Tabelas da Segunda Etapa da Temporada 2021

Com o fim da corrida em Ímola, o comentário entusiasmado de A a Z passou a ser o seguinte: 

"TEMOS UM CAMPEONATO!!!"

Apenas duas etapas foram o suficiente para todo mundo criar uma expectativa danada. Então, vamos analisar os dados e ver o que a gente consegue espremer aí e tirar algumas conclusões - não exatas - sobre esse início curtinho de temporada.
Começo com o placar de classificação:

A tabela mais fácil de montar talvez seja, na mesma medida, a mais inexpressiva. Geralmente quando alguém se atém ao placar de classificação é para exaltar um piloto em relação a outro.
Lembro bem da época do Felipe Massa. Na Ferrari, não lembravam em falar do placar de classificação, a não ser que o companheiro dele estivesse atrás (raramente). E é assim que banda toca, mas não significa que está afinada.

Vamos pinçar aí o caso da Aston Martin para dar um rápido exemplo: 2 a 0 para o Lance Stroll.
Lance é filho do dono, piloto pagante, não tem enfrentando problemas de adaptação, pois já é piloto da equipe desde 2019. Esses tópicos estão aí como fatos, mas passa batido. 
Quando for escrever as notas ácidas, eu exploro melhor esse assunto.  

Voltamos para a tabela, que é explicativa por si.
Não vejo novidades no que diz respeito à disputa interna na
Mercedes, na Ferrari, na Alpha Tauri, na Haas e na Williams.

Nas duas primeiras equipes, os primeiros pilotos estão na frente. Pensar que seria o contrário, é um tanto inocente. Na Alpha Tauri, na Haas e na Williams pode até se considerar que, quem está na frente, é melhor que o companheiro, principalmente nos dois últimos casos: são pilotos pagantes que estão devendo em performance.  

As "surpresas", pero no mucho: A situação da Red Bull com Max Verstappen e Sérgio Pérez empatados é uma. O mexicano foi desmedido em um toque com Esteban Ocon num dos treinos na sexta-feira e foi criticado por Helmut Marko por isso. Pode se dizer que se redimiu no sábado.
Porém, nem tudo são flores: no domingo ele voltou a dar sinais de instabilidade (algo que a Red Bull não pode se dar ao luxo de deixar acontecer).

Daniel Ricciardo, recém chegado à McLaren, sendo mais rápido que Lando Norris é algo que salta aos olhos. Era propício que ele manifestasse um pouco mais de dificuldades, assim como Pérez. Mas, se continuarmos a comparar ele com o mexicano, Ricciardo pelo menos pontuou no domingo e cometeu menos erros.

Desde o ano passado é normal a alternância entre Kimi Räikkönen e Antonio Giovinazzi da Alfa Romeo. É bacana e contribui para a evolução da equipe.

 (Observação: É possível falar dessas coisas sem disparar críticas pautadas na implicância...)

Para fechar essa parte, não sei explicar como Ocon ficou na frente do Fernando Alonso na disputa interna da Alpine. A justificativa da adaptabilidade é plausível, mas não 100% segura: Alonso é muito melhor que Ocon, sem dúvidas, independente do que pensamos à seu respeito.
No ano passado, o francês perdeu para Ricciardo de muito: foi 15 a 2 nas classificações. É óbvio que precisamos de mais algumas corridas para começar a construir um argumento sobre, entretanto, ainda acredito que foi um ponto fora da curva, principalmente quando olharmos o desempenho de cada um no domingo. 

Para analisar mesmo se essa corrida foi realmente boa para criarmos a expetativa do "Habemus campeonato" ou não, precisamos de outras tabelas. 
Coloquei lado a lado, classificação e corrida para acompanharem quem subiu de posições em relação à classificação, quem manteve e quem se complicou. Acrescentei também, os tempos de corrida para perceberem as diferenças entre eles. 

