Faixa a Faixa: All Hope Is Gone

Guardada as devidas justificativas do remoto atraso (F1 e empate técnico entre 4 discos diferentes), vamos à sétima postagem do Faixa a Faixa, dessa vez com um disco mais novo que os que já foram comentados por aqui.


Pela segunda vez consecutiva, o resultado foi surpreendente. Vamos aquecendo os dedinhos...

♫ Nome do álbum: All Hope Is Gone

Lançado em 2008, "All Hope Is Gone" completa 10 anos neeste mês de agosto. Foi lançado primeiro no Japão, no dia 20, e nos EUA no dia 26.
É o quarto de estúdio do Slipknot, banda que se promoveu largamente na cena metal, como um dos expoentes do chamado "Nu Metal". A grande "questã" é que as bandas que carregaram esse rótulo sofriam de uma crise de identidade no fim dos anos 1990 e começo dos anos 2000, pois usavam elementos de muitos subgêneros do metal, toques de hardcore, punk e até de hiphop. Comparando as bandas que levavam esse rótulo, Slipknot se destacava: trazia um pé no death metal, com um exagero (mas não forçado, talvez inovador) uso de samplers e percussão. O embrião da banda lá em Des Moines, Iowa era um projeto motivado por um baterista e um baixista, em 1995. Possuíam 9 integrantes, entre eles, o corriqueiro vocal, baixo, bateria e duas guitarras, mais dois percussionistas, um tecladista e "sampleador", e um DJ. O excesso de barulho, dava um choque maior ainda: eles tinham cada um, o mesmo figurino - macacões largões, identificados por números de 0 à 8 - e vestiam suas faces com máscaras nada amistosas, lembrando personagens de filme de terror, misturado com tipos sadomasoquistas... Para meu desespero, um deles, tinha de ser um palhaço... As identidades deles eram, até os primeiros discos, um tanto desconhecidas. Neste quarto álbum, alguns detalhes das pessoas físicas passaram a se revelar.

► Arte, capa e encarte:


"All Hope Is Gone" trazia os 9 integrantes já atendendo por nomes na web, embora, pouco se sabia sobre cada um deles. O vídeo da música "Before I Forget" do disco anterior "Vol. 3 The Subliminal Verses" deu um gostinho para fãs e curiosos. Enquanto a gente caçava no Google fotos dos membros e encontrava gravuras com borrões de má qualidade; no vídeo, eles lançavam a isca: mostravam olhos, cabelos, mãos e tatuagens, pescoções e perfis, tudo com cenas muito rápidas. Mais tarde, em DVD, eles apareceriam em algumas entrevistas ou deixavam escapar uma imagem mais nítida dos bastidores. Mas a gente nunca tinha a fiel certeza de quem era quem, salvo alguns deles. 
Esse anonimato parece que nunca foi o forte da banda. Tanto é que mudou com o tempo. Alguns tinham os rostos revelados a partir de aparições em outras bandas. O caso mais latente era do vocalista Corey Taylor e do baterista Joey Jordison. Ambos tinham seus projetos particulares, no caso de Corey, dividia espaço com outro membro do Slipknot - James Root - na banda Stone Sour, que ainda existe. Já Joey, tocava guitarras no Murderdools, banda já extinta.
O Slipknot apostou com mais ímpeto o teatro macabro para os palcos. Mas já no disco 3 trouxe um peso mais direto e reto em algumas das canções, menos parafernália e menos anonimato - que ia sendo solto aos poucos, embora sedutor. O DVD também mostrava rostos limpos nos bastidores. A banda já tinha status de grande, então, restava apenas, manter e melhorar a qualidade musical. 

"All Hope Is Gone" tem um título pessimista: "Toda Esperança Se Foi" (numa tradução adaptada no sentido da expressão em português), porém é positivo, já na capa, o apelo mais direto, nem que seja, sutilmente de seu trabalho. 
Os elementos que fizeram a tradição da banda estão lá: figurinos iguais, máscaras medonhas, algumas modificadas de acordo com a vontade de cada membro, muito significado e simbolismo. Mas continua sendo apenas 9 caras esquisitos e mascarados, desta vez num cenário comum: no mato alto e seco, numa paisagem de céu semi nublado. O famoso "pentagrama" que não é penta e sim nona (eneagrama), indicando os ângulos e raios de cada "personagem" da banda, está presente de forma quase escondida:


