E o campeonato da F1 em 2021, heim? E o Hamilton?

Brincando com aquele meme que era da esquerda ("E o Aécio?") e agora debandou para direita, com adaptações ("E o Lula, e o PT?") o texto de hoje vem estratégico para a semana de retorno da F1. Ficou faltando comentar sobre onde o campeonato se encontrava até as decisões finais da corrida na Hungria.
Maaaaaaaaaaaaaaaaas, antes de falarmos sobre o que interessa é preciso fazer um destaque que pode ser preponderante na volta da pausa de verão, sobretudo na corrida da Bélgica já neste fim de semana e na Holanda, logo na sequencia. 

É o seguinte: desde Silverstone, quando os pneus mais resistentes formulados pela Pirelli passaram a ser usados para valer, não temos uma dimensão do real do patamar em que se encontra a Red Bull. O que tínhamos antes era que (finalmente) alguma equipe estava mais próxima às Mercedes. Não superior: a RBR estava próxima, quase equivalente. Com Silverstone, temos palpites, na verdade, sobre essa questão de qualidade de ambas, mas certezas... Talvez não.

A Pirelli "precisou" a mudar os compostos dos pneus depois do susto que foi o GP de Baku em que os pneus de Lance Stroll e de Max Verstappen estouraram, causando impactos fortes e tirando-os da disputa, digamos, sem "aviso prévio". No mesmo GP, ficava claríssimo que duas Mercedes vinham tendo certa dificuldade com esses pneus. O que saltava aos olhos foi o erro cometido pelo Lewis Hamilton, na relargada, acionando o sistema de controle de temperatura de pneus e depois passando reto na curva e caindo para último, como um exemplo do desespero em não saber mais ser genial e hegemônico.

Desde o GP britânico não sabemos como se comporta a Red Bull com os "novos" pneus. Posso palpitar sobre, como disse anteriormente. Correndo o risco de estar redondamente enganada, digo que não funcionou para eles e pior: pode não ter ajudado em 100% a Mercedes (talvez uns 85%, rsrsrsrs...), mas que a equipe está lidando com isso com "sagacidade", ah, está! Como? Bem, "causando" outros problemas para a RBR se preocupar.
E com isso não estou dizendo que eles propiciaram acidentes de propósito nas últimas duas corridas, mas sim que estão aproveitando disso para pintar uma imagem "chorona" (e para alguns, patética) de Christian Horner e cia. com requintes de crueldade. 

Em resumo: Na classificação do GP da Grã Bretanha, Lewis fez uma "super volta" que fez o narrador brasileiro quase ter um infarto (para não escrever outra coisa...) na sexta-feira. Na Sprint Race, Max contornou o "preju" e disparou na frente do inglês, deixando-o bem nervosinho, a ponto de agir de forma bem duvidosa, no domingo de corrida.
Ao que tudo indica, se tivesse problemas com pneus, precisávamos de uma corrida inteira para confirmar análises, mas Lewis "tirou" a chance de compararmos desempenhos. Max poderia mostrar o que tinha feito na sprint com muito mais voltas e que estava tudo bem com a mudança de compostos, mas foi eliminado da disputa logo depois da largada. Sim, o cara que permanece na pista e não sofre nenhum tipo de comprometimento no carro e ainda vence a corrida, tem mais responsabilidade no acidente que o outro que também não aliviou na disputa.
Parem de fazer disso uma briga sem lógica e aceitem. Existe sim um grande problema na disputa em Silverstone e ela não isenta de Lewis de críticas.

Temos Pérez e Bottas como parâmetro. Bottas, foi bem na classificação (P3), na Sprint Race (P3) e na corrida de domingo (P3). Valtteri pode não ser espetacular, mas pelo menos é constante. Pérez, não é nada disso. O mexicano classificou-se atrás de uma Ferrari, em quinto, não concluiu a Sprint Race e na corrida de domingo, fez volta rápida, mas estava fora da zona de pontuação, em 16º, à frente apenas das Haas. Então, podermos tirar daí que o diferencial dos pneus poderiam não ser prioridades das equipes, mas se o cara que é segundo, se dá bem, então, essa equipe está em vantagem. 

