F1 2019: Pós GP do Japão e Prévia do GP do México

Faltam apenas 4 corridas para o fim da temporada. Algumas coisas já foram concluídas e nós começamos a sofrer de abstinência antecipada. Não que as corridas tivessem sido um primor neste ano, mas, é aquela coisa: vício é vício.
Se ficássemos presos, única e exclusivamente focados nas corridas, no que acontece nos circuitos - sejam eles, chatos ou não - estaríamos (talvez) próximos ao paraíso. Mas, todavia, entretanto, no entanto, outrossim... sofremos, padecemos de algo tipicamente humano: nos atentamos à detalhes totalmente inúteis. 
Vivemos tempos de muito som e de muita fúria. Ficamos raivosos com pouca coisa, sem o mínimo da lógica. E quando o assunto é F1, extrapola-se todos os limites do bom senso.

Durante esses anos de total incapacidade administrativa da Ferrari, Sebastian Vettel e Charles Leclerc não se safaram de serem crucificados pelos comentaristas. 
A mídia trabalha com imagens, e a do Vettel - de um piloto "chato" que só vence se estiver nas prioridades da equipe - está consolidada. Agora, se constrói a imagem de Leclerc como piloto novato que chora por atenção. Essas imagens são uma construção de outros a respeito de acontecimentos que os envolvem. É impossível concluir se estas condizem muito ou pouco com a realidade.  
De qualquer forma, são construções que a Ferrari deveria ter evitado ao máximo.
Como nos outros anos, e com outros personagens, não houve compromisso em evitar esse tipo de publicidade negativa. Na vontade de atrasar o(s) título(s) iminente(s) da Mercedes, expuseram seus pilotos à situações que - mesmo que fizessem parte do "jogo" -  não tinham a mínima da necessidade. 

Enquanto isso, a maioria dos que acompanham a F1, soltam os seus xingamentos quando a Ferrari é salva por alguma brecha do regulamento. Regulamento que, se fosse perfeito, pelo menos, justificaria toda a revolta. Mas ele só é aplicado seletivamente e muitas vezes de forma altamente controversa. 
Erros cometidos por outra grande equipe e acobertados por comissários não causa tamanha gritaria. Então, o gosto do fã da F1 também é seletivo e polêmico (nem que seja para irritar um pessoal). Isso explica porque é que tanta gente comenta abobrinhas nas redes sociais e em matérias (tendenciosas) abertas à comentários. Explica também o quanto a "comunidade", especificamente a brasileira, é tão tóxica. Mais ainda: coloca uma maioria hierarquizando o entretenimento como mais importante do que o esporte.

Logo que o GP da Rússia terminou e a mídia (italiana, inclusive) revelou uma dessas imagens montadas: deram a deixa que os pilotos da Ferrari não se suportavam e que, pelas pequenas brigas que tiveram, o clima entre eles era insustentável.
Isso é lenha para a fogueira da discórdia (e porque não dizer, fogueira das vaidades?). Houveram mais discussões à esse respeito: quem já não era afetuoso com Vettel, não poupou críticas. Quem estava com um pé atrás com Leclerc, colocou o segundo: já não viam mais ele como promissor, pois reclamava demais no rádio.
No GP do Japão, não houveram protestos semelhantes referentes as reclamações de rádio de Lewis Hamilton perante as decisões estratégicas de pagar dívidas com seu capacho-mor, Valtteri Bottas. Deram-lhe o direito da vitória já que tinha conquistado às custas do erro de um piloto da Ferrari e isso não agradou o ego do "Miltão".

Aqueles grupos supracitados - os detratores de Vettel e os novos críticos de Leclerc - estiveram durante toda a corrida, projetando as "rodadas" do primeiro. Para o segundo, queriam uma severa punição pela sua "irresponsabilidade" - um ataque sob Max Verstappen na largada e o fato de permanecer na pista soltando pedaços do carro.
Pareciam torcer, a qualquer custo, por uma das coisas mais chatas do ano: dobradinha da Mercedes, e ainda às custas da Ferrari. Pior: queriam que Hamilton fizesse valer sua reclamação (e eu achava que Hamilton "nunca reclamasse no rádio"como afirmavam por aí...) e tivesse a troca de posições entre ele e Bottas.
Costumo dizer que o pior parte da figura pública - seja ele ou ela, da música, do cinema, da TV ou do esporte - é o seu fã. Essa ideia não está longe do fã da F1 - porque torcer para a "rodada" de um piloto, para ter  a possibilidade de uma das cenas mais vergonhosas da categoria?
Se é pelo show, bem... Tem algo errado aí. 

