Notas ácidas (ou não) da F1 (6)

Temos assunto? Temos, sim senhor e sim senhora!

Nota 1:
Partimos ainda do último GP - o GP da Itália, em Monza - a corrida que apelidaram de "maluca". 
Acho um adjetivo muito ruim para um momento tão festivo desse campeonato morno e sem graça que tínhamos. Mas, enfim... Nele, Carlos Sainz Jr., segundo colocado na corrida, revelou que estava desapontado com a colocação, mas foi realista: ele soube admitir que, antes do Safety Car e bandeira vermelha, no máximo ele tentaria seguir o ritmo do Lewis Hamilton e teria terminado na mesma colocação.
Sainz se mostrou bem pés no chão. É bom ter isso em mente para 2021...


Já Lance Stroll foi muito vislumbrado. Após a bandeira vermelha, o piloto da equipe do pai Racing Point saiu em segundo na reposição da largada. Porém, tendo escapado e perdido posições, precisou se recuperar para chegar ao pódio - o que já foi um feito notório. 
Mesmo assim, afirmou que a "vitória escapou pelas mãos" dizendo ainda que a corrida era dele, antes de ter escapado por falta de aderência na relargada. 
Achei exagerado. Até porque, pela consistência de Pierre desde a relargada, mantendo a posição, era justo que ele vencesse e não Stroll. Além disso, a corrida não "era dele", mas sim do Hamilton. 

Tradução: "Certo?!"

Pierre Gasly, no entanto, ficou genuinamente contente. Não é para menos: em 18 meses, ele passou por muita coisa, incluindo a perda de um amigo (Anthoine Hubert, da F2). O rebaixamento da Red Bull para a então Toro Rosso, agora, AlphaTauri não foi o melhor tratamento do mundo, mas o que não mata, fortalece.
Com a vitória, Gasly fechou a boca de muitos e quebrou um jejum de 24 anos sem vitórias de pilotos franceses na F1. 
Ainda bem que foi ele e não um tal de Esteban Ocon.... 


Nota 2:
Falando nele, Ocon protagonizou situações no mínimo vexatórias pós o GP italiano: a primeira delas foi ter batido boca com seu engenheiro e depois o chefe da equipe, Cyril Abiteboul. Depois da bandeirada, levando a Renault ao oitavo lugar depois de ter largado em 12º, ouviu elogios e parabéns do engenheiro por ter ganhado 4 posições. 
Não soando nem um pingo arrogante, disse: "Discordo, nos perdemos totalmente nessa corrida. Perdemos uma oportunidade enorme". No que ouviu isso, o engenheiro não viu outra alternativa em responder: "Não pelo rádio, não pelo rádio, vamos falar sobre isso depois. Obrigado". Querendo retrucar, disse que "tinham que enfrentar a realidade", no típico ato de lavação de roupa suja ou DR de casal. O chefe Cyril Abiteboul, precisou intervir nesse momento: "Esse não é o lugar para isso" no que enfim, calou de uma vez por todas o (infantil) francês. 


Logo, Esteban voltou atrás e deu declarações mais amenas, atribuindo a situação de ter ficado apenas com a 8ª colocação, à falta de sorte. 
Mas, ele manifestou falta de entendimento e maturidade das coisas, e não só com seus superiores - em outro momento: numa postagem infeliz na sua conta do Instagram. Falando da corrida, ele não disse em relação ao Gasly. Para completar, a foto é um clique dele à frente do compatriota. 


Em tese, a rixa dos tempos de kart ainda permanecem sendo carregadas por Ocon e isso é mau para a sua imagem - no entanto, não me surpreende. Não fui e nem vou com a cara dele.
Como a leitora Carol comentou no post passado sobre a corrida, vai ser interessante imaginar o comportamento de Esteban, ano que vem, sendo companheiro de Fernando Alonso...


Nota 3:
Outro que não sabe perder, digo, não sabe controlar-se, é o Hamilton. 
Apesar de ter elogiado o desempenho de Gasly, ele soltou, na mesma declaração que "a corrida não era para ser sua". O cara está com 89 vitórias e ainda ficou de mesquinharia por conta de uma vitória perdida para um jovem que teve a sua 1ª chance depois de uma confusão dos diabos na carreira dele?