Na Hungria, tivemos pole do Hamilton contra um P3 de Max, que já levantou suspeita sobre ritmo de corrida e possivelmente, uma melhor adaptação aos novos pneus que a RBR não havia alcançado. No domingo, Verstappen foi novamente prejudicado. Atingido numa "batida" que sobrou para muita gente, ele disputou todas as demais voltas com parte do assoalho envolto em "silver tape". Era impossível ter ritmo suficiente para recuperação e chegou na zona de pontuação com muito custo.
Lewis, no entanto, não foi só o único dos ponteiros a escapar dessa sem um arranhão, como ainda fez 4 paradas nos boxes e ainda chegou em terceiro. Teria vencido a corrida se não fosse o Salvador Alonso para atrasá-lo por 8 voltas. 

Lembrando que Bottas é quem iniciou o "strike" da largada, e que danificou os carros de Max, Norris e Pérez, podemos tirar daí que, quando não tem um bom ritmo, a Mercedes - com Hamilton (que é o que interessa para a categoria e boa parte dos fãs) - acabaram "salvos" de alguma forma e vivos no campeonato. 
Norris e Pérez abandonaram depois da retomada da corrida. E quando se fala em strike, a gente pensa em vários toques duros e secos. Mas, na verdade, foi um errinho quase milimetrado do Bottas - um toque até leve. Ele já teria caído para a quarta ou quinta colocação, caso os freios não fizessem ele perder o ponto, patinando um pouco no molhado. Em pista seca, ele teria perdido algum pedaço de asa dianteira ou nem largado mal. Olhando os replays, a gente consegue entender que ele realmente errou o ponto da freada, e com pista molhada, não tinha como segurar. 
"Ah, mas ele poderia ter pego Lewis." 
Não daquele jeito. Havia um bom espaço ali para Hamilton se safar. Teria que ser muito "Magayver" para calcular isso, mas pela sutileza que foi, não descartaria a possibilidade de Bottas ter dado de ombros para recuperar posições perdidas já que o companheiro não estava tão perto assim. E aí o erro falou alto. Mas são os segundos de bobeira que, por sinal, ele assumiu a culpa de ter cometido.

O outro strike que aconteceu no mesmo instante, foi causado por Stroll, que tirou ele mesmo e Leclerc da corrida. Esse sim, poderia ter evitado, afinal, ele avança na grama e com chuva isso é erro primário. No entanto, o grande problema é mais uma Mercedes ter prejudicado uma corrida da Red Bull, de forma bem pesada e que irritaria até a pessoa mais zen do planeta.
Para mim o que aconteceu ficou claro com algo que já possibilita escrever linhas, à caneta, sobre o fim desse campeonato.

A Red Bull foi para a pausa de verão com muito prejuízo a considerar. Tudo bem que estão focados nesse ano, mas é preciso lembrar que existem atualizações muito estratégicas preparadas pela Mercedes que podem ser preponderantes para se manterem na frente. Esse papo de que não poderiam mais pensar no campeonato de 2021 é conversa. Estão aproveitando que em duas corridas Max tenha perdido tudo que conquistou em 3 e também, já tinham planejado o bote, com certeza, caso surgisse a oportunidade. 

E também o seguinte: Hamilton ficou sem marcar pontos no GP do Azerbaijão. Já comentei acima, ficou em último, porque o Hamilton de 2007 apareceu. *piscadinha cínica*
Verstappen também não pontuou nesse GP. Motivo também já comentado: estouro de pneus e se não parassem a corrida, ia ter mais alguns. Se Max tivesse pontuado ali, o "imbróglio" entre os dois teria acontecido mais cedo.
Depois, Verstappen perdeu pontos consideráveis em Silverstone e na Hungria, corridas que em tese, tinha muitas chances de ter vencido. Não precisa explicar de novo, certo?