Depois que, nem mesmo com os erros estratégicos a Ferrari conseguiu acabar com a corrida de Vettel, os espectadores noturnos torciam para que Hamilton ultrapassasse o alemão. Algo que não aconteceu e "a culpada" foi a Mercedes.
Depois de decantar "os pensamentos" a forma como Toto Wolff e cia. resolveram as coisas, foi vista como a ideal e perfeita. Se à equipe, nada de críticas, aos pilotos é dedicada alguns comentários:  para Bottas, os depreciativos, para o Hamilton, as bocas continuariam seladas. Um rompante de surdez e/ou esquecimento totais com relação às reclamações infundadas do hexa campeão mundial se fez presente. Ninguém se incomodou.
Parênteses: Sim, Hamilton já é hexa. Digo isso desde o começo da temporada.

Assim como Vettel ou Leclerc, o inglês não parecia interessado ao que a equipe precisava fazer na corrida. Assim como os pilotos da Ferrari, Hamilton não havia pensado no plano da Mercedes, não havia pensado no campeonato de construtores, não havia ponderado sob a dívida (grande) que tem com o companheiro. Agiu de forma egoísta, arrogante como sempre foi. Mas não houve um "a" sobre isso.
Depois dos treinos livres de sexta, ele foi para Tóquio e não permaneceu em Suzuka como os demais. Não se escuta ele dizendo que se estudou as estratégias. Literalmente dá de ombros e deixa no ar a pergunta: quem precisa delas?

Se não ficou claro, vou deixar: invertam os papéis da Mercedes com os da Ferrari, e temos o inferno na Terra. Teríamos falas que indicam uma dupla de pilotos mimados, chatos, cínicos e não profissionais, nocivos para a categoria. Como de fato, ocorreu, em Cingapura e na Rússia, especialmente com Vettel e em menor escala, com Leclerc. 
Um piloto ousar peitar os mandos de sua equipe é saudável para o esporte só quando o atleta em questão apraz o gosto da torcida. 
Dito de outra forma: atitudes semelhantes de uma estrela como é Lewis Hamilton, brilhando com um enorme ego (sim, maior do que o conteúdo de suas cuecas - exibição feita que trouxe um sem número de interessados e interessadas) ninguém se incomoda. Até porque depois de tanto reclamar nos rádios, ele faria um discurso falso recheado de elogios forçados, com algumas manifestações de frustração e todos dizem: "Campeão é assim mesmo, está ótimo, ele é genial!"
Observem: ele criou o entretenimento com as reclamações, ameaçou desobedecer, mas fez parte do resultado que, por mais que tenha sido legítimo, foi manipulado. 

É exatamente aí que a Ferrari nos irrita: por deixar essas coisas acontecerem. Ela expõe seus pilotos à  transparecer falhas de caráter - que podem ser absolutamente irreais -, os deixa à mercê de erros para correr atrás de prejuízos provocados pela equipe, o que desencadeia ainda mais erros.
Além disso, quando manipulam resultado, são criticados duramente, acusados de estarem fora das "regras". Quando um de seus pilotos desobedece, os gritos são histéricos. Parece que a Ferrari é a única que age de má fé.
Corre ainda o risco de ninguém ter percebido algo que o leitor Robson comentou há dois posts atrás, aqui no blog: o SF90 poderia não ter melhorado, mas sim, que a Mercedes tivesse confortável para ganhar o suficiente para recuar e iniciarem os trabalhos do carro de 2020.
É completamente possível que as mudanças no SF90 tenham sido para companhar a Mercedes e a equipe se desgastou, enquanto a Mercedes em si, já consciente das garantias que tinham, estavam já pensando por antecipação, entregando o simples apenas para terminar o ano. 
É óbvio que as Mercedes voltem a apresentar domínio em 2020, aproveitando-se (de novo!) do desgaste da oponente. Nessa de querer se aproximar da Mercedes e garantir que a Red Bull não colocasse um de seus pilotos na terceira colocação do campeonato, a Ferrari não terá fôlego para seguir a rival em pé de igualdade, especialmente no começo do ano quem vem.
Isso complicaria muito a nossa expectativa de competitividade, uma vez que eles estão mais perdidos que cachorrinho que caiu do caminhão da mudança.

