GP dos Estados Unidos

GP nos Estados Unidos da América tem um gosto bizarro para muitos de nós brasileiros. Desde sua estréia lá em 2012, não tivemos transmissão ao vivo do evento pela tv detentora dos direitos da F1, a Globo. Motivo: campeonato brasileiro. Sim, em letras minúsculas para deixar implícito todo o meu desprezo pelo campeonato. Ainda mais quando rende uma balburdia de violência da torcida ao fim dos jogos, pelos apitos amigos que as duas "equipes" já estão careca de se beneficiarem.
Morando no "país do futebol" tive já minha cota aí de 4 anos de abstinência de GP EUA por conta da escolha de terceiros. Não tenho tv a cabo e se tivesse, SportTv seria uma das minhas menores preocupações. Porém, cada dia mais, as coisas acontecem só na tv a cabo e eu, fico na vontade. Inclusive quando se trata de outro esporte que eu quero também acompanhar.

Aos poucos a Globo vai "desmamando" os fãs da F1 - já somos poucos, e desde 1994 começamos a perder aliados.
Desde 1994 procura-se um substituto do Senna.
Desde 1994 a gente soa meio ridículo frente aos outros fãs de F1, porque muitos de nós são nostálgicos pra caramba.
Desde 1994 a gente mostra para todos e qualquer outros fãs estrangeiros, o quando o pachequismo é repugnante.

E por isso, você que caiu de para-quedas nesse post acha que os fãs e endinheirados apoiam o esporte no país? Estão redondamente enganados. Desde 1994 a vontade de ter um novo ídolo na F1 que fosse brasileiro, foi miando, miando... Ou ficou só na vontade. Essa ideia, teve um certo vigor com Rubens Barrichello, que em toda sua trajetória pode até ter alguma razão de ter orgulho, mas é lembrado pelos fracassos e fraquezas. 
No Brasil é assim: de 10 tentativas de acerto, um único erro propicia o fim de tudo. Assim, seja piloto, seja ator da Globo, cantor sertanejo, etc., pode ver a mídia se alimentar do seu "escorregão" e acabar com sua "vida", caso você não tenha as artimanhas certas para se reerguer do tombo.
"Rubim" virou piada pronta, seja nos seus atrasos, seja na suas justificativas pelos fracassos.
Felipe Massa, seguiu os mesmos passos, com as mesmas desculpas. Se tinha mais talento que o anterior, foi irrelevante para a F1 no todo. Vai aí se aposentando com o "louvor" de saber parar agora, antes que vire, também uma piada como é Rubinho (embora eu ainda acho que ele não está livre disso - pelo menos, não da minha parte).
Eu poderia citar aqui outros pilotos brasileiros pós 1994, mas vocês podem já assumirem logo e perceberem que todos, não deram em muita coisa. Nem mesmo o sobrinho do "Santo".

A Globo aos poucos, parou de passar GPs que batem com os jogos do Flamengo ou do Corinthians. Tirou, por medidas de ibope, os treinos classificatórios do ar. Na real, é apenas segundo plano pois as classificações são chatas, e colocar um programa com mais 2 apresentadores falando tudo ao mesmo tempo, é super legal numa manhã de sábado.
A emissora, não liga mais nem para seus pilotos brasileiros em pista, e quando liga, só fala deles, aproveitando que um está de partida e o outro, pode nem ter contrato ano que vem. Os mesmos, nem perto de fazerem uma boa temporada estão, mas num passe de mágica midiática, eles são exemplos para analisar qualquer pista. Uau!
O GP brasileiro está em suspenso já para o ano que vem, na iminência de nem existir no calendário de 2017.
Isso mais o acréscimo de regras absurdas e podas visíveis de pilotos regulares na competição ano após ano e uma política muito sacana da categoria, geram ainda menos esforços de nós, fãs com relação as corridas finais.

Nós fãs também não ajudamos muito. Eu diria que nada. Somos poucos, primeiramente. Nos damos ao disparate de nos acharmos especialistas ("se o fulano pode, por quê eu não?") e soltamos nossas críticas e abobrinhas seja via redes sociais, micro blogs, blogs, podcasts ou videos - e eu me incluo nessa. Falamos com a boca cheia do nosso piloto favorito e damos risada com tudo que ele faz, mas ai de nós se alguém queira fazer algo específico com eles: o resultado é inevitável, viramos o Hulk da hipocrisia e agimos como advogados super eloquentes (ou não) sobre o que ele (piloto) deve ou não fazer para resolver isso ou aquilo.
E saiam de baixo quando aqueles outros fãs, que só veem os erros dos pilotos, começam a fazer as suas críticas animadas, fazendo questão de esquecerem completamente dos acertos em prol de uma "falsa" imparcialidade. 
Sem falar os pachecos nostálgicos, que fazem os novos fãs os chamarem de "velhos", e os velhos, de "chatos".

Isso tudo aqui é para dizer a todos que não tem coluna sobre os acontecimentos do GP de ontem, porque vi apenas algumas cenas do que disseram ter sido destaque da corrida. O compacto do compacto eu diria, endereçado apenas à quem eu percebo como ainda merecedores de atenção, como Ricciardo, Alonso e outros pilotos, (a exceção de Hamilton e Massa) e naturalmente Kimi e Vettel.
A F1 está acabando para muitos de nós, então se as situações são adversas, a gente acaba dando de Elza em Frozen e mentalizando: "Let it go, let it goooooo..." (Ridículo isso, mas a intenção aqui é arrancar alguma risada, para quebrar o mau humor inicial, certo?)

Sim, eu usei meu domingo todo para acompanhar um outro esporte e um outro costume de americanos: fiquei por conta, toda a tarde de assistir à pelo menos 3 jogos da NFL, a liga de futebol americano - e acompanhar os resultados dos demais. 
Não, a NFL não é totalmente mais limpa que a F1, mas é,  mais justa, imprevisível e atualmente, mais divertida que a F1 dos últimos 3 anos. 
Então, não vou enchê-los com mais opiniões rasas de cunho particular. 
Que Hamilton ganhando de ponta a ponta é sinônimo de corrida chata. 
Que Rosberg tem que se focar nesse campeonato para vencê-lo logo. 
Que é um absurdo o que Ferrari faz GP após GP... 

Simples assim, a gente se encontra na próxima postagem com as fotos do GP.

Abraços afáveis e boa semana a todos!

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