F1 vai acontecer em 2020... Finalmente (?)

Ontem os fãs de F1 estavam entusiasmados. Não era para menos: Embora ontem fosse segunda, tecnicamente era o dia de começar a gritar por aí "it's race weeeeeek!" Sim, a F1 inicia o campeonato essa semana! 


Depois da suspensão em cancelamento dos eventos esportivos por conta do Covid-19, só agora, em julho, é que a organização vai tentar seguir com o calendário que, em tese, só conta com  4 corridas a menos do que seria o normal nesse fatídico ano. 
Parece que estou sozinha nessa de achar que é muito cedo expor o pessoal ao riscos que ainda existem pela continuidade da programação anual, por isso... WHO CARES?
Quem sou eu na fila do pão? Nem sou "famosa" nas redes sociais...


Cheguem para lá, e deem lugar para as notícias "boas". Se ainda não se atentaram, a escolha da abertura da temporada é na Áustria e vamos lembrar que em 2019, essa corrida foi a melhor do ano todo. É de ficarmos realmente felizes que nem "pintos no lixo".

Aquele pessoal que gosta de criticar os fãs de automobilismo, colocando "n" defeitos nos esportes à motor, ou simplesmente, acham maneiro criticar a TV por ainda transmitirem um esporte - que, de acordo com eles, ninguém mais se importa -, devem estar raivosos. 
Nas redes, especialmente o Twitter - graças ao aumento de perfis "zueiros" - não se fala em outra coisa. Para os (infantis) haters da categoria, um recado ao nível deles: A F1 voltou. Lidem com isso e chorem na cama que lá é lugar quentinho...


Tem novidade para deixar tudo ainda mais excitante? Tem sim senhor e senhora! Embora a F1 retorne, sem torcedores, e não podemos ver os pilotos na tradicional comemoração de pódio com a festa de champanhe, por medidas recomendadas pela OMS, dá para focar em outras coisas legais e parar de ser ranzinza (será que consigo?...)

A Mercedes, por exemplo, lançou ontem a nova pintura do carro: a flecha de prata é flecha negra...
Os filhos da mãe fizeram a gente amar a Mercedes, olha que safadeza!


Ficou muito linda, e agora, José? Como a gente vai ficar com raiva desse povo e especialmente o carro em questão aí - o 44 - por colocar 0.5s no resto? Porque é isso mesmo amigos, numa fração de segundos, a F1 que a gente está tanto pedindo que volte, mesmo que seja perigoso por conta do contágio de uma doença que ainda não tem vacina para imunizar todos os participantes, vai ser a  mesma coisa que temos visto nos últimos anos. Vale a pena o risco?


Bom, vocês que sabem. Eu sou a "medrosa" da parada...

Ainda não dá para ir contra, muito mais pela razão da mudança da pintura do carro campeão de 2020: através da estética, a equipe se posiciona contra o racismo, tanto na categoria, quanto no mundo. Obviamente, o marketing da empresa achou isso supimpa (e é!) apoiar o seu piloto - que já por ser bem sucedido, poderia dar de ombros para o que está acontecendo, especialmente nos EUA - numa causa necessária. Além disso, também faz muito mais do que apenas uma manifestaçãozinha em redes sociais, notinhas em site oficial ou algo parecido. Assim a Mercedes estampa a insatisfação na cara da todos e já que sairá vitoriosa esse ano, nada mais justo trazer um plus à categoria. 
Infelizmente, alguns vão dizer que é "lacração" e que esporte não é política. Tem lá a sua razão. Mas em virtude da mesmice da categoria e uma competitividade que, logo não revela mais emoção e parece, roteirizada para estar no seriado da Netflix, deve usar o que ainda resta dela para acompanhar e se atualizar nesse mundo novo em transformação. 
Sim, não deixa de ser uma "lacração", mas vamos olhar o lado positivo disso: a atitude da equipe e do piloto campeão por seis vezes é, de toda forma algo - já disse e repito - que tem que ser feito, começando com autopromoção e partindo para a ação efetiva e pesada.

Lewis Hamilton, que falei aqui mesmo, deveria colocar mais peso nas suas manifestações contra o racismo. Já está quase lá: vai fazer parte de uma comissão da diversidade e esse é o primeiro grande passo. O próximo é fazer de toda essa luta menos radicalismo e palavras soltas e mais ação, muito mais ação. E ele tem uma chance enorme nas mãos: agora com o apoio de uma equipe vitoriosa e, sobretudo, da Liberty, não pode deixar a peteca cair, já que o sétimo título está, praticamente, garantido.

Os pilotos, inclusive, estão planejando uma manifestação contra o racismo já no GP deste domingo e a decisão de como será deve vir assim que eles se reunirem após o briefing na sexta-feira, conforme os pilotos da McLaren Lando Norris e Carlos Sainz Jr. comentaram à imprensa.
Well done!


Em meio às recentes declarações dúbias do ex-dirigente da F1, Bernie Ecclestone (não dava para esperar outra coisa dele), essas situações novas na F1 mostram avanços que, de novo: por mais que se pareçam com um marketing e um assunto "modinha", é preciso não deixar o tópico morrer e isso, Lewis não só pode, como deve continuar empenhado, saltando os empecilhos que podem surgir, ou como se diz, se desfazendo das pedras no caminho e não deixar que elas atrapalhem. Como membro dessa associação, ele tem que ser o "cara chato" para fazer as coisas acontecerem e elas virão!
No entanto, preciso (como historiadora, também chata) lembrar que radicalismos não são positivos e vai ser só nesse momento que ele precisará de muita atenção e tato. 
Como Martin Luther King já diria: 

"Quando homens maus conspiram, homens bons devem planejar. Quando homens maus incendeiam e bombardeiam, homens bons devem construir e unir. Quando homens maus gritam feias palavras de ódio, homens bons devem se dedicar às glórias do amor"

Vai dar certo, não vai?
Então, seja bem vinda, agora para valer, F1!

Nos falamos em alguns dias! Abraços mega afáveis!

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