Resenha: Drive To Survive - por Diogo Felipe da Silva

Fim de semana sem F1? Que tal "rever" a série da Netflix, Drive To Survive?
Para hoje, uma resenha da segunda temporada da série feita pelo meu amigo Diogo. Bora?


***


F1: Survive to Watch


Olá a todos. 
Já estamos no mês de julho do ano da pandemia, 3 etapas da F1 já disputadas e só agora consegui cumprir a promessa com a Manu em escrever um texto sobre a série da Netflix Drive to Survive, temporada 2. Mereceria ser despedido se fosse profissional das palavras...

Quando sugeri escrever um texto sobre a nova temporada da série, pretendia fazê-lo na semana de abertura do GP da Austrália, em março, numa "era muito distante". Mas a etapa foi cancelada, a pandemia chegou pra valer e o resto é história. Agora, de férias laborais, finalmente tive a decência de cumprir o prometido.
Quem lê este blog certamente já viu as 2 temporadas de Drive to Survive, que explora os bastidores do circo da categoria, claro, com todas as restrições impostas pela FIA e principalmente pilotos e equipes (Stallone, que nos diga...) e claro, com o padrão Netflix de qualidade das produções originais do streaming que já conhecemos.
A 1ª temporada era tudo novidade, afinal, nós meros mortais, não temos acesso aos meandros do paddock. Creio que quem é aficionado pela F1 se deliciou com as imagens e principalmente sons e até mesmo a narrativa criada pelos produtores, visto que se baseava em contar as histórias das equipes médias, ou as que não estavam disputando os títulos de pilotos e equipes – Mercedes e Ferrari – como a Haas, Renault, Force India... Inclusive havia algumas "trollagens" em cima de alguns pilotos também: Vimos Alonso se despedindo da categoria em seus "pitis", o imbróglio Ricciardo x Red Bull x Renault, a Haas e os 2  "ás" no volante, o Steiner surtando, etc.

Veio a 2ª temporada e nós, claro, sedentos por 3 meses sem F1 (mal sabíamos que seria mais tempo...) maratonamos  (ou não) a 2ª temporada, agora com um pouquinho de Ferrari e Mercedes, porém com a mesma narrativa emotiva, por vezes sem nexo cronológico com o decorrer da temporada, tentando dramatizar e porque não, romantizar uma F1 do século XXI, que já não é mais aquela dos tempos românticos. 
É até saudável que não seja mais aquela F1 dos anos 60 e 70, porque as coisas evoluem, mudam para melhor, ou pior, porém creio que a F1 mudou para melhor, muito melhor do que era antes, mas isso já renderia uma série de outros textos para discutirmos.
Claro que a Netflix e a Liberty tentam atingir um público leigo, jovem e que não tem o costume de acompanhar a categoria de forma fiel como nós, leitores deste ótimo blog, de forma a aumentar a base de fãs e consumidores, porém não deveriam esquecer do público cativo, que consome a categoria de forma intensa pois na 3ª temporada, a continuar com a mesma forma de retratar a categoria, vai fazer com a série o que 90% de produtores delas, no mundo fazem: apresentam as temporadas iniciais para serem inesquecíveis até as torná-las grandes em sucesso, depois ficam "enrolando" os espectadores na narrativa, não renovam com mais temporada e a última acaba sendo um "porre", duro de assistir, estragando de forma melancólica as grandes ideias de outrora.

Ainda tenho esperança de que isso não ocorra com Drive to Survive, mas tenho ciência de que, se o produto está faturando, vamos continuar com a linha de montagem, mesmo que você crie porcaria no produto final, e tenha gente que goste da porcaria - o importante é a verba entrando nas contas bancárias de quem investe neste tipo de produto. Ok, mesmo se as próximas temporadas forem ruins, vamos continuar assistindo nem que seja para criticar e tentar matar a saudade do hiato de F1 entre uma temporada e outra.

Grande abraço a todos e cuidem-se!!!

***

Obrigada Diogo por ter disposto tempo para atender o meu pedido. É mesmo, uma satisfação poder contar com a dedicação em ajudar a dar conteúdo ao blog. E não se preocupe com o tempo - não havia prazos, ok? No mais, ficou ótima sua resenha!

E então, o que vocês acham da série? Eu acho meio forçada em muitos pontos e por isso, não passa de um razoável entretenimento. Assisto sempre com várias franzidas de testa (rsrsrsrs...) e então, prefiro assistir as corridas e tirar as minhas próprias conclusões sobre o que pode ou não ter acontecido nos "bastidores". 

Fiquem bem e a gente se fala de novo, semana que vem!
Abraços afáveis!

Comentários

diogo felipe disse…
Novamente, eu q agradeço pelo espaço, é uma honra contribuir com o blog!😘
Manu disse…
Obrigada de novo Diogo! Saiba que o convite está em aberto para sempre que quiser contribuir.

Eduardo, qt ao seu texto, tome o tempo que quiser. ;)
Sobre a série, eu não curti a primeira temporada e ainda não senti vontade de assistir a segunda. Vc sabe que sou velha ranzinza, rsrsrs...
Notadamente, foi a Netflix jogar luz na categoria, que agora a gente tem uma quantidade enorme de "fãs" novos por aí afora. E eu aqui, que tenho 12 anos de blog, não tenha mais do que 200 seguidores do Twitter... Bom, deixa pra lá...

Eu tenho muita preguiça de série que faz um sucesso danado. Geralmente, a produção perde a mão depois da terceira-quarta temporada e a gente fica refém da conclusão, beirando sempre a decepção completa. Por isso, quase sempre, só passo a seguir algumas que estão concluindo ou já acabaram, e olhe lá, que o assunto tem que agradar muito - o que anda cada vez mais difícil de encontrar...
Aí aparece um seriado sobre F1 e eu fico com cara de paisagem, pois tinha tanta coisa abordada ali que pareceu roteiro de filme de drama de quinta, rsrsrs... "Mas é os bastidores, é ali que vc detecta as reais personalidades!" Hum-hum, sei. ¬¬'

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