Tabelas da Décima Quinta Etapa da Temporada 2021

Saímos de mais uma corrida em que se pressupunha ser morna para terminar sendo uma das "melhores" da temporada.
O uso do termo "melhor" não está aqui empregado no sentido restrito da palavra, mas em tom de dizer que, ao menos, foi surpreendente em alguns pontos. 
A tônica tem sido essa: corrida de pista que geralmente costuma ser chata, em 2021 acabou sendo interessante. Mediante isso, é possível, então, que Abu Dhabi seja assim. 
No entanto, a passagem da Fórmula 1 pela Rússia, não implicou no título de "melhor corrida do ano" por várias razões, uma delas, em específico: o resultado soou muito semelhante ao que estávamos projetando anteriormente e no "rachar dos ovos" o gosto do omelete acabou sendo o mesmo de sempre. 

Nessa etapa, a Mercedes comeu bola justamente por erro do seu piloto, Lewis Hamilton. A bobagem que ele fez na classificação prejudicou até Valtteri Bottas, que foi (literalmente) obrigado a não superar o tempo do octaheptacampeão. (PS: acho que logo não precisarei mais tachar o "octa"...)
P4 e P7 não são posições de quem está na frente do campeonato de construtores, mas denota que podem cometer errinhos, pois possuem um equipamento tão bom e um material humano (técnico) um tanto superior ao da Red Bull que fica impossível defender a falácia que não possuem mais o melhor carro. 

E por já mencionar a Red Bull, Max Verstappen decidiu tirar uma folga e só por isso, Sergio Perez acabou ganhando um pontinho no placar - e nem deveria ter sido contado, já que, diante do que aconteceu o mexicano tinha, por obrigação, estar entre os 3 primeiros.
Verstappen teve a unidade de potência trocada para a corrida e, largando em último por isso, optou, junto à equipe, não participar da classificação molhada, se resguardar de um erro que o prejudicasse mais ainda na corrida.
O mexicano que não ajuda em nada para o campeonato da equipe e muito menos, o do holandês, fez o P9! Está ficando bem difícil defender.

Lando Norris se aproveitou muitíssimo bem da "manetada" do Big Lewis no Q3 e cravou a sua primeira pole na carreira. Desde Monza, a McLaren tinha muitos motivos para sorrir e a gente também ficava muito satisfeito em poder ver isso acontecendo.
O dono do sorriso fácil da equipe, Daniel Ricciardo foi apenas o quinto na Rússia - mas ainda assim, um resultado bem melhor do que vinha fazendo.

Charles Leclerc e a Ferrari não exerceram a "prudência aristotélica", uma virtude que só cabe aos bons e sábios. Mesmo trocando os elementos de unidade de potência do carro 16, mandaram o cara para a classificação. Pode até ter conseguido passar para o Q2, mas fez um fraco P15. Talvez fosse melhor se tivesse poupado energias, já que trocaria o motor e largaria na penúltima colocação.
Carlos Sainz, no entanto, fazia uma bela classificação, alcançando o segundo melhor tempo! Apesar de mais essa, ele segue sendo ignorado pela comunidade de fãs e comentaristas da F1.

Desde que houveram rumores sobre a aposentadoria do Sebastian Vettel (alguns disseram, infundadas) a coisa não anda muito boa na Aston Martin, em sentido prático. Ele até mostra força nos treinos livres e na classificação, como foi o caso na Rússia, mas na hora do "vamo-vê", Lance Stroll aparece mais "leve e solto", com algumas facilitações causando comentários exagerados sobre sua performance. 
Porém, Stroll acaba dinamitando as próprias corridas com erros que passam despercebidos para muitos, e a própria equipe parece dar muitos murros em ponta de faca, mas... Nada do que ter uma proteção patriarcal, não é mesmo?

O fogo de palha na Alpine com Esteban Ocon acabou bem rápido. Não tão rápido, pois ainda se comenta como se ele fosse um grandessíssimo piloto, mas que acabou o gás do entusiasmo, isso acabou. Ainda que ele tenha passado para o Q3, goste ou não, Fernando Alonso tem feito um trabalho muito melhor que o francês, depois das férias - inclusive, passando o companheiro no placar de classificação nessa 15ª etapa.