Antes de irmos direto para a foto, vamos pensar no que já sabemos: Muito bacana, né? Teve uma McLaren no pódio, as Ferraris ficaram bem no top 10, as Alpines marcaram os primeiros pontos... Mas segurem os seu cavalos!
Para ajudar a apontar algumas coisas, eu coloquei as duas classificações em comparação para perceberem que eu precisei mudar pouca coisa de Bahrein para Ímola, mesmo sendo duas pistas completamente diferentes.


Max e Lewis estiveram no top 3 em ambas as classificações. No Bahrein, o top 3 foi completado pelo Valtteri Bottas. Em Ímola, o segundo lugar do Pérez deu ares de que pode ser mesmo que a Red Bull está melhor que a Mercedes este ano. Porém ainda é muito cedo afirmar isso.

Charles Leclerc, Pierre Gasly, Daniel Ricciardo e Lando Norris se meteram no top 10 no Bahrein, nas respectivas posições: 4, 5, 6 e 7. Em Ímola, foi exatamente a mesma coisa para eles. 
As mudanças ficaram com as posições seguintes: no Bahrein, Carlos Sainz Jr. foi o oitavo, em Ímola foi apenas o 11º. Alonso, que foi o nono, no GP italiano foi só o 15º. 
O décimo colocado, nas duas etapas foi Lance Stroll. 

Pérez melhorou de uma classificação à outra: na primeira etapa, fez o 11º tempo e depois largou segundo, no segundo GP do ano. Já Bottas, caiu: em Barein foi o terceiro, em Ímola, vinha bem sendo até candidato à pole. Outros beliscaram segundinhos e o finlandês da bela voz acabou com apenas o 8º tempo. Esperava-se mais dele? Com certeza. Porém, sabendo que nada é favorável à ele, esse resultado não surpreende.

A Alpine, nas duas corridas, colocou um dos carros entre os 10 e em ambas, na nona colocação. Ocon no Bahrein ficou no Q1 mesmo, com um 16º lugar, enquanto Alonso foi para o Q3. Em Ímola, o francês que seguiu para o Q3, mas Alonso não ficou só no Q1, terminando o Q2 com o 15º tempo. 

As duas Alfas Romeo estiveram melhor no Bahrein. 
As Williams melhoraram em Ímola. 
A Haas continuou na mesma, não passando do Q1. Neste último sábado, Nikita Mazepin não largaria em último porque o estreante Yuki Tsunoda bateu na classificação e não teve tempo de volta. O japonês pocket chegou à ir ao Q2, fazendo o 13º no Bahrein. 

Sebastian Vettel melhorou de uma etapa para outra, mas não em termos de punições e problemas: de 18º, ele conseguiu passar para o Q2 em Ímola, pegando o 13º melhor tempo. Na corrida, seria outro "leão" para lidar.

Não há necessidade de compararmos as corridas, pois até as condições climáticas foram diferentes. No entanto, algumas coisas permaneceram iguais: Hamilton e Verstappen estiveram novamente no pódio. Norris já dava indícios de ter força nas corridas, quando fez o quarto lugar no GP anterior à Ímola. Ricciardo também ficou novamente entre os top 10, assim como também a dupla da Ferrari. 
Stroll marcou pontos de novo e a Alpha Tauri colocou pelo menos um dos carros entre os pontuadores. 
A novidade do segundo GP foi os primeiros pontos da Alpine. Mas não sem polêmica: o que era para ser um só, viraram 3 pontos garantidos pela punição à Kimi Räikkönen, nono na corrida. Com o fim dela, Kimi caiu para a 13ª colocação em uma regra confusa para não dizer completamente idiota. 
No tapetão, a Alfa Romeo ficou sem os seus 2 primeiros pontos. 