Se passa muito tempo colocando erros do passado de ambos, para justificar o que deveriam ter feito aqui e acolá. Não deveria ser assunto, mas ocasionalmente, analogias se fazem, de forma arbitrária e até mesmo com um tom emocional carregado e nocivo. 
Sim, se fala que em Silverstone, o Max deveria ter agido com parcimônia, pois ele quem teria mais a perder. No entanto, se esquece também que Lewis parece poder fazer qualquer coisa e ser blindado à críticas. 
O cara que tem meio carro na frente, não pode ser mais duro numa defesa? 
Se sim, vale pensar que um heptacampeão deveria ter mais habilidade para tomar posições e aquela medida adotada em Silverstone está longe de ser aquela que considera-se para um piloto "sempre limpo", a ideal. 

Passado é fato histórico. E "se" não é acontecimento. 
Dito isso, vamos aos fatos: o que ambos fizeram antes desse ano, em suas carreiras, só são notas de rodapé para sabermos quem eles são enquanto pilotos. Hamilton já fez defesas como aquela contra Max em Silverstone, várias vezes. Verstappen já bateu na traseiras de outros pilotos, então não poderia reclamar quando alguém faz isso com ele... 
Fatos, sem letras miúdas: Verstappen não cometeu erros esse ano. Nenhum. 
Hamilton, já. Dois, inclusive. (Particularmente consideraria 4, com a Sprint Race e a cena da Hungria, reclamando atrás do Alonso).

Dos fatos, abrimos para comentar as injustiças comuns de um campeonato de F1 e o tanto que caras e caretas delimitam o jogo no esporte, mais do que o tal "talento, técnica e habilidade". O primeiro deles, é que, dos dois erros padrão de Hamilton  - a escapada em Ímola e a escapada em Baku -, ele marcou pontos em uma das corridas, com direito a pódio. Perdeu 32 pontos dos 50 possíveis. 
Verstappen perdeu com Baku, Silverstone e Hungria cerca de 68 pontos, dos 75 possíveis. 
Como lidar com o psicológico a saber que ter perdido 68 pontos, não foi, em nenhum momento, culpa sua? E mais que isso: quando a mídia faz de você, o vilão? 
Quem iria se beneficiar disso? 
Com isso, não fica difícil achar que o campeonato está se desenhando para um fim previsível.

Poderia parar por aí, se não olhássemos mais para as estatísticas (bestas). Nessas 11 corridas, Max Verstappen liderou 403 voltas contra 128 de Hamilton. Altamente superior, mas não significa absolutamente nada. 
"Ah, mas a Mercedes não está boa, neste ano".
Quando questiona-se a genialidade do Hamilton, atribuindo ao carro a sua carga de facilidade, é preciso coragem e ter o ouvido preparado. Mas quando ele apresenta falhas nas conquistas, o carro - magicamente - não é mais bom.
Ele compete com uma Haas? Não sabia!! 
Nisso, sobressai que a  a dificuldade de admitir que o rival de fato é/está melhor é grande, desmedidamente complicada de se lidar. 

Antes da punição de Sebastian Vettel, havia uma bobagem que dava esperança em ver outro cara destronar Lewis Hamilton. (Vejam bem: não torço para Verstappen, torço para rotatividade na F1 e mais que isso, torço para que eu não adivinhe o que vai acontecer, antes de acontecer.)
Vamos à ela: em 2016, depois do GP da Hungria, Nico Rosberg estava com 186 pontos e Lewis com 192. No fim do ano, assistimos com empolgação o GP em Abu Dhabi, pois dali sairia o campeão...  
Foi exatamente assim que terminaram a última corrida antes das "férias", também na Hungria: 192 para Hamilton, 186 para Verstappen. Seria um repeteco de 2016, 5 anos depois, com um sabor a mais, pois não seria um campeão da Mercedes?

Esse dado bobinho dava esperanças aos tolos (Gandalf já diria "Nunca houve muita esperança, apenas a esperança dos tolos" - ver a referência, aqui) ruiu graças à FIA, que não aliviou com a Aston Martin e Lewis subiu para segundo lugar, aumentando de 6 pontos para 8 de vantagem para Verstappen, passando a 195 a 187 pontos, respectivamente.
As esperanças que a segunda metade do campeonato modorrento à vista, é grande.

