Chapter 1 F1: GP da Áustria

A F1 começou depois de um tempinho parada por conta da pandemia da Covid-19. Mas não dava ares de que tinha mudado tanto assim. Não pelo menos para causar euforia (embora tenha existido, sobretudo nas redes sociais).
Se a pausa, não trouxe grandes mudanças, também não significou tanto para que as pessoas - desde o mais "apurado" jornalista até o dono (ou dona) do perfil "zueiro" com menos seguidores - pudessem usá-la para reflexão. Desde a Austrália em março, até a retomada do campeonato para valer agora, em julho, poucos, ou nenhum deles, parecem ter feito valer o tempo para "compreender minimamente" a categoria que mais gosta sendo também a que atrai mais atenção no mundo todo, nem mesmo, fazer uma autocrítica sobre o divulgo de suas opiniões.

Dito isso, peço desculpas, antes de mais nada, para todos que vão ler esse texto sobre o GP da Áustria. São três desculpas que espero que aceitem: 
a) pelo tamanho do texto; 
b) pode soar que eu esteja impondo opiniões (mas adianto que essa não é a intenção, nem mesmo teria tal pretensão);
c) também não quero dar indiretas, causar desconforto, nem mesmo buscar inimizades. 
Quero só ponderar os lados das coisas, sem que tudo fique parecendo um grande conto de fadas, algo que não é.

Como já disse, houve muita euforia com o início da temporada, finalmente. Mas no fundo, eu mesma duvidava que fosse uma boa ideia, trazer os GPs em meio à uma pandemia e expor todo mundo à uma situação de protocolo, desconfortável. Não quer dizer que tenha mudado de opinião, mas fico feliz em admitir que parte das minhas previsões - no que diz respeito à resultados, em suma - do post anterior, foram aniquiladas com a corrida de ontem. 

Tudo começou com os treinos livres. Havia quem gostasse demais da ideia das Ferraris estarem muito mal e começassem seus rompantes de chacota, especialmente em relação ao uso de um motor irregular no ano passado. 
Sambar na cara de Sebastian Vettel virou um esporte a parte desde de, pelo menos, 2008. E isso, até mesmo a mídia fazia, mesmo que fosse de forma velada. Alguns repórteres nunca esconderam inclusive, as suas preferências por qualquer outro piloto, que não fosse ele. Isenção? "Nem a pau, Juvenal!"

Obviamente, depois de relatar em entrevista que a Ferrari não havia feito nenhuma proposta para que ele permanecesse na equipe, Vettel reforçou algo que eu já sabia. Foi pego de surpresa quando recebeu uma ligação de Mattia Binotto dando conta de que "dispensava seus serviços para 2021. Mas eu, poderia estar só decepcionada, mas não reagi com surpresa de jeito nenhum. A decepção certamente era por constatar que eu não estava tão errada em prever que a equipe vermelha estava prestes a humilhar mais um profissional e quiçá, destroçar o resquício de dignidade que Vettel poderia ainda ter. 

Diante de uma mentira (!!!) sobre proposta e acordo que não foi atingido e divulgado na mídia como "ele não quis ficar conosco por um ano e um salário mais baixo", eu espera um pouco mais dos "insiders" sobre a gravidade que é uma equipe agir assim com um tetra campeão.
A opção destes foi relatar todos os resultados ruins do Sebastian com a equipe como justificativa da dispensa e ignorar qualquer tratamento descente que o cara pudesse ter por parte dos administradores. Aceitaram a "desculpa esfarrapada" de que a decisão foi abrupta por causa da crise gerada pela pandemia e tocaram para o próximo assunto. 

Depois de naturalizarem a decisão da equipe dessa forma, aí sim, a decepção foi ainda maior com alguns profissionais da mídia especializada. Na Sky Sports, o ex piloto da F1, Jenson Button ponderou o quão infeliz era atitude da equipe e quando "passaram pano" para a Ferrari dizendo que, Seb apenas venceu 14 corridas em 5 anos de Ferrari, Jenson disse: "E alguém venceu mais?"
O silêncio - ainda rápido - que se seguiu, deixou a pergunta como retórica.
A Ferrari, desde 2015 venceu 17 vezes. Kimi Räikkönen venceu apenas EUA em 2018 e Charles Leclerc venceu duas no ano passado. Todas as outras 14 restantes são da conta de Vettel. Isso não impediu que eles chutassem a sua bunda. Os erros são a justificativa mais plausível para a demissão.  Ou seja, na contramão do argumento de Jenson, era melhor brindar debates com a situação da falta de foco do piloto alemão - pois isso atrai puxa-sacos (para os jornalistas adeptos ao "respeito pela informação" baseada em fatos e dados) e brincar com as suas "rodadas" na pista (por pelo menos 90% dos fãs da categoria) pois isso atrai seguidores e risadas.

