F1 2019: Comentando o comentário do que foi comentado (rsrsrsrs...)

Primeiramente, quero saber se gostaram do meu título de postagem de hoje: 

"Comentando o comentário do que foi comentado"


Claro que é uma brincadeira e que só por ele, não dá para saber o conteúdo da postagem. 
Na verdade, meu intuito era comentar sobre as declarações dos nossos "bunitinhos" Max Verstappen, Lewis Hamilton e Sebastian Vettel, na coletiva de imprensa pós GP da Hungria sobre a tal pergunta (capciosa) à respeito de outro "bunitinho", o Fernando Alonso. Vou "decantar" as ideias a respeito disso e fica para o fim da semana, quem sabe?

Hoje, é o seguinte: meu colega de NFL, companheiro de zueiras do grupo de Facebook, Diogo, comentou algo do meu texto sobre a corrida da Hungria no domingo passado que me deixou intrigada com meu pensamento na ocasião. 
Um texto que nem ia sair, dada a minha indisposição com o evento, acabou surtindo um bom efeito na maioria das pessoas. 
Mas claro, levantou questões. Quando se escreve sobre algo e se compartilha, levanta-se questões. E quanto mais se escreve, mais indagações e opiniões contrárias e discutíveis surgem. Eis o caso: Diogo lançou a seguinte ideia sobre o meu comentário no texto anterior a este, sobre o Bottas - 


Só contextualizando para quem está com preguiça de ir até o texto anterior: A estratégia da Mercedes que tanto deu um "gás" na última corrida, foi uma ajeitada da Mercedes para tentar dar mais glória ao seu piloto e também, garantir o segundo lugar para Bottas - evitando que a Red Bull saísse da primeira metade da temporada, com esperança de se aproximar deles já que e Verstappen saltaria para segundo na tabela de pontos. 
Daí eu lancei essa opinião, que gerou o comentário do Diogo:


Nitidamente, eu precisava repensar a afirmação. 
Não que esteja totalmente errada, mas precisou de um pouco mais de substância para, claro, não mudar a opinião do Diogo, nem mesmo de quem concordou com ele. Talvez, reformular, de modo que outra conclusão fosse tomada.

Sigo achando sim que, ninguém se importa em ver o lado de Bottas. As críticas quando veem para ele são pesadas e talvez, sem razão de ser. Jamais saberemos se ele merece ou não. Isso depende muito do que se entende como pilotagem de alto nível. 
Aparentemente, para Lewis Hamilton isso é fator que ele lida de forma tranquila. Ele anda numa fase de tão boa, que está imune à qualquer tipo de crítica. Fãs ou não fãs, aceitam qualquer atitude, fala duvidosa, falsa e chorosa dele, sem alarde. Talvez um meme aconteça, mas logo, a gente parte para outra coisa mais engraçada.
Tranquilo! O que o cara tem feito em termos de representatividade para o esporte, levando um público diferente para as corridas e protagonizando disputas que fizeram com que o veículos de transmissão tivessem altos pontos de ibope, calando a galerinha que dizia que a F1 era esporte que ninguém ligava, é incrível. 
Ora galera, não só ele, mas também o Verstappen e Leclerc foram assunto de pedreiros na minha casa, esses dias em que estávamos em reformas. Se isso não é uma coisa boa que a F1 atual precisa aproveitar ao máximo, desconheço o que deve ser bom, então!
Além disso, apesar dos meus protestos, temos uma temporada razoável, ainda não próxima ao ideal, mas isoladamente, foram de 3 a 4 boas corridas, que apesar de seus resultados, trouxeram momentos que ficarão para a história da temporada. 

Desviei do foco do texto. A questão é o Valtteri Bottas. 
Eu defendi seu lado na postagem anterior, não o colocando num patamar de nulidade. Tanto que disse que ele poderia ser o melhor companheiro que Lewis Hamilton já teve. Não poderia provar. Ainda não vemos o ápice de Bottas, em situação plenas de igualdade com um hexacampeão. 
E então fui alertada: "claro que não é o melhor, e nunca será!!"
Ainda bem que eu escrevi "talvez", se não a coisa ficaria muito feia para o meu lado... rsrsrsrs...


Porque tive uma ideia descabida como essa? Inclusive, como acabei me esquecendo que Rosberg foi o único que quebrou a dinastia Hamilton? 
Posso garantir que não foi por uso de drogas vencidas. Sou careta, e fiz isso - o que parece ser bem pior, no fim das contas - totalmente sã e sóbria.
Deixo para vocês fazerem um bem feito "facepalm" para mim antes de seguir com o texto, rsrsrsrsrs...


Vou tentar me redimir nessa. A questão que fica é que falta em Bottas o que Nico Rosberg tinha de sobra: quem o respeitasse muito dentro da Mercedes e alguns bons anos de casa, antes da chegada do Lewis. Bottas veio da Williams e lá teve como "treino" para se portar em disputas internas com  companheiros que nada mais são do que dois pilotos médios - dois vices eternos.