Pessimista, eu? 
Realista, na verdade. 
Comecei o texto falando que a Mercedes estava se aproveitando da situação da Red Bull, mas não perdi o fio da meada, embora pareça que sim. De Silverstone a Hungria, a Red Bull perdeu mais de 40 pontos, só com o Max Verstappen, dois motores, e possivelmente, os "novos" pneus que encaixam mais à concorrente que à eles. É de dar risada sarcástica a saber que Lewis Hamilton ainda declarou - antes da pausa realmente se iniciar que a RBR deveria usar a pausa de verão para "pensar sobre as atitudes".
É como ouvir do chefe que seu salário não pode aumentar porque se não ele não consegue levar a família para Europa no fim do ano.

Como está o campeonato, afinal? Não muito promissor para irmos empolgados para Bélgica. A Mercedes já voltou à liderança e, ajustando um pouco a vidinha de Bottas, podem se manter assim e com folgas, já neste dia 29 de agosto:


As setinhas indicam o que Hungria fez com o campeonato, uma salada!

► Entre Silverstone e Hungria, a Red Bull só marcou 2 pontos, somando apenas isso, enquanto a Mercedes somou, com as duas etapas, 61 pontos. Imaginem se isso não faz a cabeça fervilhar?
Agora, A Mercedes está na liderança com a vantagem de 12 pontos para os tourinos. 

As demais equipes se encontram em reboliço, e o campeonato também ferve para algumas delas. 

► A McLaren teve o pior desempenho do ano, como um todo, não marcando pontos com seus pilotos. Com isso, a Ferrari, que estava atrás, bastou levar ao pódio, um dos seus para empatarem e tomarem a terceira posição no campeonato. 
Essa briga vai ser ponto a ponto, até o final. O diferencial será ainda os "recém-chegados" de cada equipe. Até o momento, Carlos Sainz é o melhor estreante de equipe, disparado, dentre todos os demais.

► A Alpine subiu duas posições desbancando, primeiro a Alpha Tauri - que apesar de ter pontuado com seus dois pilotos, ainda ficaram bem atrás da equipe francesa. E, após a desclassificação de Sebastian Vettel, A Alpine desbancou mais ainda a Aston Martin, que poderia estar na tabela com 66 pontos.
Essas três possuem a tendência de disputarem esse meio de tabela de agora em diante, com uma (leve?) desvantagem (técnica?) para a Aston Martin.

► Surpreendentemente, com a Hungria, a Alfa Romeo tinha uma chance enorme de pontuar com seus dois pilotos, mas acabou conseguindo apenas um ponto com um deles e perdendo a oitava colocação para a Williams, que colocou 10 "sonoros" pontos contra miseráveis 3 dos ítalo-suíços. Agora a Alfa é penúltima na tabela, à nível de Haas que segue zerada (e tende a ficar assim por algum tempo). 

Na tabelinha de pilotos, é ainda um pouco mais "excruciante", digamos assim:



► Lewis tomou a liderança de Max e a tendência é não perder mais. São 8 pontos de vantagem, e com a Bélgica à postos pode fazer essa vantagem subir em pelo menos 1 ponto.
Anotem aí: Se Verstappen vencer, Lewis será segundo, ficando com 213 contra 212 pontos. Esperem que nesse cenário, Hamilton colocará pneus novos nas voltas finais para fazer a volta rápida e tirar mais um ponto do holandês, isto é, fechando o domingo com 214 contra 212. 

