoar as religiões. 
Estou um tanto farta do que ando lendo nas redes sociais, do que recebo de notícias. Pessoas que querem a morte dos chineses, mas desde 2016 não toma vacinas contra a gripe. Pessoas que tem religiosos dentro de casa, fazendo chacota das orações das pessoas, das missas sendo transmitidas via Facebook. 
Não é hora desses julgamentos, dessa balbúrdia. É hora de sobreviver. 
Vai ser duro? Vai. 
Fique em casa: gaste a sua Netflix, a sua Amazon Prime, a TV a cabo. Leia um livro, dois, três, o quanto quiser.  Ouça música, navegue na internet, resgate um jogo de tabuleiro e jogue com a sua família. Brinque com seus filhos, ajude-os com tarefas escolares, irá aprender muito e talvez até, mais do que os professores da escola queiram transmitir aos seus pequenos.
Ajude ficando em casa, por aqueles que não podem ficar. Não espalhe a sua mediocridade por aí e proteja-se. 

Nós vamos sair dessa. Só tenham paciência. 
Abraços afáveis! 

PS: Na F1, já são oito etapas adiadas/canceladas até aqui da temporada 2020 por conta do coronavírus: Austrália, Bahrein, Vietnã, China, Holanda, Espanha, Mônaco e, agora, Azerbaijão.
Tenhamos em mente que, o melhor está sendo feito SIM!

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