Filme + Trilha: X-men

No último feriado, fui ao cinema para conferir "X-men: Apocalipse".
Nos posts que proponho comentar o bom casamento de melodias (ou seja, trilhas sonoras) e imagens bem elaboradas (as cenas que se destacam na narrativa do filme), tomo o título Trilha + Filme.
Os novos longas do X-Men - em especial estes dois últimos que são sequência do "First Class", que contam com o começo de todo o movimento mutante, a começar por Charles Xavier e Erik Lehnsherr. "Dias de um Futuro Esquecido" e " Apocalipse" (o que fui assistir no feriado) não aparecem no livro que me baseio para essas postagens, por serem filmes recentes. O livro é "Almanaque na Música Pop no Cinema".
As duas postagens que fiz sobre isso podem ser conferidas nos links a seguir:

Filme " The Wonders - O Sonho não Acabou" + Comentários sobre a ♫ 
Filme "Labirinto - A Magia do Tempo" + Comentários sobre a ♫

Para hoje, serão dois filmes, sem a ajuda do Rodrigo Rodriguez sobre as informações da trilha. 
Filme 1: "X-Men: Dias de Um futuro esquecido". Filme 2: "X-Men: Apocalipse".

O processo dos novos filmes são o seguinte: há uma trilogia dos anos 2000; "X-Men" (de 2000), "X2" (de 2003) ambos dirigidos e escritos por Bryan Singer e "X-Men: O Confronto Final" de 2006, dirigido por Brett Ratner, que não teve uma recepção tão grandiosa quanto os primeiros. Essa tríade de filmes mostram os X-Men principais, como Magneto e Professor Xavier, velhos, maduros. Foi a primeira tentativa de mostrar os personagens mais famosos do mundo mutante da Marvel, como no caso, a chegada de Wolverine na "escola" e transformação de Jane Grey em Fênix.
Destes, se seguiram outros filmes, que contam as origens do Wolverine enquanto em X-Men: First Class, a história conta com Magneto e Professor X antes de serem os poderosos mutantes, jovens, e se conhecendo ainda, na década de 60, apenas como Charles Xavier e Erik Lehnsherr.
Mais recente ainda, temos o sucesso com o Deadpool (2016) e engatilhado para estréia logo, logo "Gambit" e um terceiro Wolverine (que deve estrear em 2017).
São filmes ótimos, que oscilam em diretores, mas são excelente em termos de entretenimento e escolha de atores.
À critério, se os primeiros filmes do X-Men contam com Sir Ian McKellen e Sir Patrick Stewart nos papéis dos icônicos mutantes (que possuem uma ideia de Macolm X e Martin Luther King, como Magneto o mutante mais voltado à militância violenta e o Xavier como o mais pacífico), ou mesmo Hugh Jackman como o perfeito Wolverine; contam também com atores enfadonhos, tais como  Famke Janssen como uma péssima e sem expressão Jean Grey.
Os filmes destes personagens grandiosos jovens apelam certo para a estabilidade em termos de atuação. McKellen é muito bem substituído por Michael Fassbender, um ator excelente que mostra com competência a era jovem de Magneto, sendo ainda, apenas Erik Lehnsherr. Em pé de igualdade, Stewart é substituído pelo excelente ator escocês James McAvoy.
Lá nos começo dos anos 2000, Mística é uma criatura em todo mutante, interpretada por Rebecca Romjin, uma ex modelo do tipo mesmo alta-esbelta-bonita. Nos filmes de 2010 em diante vemos uma Mística que usa mais a forma humana quando jovem, mais presente e mais destacada a ponto de beirar o tom heróico, com Jennifer Lawrence.

Os filmes são bons. Eu gosto, mesmo que algumas críticas façam-se muito presentes nos detalhes ou nas confusões temporais nas cabeças de quem não leu as HQs. É o famoso: eu gosto, quem mais se importa?!
Os dois últimos filmes são meu ponto de destaque para a trilha. Pouco falo das partes orquestradas, pois hoje é bem raro um filme de trilha instrumental se destacar como era até o fim dos anos 90. Na real, é mais difícil que hoje tenha-se músicas novas que fiquem grudentas nas nossas cabeças por conta de algum longa. Quando chama a atenção, são músicas antigas ou regravadas (e nesse último caso, nem sempre bem regravadas). Quando aparecem músicas boas nos longas, as cenas saltam aos olhos em encantamento e claro, a trilha tende a contribuir muito