Desse último grupo, não é difícil encontrar aqueles que se menosprezam Vettel de forma idiotizada: "como é que esse cara venceu quatro anos na F1" seria um dos "grandes mistérios da humanidade.  
Embora seja ofensivo, arrisco dizer que isso é sinal de déficit cognitivo, uma vez que Vettel conseguiu esses quatro títulos numa das fases mais competitivas da F1 atual, inclusive quebrando recordes sobre a precocidade das conquistas. Sugerir o contrário é implausível.

Pois porque voltar à esse assunto? Bom, eu tenho um motivo: nos treinos livres de sexta, pude observar um certo "oba-oba" era em relação ao desempenho da rosada Racing Point. Usando um carro semelhante (para não dizer igual) ao da Mercedes no ano passado, alguns ficaram surpresos com os bons resultados até mesmo de Lance Stroll. A "novidade" virou empolgação. Se alguém dissesse que a F1 estava igual o de sempre, ia ser criticado. "Olha lá, a Racing Point trazendo "caras novas"... É bom acreditar nessas coisas. Mas eu, tô ficando velhinha já, então, ranzinza até os ossos. 

No entanto, esse "evento" só provava uma coisa para mim: um carro equilibrado e um bom motor, faz qualquer um se destacar, para vencer corridas, é necessário mais coisas - talento nato e principalmente, um ambiente de apoio favorável. O resto: "conhecimento técnico", "treino", "anotações e planos mentais"e etc, é bônus. 50% do que é muito necessário para um piloto é o talento. Com um carro bom, qualquer um parece talentoso.
Assim, a premissa que acompanha o fã da F1 é o seguinte: quando o resultado ruim de carro ruim é culpa do piloto (vide Vettel), e o resultado bom, de um carro excelente, é mérito exclusivo e genialidade pura e simples, do piloto (vide Hamilton). Quem acompanha meu blog, sabe. Digo isso, todo maldito texto que posto.

Confunde-se ainda, em casos de bom carro e bons resultado, com competência. 
Vou dizer o que eu entendo por competência: ser competente é fazer um trabalho que ninguém mais fez, nas mesmas condições que os outros. A competência é dada pela formação. A obrigação é dada pelo sistema. 

No caso da F1, a situação tem um acréscimo: ocorre uma competição. Então quem mais tem, melhor faz. Assim, a Mercedes não é mais competente, ela é obrigada a entregar resultados fora de série. Ela  voltou à F1, em 2010. Neste ano, foi a quarta colocada no campeonato. Em 2011, a mesma coisa. Em 2012, deu uma caída de produção e foi apenas a quinta melhor equipe. Em 2013, ela já era vice. E então, a Mercedes foi competente em 2014. Nos anos seguintes, só precisoram manter-se no topo. A competência passou a ser caso das outras equipes; aquelas que tentaram (e até hoje, patinaram) em se aproximar da Mercedes durante toda uma temporada. Nenhuma foi "competente" o suficiente, para sequer, colocar um suor frio nos dirigentes da flecha de prata (esse ano, flecha negra). 
E isso, tem uma lógica - quanto mais dinheiro se ganha vencendo campeonatos, mais se tem para fazer um carro cada ano, mais e mais imbatível.
Depois de 2014, eles não estão no mesmo patamar do resto, então o grau de competência aí, não é mais tão forte quanto o da obrigação. Por isso, a proposta de teto orçamentário parece tão atrativa e dá indícios de solucionar boa parte dos problemas da atual F1.

