Thanksgiving e outros assuntos

Já começo meu textos pedindo enormes desculpas pelo sumiço. Sei das minhas promessas para com o blog e sei que devo uma postagem do Corrente Musical de A a Z, mas as coisas se atropelaram e saíram do meu controle sem a minha percepção.
Estou com problemas de conexão de internet desde meados de outubro. Depois de alguns dias e até um fim de semana - o último - sem nenhum sinal de conexão - desenvolver algo aqui, tornou-se tarefa complicada. 
Eu não costumo deixar textos prontos, a não ser rascunhos da F1 e das Correntes (neste último caso, preciso de prévias das bandas e artistas propostos). Para a primeira, faço os textos baseados nos treinos e corridas acompanhadas e para a segunda, preciso das escolhas dos participantes para postar a banda de mais votos. 
Felizmente, depois de ficar o final de semana passado sem internet, a F1 não estava na "grade de programação", porém, a preocupação estava com o post da Corrente, que ainda permaneceu com as escolhas empatadas entre si, dificultando a minha postagem de qualquer maneira. 

Algo que pensei nesses dias sem a internet foi que, além de como somos dependentes dela, estando "sem" ela, controlamos o tempo de maneira mais antiga, por assim dizer: nunca assisti tanta TV assim (além é claro, dos costumeiros momentos de jogos da NFL todas quintas, domingos e segundas). Consegui ler um bom tanto de um livro, que, em outros dias normais, toda brecha de tempo que eu encontrasse seria pouca para avançar os capítulos.
Mas a tal da internet se fez necessária em muitos momentos, não só os fúteis. A comunicação com algumas pessoas do trabalho, se dá por mensagens de whatsapp - e eu não tenho internet móvel pois só dá dor de cabeça e gastos aleatórios. Fazer pesquisas, novamente, para o trabalho, requiz também o acesso à rede. Estar começando meus trabalhos como professora, só me garante uma coisa: o básico "se vira, pois você não é quadrada". Ninguém está disposto a te ajudar, se você precisar. E além disso, eu me formei em História, mas as necessidades de escolas públicas estão muito longe do que eu me dediquei nos últimos anos de graduação. Houve, literalmente, a necessidade de me reinventar e me readaptar. E para fazer isso, sem a disponibilidade de livros de temáticas diversas, preciso  precisei da internet para me inteirar de muita coisa, antes de fazer papel de boba no ambiente escolar.

Deparar-se na postura de mentora de jovens é tarefa árdua não porque os jovens de hoje "são impossíveis", como se escuta falar. Isso também, é claro, não deixa de ser um fator importante, mas não preponderante. Pelo menos, não para mim, na atual situação da qual me deparo. É uma circunstância dificilmente contornável dada a geração que tiveram essas crianças e já foram perdendo o fio do "respeito" já quando eles mesmos eram jovens. O que dizer das respostas que eles tiveram na vida, das facilidades que os mais antigos não enfrentaram e que moldam a geração de hoje, que acha que sabe todos os seus direitos, mas faz questão de "esquecer" os seus deveres?
Mais que isso, ser profissional do ensino requer muito cuidado: não se pode dizer qualquer coisa em sala de aula e é preciso estar atento ao que está sendo estipulado pelo programa do governo a ser ministrado em sala de aula. As questões abordadas em escolas públicas hoje não difere muito do que eu discordo piamente. Fato é que, a administração pública no que concerne o ensino no país está muito pior do que o enfrentamento com relação à falta de respeito de alunos. Certas coisas que precisamos ensinar, me parece muito mais um reforço embasado nessa geração "mimimi" que vemos nas redes sociais aos montes, do que legitimar questões amplas de forma consciente num exercício de fazer pensar e buscar as razões de todas as possibilidades e características. O que vemos é uma alteração dos quadros para legitimar (em muitas das circunstâncias, o viés dado pelos marxistas) discursos de forma exclusiva, exata, vitimizante ou - até muitas vezes - forçosamente heroica - que não difere das vertentes conservadoras. É como correr em círculos: se a direita conservadora só fala dos "bem-nascidos e seus grandes feitos", heroizando estes e deixando os "marginalizados" sem menções, a esquerda moralizadora faz exatamente o mesmo exercício, dando voz à sujeitos militantes que são igualmente heroizados sem maiores problematizações e questionamentos. Deixar claro os dois lados de um embate histórico para tentar captar o todo de um conteúdo e mostrar aos alunos uma questão não binária, não parece ocorrer nem se você se propor a tentar. 
E acreditem: a falta de respeito de alunos é fichinha perto dos professores que se dizem superiores a alarmam humilhações desnecessárias. Existe sim os dois problemas, e para mim, o pior lado é do profissional insatisfeito que eleva o particular complicado, suas insatisfações e frustrações para o convívio escolar e acha que está no direito de se "estressar" com qualquer coisa. Já vi e ouvi tanta barbaridade de meus colegas que estou em alerta máximo para não agir de forma impetuosa e absurda como eles, principalmente em presença de alunos.

Tentando resolver os problemas de conexão com a internet, precisei trabalhar dobrado com relação à eventos da escola. Por isso, as coisas por aqui, ficaram ainda em suspenso. Mas, o retorno é favorável: esse fim de semana tem F1, a última etapa que não vale nada, mas é necessário que aconteça para completar o calendário. A partir de segunda-feira, os comentários sobre a última etapa, bem como as questões que giraram em torno do ano, na categoria, já estão abertas para textos publicáveis.
Já sobre o post da Corrente Musical de A a Z, o último post data de 6 de novembro com o Rammstein indica 5 bandas para voto: Slayer, Sepultura, Scorpions, System of a Down e Stratovarius. As quatro primeiras estão empatadas com um voto cada. Se não avançarmos na escolha de uma destas para desempate, eu escolherei uma e fare na semana que vem o post dessa tag, provavelmente, na quita ou sexta-feiras.
Os trabalhos seguem, inclusive para um um evento na escola, no sábado. Trabalhar até depois no almoço é a tônica (por isso, sem postagem, até segunda-feira).

Hoje é dia de Ação de Graças, dia de agradecer as coisas boas que nos ocorreram. Apesar de um ano complicado para mim, basicamente 8 e 80, ora com bons eventos e ora com banhos de água fria e tombos de cavalos, a gente não deve única e exclusivamente lamentar das coisas sempre, para não entrar nessa moda dos "reclamões" de plantão. Agradeço por ter saúde, por estar tendo a experiência de um trabalho, agradeço por ter terminado meu mestrado à contento e ter feito 30 anos, certamente orgulhosa de boa parte das minhas escolhas até aqui. Ainda falta algumas coisas para serem resolvidas para que eu possa seguir meu caminho e meus planos, mas não depende de mim, no momento, para a questão mais importante. Más situações assim são tombos necessários para se criar cascas, mesmo que tenha sido rasteiras em momentos das quais não estava preparada. Pode ser ainda que em dezembro, tudo se resolva, e eu olhe para essa fase com os olhos da aprendizagem. Se assim não for, a gente agradece a saúde e os dias de boa vontade para tomar atalhos para o chamado "plano B". 
Dia de "Ação de Graças" também é dia de ter não só um jogo da NFL na TV, mas três jogos. Embora meu time não jogue na quinta-feira de feriado - e pelo menos, não faz falta, visto que o Broncos está numa crise desenfreada e fazendo escolhas desagradáveis aos meus gostos - seguimos os jogos por diversão, e trabalhando nos intervalos. 

Abraços afáveis à todos! 

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