Com isso, fica bem fácil para a mídia em geral divulgar que a Ferrari melhorou, que tem o melhor carro, um rendimento tal que lhe garante algumas vitórias, e que, um possível impasse e brigas internas entre seus pilotos refletiu resultados negativos, para exaltar as conquistas da Mercedes quando ela decide aparecer, como foi o caso, no GP japonês.
Do lado técnico, surgem as acusações sobre o motor ou aerodinâmica do carro. Como aconteceu, à um passo da 18ª etapa de 21. Tudo pois, ela teria um rendimento tal, que levantaram suspeitas de irregularidades. A Mercedes venceu 10 das 12 primeiras etapas, sendo 7 delas, com dobradinha.
Basta olhar as estatísticas e os pódios até aqui e perceber que ainda assim, a Mercedes deve ganhar todas as "somas" feitas. Não levanta suspeitas. É tudo muito bem feito. E pelos anos anteriores, tem uma nota preta rolando fácil para fazer carros perfeitos.

Risadas foram dadas quando a Mercedes alcançou o sexto título de construtores. O GP da Rússia foi chato. Já o GP japonês garantiu comentários ao nível de comparar resultados: se Bottas ganha uma corrida, já se sabe que ela foi desinteressante. 
Quero que me respondam, com toda a sinceridade de vocês: quais foram as corridas mais chatas do ano? Austrália? Barein, China, Azerbaijão? 
Espanha foi chatíssima? Com certeza, concordamos que também foi a corrida da França?
O GP da Grã Bretanha, talvez? E o da Hungria? Ambos bem mornos, não?
Da segunda metade da temporada, ainda podemos pedir opiniões: Rússia ou Japão? Qual foi mais "estragada"?

Na Austrália tivemos dobradinha da Mercedes. E olhem que inusitado!!! No Barein também.
Na China também.
No Azerbaijão e na Espanha, tam-bém!
Foram cinco corridas direto, com dobradinhas da Mercedes, sem pausa!
Na sequência, Mônaco, com todo um oba-oba e glamour de costume, não houve dobradinha, mas contou com os dois pilotos da equipe no pódio.

No Canadá, o que aconteceu foi um baita roubo. É isso que vai ficar registrado da etapa de 2019. Não foi alguma coisa comum de uma corrida. Não se destacou por ter muitas ultrapassagens ou estratégias inteligentes. Foi uma "garfada" e uma vitória caindo no colo do Hamilton. Canadá não foi nem mesmo propícia para quebrar as dobradinhas da Mercedes, pois logo no GP francês - outra corrida horrível de termos acompanhado - contou exatamente com a sexta dobradinha em oito corridas.
Apenas no GP francês é que ouvimos protestos sobre um ano difícil de engolir. Porém, a temporada estava enfadonha havia dias...

Áustria poderia té ser uma boa escolha sobre uma boa corrida. Mesmo assim, havia Mercedes no pódio, com o Bottas em terceiro. Na Grã Bretanha, tivemos a sétima dobradinha da Mercedes.

Numa tentativa de procurar algo que salvasse essas campanhas, pode-se cogitar a possibilidade de eleger o GP da Alemanha como melhor corrida até aqui.
Como não perder a cabeça a pensar que, é exatamente essa corrida que não vamos ter do calendário do ano que vem? Olhem, que mer...!
Para acabar, veio a chatinha Hungria, sem dobradinha, mas com Hamilton vencendo.

Empolgamos com Bélgica? Sim, mas tinha lá dois carros da Mercedes, além do Leclerc. A mesma coisa, acabou acontecendo na Itália. Cingapura foi outra que pode estar entre aquelas de salvação, além da Alemanha ou Áustria, mas não tem como "amar" de fato qualquer resultado daquele circuito demorado.