Comentando sobre os pontos que eu acertei em relação ao primeiro GP da F1 2020, preciso pautar que é uma pena que eu esteja certa sobre a Ferrari. Vettel teria um ano difícil. 
Eu disse em janeiro deste ano (podem procurar nos arquivos do blog) que prolongarem o contrato com Charles Leclerc era apertar o nó no pescoço de Vettel. 
Antes de ser pauta, eu já cantava a pedra. As declarações da equipe, deixavam tudo bem claro. Logo depois da afirmação de contrato com o monegasco, disseram que "deixaram" Vettel vencer em Singapura 2019, para já se precaverem de críticas à equipe, jogando a informação como se o alemão tivesse imposto a situação como um menino mimado e incapaz de vencer uma corrida.
O mais grave, estava na mesma época já ditado, mas poucos deram a devida importância: contaram que o carro de 2020 seria mais adequado ao Vettel.
Assim, previ o seguinte: o carro seria ruim, mas Leclerc teria melhores resultados que o Sebastian, por uma questão bem simples - a decisão de torná-lo primeiro piloto e portanto, ter todos as prioridades. A imprensa colocaria que o Leclerc fazia milagres com um carro "mal nascido" enquanto Vettel ia dando murros em ponta de faca, mostrando sinais de fraqueza. Tudo isso, era o cenário marcado para acontecer em 2020 e justificaria quando a equipe anunciasse a sua saída da equipe, às voltas do GP da Itália. 

E vejam, lá em janeiro/fevereiro eu dizia isso. Só que aí veio o Covid-19 e acelerou as decisões da Ferrari em dispensá-lo antes de fazer a sangria. No primeiro GP do incomum ano, todas essas opiniões viraram realidade e o resultado da corrida comprovou que agora, eles não estão nem aí para Sebastian Vettel.
Vettel rodou e todo mundo achou graça. Podem procurar, muita gente disse que "Charlinho" tirou "leite de pedra" na corrida de ontem. 
A crítica e a chacota, permanece invariável. 

Mas nem tudo é "eu avisei!" em relação ao GP austríaco. Eu errei quanto aos resultados finais. Na pole position, deu Valtteri Bottas e não Lewis Hamilton, que tinha o nome em qualquer aposta e também era o favorito, já que tinha marcado os melhores tempos em todos os três treinos livres.
De qualquer forma, eu não fiquei quieta. Sabia que, na largada, a troca de posições poderia ocorrer. Se Bottas ia ser carne de pescoço para o politizado companheiro, isso era uma coisa que, precisávamos conferir. De todo modo, a vitória da Mercedes era certa e isso, não precisava ser mãe Dinah para contar.

Max Verstappen se classificou em terceiro. 
Um grandioso quarto lugar de Lando Norris fez muita gente sonhar em ver a McLaren, no pódio de novo. No GP do Brasil ano passado, Carlos Sainz conquistou um, mas fez festa do champanhe muito tempo depois da punição de ter saído a punição para Lewis Hamilton. Não tinha o gosto certo de evolução. 
Atrás do garoto fã de leite, Alex Albon, seguido de Sergio Pérez, Leclerc só em sétimo, Sainz, Stroll e Ricciardo, fechavam o pelotão dos 10 primeiros. Vettel era apenas o 11º, mostrando já a despreocupação da Ferrari com ele. 

Mais tarde, surgiu a possibilidade de uma punição à Hamilton. Ele havia aberto volta sob bandeira amarela - causada por uma Renault - e também, saído da pista. Não precisava pensar duas vezes, o "no further action" estava à caminho. 
Dito e feito.

Ainda que tenha torcido (confesso)  para que Max Verstappen fizesse um show à parte, a Red Bull estava arquitetando o extra pista que, para muitos, soava como "mimimi". Primeiro, pediram na sexta-feira que a FIA desse explicações sobre a DAS da Mercedes. Afirmando (de novo) que o tal dispositivo é legal, a RBR queria se certificar disso para implementar o sistema.
Não satisfeitos e (talvez até corretos em insistir), a equipe não saiu da aba da Mercedes e recorreu protestando sobre a decisão de não punir Hamilton, no sábado, baseando-se nos pontos das regras.
E de fato, a MIA, quer dizer, a FIA faz o uso das regras só quando convém. Parece que tomaram vergonha, e antes da corrida, o pessoal percebeu que o carro de Hamilton estava sendo posicionado no P5.

À respeito do extra pista, havia a chance de fazerem algum tipo de manifestação sobre o movimento  Black Lives Matter. Depois do briefing de sexta, Romain Grosjean iria conduzir a discussão e levantou a proposta dos demais acompanharem Lewis de ajoelhar durante a execução do hino. De qualquer modo, ninguém foi obrigado a fazer isso e decidiram que cada um manifestaria da forma que fossea sua escolha. A maioria ajoelhou e quem não, mostrou união usando uma camiseta com os dizeres "end racism". 
Tudo isso ainda está sendo um assunto espinhoso e controverso. Não se sabe o que o fato de que Raikkonen, Giovinazzi, Leclerc, Verstappen, Sainz e Kvyat não terem se ajoelhado significa exatamente. Não cabe, inclusive, julgar de forma radical. Pode ser que cometamos alguma injustiça com os caras que ficaram de pé. De qualquer modo isso é outro assunto para um outro momento, se houver oportunidade. 