Pierre Gasly e George Russell mandam em suas respectivas equipes. No caso da Alpha Tauri, há de se concordar com a justificativa de que Yuki Tsunoda é mais verdinho e que o primeiro ano é realmente muito difícil para um novato. Mas o senhor Nicholas Latifi já até pontuou nesse ano e já cometeu alguns erros que deixa por entender que realmente, a Williams só tem um piloto. 
Deixa a entender, viu gente? Não tô jogando "hate" no cara... Eu posso ter feito isso com o Ocon e o Stroll, mas o Latifi não compromete.... Ainda.

Na Haas, suspeitei que Nikita Mazepin* teria um fim de semana facilitado por correr em casa. Mas na verdade só a F1, através das mídias sociais, tentou elevar a moral do rapaz (em baixa por conta de julgamentos nocivos). Mick Schumacher fez uma boa classificação - nos padrões Haas - ficando à 3.934 segundos do russo. Na corrida, já não teve tanta sorte.

(* Parece que só eu considero a existência do piloto na F1, sem amarras moralistas ou julgamentos adolescentes. Analiso ele como piloto de uma equipe da categoria e não me interesso em sua vida pessoal. São duas instâncias diferentes e tenho evitado misturar as coisas porque é assim que os adultos fazem.
Entendo a cultura do cancelamento como uma reação nociva e desconcertante, além de imprecisa e geralmente, injusta. Um dia falo sobre isso, se tiver coragem, por aqui. Todavia acho curioso que quem reclama do slogan da categoria "we race as one" como uma premissa falsa, faz essa separação considerando o cara, inexistente ou um Judas. Curioso, muito curioso...)

Deixei a Alfa Romeo por último para fazer uma exaltação ao retorno de Kimi Räikkönen: 100% recuperado da Covid (graças!) e ainda mostrando a sua experiência em situação de corrida, foi digno de aplausos. Ficou à frente do Antonio Giovinazzi, em 16º e ainda que não tenha passado para o Q3 como fizera o companheiro italiano nas duas últimas corridas, foi bom ter Kimi de volta, afinal faltam somente 7 corridas para vermos ele em ação.  


Dados específicos: Os * à frente do nome de alguns pilotos, sobretudo, na classificação, na ficha acima.

A maracutaia a estratégia da Mercedes em atrasar o menino Verstappen um bocado a mais no fundo do grid, dando tempo para Lewis decidir-se com os quatro pilotos à sua frente, na largada, provavelmente.
Adicionaram elementos na unidade de potência - NOVA, desde Monza, vale destacar - para que Bottas levasse algumas posições de grid de punição e ser o escudeiro do Lewis.
Engraçado que quando a Ferrari fazia táticas com segundo piloto para proteger o primeiro, sempre gerou um debate moral, chegando até ao ponto de considerar o piloto principal "fraco" por precisar dessas "artimanhas". Isso, em relação à Mercedes, não é nem pauta. :/

Já falei sobre isso no post passado e bastam rolar o cursor para lerem, se quiserem.
O resumo da ópera: em 16º, Bottas ofereceria uma certa dificuldade para que Verstappen pudesse nem sequer marcasse pontos. Isso pois, Max ainda teria que lidar com Leclerc (largaria do 19º e com motor novo também), Latifi (a mesma coisa, em 18º), Giovinazzi (que trocou caixa de câmbio, em 17º) - o prórpio Bottas, com 15 posições de penalidade (!!) em 16º - e os dois carros da Haas, um deles, Mazepin - que não vende fácil as posições. 

Deu certo? Não. Mas ficou para a posteridade.

Na corrida, tivemos Lewis Hamilton largando muito mal, ficando em 7º por um tempo.
Verstappen foi, o tempo todo, ganhando posições com calma e... Estagnando em sétimo quando o rival estava em segundo. A questão é que Lewis sempre foi (para o bem ou mal), blessed.
Fato é que se não houvesse chuva, Lewis tinha muitas chances de ter passado Norris. Eu queria muito saber como ia ficar a mídia e os fãs passando pano para o cara que "tomou a primeira vitória" de um dos novos queridinhos. É claro que teria um monte de textos e podcasts pululando na internet dando conta de que Norris tinha umas 10 temporadas ainda na carreira enquanto Lewis estava disputando campeonato. Apesar de ser um argumento razoável, não seria assim se fosse Verstappen provocando a "não vitória" do Lando.  