Ele aparece numa tinta plástica transparente por cima da foto da capa, indicando os famosos números de cada um deles. Esse eneagrama, com certeza, assusta por uma possível associação satanista, algo que perturba a mente de qualquer um que não esteja acostumado com bandas de Heavy Metal e subgêneros. Na maioria dos casos, a menção ao diabo nas letras é uma inquietação e métodos subversivos de afronta à moral das sociedades, ou até mesmo um fascínio pelo submundo, medo da morte, pessimismo ou revolta que sempre acompanhou o rock que, ainda hoje é intragável para algumas pessoas. Não significa, arrisco afirmar, em nenhum dos casos, que os músicos que trabalham com isso, de fato acreditem piamente como religião e/ou seita do tipo cabresto. Na arte, tudo é possível, inclusive, o que nos causa incômodo.


Os simbolismos macabros e infernais aparecem, sim, óbvio. Com fotos artísticas e bem trabalhadas, as fotos aparecem com grandes rostos parecendo Moais, em corpos pequenos em campos de mato e celeiros abandonados. Essa arte está acompanhada de fotos dos membros da banda, também mata adentro. Aos cantos das páginas do encarte, as letras das músicas. E nada mais.


► Membros da banda, composições, participações especiais e convidados:

Como já foi mencionado, por um tempo, os membros eram tratados por números. Farei as menções dos números e as máscaras já usadas e que ainda usam:  #0 DJ, usa máscaras anti gases tóxicos ou de caveiras. #1 o baterista, usava uma máscara do tipo kabuki, originária do Japão. #2 baixista, usava uma máscara popular nos EUA chamada "porco do Halloween", depois passou a usar uma semelhante ao do Hannibal Lecter. #3 percussão e vocal de apoio, usa uma máscara do Pinóquio macabro, com um longo nariz de borracha. #4 guitarrista solo, usa uma máscara bem trabalhada, que mistura os personagens Corvo de Brandon Lee e o Coringa do Batman. #5 Tecladista, programador e sampler, usa a máscara mais conhecida entre eles, apesar de mal ser visto no palco. Sua máscara é de látex, repleta de espetos afincados na cabela e uma boca de zíper grosso, com furinhos para o nariz e abertura para os olhos. A inspiração é dos personagens cenobitas do "Hellraiser". 
Ainda tem mais, e eis o meu pior pesadelo: #6 percussão 2 e voz de apoio, usa máscaras de palhaços. Máscaras simples, nem parecem ser de palhaços macabros. Mas para mim, que sempre tive pavor, tornou-se a mais assustadora. Essa e a #7: guitarrista base, que usa uma máscara que lembra metal, simples modificação das máscaras de hóquei só que estilizada. O guitarrista é bem grandão, e mais que a máscara, o porte físico do cara já assusta. Por fim, #8 vocalista que usou máscaras sempre estranhas: de rosto plástico e dreadlocks, face derretida com um lado sorrindo e outro triste. A última é quase parecida com a primeira pelo largo espaço para a boca, só que com um olho pequeno e outro grande. Parece referência aos quadrinhos, algo que o vocalista nutre muita paixão.

Hoje, a gente sabe nomear essa turminha tão fofinha que poderia estar na TV Colosso, #sóquenão. O DJ é Sid Wilson, o mais novo da banda. O baterista nesse disco é Joey Jordinson. Acabou deixando a banda depois no hiato que teve da tour desse disco e o que veio a ser o quinto álbum. O baixista, Paul Gray foi encontrado morto quase dois anos após a gravação do disco, o que foi um banho de água fria na banda que ficou instável por alguns anos. Ele foi co-fundador do Slipknot e dividiu opiniões entre os membros depois que veio a falecer: uns queriam seguir com a banda, outros achavam doloroso continuar sem ele. Chris Fehn é o Pinóquio, percussionista e vocal de apoio. Juntamente com o "palhaço" Shawn Crahan, fazem a apoteose dos shows ganharem vida.  Craig Jones, o cara do sampler já foi o guitarrista da banda no começo. Está na banda desde então. Os guitarristas James Root e Mick Thompson são os grandões assustadores e habilidosos (as vezes com guitarras de 7 cordas). E sim, Corey Taylor, o vocal de grande potencial, um dos melhores vocalistas (para mim), dos últimos anos. 
As composições são creditadas ao Slipknot. Em tese, são contribuições conjuntas, que optaram por delimitar a divisão. Ao todo, preparam individualmente, em demos, mais de 30 canções, reaproveitadas para o disco.