Voltamos a programação normal nas últimas corridas. Na Rússia, tivemos a oitava dobradinha da Mercedes. A vitória do Bottas no Japão, com Hamilton em terceiro trouxe uma sutil chiadeira. Mas ainda muito pouco. O campeonato de construtores foi ganho faltando ainda México, EUA, Brasil e Abu Dhabi.

No próximo fim de semana, Hamilton se sagrará campeão com combinações muito fáceis:
► Deve vencer e marcar a volta rápida, com Bottas abaixo do terceiro lugar;
► Vencendo, sem volta rápida, Bottas não pode ser nem P2, nem P3 ou P4;
► Sendo o segundo, Bottas precisaria estar pelo menos, na oitava colocação;
► Em terceiro, Hamilton precisaria da volta rápida e Bottas, ser o nono colocado. Sem volta rápida, Bottas tem que marcar apenas 1 ponto, de décimo colocado, para que Hamilton possa comemorar seu sexto título (com motor Mercedes) regado à muita tequila;
► Em quarto, mesmo que Bottas não marque pontos, Hamilton levaria o título para ser decidido nos EUA. Se Bottas abandonar, Hamilton precisa pelo menos, fazer a terceira colocação, para que México seja "a casa" do título.
Me diz aí, se não está ridiculamente fácil para a Mercedes?
Inclusive a vida do Bottas está bem boa, imaginando que depois do feito no GP japonês, a Mercedes sabe bem como conduzir as estratégias para as próximas corridas e garantir seu vice campeonato.

Enquanto se discutia a vida particular de pilotos, rádios estrategicamente divulgados, fotos e vídeos com olhares de fúria, recortes de indiretas maquiadas pela imprensa, tudo isso, feito com tanto ímpeto que parece estar ajudando (forçosamente, como no ano anterior) a produzir roteiro/pauta para a montagem da série de documentários da Netflix, sendo que o que realmente deveria ser o mais lógico na roda da conversa, ficou ali, praticamente jogado no canto, à esmo: a hegemonia da Mercedes - que teima em durar contando com a ajuda marota da incompetência das rivais, a incapacidade de gerir carro-piloto-equipe na Ferrari, as péssimas escolhas da Red Bull, as injustiças de pilotos ruins de verdade terem vagas enquanto outros são obrigados a se humilharem por alguma migalha das sobras, entre outros. Capaz até que essas coisas tenham ido com o tufão Hagibis antes mesmo dele aparecer como ameaça no fim de semana passado.
Gasta-se um tempão com uma parcela de coisas que "envolvem" a F1 que, o que realmente importa e o que significa algo, são de interesse da "comunidade" do tamanho equivalente à salário de professor de escola pública:


Entramos no jogo da Liberty. A Netflix já contribuiu valorizando um drama danado: rivalidades, batidas, pilotos com os nervos à flor da pele. Emoção que não acabou mais para quem viu "Drive To Survive". A cada episódio eu franzia a testa a pensar "aconteceu assim?"
Imaginem a temporada 2 dessa série... Capaz que vão encontrar muitos meios para dizerem que houve muita, mas muita competitividade.

Moldados como se fosse um roteiro de filme, com corridas que tem, cada dia mais, resultados manipulados, seja por decisões de comissários que cortam aspectos mínimos de competição situacionais, seja por desobediências dos pilotos mediante os mandos de seus chefes ou mesmo estratégias arquitetadas e já colocadas em prática em classificações ou largadas previamente, entramos sim no jogo da Liberty. 
Um aspecto que ela queria de trazer era o exemplo da NFL para transformar a F1, e o que ela trouxe de lá foi só a propaganda que a liga de futebol americano também fatura. Não foi buscar ter o equilíbrio entre as equipes, o teto orçamentário e todo aquela possibilidade de fazer uma equipe fraca, ressurgir após temporadas totalmente desestruturadas. O que a Liberty fez o "crtl c + crtl v" no show, no espetáculo que atrai os fãs novos, que não pestanejam em fazer bancada crítica nas redes, com mesquinharias. Esse novo público além de incapazes de demostrar discernimento das ações, pegam uma F1 apoteótica. Mas eles não deixam nunca de ser voláteis, sazonais. Permanecem ainda enquanto os agrada, e quando ainda está em alta.  
Já comentei aqui e vocês sabem tão o melhor que eu: a quantidade de perfis de Twitter que fazem memes sobre a F1. Fãs "oldschool" da categoria que vez ou outra faziam as suas piadinhas, competem acirradamente com outros, e podem estar perdendo espaço para os novos "zueiros" de plantão. Ainda mais grave, são os perfis femininos*  que falam dos pilotos num tom de dar inveja ao Leão Lobo ou Nelson Rubens. (*Toda generalização é burra, mas costumeiramente deparo com comentários de muito baixo nível nestes perfis.)
Aos fãs não novatos, "velhos de guerra" percebemos desconforto, rompantes ranzinzas e muita impaciência nessa "nova fase" da categoria.
Sigo dizendo, sem medo de errar: a F1 segue sendo uma grande novela. E as novelas não ficam na sessão de esportes.