Mas quem veio "bagunçar o coreto" foi a chuva. E a gente sofreu de pena do Norris - que sim, errou em não aceitar trocar os pneus para os intermediários - e acabou pagando um preço caro, mas não muito, já que ainda permaneceu na zona de pontuação, com o ponto extra da volta rápida e escolhido o piloto do dia. No entanto, essas coisas acontecem. Ainda mais quando Hamilton está envolvido no esquema. Os ventos quentes do azar sopram do lado contrário e tudo conspira para dar errado. Lembraram do Vettel na Alemanha em 2018? Pois é. Existem outros exemplos, basta procurar. 

O cara é sortudo. Muito sortudo. E mesmo negando parar para colocar pneus intermediários e fazendo essa opção bem tarde, Hamilton chegou à mais de 50 segundos na frente de Verstappen - que não titubeou em fazer a parada e foi se aproximando do rival, a ponto de chegar em segundo.
Entendem que a premissa do "melhor carro" ainda vale ao analisarmos a Mercedes em 2021? 

Os outros espertinhos foram: Sainz, Ricciardo e Bottas. Esse último, magicamente apareceu em quinto. Como? Bem, teriam que ver a corrida de novo. Ninguém ligava naquele momento.
Atrás dele, Alonso em sexto, e Norris, que acabou resignando à uma parada, voltando em 7º para cruzar a linha de chegada. A entrada brusca nos boxes fez o garoto ter que ir se explicar aos comissários, algo desnecessário que só a FIA sabe provocar.

Räikkönen abusou de sua experiência e rumou aos boxes - por conta - para colocar pneus intermediários. O prêmio pela decisão acabou sendo um oitavo lugar e mais 4 pontos no campeonato, muito bem merecidos. Em nono - o não ajuda e quase atrapalha - Pérez. Não fez nada expressivo pela equipe, e mais uma vez. Ainda tem gente levantando a questão de que ele seria melhor  que Bottas, e para mim, nunca houve a menor possibilidade de pensar um impropério desses.  

Fechando os top 10, mais um pontinho do Russell. É a segunda corrida seguida que ele chega à zona de pontuação. Vai ser uma enorme pena se ano que vem esse menino não brilhar muito na Mercedes. 

Stroll tem um asterisco na frente do seu nome na ficha da corrida... Bem, ele tocou com Vettel, numa cena esquisita que a gente julgou ser descontrole por conta da chuva. Depois, houve uma colisão com Gasly. Essa última, lhe rendeu uma punição de +10 segundos no tempo final.
Vettel ficou em 12º, seguido de Gasly e Ocon - os azarados da vez. Leclerco mais azarado de todos, teve um fim de semana esquecível. Giovinazzi e Tsunoda, não puderam fazer muito. Mazepin completou a corrida - não à frente de Mick, que se retirou por um problema de vazamento de óleo na volta 32 - mas pelo menos, teve uma "boa performance" em casa. Sobre o Schumacher, foi o primeiro DNF do alemão-zinho (que de "inho", não tem nada). 

Se cabe uma generalização, aqui vai: o campeonato ainda está vivo (embora eu faça pouco dessa questão). Verstappen começou o GP da Rússia provavelmente pensando que qualquer coisa que viesse dele, em termos de pontos, era lucro. Terminou a corrida em segundo e pode até ter perdido (de novo) a liderança do campeonato, mas está num patamar muitíssimo favorável e que nem seu fã mais otimista confiaria ser possível.
Só não sabemos, até quando isso vai durar.

Já que falamos em campeonato...


Apenas duas mudanças ocorreram de Monza para Sochi: 

1) Lewis voltou ao topo da tabela. É a terceira vez que isso acontece em 2021. Ele começou o ano na frente, liderando por 4 corridas e perdendo o trono para Verstappen em Mônaco. Retomando depois do GP 11, na Hungria, antes das férias de verão, ele acabou perdendo de novo depois do GP holandês. Pela terceira vez, retoma o topo agora, depois da Rússia. 
2) Carlos Sainz ultrapassou Leclerc no campeonato pela segunda vez no ano. A primeira foi logo após o GP da Hungria. Apenas o espanhol se deliciou com pódios nessa temporada. Charles ainda não deu o ar da graça por lá exalando seu charme.