Tradução: "Oh, Por favor!"

Claro, que ele colocou toda a culpa e encheu de "defeitos" as sinalizações e a atitude dos comissários, por ter sido tão injustamente punido. Além disso, "não sabia" que deveria olhar para a esquerda para saber se o pit estava aberto ou fechado depois do abandono de Kevin Magnussen. 
Colocar a culpa em todo mundo, exceto, na equipe ou na sua falta de atenção, é algo comum. Antonio Giovinazzi que foi punido pela mesma ação, contudo, não fez nenhum "show" desse nível.


Esse stress todo só me fez pensar que nem se tivesse um holofote vermelho piscando, do tamanho da Lua, ele ainda não veria. 
Primeiro ponto: ele foi chamado pela equipe e sem o rádio "coach" de seus engenheiros, dificilmente ele se decide sozinho ou dirige.
Segundo ponto: No GP do Canadá 2008, mesmo com um pitlane fechado e uma Ferrari parada na frente dele, aguardando que o sinal ficasse verde para voltar à pista, ele encheu a traseira do carro vermelho. 


Era melhor que aceitasse, dissesse que era frustrante ter perdido a corrida desse modo e ficasse quieto depois. 

Nota 4:
Depois de criticar duramente Alex Albon, Hamilton "subiu no palco de novo", para cutucar a Red Bull. Todo mundo sabe que Helmut Marko não é do tipo que faz decisões inquestionáveis e ainda, é muito sem paciência com os jovens pilotos. Rebaixou Daniil Kvyat e depois, Pierre Gasly, para a Toro Rosso mesmo negando que o faria. 
Hamilton disse, e agora todo mundo concorda que é sábio, que esse tratamento ao jovem francês não foi justo. 


Na hora do tombo, quem é que estendeu a mão?
Mas, não falta apoiador quando se está no topo, não é?


Além disso, isso é uma jogada muito típica de Lewis: de alguma forma, dando alfinetadas na RBR, ele ataca a equipe que é a única que pode colocar a sua garantia de pontos à rodo, um pouco comprometida. 
Em vista do que tem feito Valtteri Bottas (tem perdido o campeonato e as corridas, na largada), basta um estalar de dedos e o finlandês é totalmente refreado pela própria equipe. E eu acho que realmente é isso que está acontecendo. 
Agora, como controlar os avanços de Max Verstappen, se não atacando a sua equipe? Max se tornou o rival em potencial de Lewis toda corrida. Tanto é que, nesse GP da Itália, Lewis "comemorou" o fato de Verstappen não ter marcado pontos. 
Isso é jogo psicológico. 
Faz parte, e ele sempre faz (fez com a Ferrari nos anos anteriores), nem que seja por hobby. Porém, não acho que é necessário, no momento, provocar tanto.

Nota 5:
Gasly sinalizou - como deveria de ser - que estava pronto para voltar à Red Bull. "Bons resultados merecem ser recompensados". 
De fato. Concordo.
Mas aí que está: Helmut Marko é um cara injusto, mas não sei até que ponto ele é capaz de voltar atrás da decisão de ter rebaixado Gasly e colocar ele no lugar de Albon. Trocar a troca, digamos assim. 
A decisão não depende de Gasly, que declarou que tem consciência disso. Desde que voltou para a Toro Rosso (AlphaTauri) ele não fez outra coisa a não ser mostrar-se capaz de voltar ao posto superior, na equipe "mãe". E isso, só depende dele, e claramente, está fazendo um ótimo trabalho para conseguir essa "segunda" e justa chance.
Contudo, acredito que o retorno só será seja  possível no ano que vem. 

Atualização: Eu acabei de escrever esse post, li a matéria em que Christian Horner disse que a troca não fazia sentido no momento, mas deixou em aberto para 2021!

Tradução: Não tem esse termo em português, é como se cumprimentar sozinho...

Nota 6:
Gostaram da vitória do Gasly? Eu adorei.
Não significa nada para o campeonato. Mas eu gostei. 
No GP da Toscana, no circuito de Mugello, é provável que voltaremos à mesmice. Mas que todo mundo gostou de poder ver os caras de meio e fim de grid ficando a metade final da corrida, na frente, isso é fato.
Atenta à isso, a F1 voltou com o discurso de experimentar uma classificação com grid invertido para 2021.

