O campeonato após Silverstone: como ficou?
Depois de todo aquele esquema diferentão na casa da F1 em Silverstone, qual foi o resultado em termos de pontos? Como vamos para o GP da Hungria, o último antes da segunda metade da temporada e as férias de verão?
Vamos aos dados!
Até sábado, Max Verstappen havia aberto 33 pontos de diferença para Sr. Lewis Hamilton.
Se lembrarmos Áustria, Max tinha fechado a semana com 32 pontos à frente do inglês. A corrida Sprint teve ainda esse lance bem custoso que obriga a gente a achar mais uma desvantagem: 3 pontos para o vencedor poderia ser bem bacaninha. No entanto, como Lewis foi segundo e marcou 2 e Bottas, em terceiro, pegou o último ponto disponível, a Mercedes fechou 17 suadas voltas deixando 1 ponto de vantagem para o holandês da rival.
A tal vitória deu apenas um ponto a mais, mas foi a gota d'água para todo o "stress" de domingo.
Por conta do passar e tomar a ponta, Lewis agiu (desmedidamente) no domingo e, de algum modo, se beneficiou muito mais do que teria sido se fosse qualquer outro piloto: punição irrelevante, ele ainda venceu a corrida, marcou 25 pontos e Verstappen... Bem, como estava fora, graças ao mesmo personagem... Zero.
Eis a raiva da Red Bull justificada em miúdos.
Se você aí discorda dela, não cabe mais nos números. É outro assunto.
► A diferença entre os dois ponteiros do campeonato caiu de 33 para 8 em menos de 24 horas. Na rodada tripla que tivemos antes, Max marcou 32 pontos a mais que Hamilton. E isso foi resolvido em segundos. Eu ainda cheguei a comentar aqui que se Verstappen não quisesse ir para Silverstone e ainda teria, pelo menos, 6 pontos de vantagem.
Eu não devia ter escrito isso... ¬¬' Mas escrevi e acabou acontecendo um resultado semelhante.
Claro que, quanto mas acirrado, melhor é para nós, afinal: "Temos um campeonato".
Mas... Sempre houve um campeonato, diga-se de passagem. Mesmo quando era de um cara só.
O que a gente queria era imprevisibilidade. (Talvez isso sim, esteja a perigo.)
► Max, mesmo não marcando pontos pela segunda vez no ano, ainda está muito a frente de seu companheiro de equipe, Sergio Pérez. São... *limpando a garganta* ... 81 pontos que separam o piloto holandês do mexicano!!!
A queda do Pérez na tabela também assusta, afinal, ele acabou não marcando pontos na corrida inglesa: ele saiu da terceira colocação para a quinta, legitimando a subida não só de um, mas dois pilotos que tem tudo para continuarem só aumentando os pontos nas etapas seguintes: Lando Norris e Valtteri Bottas.
► E já que falamos deles, começamos pela diferença interna: Hamilton tem, agora 69 pontos de vantagem em relação à Bottas.
Não periga, de modo algum perder a segunda colocação, obviamente, então, fazer a conta entre ele e o terceiro colocado, é bobagem, mas aqui vai: antes, a diferença entre Lewis e Checo era de 46 pontos. Agora, em relação ao novo terceiro, Norris, é de 64 pontos.
► Norris já não está tão confortável quanto o compatriota no retorno a terceira colocação na tabela de pilotos -- Bottas está à espreita. Cinco pontinhos separam ele do menino de ouro da McLaren.
Ainda que Daniel Ricciardo tenha melhorado e marcado um bom quinto lugar, não foi o resultado certo que teria aproximado ele de Norris quanto a pontos. Depois do GP austríaco, eram 61 pontos de desvantagem para o australiano sorridente. Após Silverstone, são 63.
► Bottas subiu uma posição, vai à caça de Norris, sem dúvidas, se posicionando em terceiro em breve. É vantajoso para ele: motiva, ajuda a equipe e pode ser argumento chave para a permanência (se é que ainda existe essa negociação). Caso não seja, é propaganda para convencer outras equipes.
Antes de Silverstone, ele estava confortável: estava em quinto e tinha 30 pontos de vantagem para Charles Leclerc, o sexto na ocasião. Agora, o rival direto passou a ser justo o segundo piloto da Red Bull: Pérez está em sexto e tem só 4 pontos a menos que Bottas.
Bottas tem mais chances que o mexicano. A conferir.
► A única coisa que o Pérez pode ver de luz no fim do túnel, agora é o fato de estar 24 pontos do sétimo colocado. Leclerc. No entanto, pode fazer corridas semelhantes a que fez em Silverstone e se tornar pedra no sapato se o mexicano não "arrumar a casa".
► O monegasco em questão, não saltou de posições, mas os 18 pontos foram cruciais para aumentar a diferença dele para o companheiro, Carlos Sainz. Desde a Áustria, ele só tinha 2 pontos de vantagem. Agora são 12 e mesmo fazendo boas corridas, o pódio do Lelcerc pesou um pouco.
► Sainz tem 18 pontos a mais que Ricciardo e a disputa no campeonato de construtores precisa muito dos resultados positivos que os dois trouxerem para a Ferrari e a McLaren, respectivamente. Até essa última etapa, Sainz, de fato, tem feito um trabalho muito bom deixando a McLaren bem ainda pelo trabalho de Norris.
► Ricciardo está longe do companheiro e ainda longe de ser aquele cara que imaginávamos ser campeão mundial um dia. Sua diferença para o nono colocado é de 11 pontinhos. E o número 9 da tabela não marcou pontos nessa última corrida...
►Pierre Gasly era um dos pilotos que estava sempre no top 10. Em Silverstone, ele ficou fora da zona de pontuação e atrás do companheiro, o mini piloto Yuki Tsunoda, pela primeira vez no ano.
Ainda com 39 pontos somados, Gasly tem 9 de vantagem para o décimo colocado e 29 em relação à Yuki, o 14º na classificação geral.
Prejuízo enorme em terem sido tirados da disputa e ter como segundo piloto alguém inferior ao Bottas. Assim, agora, até o campeonato de construtores está apertado: são 4 pontos que separam as duas equipes da ponta.
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