► Hamilton está na liderança, mas por pouco: apenas 2 miseráveis pontos separam ele de Verstappen. Toda aquela minha previsão de que Lewis retomaria a liderança do campeonato e daí não mais sairia não tem fundamento razoável. Foi apenas "achismo".
Com base nos dados, muita coisa aponta para vitória do Max neste ano, no entanto, não parece ser suficiente para cravarmos isso.
Acompanhem comigo: Nas últimas 8 corridas, Max liderou 208 voltas e Lewis nem é o segundo. Esse cargo está para Ocon com 65 voltas na liderança. Depois dele, Ricciardo com 56, Leclerc com 50, Norris com 31, Sainz com 12 e aí sim, aparece Hamilton com 11 e Bottas com 8 voltas. Parece muito desproporcional que a Mercedes lidere o campeonato e tenha tudo, absolutamente tudo para vencer em 2021, o oitavo título de construtores. 

► Verstappen também tem algumas estatísticas a seu favor que destoa com o fato de estar em desvantagem no campeonato. Uma delas é o seguinte: Hamilton começou as 4 primeiras etapas no topo da tabela, como disse acima. Max tomou a liderança em Mônaco - a quinta corrida do calendário - e ficou por ali até mesmo depois da décima primeira, quando ele e Lewis se tocaram pela primeira vez, no GP britânico. Foram 6 corridas seguidas e não pontuando em uma delas (o que faz a ideia do incidente parecer ter sido planejável, de tão divisor de águas que é até agora). Nesse sentido, ao todo, Verstappen chegou ao fim de 8 das 15 corridas, na frente no campeonato, enquanto Lewis liderou as outras 7. Mesmo assim, parece muito mais difícil que Max saia vitorioso nesse ano. Contentamos só com o fato de ser "apertado"? Não sei.

Apesar de estar atrás do Lewis em apenas 2 pontos, Verstappen lidera em número de pontos somados, desde o GP da Bélgica. São 68 pontos contra 59 do inglês. 
A falta que faz o auxílio do Pérez nessas horas, aparece aqui também: desde o GP belga, Bottas somou 40 pontos. E o mexicano? Apenas 18. 

► Podemos até concordar que SE Bottas tivesse feito um início de temporada semelhante à sua temporada de estréia na Mercedes, era provável que Verstappen estivesse suando frio e tivesse - finalmente - dado sinais de não estar lidando bem com a pressão e errando como nunca.
Em 2017, o finlandês tinha chegado às férias de verão com 169 pontos. Hamilton tinha 188 na mesma ocasião, ou seja, apenas 19 pontinhos a mais. Um bom resultado para quem é considerado mediano/ruim. Claro que depois foi preciso assegurar a hegemonia do inglês na equipe e Bottas foi sendo, aos poucos, apenas mais um no grid. Com o passar dos anos, sempre ficou claro que Valtteri era auxílio do Hamilton. 2016 nunca voltaria a acontecer na equipe.

Está certo que em 2021, Valtteri saiu do GP da Hungria com 87 pontos a menos que Hamilton, que havia retomado a liderança. Mas tudo me pareceu muito mais providencial para sua carta de despedida do que necessariamente por incompetência do piloto. Além disso, quem veio para ajudar roubar pontos e alçar a Red Bull como segunda força no campeonato não foi o Bottas, mas sim, Sergio Pérez.
Só comparando aqui, como quem não quer naaaaada: Até Hungria, ou seja, antes das férias da F1, Checo estava à 83 pontos do Verstappen. 