Vou fazer uma provocação, pois eu sei que F1 também se pauta em desenvolvimento de carros, e fazer grid invertido é priorizar o pior em detrimento do que trabalha duro para ter o melhor carro e largar na frente. Mas vejam bem: olhem de novo para a corrida em Monza, o tanto que foi interessante ver um carro bom, realmente fazendo valer do equipamento para recuperar posições. Sair do fim, e lutar, no meio do pelotão, e vir escalando devagar, mostrando que sabe gerir ultrapassagens, que é esperto e "de outro mundo" - TODA SANTA CORRIDA.
Hã? Vamos dificultar o oitavo título? 
Eu topo. Não era para dar emoção para os fãs? Queremos ultrapassagens! Não tem mais discussão! Que venha o grid invertido!!!

Tradução: "Assine aqui"

Sim, é provocação. Afinal, precisaríamos também que os carros fossem, pelo menos, semelhantes em algum ponto, para que segurassem a Mercedes e propiciasse mais vitórias aleatórias. Ela é tão superior que, em 2021, ganharia construtores e piloto, de novo, mesmo com essas classificações de grid invertido. Eles arquitetariam alguma coisa que ajudaria no desempenho de corrida com certeza. 

E não daria mais para contar com erros de pit como foi em Monza... A Mercedes está criando um novo software que garantirá que seus engenheiros recebam a notificação da mensagem de fechamento dos boxes, já que em Monza, o responsável por isso, deu bobeira. 
"Competência e trabalho duro", lembram?


Nota 7:
E a quarta-feira ferveu! Otmar Szafnauer chefe da Racing Point, respondeu, em entrevista ao site alemão Auto Motor und Sport frases muito capciosas.  Essas frases rodaram os portais com chamadas que colocavam uma pedra no possível futuro permanente de Sebastian Vettel na F1. 
Ao ser perguntado sobre a confirmação da sua dupla de pilotos, Szafnauer disse: "Já fizemos isso há dois anos. Não há mais nada para confirmar".
O repórter então perguntou se havia mudado algo na situação de Vettel, no que ele respondeu: "Nunca esteve dentro". Isso fez com que todos "sacassem" que isso significava que Sebastian estava com as portas fechadas.


Eventualmente, Sergio Pérez deveria sair para dar lugar ao Vettel, mas como o seu caso envolvia uma grana pesada, isso soava como se ele estivesse assegurado na equipe que viria a se tornar Aston Martin. Lance Stroll, filho do dono da equipe, ficou com discursos humildes, de resiliência e Pérez, depois da Covid-19, disse que estava trabalhando duro e tinha certeza que permaneceria na equipe, tanto que não estava procurando falar com outras equipes.

Claro que, com tudo isso, não faltou "maluco" e "maluca"  para falar que Vettel se aposentaria e lançaram análises rasas baseadas nos "erros" de Sebastian como razão para sua saída da categoria, aos 33 anos.
Um cara, 4 vezes campeão mundial, teve uma má sorte: a de associar o seu nome e carreira à Ferrari - lugar onde qualquer talento é reduzido à zero em questão de dias, só porque não conseguiu resultados satisfatórios. 
Mesmo com essa questão de "resultados satisfatórios" seja questionável, não faltou gente para dizer "bem feito" e rir do fato de Sebastian "estar à pé". 


Não deu nem para esfriar o assunto e Pérez divulgou em sua conta oficial de redes sociais, um comunicado contando que estava deixando a Racing Point no fim do ano. O próprio Szafnauer - que "teria fechado as portas para o Vettel" poucas horas antes - se pronunciou depois da nota e elogiou o mexicano em todas as linhas.
Isso reacendeu uma expectativa e a bola estava de volta, nas mãos de Vettel. O problema era que, para muitos, a declaração inicial do chefe de equipe não era blefe, e sim uma esnobada - correta, sobretudo - para o futuro da equipe. O nome que pipocou como substituto de Checo era Nico Hulkenberg.

Tradução: "O quê?"