Com 9 membros, é complicado falar em participações ou convidados, não é não?!

► Produção e gravadora:

"All Hope Is Gone" foi gravado no Sound Farm Studio, em Des Moines, no estado de Iowa. Foi o primeiro álbum que a banda gravou na cidade natal. Eles tinham muitas demos entre eles e então se juntaram, de fevereiro à junho para a montagem do disco, com o produtor Dave Fortman. Dave havia trabalhado com Ugly Kid Joe e bandas menores como Mudvayne, Simple Plan e Evanescence (revirando os olhos em 3...2...1). Seu maior sucesso como produtor foi exatamente com "All Hope Is Gone".
São 12 faixas no álbum, com duração de exatos 57 minutos e 57 segundos.

► Música favorita do álbum e segunda melhor:

Gosto muitíssimo de "Dead Memories". A segunda melhor é "Snuff" sem sombra de dúvidas.

► Faixa  Faixa:

♫ .execute

É uma intro perfeita para quem está acostumado com o estilo da banda. Aparenta um arquivo de iniciar um donwload de arquivo no computador. É eletrônica o suficiente para dar essa sensação no começo, quase como um metal industrial. Funciona muito bem inclusive, para ser aproveitada na tour (há de se pensar que talvez tenha sido proposital): é quase uma apresentação de cada membro da banda, um a um. Logo a bateria já chama as guitarras e os primeiros acordes da faixa 2 são emendados à ela.

♫ Gematria (The Killing Name)

Excelente canção que já mostra o ímpeto perfeito de linhas de guitarras muito bem executadas. A bateria é um pouco demais, acelerada, e com bumbo duplo. Deve ser exaustiva, mas sempre foi característica de Jordison e no caso sempre combinou com eles. Porém é uma música que já te joga no chão, logo que começa.
Gematria é um método hermenêutico para analisar palavras hebraicas na bíblia. No caso, atribui um valor numérico a cada palavra, o que torna o uso para o título da canção, interessante, por isso a "explicação" entre parênteses "Nome Assassino". A letra trada disso: morte, de Deus não se importando, de apocalipse e etc, noções que estarão presentes em todo o corpo das faixas seguintes, dando destaques para fins temáticos específicos .

♫ Sulfur

Com riffs também poderosos, "Sulfur" mostra também toda a capacidade vocal de Corey, especialmente no refrão, onde um tom quase de hino com vocal limpo combina tanto que dá vontade de cantar junto, até ponderar certo e entender que isso, detona a música.
"Sulfur" é o nosso amigo chegado, Enxofre. A letra é carregada de simbolismo de uma vida sofrida, de uma pressão, de uma culpa, de vergonha, de se sentir um estranho no meio do mundo.

♫ Psychosocial

Carro chefe do disco, lembro bem quando estreou o vídeo na MTV. Aquele papo de "Que assustador!!", "Deu medo..." era a coisa mais brega da pauta, mas era assim que os abestados VJs americanos tratavam o assunto. Bobagem! O vídeo é assustador porque, depois de quase 10 anos de banda, ainda não tinham acostumado com 9 caras mascarados fazendo um baita barulho.
Apesar de pesada, ela tem um apelo comercial interessante. E tem guitarras frenéticas, melódicas e muita, mas muita percussão. 
Se a segunda faixa falou de morte, a terceira mencionou um enterrado vivo, "Psychosocial" emenda coro sobre de "Os limites dos mortos"...

♫ Dead Memories

Um dos vídeos mais estranhos da banda, mostra coisas particulares de cada um dos 9 membros, recheados de simbolismos. Até hoje não entendi direito cada passagem. ara mim a melhor do disco e a que mais gosto. A letra, a melodia, e principalmente, aqui Corey é apenas Corey. Nada de gutural.  "Memórias Mortas" em jeito simbólico de que não vivemos, não estamos aptos a renascer, não pertencemos a lugar algum. De fato, "toda a esperança se foi" como diz o título do disco. 