Sobre "bater" os companheiros, talvez nem mesmo Rosberg possa se vangloriar, embora tenha trabalhado e aprendido alguma coisa sendo companheiro de Schumacher até Hamilton chegar. 
Sim, fez um ótimo campeonato em 2016, mas foi por pouco que venceu naquele ano. 
Jenson Button talvez mereça esse rótulo. Nesse caso, com carros medianos, consigo enxergar as coisas de forma menos insegura.  Button esteve,  nos 3 anos que foi companheiro de Hamilton, muito próximo, deixando escapar uma visível diferença apenas no primeiro ano de McLaren. Acompanhem:

Em 2010, Lewis ficou em quarto com 240 pontos, Button marcou 214, ficando logo na sequencia na tabela. Para um recém chegado à equipe, uma diferença de 26 pontos é muito razoável.
No ano seguinte, Button se deu muito bem, finalizando o ano em segundo na tabela, com 270 pontos. Já Lewis, caiu total de produção, ficando apenas em quinto, com 227. 
Se antes, no ano de estréia, Button perdeu por 26 pontos, no ano seguinte em mandou 43 para Hamilton resolver no divã com o seu psicológico. 
Em 2012, último ano de McLaren e último com Button, Lewis ficou à 2 pontos do compatriota: 190 contra 188 de Button, fechando a tabela em quarto e quinto, respectivamente. 

Rosberg? Já começou a ter problemas logo no primeiro ano do Lewis Hamilton na Mercedes: 
Em 2013, a diferença entre eles foram de 18 pontos, com Nico em sexto e Hamilton em 4º.
Depois, que passaram a ser, primeiro e segundo na tabela, a diferença aumentou de forma assustadora: em 2014 foram 67 pontos que separou um do outro. Já em 2015, foram 59 pontos.
A troca de ordem ocorreu em 2016: Nico venceu naquele ano, superou o companheiro, e aposentou-se no fim da temporada. Porém, o que coloca Rosberg como "o cara que superou Hamilton" o suficiente para ficar com a marca reproduzida à exaustão, foi na verdade, bem menos do que se espera: Nico fechou a tabela com apenas 5 pontos à mais que Lewis.

Nem sequer vou entrar na temporada de 2007 em que Hamilton era companheiro de Alonso, nem mesmo, indicarei os pontos nos dois anos que dividiu espaço da equipe com outro finlandês, o Heikki Kovalainen - que nem é ruim assim. Só à título de curiosidade, parece bizarro o primeiro ano de Kova na McLaren, em 2008, ficando em sétimo na tabela com apenas 53 pontos. Hamilton, naquele ano conquistou o seu primeiro título, mas teve apenas 98 pontos. No ano seguinte, Kova marcou 22 pontos, e Lewis nem foi tão monumental assim, fazendo míseros 49 pontos. 

Cometi um erro por precipitação no texto passado em relação à Bottas. Se tivesse me lembrado de todos os números dos principais companheiros de Hamilton, teria sido mais prudente. É certo que devo ter mostrado excessiva empatia pelo Valtteri. 


Bottas não é (possivelmente) o melhor companheiro que Lewis teve, mas é - até o momento - o  companheiro ideal para que ele se destaque sem se preocupar com a disputa interna, algo que acontece com todas as demais equipes e pode ser divisor de águas, dadas as devidas proporções. 
Colocado nesses termos, fica bem melhor, não?

Então, é isso! "Comentado o comentário que foi comentado" (rsrsrsrsrsrs...) desejo a todos, um resto de quarta-feira produtiva e até a próxima postagem!

Abraços afáveis!

Comentários

diogo felipe disse…
Fiquei até honrado em provocar essa discussão e uma coluna tua Manu!😁

Bottas está pro Luis assim como Barrichello esteve para o Miguel. É um ótimo escudeiro, tem brilharecos, mas não é tão ruim quanto o povo acha. Tem seu valor. 😉
Manu disse…
Eu que agradeço pela pauta hehehehe...
E gostei da comparação! xD

Abs!
Carol Reis disse…
Foi justamente por isso que o Toto Wolff o contratou. A outra opção seria o Alonso, mas o Wolff admitiu que queria evitar estresse e achou o Bottas uma opção melhor. O cara já chegou na equipe p ser o número dois mesmo, não tem jeito. Talvez o fato do Rosberg ter passado mais tempo na equipe do que o próprio Wolff tenha feito com que ele conseguisse reunir forças p brigar com o Hamilton. Lembro que o Rosberg disse certa vez que ser colega de equipe de Schumacher mostrou a ele como ganhar respeito dentro do time. Talvez esse conhecimento e a sua familiaridade com a Mercedes seja a vantagem que Bottas não tem. De qualquer forma, ainda acho que colocar Ocon no lugar dele é arriscado.

Na minha opinião o maior adversário de Hamilton continua sendo o Alonso. Lembro do Coulthard dizer no podcast da F1 que ele se sentia preterido pelo Mika quando era companheiro dele na McLaren. Não haviam ordens claras sobre quem deveria ser o segundo piloto, mas ele sentia que Ron Dennis tinha uma clara preferência por Mika. Coulthard disse então que decidiu ter uma conversa franca com Dennis sobre isso e ele admitiu que de fato tinha uma preferência pessoal pelo finlandês. Coulthard disse que não sentiu raiva do Dennis nem nada, mas que gostou da sinceridade pq confirmou que a preferência pelo Mika não era só coisa da cabeça dele e que, se ele não tivesse conversado com Dennis iria ficar p sempre se perguntando se o favorecimento era impressão dele ou não.
Coulthard explicou também que Ron Dennis se aproximou de Hakkinen por conta do acidente. Ele se sentiu culpado por Mika quase ter morrido em um de seus carros e o acompanhou de perto em sua recuperação.
Pensando em tudo isso que Coulthard disse, me lembrei do Alonso em 2007 e cheguei a conclusão que ele deve ter passado por algo parecido neste período. Deve ter se sentido ignorado pq o Dennis tinha uma preferência pessoal maior pelo pupilo que ele alimentou e cuidou por anos.

Eu finalmente achei a página do blog rsrsrs tava só procurando por "I Love it loud", aí é que não ia achar nunca mesmo.

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