Fazia sentido, romper um contrato, perder uma grana, para trazer Hulk e não Vettel? 
Talvez.  Ainda que eu goste de Hulk, e concorde que ele saiu muito cedo da F1 e merece uma segunda chance, isso não parecia muito certo. 
No entanto, a justificativa por escolherem esse alemão, e não o tetracampeão, se pautava na "má fase" do segundo. Alguns afirmavam, com todas as letras, que Seb desaprendeu  - ou nunca soube - pilotar um F1. Era um engodo que a Racing Point fazia bem em "se livrar".
Entendidos...


Nota 8:
A Ferrari revelou suas cores comemorativas para seu 1000º GP de Fórmula 1 em Mugello neste fim de semana:


Esteticamente linda, com um vermelho mais escuro, a pintura foi apresentada no carro desse ano em uma menção à Ferrari 125 de 1950 e que marcou a sua estreia na categoria. 
O carro mostrado à todos, na quinta, era o número 16, o de Charles Leclerc - o (único) piloto da equipe. Em todo caso, a estética não vai ajudar em nada no desempenho, mas seguramente, alguma coisa será feita para o piloto monegasco - que teve problemas em duas das últimas corridas - ter um bom resultado. 

Pela foto dos pilotos, também conferimos os macacões especiais:


Reparem que as caras da dupla é de cansaço extremo. Parecem que tiveram dementadores (referência ao Harry Potter) à espreita, sugando a energia dos caras.


Na verdade não, foi só a Ferrari mesmo.

Mattia Binotto, paspalho "chefe" da equipe, voltou a negar a crise (admite, desmente... desmente, admite...), apesar do abandono duplo em Monza. 
Depois de ter afirmado semana passada, que eles sabiam que seria um ano complicado, ele voltou com esse discurso de "consciência dos problemas". Alegou que sabiam que Spa e Monza seria difícil para eles.

Tradução: "Mas que diabos!!!"

Comentei esses dias, na rede social de um amigo - que dizia que a Ferrari abandonava a corrida -, a seguinte frase: "Bem feio. Mas também, bem feito".
Um aleatório criticou os comentários logo abaixo, defendendo a equipe, insinuando que alguém os chamou de "mafiosos" e disse que as outras equipes não eram santas.

Não é questão disso. Era bem feio e bem feito, porque tratava-se de enxergar uma incompetência latente e uma enorme irresponsabilidade, também. Mereciam o que estava acontecendo com eles. Nada é gratuito, como bem disse, essa semana, Vettel.

O carro da Ferrari desse ano, é perigoso. Mas era engraçado quando Vettel perdia o controle do F1000. Aí o Lelcerc bate forte, em Monza, e as pessoas arregalam os olhos e ficam preocupadas. Começam a pensar que existe mesmo algo errado com o carro e a equipe.

Mais que isso, não se tocaram da incoerência do Binotto nas falas!!! Ele atribui os "erros" somente ao Vettel, nega crises, depois as admite e em pouco tempo, volta atrás. Vejam bem: se sabiam que em Spa sofreriam com rendimento, porque anunciaram que estava preparado algo especial para  Bélgica? Esse especial era um resultado pífio?
São uns loucos?!?

E ainda vem os seguidores tão "trelelés da cuca" quanto eles, à dizer que Vettel fora, é a solução de seus problemas?
Ah, vá...!


Nota 9:
Na madruga de quinta-feira veio a notícia que quase ninguém mais duvidava, se confirmou: Vettel vai correr de Aston Martin em 2021. A Racing Point comunicou a contratação para 2021 e mais. 


Mesmo que alguns dessem como certo a aposentadoria do alemão, isso não passou de torcida para ver o Sebastian longe da F1. Infelizmente, esse contrato significa que esse grupo, não tarda a encher o saco e falar mal dele, de cinco em cinco minutos, nas corridas. Até 2021, qualquer problema, virãoá com falas do tipo: "ainda dá tempo da Aston Martin rasgar e rescindir o contrato", conforme é dito pelos fãs do Carlos Sainz em relação à sua ida para a Ferrari.

