Chapter 3: GP da Hungria

O GP da Hungria foi bom... só que não. Se engana aquele que acha que a pandemia é o maior problema para transcorrer o campeonato de forma "atrativa" para o público. 

Devido as circunstâncias, tivemos a terceira corrida seguida e estamos "babando" de empolgação, pois não temos intervalos que nos fez ficar entediados com a demora da etapa seguinte. 
Porém, a aceleração dos GPs antes que apareça um infectado (já foram dois, e foram afastados sem mais detalhes), colocando em risco a continuação de um calendário (ainda incompleto e incerto), acelera também a nossa insatisfação com os resultados. Além disso, é claro, correr contra o tempo "perdido" é prejudicial em todo o caso, pois a gente só pode imaginar a exaustão dos mecânicos das outras equipes que não estão de motor Mercedes.

Antes mesmo do primeiro GP ocorrer, questionei: havia mesmo necessidade de colocar todo mundo na pista, perder dinheiro em termos logísticos, sem poder contar com um público, para obter o mesmo resultados dos anos anteriores? Que competição poderiam supor que aconteceria?
Diante da pressão para fazer tudo "rápido", os funcionários das equipes exaustos tornar-se-iam improdutivos. (Vale lembrar que eles não nadam na grana como os chefes de equipe e os pilotos...)
A hegemonia da Mercedes era uma ideia de que aconteceria, mas havia quem dissesse que não era bem assim e poderia ser o primeiro ano em que não estariam tão favoritos...
Pois vejam, em nenhum momento, pairou a dúvida sobre a expressiva superioridade da equipe.
Compensa, ainda?

Se a sua resposta "é sim, com certeza", seguimos com o texto sobre o GP sem mais nenhum palpite contrário.

A premissa de que o circuito húngaro não possibilita ultrapassagens já deixava tudo com ares de ser 70 voltas completamente arrastadas. E por mais que tenha tido algumas, isso não fez do saldo da corrida totalmente positivo. Ela até foi, sonolenta.
No sábado, levantaram a possibilidade de um fim de semana com chuva. A 90ª pole position de Lewis Hamilton encheu os olhos de muitos. E se alguém duvidava de que ele fosse  alcançar os feitos de Michael Schumacher, agora, não da mais para ficar achando que Valtteri Bottas pode colocar a conquista do sétimo título à ponto de risco. 

É só uma questão de tempo para isso, então, já me adianto a chamar Lewis de heptacampeão da Mercedes. 
Depois de sábado, ele viria para um circuito lento e com poucas (nenhuma!) possibilidades de ser ameaçado e não tardaria a reclamar de alguma coisa no rádio, estando de cara para o vento, só para variar um pouco e reforçar o discurso (inexistente!) de superação. 
Está aí a razão pelas quais ele é um cara chato, e por mais que se goste dele, é preciso admitir que isso, cansa.  

Peço licença para fazer um parênteses: aguardo - com paciência - pelo momento em que ele deixará de exigir que os colegas de profissão se ajoelhem no pre-race contra o racismo e passe a investir dinheiro em campanhas e tempo em discursos em organizações para mobilizar a ação efetiva da mudança tão necessária, sobretudo na categoria. Também já se faz tarde um empenho extra em estudos aprofundados e uma ligação forte com quem está na linha de frente no combate ao racismo. Garanto que não faltam referências pelo mundo todo. 
Particularmente, volto a citar Colin Kaepernick: em 2016 ele era bem sucedido, levou o San Francisco 49ers - um time tradicional na liga americana (NFL) - ao Super Bowl um ano antes. Ajoelhou no hino, mostrou insatisfação com a liga e também com o seu país - que sempre mostrou episódios deploráveis de violência contra os afro-americanos. Perdeu o emprego, e todo dia luta para voltar para qualquer um dos 32 times do campeonato profissional. A NFL, assim como o basquete, é um esporte composto de maioria negra em campo. Mesmo assim, ele parece propor um diálogo para surdos; entre os poderosos da liga não se ouve nada e estão todos num ambiente que, em tese, não deveria ter tanta relutância para isso. 
Ele se calou? Não. Há 4 anos tem feito palestras, entrado em campanhas, levantado doações e investido grana pesada no combate ao racismo. Seus efeitos demoram a aparecer, mas é certo que seu nome está na história e ter usado a sua influência e o seu sacrifício nessa luta é algo inquestionavelmente louvável.