► Sim, eu estou ciente de que o Bottas está à 95.5 do Lewis e à 93.5 do Max nesse exato instante que vocês estão lendo esse texto. No entanto, já foi dito,  Bottas não esteve nos planos da Mercedes que dava sinais de ter alguns problemas esse ano, e obviamente o finlandês não seria nem cogitado a ter os seus resolvidos por eles. O foco era resguardar Hamilton de toda a dificuldade que pudesse ter durante o campeonato e assegurar que a Red Bull não desse o seu bote em algum momento em que eles não pudesse reverter. 
Novamente: depois das férias, Bottas marcou 40 pontos. Pérez, 18. Esse 22 pontos, parecem pouco se comparados aos seus companheiros de equipe, mas diz muito mais sobre cada um deles do que qualquer noção analítica que se possa ter por aí. Dito do modo, e de um jeito que o pessoal tem a tendência a gostar mais do que números e dados (feitos para tarados do Excel?) batemos de novo na tecla: não tem essa de "a Red Bull tem o melhor carro". Se assim fosse, Verstappen e Pérez estavam sambando sem a bateria da Mangueira estar tocando, nesse exato minuto. 

► Bottas, ainda precisa lidar com Norris, sempre muito perto graças à seu ótimo começo de temporada. São 12 pontos de diferença entre eles.
O inglês da McLaren ainda se dá bem em relação à Pérez: com 19 pontos a mais, dá quase para cravar que o 4º ele não perde. A não ser que Checo acorde para a vida - o que me parece muito remoto para as próximas 7 corridas, quando a RBR precisará, infelizmente, investir todos os neurônios para o gerenciamento do campeonato do Verstappen. Eles já estavam fazendo isso, claro, mas é hora de 200% do foco, somente nisso, sem permitir nenhum erro.

► O pouco que Pérez faz, reflete no geral do campeonato: ele está apenas à 7.5 do sexto colocado, que depois do GP da Rússia passou a ser o Sainz. É muito pouco para um piloto da Red Bull que está à mais de 100 pontos no campeonato de construtores em relação à Ferrari.
Sobre Sainz, o feito grandioso do espanhol (de largar em segundo, por algumas voltas tomar a pontoa e depois, saber administrar a corrida para chegar em terceiro, em meio ao caos de uma chuva) tem sido basicamente ignorado por muita gente. (No entanto, "we race as one" é problemático para quem não gosta do Mazepin. *piscando cinicamente*)

► Sainz está 8.5 na frente de Leclerc, que está ruindo à olhos vistos. Não se sabe se é por má sorte ou apenas, porque é um piloto prioritário da Ferrari. Botam tanta fé nos caras que são contratados como "salvadores da pátria", que detonam as suas carreiras com tanto entusiasmo. Parece que sugam sua energia, fazem perder cabelos e até dignidade...
Enfim, Leclerc também precisaria abrir os olhinhos sedutores e bater as duas mãos, firmemente, na mesa do Binotto. Ricciardo está indo razoavelmente bem e soma, agora, 95 pontos - apenas 9 a menos que o monegasco. A entender que o australiano pode estar se encontrando de vez com o carro, isso pode deixar Leclerc sem dormir a noite, nas próximas corridas. 
Apesar disso, Ricciardo está um tanto longe de Norris, seu companheiro. Ainda que tenha diminuído com a vitoria em Monza a diferença entre eles, é grande: 44 pontos os separam.

► Pierre Gasly mantem a nona colocação, mesmo sem ter marcado pontos na Rússia. São 29 pontos em relação à Ricciardo e 8 a mais que Alonso - o que deixar ele desconfortável de um lado e pressionado, de outro. 
Internamente ele está tranquilo os mesmos 48 pontos do GP anterior separam ele de Tsunoda.

► O Príncipe das Astúrias está que nem galinha: de grão em grão, enchendo o papo com uns pontinhos. Desde o GP na Holanda, Fernando Alonso chegou ao top 10. 
Ele também se assegura em relação ao Ocon, o companheiro de equipe: aumentou para 13 pontos de vantagem sobre o francês de pernas finas depois do GP russo.


Mudança estrutural dos 11 restantes, não houve. Apenas 2 deles, marcaram pontos na Rússia: Russell e Räikkönen.

► Vettel está 10 pontos atrás de Ocon, o 11º colocado. Segue em 12º e com 35 pontos desde a Bélgica. Stroll está à 9 pontos de alcançá-lo desde Monza. 
O canadense da Aston Martin segue tendo 6 pontos de vantagem para Tsunoda, o 14º colocado.

► Yuki Tsunoda está em perigo: Se Russell continuar na vontade que está, em breve empata com ele. O inglês marcou 1 ponto na Rússia e está apenas 2 pontos atrás do "piloto pocket". 
Internamente, George tem um sutil sossego, que tende a permanecer: Latifi está 9 pontos atrás dele.