♫ Vendetta

Essa canção é a que mostra as reais ondas de inspiração do Slipknot: Slayer e Sepultura. Uma canção ótima, apesar de ter maior a presença do DJ, que é quase destacável. Apesar disso, as linhas de guitarra são uma maravilha. Quanto à letra, segue a contagem de uma historinha desde a primeira canção. Nesta, a menção é de um cinismo latente em todo lugar e com qualquer pessoa. "Let's pretend we're not at the end / Pretend that we have nothing left" ("Vamos fingir que não estamos no fim / Fingir que não temos nada) parece ser um recado para todos, e do que está por vir

♫ Butcher's Hook

Essa canção é a mais Slipknot das antigas, com palavras específicas jogadas, vocal gutural rasgado, notas cadenciadas, muita percussão desesperada, muito som eletrônico e claro, um refrão gritado com palavras de ordem: "Vá em frente e discorde" seguido de "Eu estou desistindo de novo...". 
Parece nossos tempos de embates políticos, não?

♫ Gehenna

A canção mais sombria do álbum é essa. "Gehenna" vem do grego, e significa "um rei", o senhor do altar de fogo, soberano do mundo dos mortos, ou seja, o inferno, para os judeus. Muitos associam a "Geena" com o Lago de Fogo de Apocalipse 20:14, que simbolicamente se trataria da segunda morte. Interessante as noções judaicas desses disco. "Gematria", cuja numerologia das palavras hebraicas, também é usada atualmente na kabala. Em "Gehenna" fala-se em sangue  e corpo, em perfeição de Deus. São pontos chaves do disco, que embora as faixas liguem entre si, não são conceituais. 
Ambas são as maiores canções do disco. Interessantíssimas. "Gehenna" tem muitas atmosferas e é provavelmente a canção mais complexa de todas do álbum. 

♫ This Cold Black

A nona faixa lembra os primórdios da banda, assim como "Buthcer's Hook", com aquelas viradas rápidas de bateria, pausa, uma guitarra toca, a outra duplica o fraseado e assim segue o vocal com aquela postura gritada como se discursasse. Talvez por isso, surpreenda pouco, e seja a mais comum do disco. Mas como é um disco do Slipknot, não tem porque ter uma balada para que se recupere o fôlego, então a sua presença conhecida dos fãs da banda, é uma suspensão de fôlego para o que poderia estar por vir.

♫ Wherein Lies Continue

Mais groovada, a faixa 10 começa com uma perfeita combinação de guitarras e baixo. Novamente, um pessimismo latente: "The ending's the same / the world will not change / The answer is clear…" ("O final é o mesmo / o mundo não mudará / A resposta está clara...). Embora seja majoritariamente cantada com gutural, Corey apresenta um vocal limpo no meio da canção que deu um jeitão empolgante para ela.

♫ Snuff

Quase uma balada, "Snuff" é uma música que fala de sentimentos afetivos de um jeito simbólico, porém não menos doloroso. É uma das melhores músicas que já ouvi nos últimos anos, especialmente vindo de uma banda que tanta gente criticava e dizia ser coisa de "menino imaturo". Aquela sensação de que estavam exagerando, e que na realidade, ali tinha bons músicos competentes, se finaliza nessa canção. É romântica, mas é derrotista. É de melodia simples, todavia precisa. Não existe amor 100% bonito, porque como tudo na vida, é uma luta a convivência seja ela afetiva ou familiar. Mas existem músicas bonitas para nutrir a alma. E isso já vale a pena. 

♫ All Hope Is Gone

Fecha o disco com um ataque, longe do pessoal como a anterior, falando direto sobre a falta de liberdade, a violência e gratuidade da vida humana. Faz pensar na questão da declaração dos direitos e do sistema, sem mimimi ideológico, mas raivoso, como eu e você também pode ser ao perceber o tanto que tudo é uma repressão troglodita dia e noite que sofremos. Nós, humanos, acabaremos com o mundo, quando a esperança se for. E ela já foi, 10 anos atrás quando essa canção foi gravada. Um disco que foi e será sempre atual. 

► Porque desgosta de uma canção do álbum:

Não há especificamente uma música que eu não goste. Elas fazem parte de um compêndio que são necessárias para o trabalho completo. Gostar mais de uma ou de outra é normal, porém, dizendo secamente a verdade, todas as 12 faixas são necessárias para que soe completo, com começo, meio e fim.