Fechando os parênteses, e voltando ao fato de Hamilton ser um "cricri" para qualquer coisinha que o incomode, quero ressaltar que o lance da militância é o assunto novo. Eu mesma, nunca soube de sua vida humilde, a não ser por declarações recentes. Mas desde 2007, ele sempre deu sinais de excessiva proteção e do tipo que sempre quis explicações alheias. Reclamar de algo que infere problemas no ego e no seu "trabalho", também nunca foi novidade para entender como funciona a personalidade pública de Lewis. Só para citar, em 2012 e 2013 ele não  perdeu a chance de reclamar sobre a hegemonia do Sebastian Vettel e da Red Bull. Ele usou a gente, para embasar o argumento: "as vitórias do Vettel entedia os fãs". 
Hoje, ninguém ousa falar a mesma coisa, mesmo sabendo que os quatro campeonatos vencidos por Sebastian foi o período mais competitivo da F1 atual quanto Hamilton no máximo, foi perturbado por Nico Rosberg em 2016 - piloto da mesma equipe. Jornalistas gabaritados e elogiados nem cogitam uma pergunta capciosa nesse sentido.

Mas o assunto é o GP da Hungria, e vocês viram o que eu vi. Para a corrida, a chances de chover era muito grande pelos dados da meteorologia. E mesmo com uma chuva leve, o circuito passou o fim de semana, molhado, assim como estava, na hora da corrida acontecer. 
Quando as coisas soavam que iam acontecer com tranquilidade, Max Verstappen foi parar na barra de pneus devido o estado da pista, quando levava o carro para a posição de grid. A Red Bull trabalhou bem e no tempo certo para que pudessem dar chances de competição para Max. Ainda na largada, não se sabia ao certo se houve algum dano no carro do holandês, mas a gente pode concluir que estava tudo bem e no final, o garoto agradeceu o trabalho da equipe.

Havia algum spray, e nada que desse indícios de fazer a corrida ficar impossível de acontecer. Na volta de apresentação, as Haas trocaram de pneus para pista seca e largaram dos boxes. 
A largada em si soou como se fosse, a qualquer minuto, ter algum toque. Não houve nada disso.  Hamilton saltou rapidamente. O seu companheiro Bottas é que pareceu ter queimado a largada, mas foi perdendo posições como uma "punição do destino" - já que os comissários pareciam nem terem prestado atenção.
Se os sensores falharam, não falharam com Kimi Räikkönen, último colocado no grid e ainda teve uma punição por estar posicionado errado na largada. A FIA ainda faria das suas graças com a Haas,  numa regra boba, depois que a corrida terminasse.

Charles Leclerc foi outro que, apesar de colocar o carro por fora, não se deu bem no ganho de posições. Quem fez um corte pelo meio foi Vettel, que saltou para tentar mais do que apenas um quarto lugar. Lance Stroll... - sim, ele mesmo! -  era o segundo colocado, e nem havia terminado a primeira volta, via Hamilton abrir 5 segundos, mostrando que a Mercedes com o seu primeiro piloto não tardou em humilhar os concorrentes. 

Pouco depois da volta 3, os boxes começaram a encher de carros para a troca de pneus - duros, médios ou macios e não os de chuva ou intermediários - passaram a ser as estratégias. Nesse momento, Sainz e Latifi se tocaram na saída dos boxes, acarretando punição para piloto da Williams. 
Na troca da Ferrari, um não, mas dois erros da equipe: Leclerc (claro!) foi o primeiro a parar, com a opção de colocar pneus macios - e isso, não parecia ser uma boa ideia a longo prazo. Logo, Vettel escolheu os pneus de faixa amarela (médios) e essa sim era uma escolha mais sensata. No entanto, ele teve que ficar parado nos boxes um tempo considerável para ser liberado sem "esbarrar" em nenhum outro carro que estava sendo liberado dos boxes naquele momento. 
Vettel é mais estrategista que os "abestados" da equipe e mesmo assim, para 2021, "seu serviços não são mais necessários"... Melhor nem xingar...