E vocês, o que acham?

Abraços afáveis!

Comentários

Carol Reis disse…
Esse avanço da Ferrari por desleixo consciente da Mercedes foi um fato publicamente reconhecido por Toto Wolff, inclusive. Que emocionante esse 2019.

Corrida boa mesmo foram só as da Áustria, Inglaterra e a da Alemanha. De resto...

O que achou da série da netflix hein? Eu vi só elogios dos outros, mas da minha parte achei muito superficial. Houveram muitas forçadas tbm, como aquele capítulo que retrata o Carlos Sainz como rival do Alonso. Que patético. Acho que a dinâmica entre os dois funcionaria melhor se o Sainz fosse retratado como um jovem piloto tentando ser como seu ídolo. Ainda seria forçado, mas pelo menos ficaria mais próximo da verdade e por isso ficaria mais natural também.
Manu disse…
O pessoal deixou essa da Mercedes passar e agora só falam que a Ferrari tem ajuda da FIA para conseguir as coisas.
Eu tinha vergonha desse pessoal que comentava umas coisas da F1 na comunidade, especialmente nas redes. Mas agora, tenho é medo. É cada barbaridade...

Carol, esses dias conversava com amigas a respeito da série. E eu perguntei mesmo, se elas não acharam tudo muito forçado. O exemplo que dei foi exatamente o mesmo do seu: o episódio Sainz e Alonso. Nada a ver ter colocado os caras como uma busca de se superarem. Ficou bem fake. A exposição da turma da Haas tbm, foi excessiva e desnecessária. Moldou o Grosjean como uma verdadeira mosca morta e o Magnussem como o cara bonzão.
Eu ainda não entendi tbm porque muita gente ficou amando ainda mais o Ricciardo (tudo bem, ele é simpático) e odiando a Red Bull e o Verstappen depois da série. Mas entende-se, pois o pessoal acredita em qualquer narrativa que pareça na câmera como real. O pessoal acredita nas declarações do Hamilton... kkkkk
A mais forçada para mim foi o episódio do Esteban Ocon. Não comprei nada daquela meiguice toda que ela apresentou. Mas isso, é a minha percepção.

Depois que conferi a série - não tenho Netflix, então vi bem depois da maioria - concluí que 2019 parece toda armada para que os roteiros da temporada 2 sejam com mais entretenimento que a primeira. E o que é pior, vai ter uma galera muito sabida que vai comprar toda a interpretação da Netflix sobre esse ano na F1 como se fosse realmente tudo na risca, como aconteceu.
Ai, ai...
Carol Reis disse…
Fora que eles esculhambam o Grosjean, mas no final mostram tb a renovação dele. Se a pessoa não acompanhou nada de f1 e só viu aquilo ali não vai entender nada. Pq renovaram com o cara q só dá bola fora? E o Magnussen nem é tão diferente assim do Grosjean.

Essa do Ocon também foi demais. Primeiro q ele não é esse coitadinho pobretão. Aliás, pobretão ele pode até ter sido mesmo, mas é um pobretão protegido por ninguém menos que Toto Wolff. Só tá na F1 por causa dessa conexão. Ele não é diferente do Perez que, habilidade a parte, só conseguiu chegar lá por causa da ligação com a Telmex, do Carlos Slim.
Manu disse…
Falou e disse, Carol!

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