Esse é o caso do primeiro filme dos X-Men que trato aqui, o segundo da tríade que conta as origens dos mutantes, lançado em 2014: "X-Men: Dias de um Futuro Esquecido". Um filme de roteiro entrecruzado, complexo, que trás mutantes muito recentes dos quadrinhos e os muito antigos, já velhos, tentando consertar um erro do passado, que lhes colocaram em uma espécie de combate perpétuo, no futuro. Todos os excelentes personagens e atores num só filme. O melhor de todos, posso assegurar.
Dentre os personagens intermediários (nem tão antigos e originários, como Magneto e Professor X - nem tão novos como Apache ou Bishop) há o Mercúrio ou Quicksilver, um dos filhos escapados de Magneto, um garoto tão veloz que com isso, pode modificar o que acontece a sua volta em uma fração do tempo. Numa das voltas ao passado, Wolverine e o jovem Xavier precisa de ajuda para retirar Magneto da prisão. Eis a incrível cena do filme, incrível pelos efeitos, pela forma da filmagem, pela storyboard da cena e a trilha.
Ah, a trilha! Vejam e entenderão:


Lembro-me de ficar embebida com a cena. Fui à um cinema novo, que tinha óculos 3D melhores e uma nitidez na tela que ainda não tinha "experimentado". Tudo isso contribuiu para que logo eu chegasse em casa e procurasse a música a fim de deixá-la na minha playlist.
A música é de Jim Croce, e eu não fazia ideia de quem era, mas felizmente a internet pode ser a porta para que eu entrasse e conhecesse. Jim era um cantor estadunidense que morreu em um trágico acidente de avião a caminho de um show para o estado do Texas. Ele compôs a música "Time in a Bottle" da cena, para seu filho A.J..
Na cena, Quicksilver pára o tempo com a sua velocidade, desviando qualquer projétil que pudesse atingir e ferir Xavier, Logan ou Erik. Imaginem essa cena sem trilha, ou sem uma música, cuja letra se encaixe tão bem quanto essa: "o tempo dentro de uma garrafa"... In-crí-vel!

Mesmo que o terceiro filme, o que foi lançado na segunda semana do mês de maio, seja um tanto inferior aos demais, ainda conta uma história boa. Novos personagens surgiram, como o vilão e Psylocke (Olivia Munn - a senhora Aaron Rodgers). Ainda a há Jean Grey jovem, interpretada por Sophie Turner (fãs de Game of Thrones a conhece como Sansa Stark) que é muito, mas muito melhor que a adulta Grey, Famke Janssen. A personagem já dá indícios de o quão poderosa é, ali mesmo, ao ir combater o Apocalipse.
Aparece também o jovem Ciclope, o jovem Archangel, Noturno ou Nightcrawler, a Tempestade... Ótimos personagens, conhecendo então, parte de suas origens.
Agora é óbvio, há novamente uma excelente cena do Quicksilver, aos moldes da primeira. Maior, mais grandiosa, mas seguindo a mesma ideia inicial. Repeteco para quem acha isso desnecessário, deleite para quem gostou da primeira. Dessa vez a trilha é Eurythmics "Sweet Dreams". Não há a cena em HD, mas tem aquelas de dentro do cinema que dá para entender: ver aqui.
E novamente, quando Mercúrio apareceu no segundo filme, a trilha correspondeu diretamente com a cena.
A imagem do terceiro longa, é ótima. Eu gosto muito de Annie Lennox então,não tenho críticas a fazer. Mas ela não surpreendeu. Já tinha visto algo assim. 
Destaque para uma "novidade": Antes dessa cena, há uma outra com o Archangel. O vilão  recruta novos associados, e busca o Arcanjo, depois dele ter sofrido ferimentos na sua asa, por conta de uma "briga" com o Noturno. A trilha para a sua transformação em um mutante mais poderoso é nada mais, nada menos que "The Four Horseman" do Metallica. O En Saba Nur, a jovem Tempestade, Psylocke e Archangel formam dentro da narrativa "os 4 cavaleiros do Apocalipse".
Não encontrei a cena, mas é digno de nota: a parte em que as asas do Arcanjo começam a ficar metálicas pela "magia" do Apocalipse (ou En Saba Nur) é a parte mais intensa das duas guitarras na música do Metallica. Ver aqui. Com a cena, normal até, cheguei a arrepiar. E não foi o ar condicionado. Deviam usar mais banda de metal nos filmes... Hehehehehe...
Podem criticar o filme todo. Da interpretação caricata do Apocalipse - Oscar Issac - da narrativa arrastada, dos problemas aqui e ali... Não me afeta. Eu gostei, e destas cenas então: são uma maravilha!

Bobagem se ater à esses detalhes miúdos? Então tá.
Não falo nem da jaqueta do Nightcrawler, parecidíssima com a do Michael Jackson em Thriller...



Filme ruim? Uma ova! Com tanto detalhe, referências e etc. é apenas um filme de super-heróis, sem muita firula: co-mo de-ve ser! 

Deixo para vocês comentarem, agora.
Abraços afáveis à todos e excelente fim de semana!!

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