Lá no grid, tudo normal a não ser pela presença da Haas no começo da linha. Bottas era o quarto colocado e lutava para se livrar de Stroll (quem diria?) que se destacava na corrida, tendo feito o terceiro melhor tempo da classificação.
Onde estava Pérez? Não estava próximo do companheiro, e tentava se recuperar de uma péssima largada que o fez cair para a décima posição. Apesar do mesmo equipamento (que ainda gera protestos das equipes por ser a que comumente chamamos de "Mercedes Rosa"), Pérez é constante mais ainda não superior como se esperar dada a sua experiência. 

Na volta 17, Pierre Gasly abandonava a corrida, com fumaça saindo do motor e Leclerc competia com Albon para se livrar da pressão de Vettel (que era mais rápido) e tudo isso, pelo oitavo lugar! 
É depois desses eventos que a corrida passou à "modo sonolento". Salvo algumas ultrapassagens aqui e ali, percebemos que existe dois campeonatos: o da Mercedes e o resto.

Salvo também algum milagre gigantesco, Hamilton garante com sobras o campeonato de 2020. A Mercedes é muito, mas muito superior às demais e além do mais, jamais irá deixar aparecer alguma coisa que dê dificuldade ao seu primeiro piloto. A eficiência é a prova de que um teto orçamentário na categoria é muito necessário pois assim, não é melhor quem venceu e recebeu mais grana no campeonato anterior. Com a superioridade da Mercedes, as outras equipes trabalham o triplo e quando chega no final da temporada, a Mercedes já está com 50% carro do ano seguinte pronto, enquanto as demais, estão ainda no atual, lutando com atualizações para chegarem minimamente mais próximo.
Esse é o problema da atual F1.

Assim, fica impossível não entrar nos debates sobre talentos e capacidades dos pilotos do grid. Tudo parece problematização fundamentado no achismo. Por exemplo, até ontem, parece mesmo que Bottas é completamente incapaz de ser competitivo (o que é cômodo para Mercedes pois evita conflitos internos) e parece que Stroll é um grande piloto (já que com um carro estável e bom motor, qualquer um se destaca). Em condições minimamente iguais, nossos dados seriam mais exatos e menos de "opinião". 

O título do Hamilton está decidido? Para mim, sim, em 100% da probabilidade. A superioridade é tão grande que, em três corridas o Bottas:
a) não abriu mais de 13 pontos do companheiro, na primeira corrida;
b) não fez o suficiente nas classificações e nem na corrida da Hungria;
c) teve pneus novos, mas nem chegou ameaçar Verstappen como fez na corrida anterior.
Esse tipo de postura está longe de ameaçar Hamilton.
No final da corrida em Budapeste, o inglês ainda contou com mais de duas voltas para pensar se trocava ou não os pneus para ganhar aquele ponto a mais da melhor volta que até aquela altura, era de Bottas.
Quando decidiu, ele precisou de uma volta só para conseguir o tal pontinho. E foi fácil. Quem duvidava que não fosse?

Infelizmente,a Red Bull não tem tanta força para aplacar o avanço da Mercedes, mesmo que Max faça um bom serviço. E talvez não seja culpa da equipe; é bem provável que aqueles bons anos de equilíbrio tenha ficado no começo da década passada. É preciso lembrar que os tempos de Vettel na RBR, foram bons demais e nos causa muita saudade. Naquela ocasião, Mark Webber, companheiro do tetra campeão, nunca fora vice e adversários da equipe foram a Ferrari com Fernando Alonso e, no caso de 2011, Jenson Button com a McLaren. Isto é, Seb só enfrentou o que ele não conhecia: outros caras, em outras equipes diferente. 
Se isso não é argumento para a maioria - já que Vettel teria sido "engolido" pelo recém chegado à equipe, Daniel Ricciardo que terminou o ano de 2014 em terceiro, enquanto o tetra campeão ficou em quinto - precisamos olhar atentamente a tabela para entender algumas coisas: o considerado "ruim" Bottas era quarto colocado no campeonato enquanto o excelentíssimo Felipe Massa foi só o sétimo.
Não dá para ficarmos nos achismos, não é mesmo?

E por falar em comparações com o companheiro, outro que precisa entregar resultados mais importantes é Alex Albon. Ainda que haja uma proteção da equipe com relação à Max, isso não parece ser a desculpa usada para salvar Bottas e Vettel de terem companheiros "melhores" que eles. Mesmo equipamento, lembram? Ou esse papo só serve para achincalhar Vettel, Bottas e os segundos mais "fracos" de cada equipe? 