As marcações *, ** e *** são indicativos dos punidos. Stroll recebeu uma punição de 5 segundos por ultrapassar Gasly utilizando o limite da pista. Tsunoda recebeu uma punição de 5 segundos no tempo final por várias advertências recebidas durante a corrida e Kimi recebeu uma punição de 30 segundos por rodar durante período de Safety Car, ser ultrapassado por outros carros e não retomar a posição. 
Seletividade, incoerência e absurdo. Essas são as regras da F1. 

Em condições normais, ou seja, com pista seca, é bem possível que o que vimos no domingo não tivesse colocado o campeonato no patamar da qual se encontra. Acredito que as semelhanças entre Bahrein e Ímola teriam se estendido até entre as corridas. Depois dos primeiros pitstops dos ponteiros, o cenário de disputa nas voltas finais entre Verstappen e Hamilton teria acontecido novamente. Talvez até Hamilton não tivesse errado na volta 30. 
A chuva e a pista molhada é que deu uma movimentada, mas também não foi tanto assim. Quando se pensa em corrida chuvosa, se pensa em loterias. Faz tempo que isso não acontece para valer. 

Supondo que se Hamilton realmente não tivesse errado, George Russell não teria batido em Bottas, e talvez nem estivessem tão próximos um do outro. A Mercedes teria tentado uma estratégia para colocar Hamilton em condições de disputa direta com Max, e por isso, o resultado poderia ter sido bem igual ao que vimos no primeiro GP.
 
Supondo que Lewis errou por impaciência (como parece ter sido o caso) em retomar a primeira colocação, com a pista seca, ele não teria conseguido sair da areia, dado ré e ficado tudo numa boa, sem uma paralisação com bandeira vermelha. Com a areia úmida, ele pode manobrar devagar e sair. Com ela seca, ele tinha mais chances de ficar preso, teria acelerado e talvez até atingido alguém. 
Mas se conseguisse manobrar numa boa, ele teria caído para a última colocação, ido para os boxes, arrumar o que dava para arrumar, sem contar com uma bandeira vermelha providencial que minimizasse o seu prejuízo. 
Não há dúvidas que mesmo neste cenários "catastrófico" ele ainda teria marcado pontos. Teria pelo menos 30 voltas para tentar correr atrás do máximo de pontos possível. Talvez não tivesse chegado ao pódio, mas é muito provável que tivesse terminado a corrida, no mínimo, em quarto. 

(Sobre o acidente que "mudou" a corrida, cabe alguns apontamentos. Eu vou deixar para as notas ácidas para que essa postagem não fique muito mais longa). 

Há um monte de "e se": E "se a pista tivesse seca", e "se não tivesse bandeira vermelha"... Fato é que o campeonato está, na segunda corrida, separando Lewis e Max por apenas um ponto. Tecnicamente estão empatados e isso entusiasma a gente. Mas até que ponto é um entusiasmo saudável que não faça a gente quebrar a cara no GP de número 3?

Podemos acrescentar mais uma análise na disposição de grid até a conclusão da corrida. 
Entre os rivais diretos, Max e Lewis, está 2 a 0 para Max. Eu sei que está 1 a 1 em termos de vitórias, mas a questão é que, embora Verstappen tenha ficado em segundo no Bahrein, ele não precisou contar com a sorte. Em Ímola, ele garantiu a vitória na largada e praticamente não cometeu erros que fizesse perdê-la. Ter sido coagido a sair da pista na curva 4 não é bem um erro, foi por falta de espaço mesmo. Preferindo um segundo lugar do que bater, a decisão foi a melhor. 
Lewis, além de ter se beneficiado do extra pista durante toda a corrida em Sahkir, teve ajuda estratégica naquele domingo. Em Ímola, a sorte sorriu de novo: depois de cometer um erro inocente, teve uma bandeira vermelha providencial que o ajudou muitíssimo. 