A largada foi dada, e não tivemos muito que fosse digno de nota. Depois do apagar das luzes, Hamilton foi para cima de Albon, mas o piloto da Red Bull manteve a quarta posição. Verstappen conseguiu manter Norris atrás. Bottas abriu vantagem (claro!) e Vettel conseguiu o 10º lugar de Ricciardo.Pérez e Leclerc, disputaram, mas ainda que o mexicano ficasse em sexto, o oitavo Sainz pressionava o piloto da Ferrari. Na sequência, Norris caiu para quinto, sendo ultrapassado por Albon e Hamilton.

Antes da volta 10, Hamilton ultrapassou Albon. Logo depois, Verstappen teve problemas na caixa de câmbio e se dirigiu para os boxes, logo ficando claro que precisava abandonar. Hamilton era sortudo até nisso! Ele já estava pronto para ter a única dura disputa da corrida, sem ter feito o mínimo do esforço. 

No turma do fundão, pouco acontecia. Russell e Latifi eram os dois últimos. A Williams passa por uma crise triste. Grosjean aparecia logo à frente, atrás de Raikkonen e Giovinazzi, o 15º. No meio, Stroll, Vettel e Ricciardo travavam forte batalha pelo oitavo lugar. Uau! Lá perto da volta 18, tanto a Racing Point quanto a Renault tiveram problemas, abandonando a corrida prematuramente. Um terço da corrida, e 3 carros abandonando? Isso ajuda a explicar porque fazer o retorno da temporada, nessas condições, parece ruim mesmo... 

Na 20ª volta, Grosjean errou, saiu da pista e acabou caindo para último, para alegria dos seus detratores, mas não por muito tempo, ele fez um pit stop e voltou para as pistas. O seu companheiro, Kevin Magnussen garantiu o resto da reclamação sobre a Haas, já que também errou logo depois, em briga com Esteban Ocon. Saindo da pista com um aparente problema nos freios, ele foi o quarto a abandonar o GP e ainda, gerou uma bandeira amarela no trecho que ficou preso. Para tirar o carro, entrou o Safety Car.

Como o de costume nessas situações, os carros fizeram suas trocas de pneus, com a Mercedes fazendo o pit stop de seus dois pilotos em sequência, e (claro!!!) com sucesso. As posições se mantiveram: Bottas, Hamilton, Albon, Norris, Pérez, Leclerc, Sainz e Vettel. Fora uma Racing Point e duas McLarens, nada anormal, certo?

Na relargada, Vettel foi para cima de Sainz, e... rodou. A transmissão dava conta de que Seb havia perdido o ponto de frenagem e, para não bater na McLaren, acabou rodando, ficando em penúltimo. Nas rede sociais, as pessoas diziam que, após a rodada dele, finalmente eles sabiam que a F1 tinha voltado. ¬¬'
Mais tarde, Seb acabou lamentando que, pelo menos, só rodou uma vez. Quem viu os vídeos de como o volante e o eixo do carro dele se comportou durante a corrida, pode já entender que isso não tem nada de engraçado. 
Essa é só a ponta do iceberg, não seria de duvidar que o carro de Vettel quebre ou dê sucessivos problemas nas próximas corridas, já que está na cara que Binotto e companhia quer ele longe de lá, proporcionando a qualquer oportunidade, um ambiente inóspito para o tetracampeão.

Pouco depois, Pérez foi para cima de Norris e subiu para o quarto lugar. No terço final da prova, Hamilton mantinha a diferença para Bottas em menos de um segundo, perseguindo-o. Faltando 25 voltas do fim, os pilotos da Mercedes foram avisados de que o câmbio de seus carros estava com problemas nos sensores, de modo que deveriam evitar o ataque às zebras... 
Enfim, aquele lance que faz a transmissão começar a projetar abandonos ou problemas dos pilotos de ponta, dando ideia de que haveria uma reviravolta e "emoção à vista!". Mas se enganam se isso, deixou a corrida melhor. Até aquele momento, ela estava tão morna quanto qualquer outra. 