A Racing Point pode não chegar a lugar algum por simplesmente não ter piloto a altura. Ainda que tenha sido louvável quarto lugar de Stroll e o canadense ter colocado um pouco de dificuldade à corrida de Bottas é possível que, em breve, as questões colocadas em protesto sobre o carro da RP possam ter feito toda essa comoção toda ter valido de nada.
Pérez, depois de ter se enrolado bastante, largou mal e foi parar na décima posição na Hungria. Terminou a corrida em 7º, tendo que ficar sabendo que o companheiro quase foi para o pódio. É outro que precisa mostrar mais serviço. Que o mexicano soa como fogo de palha para mim desde que foi contratado pela McLaren em 2013, não parece novidade... 

A Ferrari tem mais um ano de carro mal nascido. Ali, o problema é o mesmo, desde a saída do Michael Schumacher: subtende-se que o nome, a história e a tinta vermelha bastam para qualquer competição na F1 e que todos os problemas são resolvidos pelos contratos com pilotos que já possuem reputação pois foram campeões por outras equipes, ou próximo disso, ou são empolgantes promessas da equipe vindos das categorias de base.
Se esse plano dá errado, eles teimam e teimam. E teimam até perderem a paciência e fazerem mais bobagens. 
Vettel tentou e já que corre sozinho (ele circula pelo paddock, com roupas da equipe, mas sem o seu nome escrito nelas), decidiu por si uma estratégia mais sensata e teria terminado o GP da Hungria em quinto lugar se não fosse a perda de potência do carro, no finalzinho. Fechou o dia em sexto e parece que pediu desculpas pelo desempenho.
O novo "salvatore" da Scuderia, Leclerc, terminou fora da zona de pontuação, em 11º, mostrando mais uma vez que o segundo lugar no primeiro GP foi um ponto fora da curva.
A crise só piora, e já se pode considerar aí que 2021 pode ser ainda mais vergonhoso. Não hesitem em colocar na conta de Mattia Binotto: fica cada vez mais claro que mandaram embora o cara errado.

As McLarens deram uma desaparecida. Tanto Norris quanto Sainz protagonizaram lances com Leclerc, e ambos se deram melhor que o monegasco, defendendo posições. No entanto, o primeiro terminou em 14º e o segundo, ficou em 10º.
Depois do pódio, sem os carrinhos robôs que tanto me deram risadas soltas, investigaram os carros da Haas pelas trocas na volta de apresentação e puniram cada um dos pilotos da equipe americana com 10 segundos cada: Kevin Magnussen, nono na corrida, caiu para décimo, e Romain Grosjean de 15º para 16º.
Precisava mesmo disso? Já não há competição e ainda tem essas punições por regrinhas sem sentido?

Assim mesmo, é fácil dizer que não dá para sentir satisfação com o campeonato do jeito que está se desenrolando. Mas é como diz a expressão popular: "É o que tem para hoje..."

Na próxima postagem, um resumo de como está o campeonato até aqui, e depois, as fotos comentadas. Se tudo correr como planejado, essa semana posto um texto de participação. Aguardem!
Abraços afáveis, e fiquem bem!

Comentários

Carol Reis disse…
P mim o Bottas não tem condições de ser campeão. Tem que ter cojones p isso, vai ter que peitar a equipe como o Rosberg fez. Não é qlq um que tem esse psicológico.É a mesma coisa que o Sainz vai ter que fazer ano que vem, num ambiente que consegue ser pior do que o da mercedes p fazer essas coisas.

No mais, corridinha chata viu, a pior de todas até agora. Quem ainda acha que Hamilton tem chances de perder o título, é muito burro ou ingênuo. Ele só perde esse título se decidir abandonar a F1 esse ano.

Eu acho o Perez um bom piloto. Aquela ida p Mclaren o queimou, o carro era mt ruim. P eu formar uma opinião melhor sobre ele, preciso ver mais corridas pq esse é o melhor carro que ele pilotou até agora. Já o Stroll me parece ser sólido, mas tbm preciso ver mais dele p me decidir se ele é bom mesmo.