Em relação aos seus respectivos companheiros de equipes, Max não tem ainda um escudeiro e as críticas de Helmut Marko podem ser duras, mas com fundamento. Se a RBR quer rivalizar a Mercedes, ela precisa ter um segundo piloto, minimante estável. Por enquanto, Pérez está abaixo até que o Mark Webber no começo dos anos 2010.  (Fica para ser um ponto comentado e relembrado em um outro post, quem era Webber na Red Bull). 
É muito cedo acusar o Pérez de incapacidade de gerir campeonatos, mas a Red Bull tem experiência de não ter um cara assegurando certa tranquilidade para o piloto da casa. Nesta última corrida, Checo perdeu 10 posições em relação ao grid. Para quem é considerado um grande piloto e está agora na "melhor equipe do grid", isso não parece nem um pouco favorável. No entanto, isso não é tratado com calma quando nos referimos à outros "segundões" do grid.

Hamilton vive bem sem companheiro de equipe. Melhor até quando é um inutilizado, até porque quando Lewis teve um tipo ameaçando seu reinado, o resultado foi indiferença e queda de rendimento (em 2011, por exemplo, perdeu para Jenson Button que sempre andou muito próximo dele). Na Mercedes, tomou um pequeno tombo em 2016, com o Nico Rosberg.

Norris ganhou 4 posições fazendo uma corridaça. O Ricciardo foi mais discreto: de sexto para sexto, ainda pontuou e está razoavelmente bem.
Leclerc pode considerar-se bem também por ter mantido a quarta posição. No entanto, eu ficaria um pouco preocupada com Sainz, se fosse ele: neste GP o espanhol ganhou 6 posições, mesmo errando mais que o monegasco. Não demora muito, Sainz se aproxima em uma corrida dessas e tal jogo de equipe vai fazer ele arrepender de ter assinado contrato.

Stroll patinando, patinando, conseguiu melhorar seu décimo lugar de grid para um sétimo na corrida. Os 5 pontos da Aston Martin são todos dele. O papi deve estar bem satisfeito!
Seb não conseguiu evoluir muito: Recolheu o carro com problemas no câmbio depois de ter punição e ter que lidar com os freios. Ainda assim ficou classificado por ter completado mais de 90% da corrida, e antes das Haas. Ele estava à uma volta do líder quando abandonou.

Dos top 10, Gasly foi o segundo que mais perdeu posições. Depois do Pérez, o francês foi quinto no grid e apenas o oitavo na corrida. Marcou os únicos pontos da Alpha Tauri, já que Tsunoda, largando em último, não teve um fim de semana de pontos como no Bahrein. Mas há de se notar: ele ganhou 7 posições com essa corrida - muito pelos abandonos e rodadas dos outros - mas já é algo.

De todos, o que mais arrasou foi Kimi. O cara ganhou 7 posições, e praticamente não havia cometido erros. De repente, a FIA arrumou uma investigação e um jeito de descer ele de nono à décimo terceiro. Sacrilégio!
Ocon, que foi considerado ter "dado pau" em Alonso, não fez tanto assim, não. Apesar de ter classificado na frente do espanhol, ele ainda perdeu uma posição na corrida, caindo de nono para 10º. Já Alonso, "o acabado", saiu da 15ª colocação, para a 11ª. 
Ambos acabaram pontuando, subindo uma posição cada, por conta da punição desmedida à Räikkönen.

Falta falar do Giovinazzi, que ganhou 3 posições em relação ao tempo de classificação, e dos pilotos da Haas: tanto Mick Schumacher quanto Mazepin ganharam duas posições cada. Mick rodou no começo da corrida, chegando a perder o bico do carro e Nikita, rodou só no fim. Dessa vez, se manteve na pista e pode dizer que finalmente estreou na F1. Mas os dois são lentos. Ficaram à duas voltas do líder.

Bottas, Russell e Nicholas Latifi, bateram e perderam, respectivamente, 10, 7 e 6 posições em relação às suas posições de grid. Bottas estava em nono quando Russell tentou e falhou ao ultrapassá-lo. Latifi tinha acabado de largar. 

