F1 2018: Carros, pinturas e afins

Estou de volta, claro, como prometi, e com aquilo que fez o blog tomar corpo: F1.
Vou confidenciar uma coisa com todos: estou com uma bela de uma preguiça da 69ª temporada da F1. 
Não porque estou na bobagem semelhante ao #ForaTemer, trocada pela #ForaLiberty. Não, nem quero Ecclestone de volta. Na boa: tanto faz como tanto fez.
Não acho - embora não concorde - que a noção do politicamente correto, abordado com o exclusão das Grid Girls dos GPs seja algo assim tão agravante. Já falei disso aqui, de forma ate meio radical, confesso, mas passou.
Estou com preguiça de tudo. Inclusive dos "entendedores" e a mídia especializada. Cada vez menos, quem gosta da F1 como eu, merece ser ouvido ou lido. 
Já fiz parte de grupos de fãs, já fui assídua em portais de notícias de esporte... Saí do primeiro pois cansei de gente entendida, metida a besta, que vive no passado. Desisti do segundo, muito antes do papo "Williams-Massa-Kubica", do fim do ano anterior para esse. Vocês sabem do que eu estou falando.

Neste começo de ano, tivemos as apresentações de carros.  Dessa foto temos alguns, faltando a Force India e a Toro Rosso:


Muitas cores, carros até bonitos, apesar do polêmico "halo". Esse é um assunto mega engraçado. Todo ano tem alguma coisa que todo mundo detesta. Teve a tal barbatana de tubarão. Foi um drama de novela mexicana. Antes teve bicos fálicos... Rendeu boas (e ruins, claro) piadas de duplo sentido. Mas muita gente gastou dedo e saliva reclamando do quanto eram feios, desproporcionais e outras coisas. Não li (mais uma razão para largar de mão muito antes, os portais de notícias) uma mísera matéria explicando a função exata e o quanto são importantes para o carro, para o piloto e para a velocidade, todas as coisas que criatura vocifera ou vociferou por "ser feio". 
Se estamos aqui pela estética, voltemos com as Grid Girls para os fãs, e escolhamos pilotos mais  padrão Jenson Button para as fãs. 
Enquanto todos falam da feiura e estranheza do halo, eu acho que, sim, esteticamente, feios, mas esse não é o problema de se rasgar de raiva com a categoria.
Nem mesmo pinturas ou cores desagradáveis. Esse branco com faixinhas discretas azul e vermelha da Williams é horroroso para mim. Mas é o famoso: E daí?! 
Amei o carro da Red Bull, mas é provisório, e lá vem estrago. E o kiko? Laranja e azul da McLaren é chocante, mas bonito. Os fãs estão divididos, mas olha só, o importante não é a tinta, é o interno dele... E aí a decepção acontece no segundo que o carro vai pra pista. Os detratores pisam, os fãs sofrem por antecipação.
Ninguém pega um engenheiro, senta com ele, mostra as fotos e faz uma matéria falando que os bicos de um são assim, as asas móveis são assado. 
Ninguém também mete o pau nos pilotos hegemônicos que nem o Hamilton, grande detentor de recordes apenas porque tem um carro perfeito. Eles caçam o companheiro, para dizer que ele tem talento enquanto o avesso, nunca tem o mesmo rendimento. Em que mundo teria? 
Não sei porque, ainda, se rasgar de raiva pela cor azul nas asas dianteiras da McLaren e questionar a falta da cor no macacão dos pilotos... Oras, porque não gritar pela categoria que tolhe a competição sempre que convém? Claro que em 2017, diminuiu as punições desmedidas, mas houve circunstâncias em que a gente percebeu a injustiça, mas ninguém chiou. 

 As vezes penso que, a mídia também não ajuda neste ponto. Não ajuda em nada, na verdade. Eles não gastam tempo com isso porque explicar a coisa certa, não dá em nada. Eles gostam de inventar contos mesmo, só para os papagaios repetirem depois. As certezas de conspirações, as "visitas" que o Galvão costuma dizer que faz são semelhantes aos que "jornalistas" fazem. As entrevistas mal traduzidas de pilotos à dirigentes, os recortes de informações destacando o que convém é maracutaia inerente no jornalismo brasileiro. Fora os boatos, que viram verdade as vezes só aqui. O que dizer do único país no mundo que acredita piamente que Santos Dumont foi o primeiro a colocar um avião no ar? Nada mais do que impropriedade e amadorismo para falar de um esporte que parece complexo, mas não é tanto. Talvez tenham medo de um qualquer tomar o lugar deles.

Vou além: eles são amadores, sim e eles sabem. Fazem de propósito. 1/4 por se acharem os tais. Mais 1/4 por ser mais fácil jogar uns pozinhos mágicos e inventar umas coisas das quais acha que é mais propício na mente irracional movida por paixões dos fãs, do que conhecimento de causa e esclarecer razões por detrás de qualquer notícia e fala dos reais envolvidos. 2/4 é muita coisa, mas eu só não bato carimbo, porque tenho consciência da minha inexpressividade: na maioria dos casos, especialistas não falam dos carros, das estruturas aerodinâmicas, por chover no molhado (Claro, pois ninguém quer saber de técnica, de ciência, afinal, há quem esteja batendo o pé no "a Terra é plana!!!"). Eis a razão por estar mais e mais com preguiça da temporada 2018: mesmo quando a coisa está boa, Hamilton e a Mercedes vem e acaba com toda mínima emoção e imprevisibilidade que poderíamos ter. Mesmo quando a coisa está competitiva, os coleguinhas escolhem um herói e um vilão - que é endeusado ou massacrado muitas vezes, sem amostras verdadeiras de um ou outro e acaba que a maré entorna o caldo para o pintado como "Darth Vader" da temporada.

Estou com preguiça mesmo, afinal vivo na sonífera ilha do gosto da F1: todos detestam a pintura do carro x, e eu acabo gostando. Aprendi de uma vez por todas que a pintura não me interessa. 
Aprendi também que tudo dito pelo piloto no começo da temporada é pura "bullshit". Nenhum piloto vai ser do tipo "o carro é uma merda, vai ser um ano difícil", pois dependendo da temperatura das suas costas, se for baixa, ele é substituído por um "mais novo". Mas há quem escuta o cara como se fosse mandamento no alto da montanha. Não ouço também reclamação de dirigente, como se ele tivesse humilhando piloto famoso. Ninguém ali dentro é só vitima ou só tirano. E se assim for, porque ainda insistir no acompanhar os processos? Sadismo tem limite. Pelo menos, para mim.

Certamente, esse ano, vou assistir e comentar F1 sem amarras com pilotos. Tenho meus preferidos, mas despida da "paixão", a gente fala menos besteira. 
Uma coisa vai ficar sem graça: estou sem o Massa para poder criticar hahahahaha... Vou ter exclusividade para o Hamilton, para o horror de seus fãs, se é que eles acessam esse espaço.
No mais, 25 de março ainda demora. Mas é certo que, continuarei com as colunas (talvez mais curtas e diretas esse ano - pois, quem me acompanha, já deve ter percebido que ando repetitiva nas minhas análises), continuarei com as legendas de fotos no meio da semana, à cada GP. Humor deve prevalecer.

Antes do dia 25/03 então, aviso que terei novidades no blog. Uma delas, uma reformulação do Corrente Musical que seguirá contando com a escolha de vocês para as postagens semanais. Terei também assiduidade para escrever sobre filmes, dicas de 15 em 15 dias. Estou de volta. Espero que todos estejam bem.

Abraços afáveis!

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