Temporada 2021: Grande Prêmio do Bahrein

Aconteceu, ontem, a primeira corrida do ano de 2021!
Foi um fim de semana empolgante e a corrida, cheia de detalhes... Para abrir com chave de ouro, as colunas pós corrida da temporada aqui na página, convidei meu amigo de longa data, Ron Groo, para escrever um texto bacana para mim. E ficou ótimo, como eu já esperava que fosse. ^^
Confiram!

***
Grande Prêmio do Bahrein - por Ron Groo

Era uma vez uma categoria de automobilismo que vinha sob um domínio massacrante de uma equipe.
Equipe essa que tinha apenas um piloto e não precisava de mais...
Ganhava corridas com larga vantagem, sem oposição imediata e nenhuma sombra sobre seu horizonte.
Seu piloto, quebrando recordes atrás de recordes, já começava a ser questionado: “-E se tiver um adversário à altura?”.
O fato é que sim, ele tinha adversários à altura, mas infelizmente, o carro dele não.
Bastou uma pequena mudança no regulamento ao fim da temporada 2020 para que os outros diminuíssem um pouco a distância para o carro multivencedor.
E quer saber? Foi o bastante.

A Mercedes não andou para trás como dizem.
Continua um carro rápido, confiável e vencedor.
Para se ter uma ideia, apenas uma equipe conseguiu encostar nela em termos de performance na corrida de abertura de 2021: a Red Bull.
Ainda que as distâncias em termos de tempo na qualificação tenham ficado apertado entre vários times, na corrida (que é o que importa) o ritmo garantiu – com folga – que o time alemão ficasse na frente de quase todos.
Quase?
Quase... Porque faltou falar sobre isso com Max Verstappen.

O holandês dominou os treinos, fez a pole, largou na frente e ficou lá até tomar o undercut do Hamilton.
Mas com o carro bem ajeitado e o arrojo de sempre, ainda contou com mais um dia normal na vida do companheiro de equipe do Hamilton para garantir que a briga ficasse apenas entre cachorros grandes.
A estratégia estranha de paradas da Red Bull foi que garantiu a emoção no fim da prova.
Como nos velhos tempos, diferença sendo tirada  na pista segundo à segundo com tempo para encostar no líder e com voltas suficientes para garantir um bom pega com uma ultrapassagem segura.
Infelizmente, a ultrapassagem não foi segura e teve problemas com track limits, mas não apagou o brilho da disputa. Embora lhe tenha custado a vitória.
Se o fim trouxe o cara de sempre ganhando, o meio mostrou que as forças se equilibraram.
Mais um detalhe... 
Sérgio Perez ficou parado no fim da reta na volta de instalação, isso fez com que a corrida caísse de 57 para 56 voltas.
Será que com uma volta a mais o Max não teria ultrapassado o Lewis?

Mas a corrida não se limitou à briga entre os dois ponteiros e nem à burrice do segundo piloto do carro preto...
As diversas ultrapassagens no pelotão intermediário (o tempo todo), as performances bacanas do retornante Fernando Alonso (abandono por falta de freio), de Kimi Raikkonen (11, apesar do carro), Sérgio Perez (quinto, mesmo largando dos boxes.), Leclerc e sua Ferrari...
As performances seguras e constantes das duas McLaren e das Alpha Tauri também animam.
Mas no quesito estreia de respeito tem que se falar obrigatoriamente do japonês Yuki “Tsuname” Tsunoda.
Nunca um nipônico estrou tão bem na categoria, sem desconfianças e com um resultado tão bom: nono lugar e dois pontos.
Já o piloto russo... Bom, que trouxa! Eu ia dar zero para ele, mas ele mesmo se deu o fim de semana todo. Rodou em todos os treinos, na corrida, no banheiro depois que abandonou... Se não fosse o patrocinador master do time, não chegaria ao meio da temporada.
Sem “se”, sem “mas”. Foi um Corrida com C maiúsculo e um final de prender o folego.
Um segundo round para daqui quinze dias na pista um tanto apertada (e ultrapassada para os F1 atuais) de Ímola. 

***

Eis o resumo mais que perfeito para nossa página! Os textos do Ron sempre são diretos ao ponto e recheados de verdades. É o meu presente para vocês, fã do automobilismo e que acompanham a minha página, mesmo com a minha ranhetice escorrendo pelos textos que posto.
No entanto, já prometi não estressar e me controlar. Ao longo da semana, faço minhas notinhas e posto um infográfico do Grande Prêmio. 
Deixo aqui o meu muito obrigada ao Ron Groo por mais esse favor (essa semana estou devendo ele 'muitão' pelas ajudas!)

Feliz temporada nova, meu povo!
Abraços afáveis!

Comentários

Mário Paz disse…
Gente, eu fico impressionado com a facilidade que a mídia tem em afirmar que a Mercedes não é o melhor carro ! Acontecia nos de 2017 e 2018 contra a Ferrari e agora a bola da vez é a Red Bull...Obvio que essa premissa enaltece o Rei Lewis e seus feitos mas isso é só uma coincidência...Para se concentrar somente nessa temporada, cadê a superioridade da Red Bull ? Perez nem consegue chegar ao Q3...carro do Checo tem apagão durante volta de apresentação...problema no diferencial de Verstappen...facilidade com que o mediano Bottas acompanha a Red Bull...antes do primeiro pit, Max com pista livre abriu somente 2 segundos para Lewis, por isso tomou o undercut...Reparem que esses adversários da Mercedes, antes Ferrari e agora Red Bull, sofrem dos mais variados problemas técnicos, quando não quebram mesmo, porque configuram seus carros no limite, sacrificando confiabilidade em prol da velocidade na tentativa de andar juntos com os prateados, ao passos que esses correm tranquilos e serenos porque mesmo ? Porque não estão usando maximizando recursos, usam configurações mais conservadoras,tem sobra, tem reserva pra pisar mais fundo...O roteiro já tá escrito, Lewis está motivado porque quer vencer o campeonato com um carro inferior (What ???) e calar os críticos ( Mas que críticos KKKKk)
Manu disse…
Concordo com você, Mário! Plenamente.
Eu fico muito chocada com a narrativa de que a mídia constrói e tantos outros seguem como postulados. Carro inferior? Ah, não mesmo.

Vai ser um longo ano baseada nessa falácia...

Abraço e obrigada pela comentário!

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