GP da Espanha: Surpresa?

A deixa foi dada bem antes do fim de semana. Pequenos discursos gritados pelos envolvidos da Mercedes, davam conta de a Ferrari ainda era muito forte para eles e que tinha algo "errado". 
Hamilton já está na liderança da disputa, sem ter feito nada, absolutamente nada para ter, que seja 4 pontos, de vantagem sob Vettel.

Eu, nestas circunstâncias, já sabia: o intuito era sumariamente tirar os holofotes deles, já que a iminente pole position de Hamilton era uma certeza bem maior que 2 + 2 = 4, na quinta etapa do anom
Confiram a minha página oficial de Facebook: antes mesmo de começar o treino, atualizei meu status dizendo que logo, tudo voltava ao normal com Hamilton na frente. 
Pelo Q1 e Q2 ele fingiu demência, como a gente faz quando não está afim de admitir alguma coisa. No Q3, fez a pole com tamanha facilidade, que ninguém mais, nos 8 minutos restantes do treino, puderam mudar. Continuou fingindo demência, como se tivesse lhe custado um alto grau de suor, muita concentração e uma tonelada de estratégia. Parece que deu certo: muita gente acreditou.

Menos eu.
"Vim" para corrida com isso em mente: GP espanhol costuma ser morno e enfadonho. Com Hamilton na frente, voltaríamos a estaca zero. Na minha mente, não teremos sequer mais, corridas em que as Red Bulls possam vencer... A bolha do primeiro lugar já estaria tomada e era jeito de ir vendo etapas por etapas sem expectativas, no modo automático.

Pois assim foi. Vettel até conseguiu se desvincular, na largada, do Bottas que travava, de jeito, todos atrás para defender Hamilton. Tinha potência suficiente para tomar a ponta e dar de ombros. Escolheu ser cordeirinho, e se ferrou. Pelo menos, por um tempo.

Mas se ferrar bonito foi Grosjean. Linguini acabou acelerando depois de perder o controle do carro e ser responsável pela pior coisa que se pode fazer em pista, levando ele ao abandono e de mais dois pilotos, Hulk e Gasly. Sentar depois, e se lamentar internamente foi o que restou ao Grosjean. 
Redundante criticar. Uma galera aí fez isso ao extremo dos extremos, incluso os prejudicados pelo toque quase catastrófico.

Cantei a pedra. Logo que o Safety Car saiu, a corrida ficou no modo entediante, abrindo espaço para tagalerice desnecessária do Galvão, que por quase 15 voltas iniciais só soubr falar do incidente.

Nisso, Hamilton só foi ficando solto e livre na frente, sem ser sequer incomodado nem por um rádio de aviso de algo. Lembram que eu disse que Hamilton na frente ele não questiona por rádio coach? Pois é.

Tendo em mente isso, já chutava que dali, o evento com Linguini seria o ápice de uma monótona corrida. E que logo, era perigoso nem ter pódio para Vettel. Em duas semanas a Mercedes arrumou a casa e fez das corridas, entediantes ao extremo.
Lembram também que na coluna de Baku eu alertei que voltaríamos ao normal? 
Fiquem tranquilos, não domino as artes divinatórias, mas na atual conjuntura, ganharia dinheiro fácil falando o que ia dar na corrida. Pena qie ninguém me deu us trocados por isso. Estou precisada.

E então, Kimi abandonou a corrida por falta de potência, deixando claro que a hegemonia prematura da Ferrari era uma coisa que logo, logo a Mercedes faria das suas e acabaria com o modo festa. 

Dali abandonos, vieram mais do que o normal e pouca emoção efetiva na corrida. 
Sim, Max fez das suas, depois do primeiro abandono da McLaren este ano com Vandoorne. Mas ainda assim, ele terminou a corrida no pódio. 
Antes da Ferrari ferrar, como de praxe, com a corrida do Vettel numa estratégia tosca e burra, nem deu impressão que daria para resolver pódios ou colocar mais pimenta em brigas. Erraram feio com ele e jogaram no lixo a primeira (para mim a única) chance de.naos deixar Hamilton se afastar mais.

A corrida terminou com a bela dobradinha da Mercedes, que jamais questionarão a guinada repentina em duas semanas de resolução deles.  A Ferrari que tanto dizem ser sacana, suja e afins, sabota a si mesmo à anos. Deixou só mais claro que, competitividade ficou lá em Baku, no máximo.  Modo "normal" ligado, caminhamos arrastando à esmo pelas etapas que restam com o capítulo desenhado do penta do Hamilton.

Surpresa? Eu não tive. Nenhuma. Era claro como uma manhã de verão para mim que Espanha seria palco do resumo da temporada. E mais ainda, que Hamilton tem um talento ótimo: ser responsável por vencer as corridas mais chatas já vistas. Há quem goste.
Eu, detesto com todas as forças mais odiosas inerentes no meu coração peludo.
Se exagero? Talvez.
Fato é que, na quinta corrida do ano, já perdi o interesse total. E pergunto: demora muito para agosto e termos direito à NFL? 

Abraços afáveis!

Comentários

Anselmo Coyote disse…
Lembrou as corridas do período 2010/2013.
Manu disse…
E também o de 2014/2017. ;)

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