Tag Cinematográfica: Desafio dos 30 filmes (# 17)

Desafio dos 30 filmes - Dia 17: Um filme que gostaria de ter assistido no cinema

Dando continuidade ao desafio de filmes, hoje, uma situação fácil de responder: assisti a maioria dos filmes que quis no cinema, então restaram alguns poucos que tive vontade. 
Mesmo com a grana curta, eu faço a lista de começo de ano e consigo manter a meta quando depende de mim. Nos últimos dois anos a coisa complicou-se um pouco: sessões dubladas em horários mais acessíveis, quando não as únicas disponíveis.
Que brasileiro é um povo retrogrado para tudo que é minimamente útil para a convivência em sociedade, não é novidade. Brasileiro não lê diariamente, brasileiro não tem o costume do estudo por conhecimento - estuda para se qualificar e subir de cargo. Neste caso, faz cursos de especialização com bobões com titulação que quando exibem as tais, são os que menos deveriam. Tais cursos, geralmente, são específicos de uma área em voga, recheada de preciosismos e mandamentos, que as pessoas que se inscrevem em 70% dos casos, empurram até o final com a barriga - novamente - pois visam apenas a si próprio na empresa, ganhar mais e não "fazer melhor". Brasileiro não vai à museu, à galerias de arte - mas gosta de palpitar sobre as "obscenidades" que surgem em algumas delas. Brasileiro que não lê, diz que entende de política. Enche a boca para falar as palavras "governo golpista" sem nem sequer ter segurado nas mãos uma Constituição, muito menos entende que o que o governo federal faz, teve previamente um plano de governo que ele - o golpeado - foi um dos que votou a favor. Brasileiro não vai ao teatro, à espetáculos de danças "porque essas coisas são caras", mas gasta bastante para ter o Smartphone mais recente lançado. 
E brasileiro não vai ao cinema da forma correta: faz piquenique, escolhe um lugar qualquer na sala, ri alto, bate palmas em cenas de ação, comenta/narra o filme em voz alta e o mais ápice de tudo - quando vai, é claro - paga um absurdo por sessão dublada ou filme de comédia brasileiro: todos (eu escrevi TODOS) são tipo Zorra Total sem intervalos de propaganda. Pataquada em sua maioria.

Então é por isso que ultimamente eu tenho restringido a lista de cinema: uma que não pago meia mais, duas que tenho de me deslocar até a cidade vizinha e três e mais importante - eu não pago 22 reais numa sessão dublada de 3D de um filme de ação e efeitos visuais em que todos os vilões tem a aquela voz xoxa do dublador do Adam Sandler... Podem reparar, é a mesma pessoa que dubla Sandler - comediante - é o que dubla os antagonistas (geralmente soando sempre sarcásticos) dos filmes. Ou seja, dublagem já começa equivocada aí. 
Entendam que é mais do que simplesmente querer ler uma legenda (que as vezes também está errada, mas ninguém é obrigado a saber inglês, estou de acordo); é querer ouvir o ator que muitas vezes usa de sotaques e formas diversas de dizer as falas e isso - queiram ou não - faz parte da interpretação do artista. Assistir dublado então é considerar um Sandler da vida, tão bom ator quanto um Denzel Washington, um Daniel Day-Lewis, um Tom Hanks... Sim?!

Por conta dos horários dublados, não assisti "Doutor Estranho", "Guardiões das Galáxias Vol. 2" e tantos outros que mereciam idas ao cinema por conta dos efeitos técnicos. Tive de esperar chegar na minha cidade filmes de drama como "Cavalos de Guerra". Filmes que vai concorrer à Oscar? Nunca assisti um sequer na semana de estréia por conta das sessões "adultas" sempre muito tarde para estar longe da sua própria cidade - e como não tenho carro, não pego estrada se não for de ônibus que tem horário para parar de rodar. 

Gostaria de ter assistido aos antigos "Star Wars" no cinema, mas nem era nascida na época. Assisti aos episódios 1, 2 e 3 no cinema e foi interessante. Apesar de ser adepta da cultura nerd, não sou fã ao ponto de comprar ingressos antecipados das novas histórias, por exemplo. Se tiver horário, bom.  Se não tiver, não faço questão. Ultimamente faço questão de ir ver os filmes da Marvel. Gosto da DC, mas não tanto quanto a Marvel (por favor, sem polêmica é apenas uma questão de gosto). O último filme da DC que assisti no cinema foi o tenebroso "Esquadrão Suicida". Se querem saber, o filme só presta pois tem Will Smith e uma personagem feminina que não é chata nem caricata (Arlequina). O resto é uma porcaria.
Não vi "Batman x Superman" pois preferi "Capitão América: Guerra Civil" e de fato não arrependi. Não fui ver "Mulher Maravilha" porque o discurso feminista antes-durante-depois da estréia me esgotou o interesse. Não fui ver "Liga da Justiça" por falta de tempo.

Gostaria de ter visto filmes das quais ou era muito nova, ou são de antes de meu nascimento. A lista seria grande, pois há muitos bons filmes legais por aí.
Escolho dois, por coincidência, de clássicos da literatura. O primeiro deles (nunca pensei que admitiria isso) é bem mais eletrizante que o livro. O segundo é um pouco mais dramático que a literatura, mais shakespeariano. 

Drácula de Bram Stocker (1992) de Francis Ford Coppola: Vampiros que brilham no sol? Só se alimentam de animais? Ficam sofrendo de amorzinhos? Como já dizia Amy Winehouse: "No, no no"...


O livro é baseado em missivas, cartas entre os personagens. A descrição de Drácula é dada pelas personagens que se envolvem com ele, mas ele em si não toma partido nem não aparece. O filme, roteirizou a história dando um amplo espaço para a elaboração de Gary Oldman como o Drácula (muito bem por sinal).
Eu assisti ao filme quando passou na tv. Percebi que era terror, não tive pesadelos e ao contrário, achei interessante e fascinante, mesmo sendo muito nova. Algumas pessoas acham que o fato de Drácula ser apenas descrito e ter seus atos contados no passado entre alguns personagens indica mais mistério, suspence e fascínio. Mas é uma questão de opção: ambos são bons, livro e filme. Um rico em detalhes e outro rico no visual, na encenação. É uma questão de espírito e escolha.

Frankenstein de Mary Shelley (1994) de Kenneth Branagh: Muito semelhante ao livro, porém com uma parte do final com a amada de Victor ressuscitada (que não tem ligação com a literatura, ele não a trás de volta para a vida) o filme também conta com a produção de Coppola e a direção de Kenneth deu o toque mais Shakespeare na narrativa. Ambos, tanto filme quanto livro são ótimos embora com "feelings" diferentes.


Ao contrário do filme, o livro é mais aterrorizante - a descrição do acordar da criatura do doutor Frankenstein é muito mais interessante do que a encenada e prende a sua tensão, mesmo que você saiba o que vai acontecer. O martírio da criatura que fica perambulante também de escapar é mais focado que no filme, que corre mais rápido nesse ponto. Além disso, o longa é fiel à obra até certos pontos - que são cruciais na história como um todo.

Se nunca assistiram algum destes, recomendo ambos. (Assim como os livros, mas isso é para outra tag...)

Abraços afáveis!

PS: confiram nos links abaixo ou outros dias do desafio de filmes

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