► Norris não marcou pontos, mantendo a terceira colocação no campeonato, com 113 pontos. A vantagem contra o ameaçador Bottas, se manteve, pois o finlandês também se retirou da corrida. 5 pontos de vantagem para as férias é pouco, mas o suficiente para ver o copo meio cheio.
Para alcançar Verstappen, não seria tarefa fácil: Norris tem 74 pontos de desvantagem. Mas se a Mercedes continuar tirando o holandês do caminho (sem intenção o.O) isso pode mudar. 
Mas, para chegar em Lewis aí, só um milagre e nem é porque está à 82 pontos de Hamilton. É porque Lewis é relativamente confortável liderando campeonatos contra pilotos de outras equipes.
Nesse sentido, a vantagem em relação à Hamilton e Bottas aumentou e muito. 
Bottas estava à 69 pontos de distância do companheiro até Silverstone. Foi para as férias com 87 pontos a menos que o ReiMilton, ecoando na sua cabeça e atormentando o seu futuro na equipe, sem dúvidas.

► Pérez é o quinto colocado. E como quinto colocado, é privilegiado por ter 104 pontos e uma vitória caída no colo, quando na verdade, deveria ser mais que isso. Deveria ser mais combativo e garantir menos fragilidade à Red Bull. À 4 pontos de Bottas e à 9 de Norris, ele poderia estar também, bem mais próximo de Verstappen - sem pontos na última corrida - a diferença entre os dois subiu de 81 pontos para 83.
Pérez não pode dar-se por confortável, em quinto, pois Sainz e Leclerc podem tomar essa posição em breve: a vantagem do mexicano em relação ao espanhol é de 21 pontos, e em relação ao monegasco, 24 pontos. Se Checo continuar assim, morno, pode ter vida complicada adiante. 

►  Sainz superou Leclerc, pois Leclerc não deu sequer uma volta completa na Hungria. Alguns sinais claros de que o pessoal da Ferrari elogia só para "cutucar" o ex piloto da equipe, está na ideia de que poucas pessoas tem dado crédito ao Sainz esse ano. O que ele tem feito na Ferrari é digno de nota. Chegou ao pódio no tapetão, mas chegou. É o sexto colocado, tendo feito corridas massivamente boas.
A vantagem dele para Leclerc no entanto, será logo reajustado: 3 pontos logo mudarão assim que o monegasco fizer mais um quarto lugar e Sainz ter que se contentar em ficar atrás por um erro estratégico.

► Gasly subiu de 9º para 8º e empatou em pontos com Ricciardo, que não fez um bom GP, deixando a McLaren, pela primeira vez no ano, sem pontos. No caso de Ricciardo, ele manteve a sua desvantagem para o companheiro, Norris, em  63 pontos.
Já Gasly marcou pontos e Tsunoda também. A vantagem do francês subiu, no entanto, em relação ao pequeno novato: de 29 pontos à 32. Seu alvo era Sainz, que tinha 29 pontos de vantagem. Agora Gasly vai atrás do 7º lugar de Leclerc, que tem 30 pontos a mais que ele.
O décimo colocado, mudou. Por isso, a vantagem de Gasly (e de Riccardo também) é de 11 pontos. 

► O décimo passou a ser Esteban Ocon... É. Com a vitória na Hungria (graças, também, a ajuda de Alonso), ele marcou 25 pontos, subindo de 13º para 10º. Com 39 pontos, ele é seguido de perto pelo companheiro: Alonso é o 11º, com 38 pontos.


► Se tivessem mantido a sua segunda colocação, Vettel teria ficado ainda em 10º lugar, com 48 pontos, muito próximo de Gasly e Ricciardo. No entanto, a FIA não aliviou pelo problema no sistema de combustível e desclassificou o alemão por uma falha que não foi a dele. Nesse sentido, a gente lembra que "cara e careta" manda mais na F1 do que necessariamente "talento, habilidade, técnica" e sei lá mais o quê.
Assim, de décimo, ele veio a ser 12º e está à 8 pontos de empatar com Alonso e 12 de vantagem para o 13º colocado.

► Tsunoda subiu de 14º para 13º (posição que fora do Ocon por umas 3 ou 4 corridas). Está empatado com Lance Stroll. É aí que vemos que Stroll pode até ser ok, mas como (todo?) piloto pagante, deixa a desejar. Ele tem a mesma pontuação que um novato da Alpha Tauri: 18 pontos... Nem de longe, algo descente para justificar ocupar a vaga. 