Eu não suporto mais o Hamilton com essa militância fake. Acredito de verdade que sofreu racismo na vida, principalmente levando em conta que o estereótipo do britânico branco, rico e metido é real. Porém, não acho que a F1 seja racista, caso contrário ele não estaria lá. Só dirigiu carro ganhador de corridas a carreira inteira. NENHUM piloto do grid atual teve a mesma sorte.

Se a F1 tem poucos negros, é pq essa parcela da população não tem as qualificações necessárias para trabalhar na f1. E pq não possuem essas qualificações? Do meu ponto de vista, é uma questão de oportunidade, de poder se qualificar. Essa falta de oportunidades p crescer não é racista por si só, mas é uma consequência dele. O Hamilton deveria se perguntar como mudar isso, mas ele tá mais interessado em vender a imagem de engajado nas redes. E p piorar, ainda quer obrigar os outros a se posicionarem do jeito que ele quer, como o típico militante de internet q ele é. As pessoas tem o direito de se manifestarem como quiser, inclusive o direito de não se manifestar. O Kvyat já explicou que ele, como russo, não pode se ajoelhar por esse motivo, mas disse que apoia a causa. Claro que p blessed isso não é suficiente, pq p militante de sofá nunca é. Eles estão sempre reclamando, repare. Sempre caçando motivos novos, nunca satisfeitos.

Fora a hipocrisia. Se eu fosse piloto de F1, preferiria ficar quieta pq virar militante em um ambiente como o da f1 é pedir p ser chamado de hipócrita. Se ele tá realmente comprometido com a causa do racismo, deveria questionar publicamente pq a F1 faz corridas num país que está nesse momento fazendo a maior limpeza étnica desde o holocausto, mas isso ele n vai fazer, não é mesmo? Se ficasse calado, seria menos pior. Pelo menos não seria hipócrita.
Manu disse…
Carol, mais uma vez concordo com vc.
Especialmente na parte militante do Hamilton. Ainda que seja algo que deve colocar o debate, ele não deve cobrar dos colegas o apoio. Isso deve partir de iniciativa própria e, os demais já fizeram algo, colocando a camiseta. Mais que isso - já vi líder de movimento negro falar a mesma coisa - é "branco querendo aparecer".
Agora ele insiste que apareçam todos os dias e que a adesão no ajoelhar seja de todos? Qual o próximo passo? Querer que eles façam palestras sobre o assunto? E se estão de pé significa que são exclusivamente racistas?

Pois essa questão da limpeza étnica é contundente. Ele sabe disso e faz de desentendido. E é como eu disse para um rapaz no Twitter: a chance dele ser taxado de hipócrita é grande e além disso, inevitável. Como é para alguém dizer algo contra as manifestações dele, ser passível do "cancelamento" das redes. A Mercedes mesmo tem um passado de apoio nazista. Isso significa que a empresa ainda compactua com essa ideologia? Se sim, pintar o carro de preto, resolve o problema? Se não compactua, o fato de ter um piloto negro, funcionária negra faz deles, melhores que os outros? Não. Mas é bom saber que estão do lado certo para variar e passado é passado.

Ele tem dito que está estudando, então ele pode fazer mais do que cobrar dos outros. Em vários livros, ele pode ter meios de agir. Escancarar umas verdades, palestrar e investir grana pesada no auxílio de jovens negros que querem ser pilotos como ele, ainda dá tempo e está na cara que ele não vai enfrentar problema algum sobre isso. A F1 não impôs nenhuma restrição às manifestações e a equipe apoia todo o seu discurso. A F1 já teria feito qq coisa para que ele ficasse fora da competição por ter "cutucado o vespeiro" e não igualar o Michael Schumacher. Na NFL, Kaepernick está desde 2017, sem contrato com nenhum time da liga...
A questão é: Hamilton quer mesmo fazer a diferença?

Acho que ele começou a coisa tarde e de modo inviável. Falar apenas é vazio.
Mas isso ainda vai dar discussão e das feias. Chamaram o cara de chato no Twitter e rolou uma baixaria danada. Simplesmente, não tem espaço para discutir isso de forma civilizada. Se somos contra ele, somos racistas. E ele vence toda vez quando ele diz desapontado com alguém "famoso" que o critica.

Abs!

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