O campeonato de construtores não mudou em relação ao primeiro GP. A sequência estabelecida pós o Bahrein segue praticamente a mesma, a não ser pela troca de posições entre a Alpine e a Alfa Romeo. 


De pilotos, o gráfico da F1 é mais bonitinho que o meu, e contém as setinhas que indicam as subidas e descidas de posições no geral. Porém, eles divulgaram só o top 10:


Hamilton ainda está na liderança, por um ponto, pois fez a volta rápida na corrida. Para quem disse à Mariana Becker que não estava pensando em retomar a posição de antes do erro, na hora da bandeira vermelha, até parece que o foco nem era esse... A gente acredita, Big Lewis! o.O
Vale lembrar também que nas duas corridas, os carros das Mercedes são os que fizeram a volta rápida: em Sahkir foi o Bottas, no GP de Emilia-Romagna foi o Hamilton. A Red Bull tem o melhor carro?

Norris subiu de quarto para terceiro, enquanto Bottas caiu de terceiro para quinto. 
Leclerc era sexto e passou a ser o quarto. Sainz subiu também duas posições: de oitavo para sexto. 
Ricciardo manteve a sétima colocação, assim como Stroll ainda permanece em décimo. 
Pérez caiu para oitavo. Até o GP do Bahrein ele estava no top 5. 
Gasly tomou o lugar de seu companheiro: Tsunoda era o nono e depois de Ímola passou a ser o 11º. Já Gasly subiu de 17º, para 9ª colocação.

Ocon e Alonso ocuparam, com os pontos adquiridos no último GP, a 12ª e a 13ª colocação na tabela geral. 
Ainda zerados estão, em sequência: Kimi, Giovinazzi, Russell, Seb, Mick, Mazepin e Latifi. 
Abaixo, as pontuações de todos, divididas em duas - os 10 primeiros e os 10 últimos:



Aparentemente temos um campeonato pegado.
O melhor seria que nem Verstappen nem Hamilton conseguissem pontuar em Portimão, o próximo GP. Uma vitória de Norris e um segundo lugar de Leclerc faria qualquer um sair nu, gritando pela rua. 

Não precisam fazer isso, é claro, rsrsrs... Mas imaginem comigo: Max e Lewis se enroscam e saem da pista. No pódio em Portugal temos Norris, Leclerc e Bottas.
Acaba o GPe a tabela do top 5 está assim: Norris = 52 pontos; Hamilton = 44; Verstappen = 43; Leclerc = 38 e Bottas = 31...
*Eeeeeeeh, vontaaade!*

Fico por aqui, desejando que todos estejam bem e com saúde! Aproveitem o feriado, em segurança.
Os comentários estão abertos!

Abraços afáveis!

Comentários

Mário Paz disse…
Haveria muita coisa pra comentar em cima dessa coluna, mas a falta de tempo atrapalha, por isso deixo somente uma questão : Perez foi punido por rodar sob safeti car e recuperar as posições perdidas e o Kimi foi punido por rodar sob safeti car e NÃO recuperar as posições perdidas ? É isso mesmo FIA ? ah, mas numa situação era volta de alinhamento, na outra era volta de qualquer coisa diferente... RIDÍCULO !
Manu disse…
Isso mesmo, Mário! Essas regras fica muito à critério de quem comete a "infração" e depende também em qual momento. Como os citados não são... digamos... "importantes", eles saíram distribuindo punições. A flata de exatidão, sobretudo no briefing pré corrida, dá nisso.

Quando um certo alguém dá ré para voltar à pista, não falta artigos para explicar e inocentá-lo da manobra. A FIA é seletiva mesmo. Não adianta chorar.

Obrigada pelo comentário, quando puder, volte, para comentar outro ponto!

Postagens mais visitadas deste blog

Aquaman post

Corrente Musical de A a Z: ZZ Top

Boas festas 2021!