GP da Espanha: breve

Tentarei ser breve, por motivos justos. Primeiro motivo é que me encontro em um patamar tal para comentar as corridas da F1 que me falta criatividade. Segundo que, a falta de criatividade, me deixa sem graça e sem algo a acrescentar. Por fim, do jeito que está, posso chamar as corridas de tudo, menos de corridas.

Os GPs na Espanha são bem chatos, quase sempre. Dessa vez não foi diferente. Mas nem culpo o GP. Por mim, nessa quinta etapa com as Mercedes dando voltas nos retardatários (que por sinal, acabaram com a sombra de disputa entre Rosberg e Hamilton - e assim penso que o santo desse inglês é muito bom), é a pior coisa imaginada para esse ano. Não daria mais do que duas voltas para Hamilton ter chegado no Ricciardo, o terceiro colocado. Onde já se viu isso?! Saudades da hegemonia da Red Bull, que ainda que fosse com o Vettel, nesses últimos anos, não era assim de voltas e mais voltas sobre retardatários. 

Não culpo novamente o GP pois, além de ter acontecido o mesmo nos GPs anteriores, como bem disse o Rubinho na transmissão, uma liderança dessas é consequência da mudança das regras, meio que tomando como exemplo o ano que ele mesmo teve uma pequena chance de vencer campeonato com a Brawn GP em 2009. Naquele ano, digam o que quiserem, mas ainda assim foi melhor que esse que estamos vivendo. Jenson Button - e podem discordar - tinha e tem carisma. Infelizmente, Hamilton não tem. Suas declarações arrogantes desmerecem sempre todo o trabalho feito na pista, que na real, não é grande coisa. Me pergunto porque questionar o talento do Vettel, se quando o mesmo acontece com Hamilton, não há dúvidas das habilidades? ¬¬'

Novamente temos uma Ferrari apática. E como bem disse o sr. presidente, o problema não são seus pilotos, mas não faz nada também para mudar. Pelo menos admite. Enquanto há um abismo enorme entre Alonso e Kimi, a gente se contenta com uma ultrapassagem entre dois grandes pilotos (eles mesmos) em disputa de sexto e sétimo lugares. Não para contentar-se, mas é o que sobrou: quer queira ou não.

Nem rir do fim levado pelo própria promessa do ano Felipe Massa não dá. Irrita a declaração pós corrida onde ele sempre arruma um culpado que não ele. Novamente, Bottas melhor, mesmo enfrentando problemas e ele com "mimimi". Até isso, não muda e rir de suas derrotas já não é mais tão natural. è piada pronta. 

A novidade cai na RBR que agora tem Ricciardo, apesar de estar atrás na tabela, tem aparecido mais que Vettel - que herdou uma maré de má sorte que tinha Webber. 

O resto, bem... beliscou ou não alguma coisa. Seguiu em procissão, típico do GP espanhol, e arquitetou algumas paradas, mas nada muito expressivo.

Agora, que a Mercedes (em tese) tem o que se propunha - o piloto deles, que é mais bem pago, está à frente no campeonato - então é quase certo que as brigas com o companheiro sejam extintas (seja descaradamente ou por debaixo do tapete). 

E por mim, que paremos o campeonato por aqui, pois vejo apenas duas situações: Hamilton vencendo (a não ser que Rosberg queira botar fogo no circo e tentar mudar a situação). E (caso ele não faça), ficará perseguindo o companheiro até o fim. Duvido que dê novamente um 2009, com Button vencendo e Barrichello perdendo o fio da costura. Rosberg deve ficar com o segundo lugar, sempre a espreita no caso de Hamilton botar tudo a perder por si próprio. Proponho entregar os troféus de campeões do mundo para os tais três primeiros até o momento e que façamos uma pausa para ajustar a temporada 2015. Ficar acompanhando até o final desse ano só para saber quem será o terceiro colocado na tabela não está valendo o custo.

Pessimista? Então, me apontem razões para continuar a acompanhar a essas corridas com empolgação, nos comentários, ok? Vamos ver uma outra solução para minha falta de criatividade.

Abraços afáveis!