► Por falar em pilotos pagantes, aí está Latifi, em 15º. A primeira vez que marcou pontos foi à frente do companheiro, unanimemente declarado como maia talentoso, e ainda foram 6 pontos de uma vez só.
Já criaram uma "hype"? 
Atrás apenas 2 pontos, o George Russell. Em 16º, teve, também na Hungria, seus primeiros 4 pontos marcados com a Williams. Foram 4 pontos suados que estão sendo aguardados faz tempo.

► Kimi marcou mais um ponto depois de três "quase", três décimos primeiros em corridas. Desta vez, seria o quarto GP que terminou no P11, mas a desclassificação do Vettel, ajudou Kimi e a Alfa Romeo com um pontinho. Giovinazzi está logo na sequência, com 1 ponto, é o último pontuador.

► Schumacher caiu uma posição, para 19º, em função da pontuação de Latifi. Mick e Mazepin são os únicos zerados. Vida nada fácil de pilotos da Haas. 

Para finalizar, deixo aqui abaixo, uma fichinha do Instagram oficial da F1. 2020 foi uma no curto e atípico. No entanto, previsível e a Mercedes com muita vantagem para os demais. O DAS era "uma mão na roda"... Observem:


* Salta aos olhos, a queda de produção de Bottas, mas também a de Hamilton. A proibição do DAS pode ser um grande fator que colocou a Mercedes mais à nível dos demais, e não os demais que evoluíram em relação à eles. 

* As melhorias de Verstappen e Norris são entendidas como experiências e maturidades garantidas e acumuladas, mais que evoluções de carro. Caso fosse somente evolução de carro, creio que Verstappen estaria muito mais em vantagem sob Lewis, mesmo tendo problemas de pontuação em 3 das 11 corridas. 

* No caso de Norris, ele é um piloto inglês numa equipe inglesa, e se o carro não fosse adequado mais para o estilo de pilotagem dele, Ricciardo já teria se encontrado com os carros laranjas, o que não o caso. Já se coloca, inclusive, uma dúvida sobre o talento do australiano, buscando todo o tipo de razões possíveis para justificar a sua queda de rendimento, já que ele é a figura mais simpática do paddock.

* Pérez saiu de uma Racing Point para uma Red Bull. Quase 40 pontos a mais do que foi o ano passado era não só uma questão de tempo, como uma obrigação.

* A prova de que Sainz tem feito muito mais do que se esperava que faria, é ter quase o dobro de pontos a mais que Leclerc e na mesma equipe. Lembrando que a Ferrari nunca dá carros iguais para a sua dupla de pilotos, então, é de aplaudir Carlos, de pé e não dá para entender porque ainda não fizeram isso.

* Obviamente se analisa os top 10, mas Vettel, em relação ao ano passado, está muito melhor que o Ocon que está na mesma equipe, não tem a desculpa da adaptabilidade e só tem 3 pontos a mais do que teria no ano passado, depois de 11 corridas. 
Ano passado, depois de 11 corridas, e com Ferrari, Seb somava 17 pontos. Depois que acabou a corrida na Hungria, ele fechou (o que vale é a pista, nesse caso) com 48 pontos. 
São 31 pontos a mais, com um carro aparentemente inferior. Com a canetada, ou seja, depois da desclassificação, são 13 pontos a mais, o que parece pouco, se você olha apenas a estatística sem considerar os feitos em pista. 

Numa segundona brava dessa, "falei" demais.
Agora começa a segunda etapa do ano e cada momento valerá ouro. Só não garanto que será ouro verdadeiro e de muitos quilates. Pode bem ser apenas uma bijuteria banhada a ouro e que, com o tempo, acontece um desgaste danado e até alergia a quem "usar". 

Volto ainda essa semana, possivelmente na sexta e antes do GP da Bélgica. 
Abraços afáveis!

PS: Hoje tem live no clube na velocidade. Acompanhem! Link do Canal - YouTube.

Comentários

abirfahs disse…
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