► Kimi marcou 4 pontos no GP russo e isso fez ele ficar à 1 ponto do Latifi. Minha torcida, agora, até o fim do ano, é que Kimi termine o campeonato na frente do canadense da Williams. E a gente sabe que se depender do Iceman, isso é possível sim. #GoKimi 
Uma pena que no caso, Giovinazzi tenha ficado para trás. A diferença que ficou por muitas corridas entre 1 ponto, agora é de 5 a menos para o italiano que pode ficar sem vaga o ano que vem, na categoria.

► Mick, Kubica e Nikita, estão em sequencia: 19º, 20º e 21º, sem pontos. Nas próximas corridas, é possível que Mazepin volte a ser o penúltimo, já que Kubica não corre (a princípio) mais esse ano, pela Alfa Romeo.


Não houveram mudanças de posições no campeonato de construtores, apenas alterações no somatório:

► Mercedes afastou mais um pouco da Red Bul: até Monza eram 18 pontos. Agora são 33 pontinhos. Vou encher o saco com isso: Não têm o melhor carro, né? 

► A Red Bull em relação à McLaren está em 130.5 pontos. 

► A McLaren ainda tem vantagem, ainda que pouca, em relação à Ferrari, mostrando que é fundamental marcar pontos com ambos os pilotos. A Ferrari precisaria dar conta de 17.5 pontos para empatar com a McLaren, isso se não pontuarem nem com Ricciardo, nem com Norris.
Ainda assim, a Ferrari não perde o quarto lugar: está com 113.5 pontos a mais que a Alpine.

► A equipe francesa cujo carro parece uma latinha de Pepsi, por enquanto segue tranquila em quinto. Com 19 pontos de desvantagem, a Alpha Tauri parece enfrentar uma pequena maré de azar.
No entanto, nem tudo são espinhos: a outra equipe que colocaria eles em tensão maior, é a Aston Martin, que tem mais nadado e morrido na praia do que somado pontos bons para manterem firmes no campeonato. Sebastian Vettel, por exemplo, lidera com mais ultrapassagens no ano ao lado justamente do Lance Stroll: 


Meu ponto: nadam e morrem na praia. Estão a 25 pontos da Alpha Tauri que tem um piloto estreante, e somente 36 em relação à Williams. Nem parece que a Aston Martin usa motor Mercedes...

► A Williams lidera o pelotão de fim de grid, com 23 pontos, 17 a mais que a Alfa Romeo, que agora soma 6 pontos. Alfa tem o mesmo número (6) a mais que a zerada, Haas.

Para finalizar, as perfumarias: o Piloto do dia do GP da Rússia e o detentor do ponto extra de Volta Rápida. Todas as duas, para um nome só.



A volta rápida de Lando foi marcada algumas voltas antes da chuva começar a dar as caras. Depois dela dizer "ooooooiii", obviamente, todo mundo começou a ter dificuldades de se manter na pista e também não foi possível, com pneus intermediários, marcarem um tempo menor. 

Agora... A escolha de piloto do dia... Bem, ainda que tivesse compaixão com o ocorrido, o piloto do dia seguramente deveria ser, no mínimo Verstappen ou Sainz. Nem Lewis deveria ser a escolha final. Marcou a 100ª vitória e, desculpem a sinceridade, mas que grande porcaria! No status que tem, "não precisa provar nada pra ninguém", até que demorou muito. Não é o perfeitão?
Entendo porque não foram as escolhas citadas. O Mad Max já é o odiado da vez, posto que já foi do Nico Rosberg e do Vettel, nessa era híbrida. Além disso, sair lá do fim do grid e alçar posições é coisa louvável só se for Checo Pérez, não é, produção?
E o Sainz? Pois é. O cara é ignorado, lembram? Ninguém dá a mínima pelo que ele faz. 
No lugar do Lewis e o do Pérez, justo seria aparecer os nomes de Russell e de Räikkönen. 

E fechando com mais essa discussão sem lógica, me despeço. 
Na sexta, se houver tempo hábil, escrevo algo sobre o GP da Turquia. 

Prometam para mim que estão se cuidando e dêem um feedback nos comentários. 
Abraços afáveis!!

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