► Uma história do disco, como uma questão pessoal ou uma curiosidade:

A curiosidade da vez é sobre a banda e não necessariamente sobre o disco. Talvez não tenha outra oportunidade, então, aproveito agora.
Quando eu estava no 1º colegial, eu tinha um "crush" da escola. Um garoto metal (risos), headbanger estiloso e de cabelos longos que era popular só porque estava numa escola particular. Na pública, ele seria um "zé droguinha" desprezado pelos malas de carteirinha. Procurei saber nome, estado civil, mas dei com os resultados n'água: uma moça que era "rebelde sem calça" já estava tendo um rolo com ele, na escola mesmo. Mas como olhar nunca arrancou pedaço, segui normalmente admirando o menino, que cresceu, virou um velho acabado por causa dos excessos e nem parece um ano mais novo que eu. Parece hoje que tem uns 45 anos, de tão arrebentado que está.
Um belo dia, à esperar que meu pai me pegasse na porta da escola, sentei na grama do jardim do prédio. De repente, voa um fichário perto de mim. Ele havia arremessado o material na grama e ficou muito próximo, vigiando o material e se exibindo dando catiripapos nos amigos. Peguei o fichário, na cara de pau, e fiquei olhando os recortes de bandas coladas no papelão. Em destaque, o Slipknot. Me lembrei de uma revista de filme de terror que tinha em casa, que mencionava a banda. Um dos meus colegas me viu olhando o fichário e perguntou se eu conhecia aquelas bandas e eu disse que algumas eram conhecidas. Ele então se sentou perto de mim e disse: "esse Slipknot é coisa de retardado". E então o "crush" que nos observava, começou a briga: "Retardado é vc seu #@%&". O meu colega era irmão do "crush" (só que de outro pai) e eu nem sabia rsrsrsrs... 
Logo, eu criei curiosidade com a banda. Eu detestava máscaras, mas já gostava do KISS desde criança. Detestava palhaços, mas a curiosidade bateu. Arrumei um colega que me passou o DVD "Disasterpieces" e eu achei o máximo! Muito barulho e muita gente no palco; era pura e convicta novidade para mim. Olhar os cara dava arrepios, as músicas eram muito exageradas e estranhas. Mas era bem legal. 
Fiz a cópia do DVD, em casa mesmo. Guardo o "piratão" até hoje. Minha irmã Michelle adorou. Logo, ela já tinha comprado um álbum ao vivo, e um DVD "Voliminal: Inside the Nine". Eu ouvia e assistia com ela.
O pessoal seguia a dizer coisas semelhantes ao que o irmão do "crush" disse: a banda era coisa de meninos muito novos, carinhas que mal conheciam as raízes do Metal, mas tinham camisetas do Knot. Houve amigos meus que eram headbangers mais velhos que diziam que, depois dos 15 anos, esses moleques ouviriam metal de verdade. Era só dar um tempo para eles. Eu achava interessante e tudo o mais, no entanto não era fã. Ainda assim, não concordava com o estigma da banda. Eu enxergava tudo o que faziam como verdadeiros excessos, mas havia uma qualidade musical presente. Não achava eles chatos como um Limp Biskit ou monótonos como o Korn. E então, com "All Hope Is Gone" criaram algo valioso e mostraram uma capacidade musical que os arrancava de vez do "Nu Metal" trivial e descartável. O vocalista era o melhor, os guitarristas eram muito melhores que os das outras bandas que levavam esse rótulo. Alguma coisa estava errada com o pessoal que criticava. A prova final para discordar desse pessoal era o quarto disco deles comentado aqui. 

► 5 sugestões para a próxima votação:

Desde que comecei, Judas Priest está na enquete. Até agora teve 3 votos, em 7 delas. O Faith No More também está desde o começo, mas ao contrário do disco do Judas, recebeu 7 votos. Decidi dar uma repaginada, tirando Judas desta vez e acrescentando duas novidades na votação. Daqui à 15 dias, sem choro, nem vela, fecho a enquete e preparo a postagem com vencedor. Valendo!



Comentem à vontade. Já agradeço também a escolha de vocês!
Abraços afáveis!!!

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