Nisso, Grosjean e Russell foram o quinto e o sexto a abandonarem. Fazia tempo que não via uma corrida com tantos abandonos assim. Como Russell deixou o carro na pista, outro Safety Car foi acionado e juntou todo mundo, de novo. Isso também, beneficiava o Hamilton que aproximava ainda mais de Bottas e teria chance de ultrapassagem na relargada. 
Novos pitstops e a lambança do momento. Relargada, Albon ultrapssou Pérez e... outra bandeira amarela. A causa foi Raikkonen: a roda dianteira direita saiu de seu carro, e espirrou deixando o finlandês sem o que fazer. Na corrida, isso acabou ocasionando oooooooutro safety car. Por sorte, ninguém se feriu.

Quando o terceiro SC deixou a pista, a 10 voltas do fim, Albon foi para cima de Hamilton, por fora. Hamilton deu aquela jogadinha sutil de carro para o lado do adversário que sempre (SEMPRE) faz e eles se tocaram. Albon saiu da pista, e mesmo estando com boa parte do carro à frente, saiu pela área de escape e caiu para último.  
Claro que ninguém via problemas na manobra de Hamilton. A tese validada pela maioria é que Albon errou ao tentar passar por fora onde "não havia espaço". 
Um milagre aconteceu: Hamilton tomou punição de 5s e passou a tentar tirar o mínimo que pudesse para não perder muitas posições.
Se eu acho a punição justa? Sim. Porque é com o Hamilton? Principalmente. Tem que acabar com a seletividade. Ou punem todo mundo que "fecha a porta" e tira os caras da pista, ou não punem ninguém. 
E eu confesso que esperei chiadeira, do inglês. Mais uma punição, e eu acho que ele explode. E se houver uma terceira situação envolvendo o Albon, começa a ser pessoal, mesmo que ele negue isso. O hexacampeão pediu desculpas em uma entrevistas, mas depois de ver o replay já não admitiu tão bem assim que tivesse sido o culpado e disse que era um "incidente de corrida". Ah, porque eu me surpreendo?

De forma surreal, Leclerc surgiu na corrida. Ele partiu para cima de Norris e Pérez e se colocou em terceiro. Ele ia par ao pódio com uma péssima Ferrari. Isso só reforçava que, o mínimo que a equipe conseguir esse ano, será dele, corroborando com o discurso de que Vettel merecia ser demitido. 
Não vou voltar ao assunto, prometo. 
Pérez foi outro a ser punido em 5s no tempo de prova, por exceder o limite de velocidade no pitlane. Norris então, poderia estar no seu primeiro pódio, e para isso, ele precisava acelerar muito, já que Lewis estava andando bem para manter, pelo menos, o terceiro lugar. 

No fim, não teve vitória do Hamilton, mas teve da Mercedes, com o Bottas. Eu torci para que a Ferrari se ferrasse, mas não deu, ela ocupou o segundo lugar, com gosto de vitória. Ao menos, Norris foi a boa novidade do domingo. É sempre bom ver os jovens ficando felizes e recompensado os esforços durante o trabalho. Deve ter faltado leite ontem na Áustria!

Lewis terminou em quarto, seguido de Sainz, Pérez, Gasly, Ocon, Giovinazzi e Vettel. 

A mudança estava aguardada para o pós corrida: os vencedores saem dos carros e são obrigados a vestirem uma máscara. As entrevistas e comemoração com um pódio são feitas, quando estacionam os carros, na linha de largada, obedecendo os limites de distanciamento. A coisa mais esquisita já vista e até mesmo, triste. Ninguém se toca direito.

E esse fim de semana, já tem outro GP na Áustria, chamado GP Styria (Estíria). Então, acostumem-se, porque eu vou acabar voltando...

Abraços afáveis!

Comentários

Carol Reis disse…
Sem dúvida que Leclerc foi visto como alguém que tirou leite de pedra, quando na verdade foi alguém que aproveitou as oportunidades que surgiram, o que é diferente de tirar leite de pedra. Em condições normais, ele nem teria encostado no pódio e o próprio sabe disso, mas né...o importante é falar mal do Vettel.
Manu disse…
Sempre. Afinal de contas, falar mal do Vettel dá um ibope danado. Tem jornalista aí se fazendo valer disso, e também a puxar-saco do Hamilton, para garantir ser chamada de "melhor 'insider' da F1".

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