Ainda assim, tem gente boa que gosta do Vettel. As Vettels por exemplo, ficaram muito animadas e com razão. Minha querida Carol Monteiro, ontem mandou áudios animados para mim e para a nossa querida Yasmin. Fiquei feliz por todas e todos! (Só falta Kimi decidir ficar também e aí, é correr para o abraço - ainda que virtual).
O alívio que fãs do Vettel tiveram eu consigo imaginar. Quando sofri de angústia pela saída do Kimi da Ferrari em 2009, não tive essa felicidade (imediata) de saber que ele continuava na F1, numa equipe menos "troglodita". O alívio foi uma dose pequena: estava livre da Ferrari. Demorou 2 anos para me sentir eufórica com o Kimito - ao retornar para a Lotus em 2012.  

Poder se livrar da Ferrari e ter um novo começo, é sumariamente importante. Não tenho dúvidas que Seb tem muito a contribuir para a equipe Aston Martin - mas ainda resta saber se administrativamente, tudo vai fluir bem na nova equipe. Em tese, as apostas é que será uma equipe competitiva. 
A permanência do Vettel para a F1 é fantástico e ontem mesmo, ele afirmou que esteve muito perto em se aposentar. Ele ponderou que ainda ama a F1 e que a motivação maior de poder correr na frente e buscar por vitórias é o que fez ele decidir-se por ficar e assinar com a Aston.

Tradução: "Brilhante! Bem feito!

Alguns analistas questionam a falta de senso do dono da equipe priorizar o nome em detrimento de talento. Eu só não dou risada, porque não não tem graça em pensar dessa forma. Cheguei a ler que era muito questionável que Lawrence Stroll optasse demitir Checo - que entrega resultados - por Vettel, que não entrega MAIS.
Mais?
Sim, mais... Sérgio Pérez está com 34 pontos e na 11ª colocação. Já Stroll... Perguntem!!! 
Tudo bem, eu respondo: tem 57 pontos e foi ao pódio corrida passada. 
O melhor resultado do Pérez foi uma quinta colocação no GP da Espanha, o pior GP da temporada até aqui. Stroll foi o quarto, nessa mesma corrida. Ainda contando com um DNF, Stroll está muito na frente do mexicano. Vale lembrar que, ter contraído Covid-19 não foi algo que ficou bem para Pérez e isso, deixou no ar uma questão de irresponsabilidade, pois ninguém mais apareceu "infectado" desde então.

Alguns são mais sarcásticos (se não, obtusos mesmo) e já se dizem ansiosos para ver o Lance "dar um pau" no Vettel.
Ainda que não veja nada de especial em Stroll, e use o argumento d ser nada mais do que um "filhinho de papai", é preciso ter em mente que, não é um incapaz. O que dizem é que ele pode ser a base da equipe que já iniciou a sua estrutura e luta por vitórias e pode ser isso mesmo, independente do que eu acho.
Mas o que eu tenho certeza é que, Pérez teve a chance de ser grandioso na McLaren, substituindo Lewis Hamilton, e não fez nada que enchesse os olhos. Então, saiu da Racing Point, mas está rico e logo arruma vaga. Sosseguem.


Nota 10:
Aguardei com entusiasmo que Lewis fosse o primeiro a manifestar "alegria" pela permanência de Vettel na F1. 
As pessoas, o tempo todo, dizem que "Sewis" é o melhor "bromance" da F1. Isso me irrita. 
Não existe "bromance" ali, existe no máximo, uma relação de respeito, mas muito propiciada pelo Vettel que em todo, não tão rixa com ninguém e Lewis que é, em suma, diplomático. 
Então, não era por isso que eu queria saber o que Hamilton diria e quando diria. Eu aguardava o pronunciamento pois, ele não poderia ficar para trás quando todos os holofotes estavam voltados para Seb.
Quando o fez, falou, falou e falou... E não disse nada. 

Na mesma declaração, Hamilton disse que tinha corrido de simulador e que gostou de Mugello. 
Max Verstappen, que nunca correu ali, também disse ontem, que foi ao circuito há algumas semanas para não chegar em desvantagem em relação aos outros quando o GP ocorresse. 
É compromisso com trabalho que chama?


E aí que está: Para quê ter compromisso? Agora à pouco, tivemos os dois Free Practices. A pista é "novidade", mas o resultado é o mesmo: Mercedes na frente, nos dois TLs, com Valtteri Bottas. 
O finlandês faz o trabalho pesado a sexta, no sábado, Lewis "escorrega" na pista. Tem sido assim, nas últimas corridas e não deve ser diferente, inclusive, no domingo.


Nota 11:
Assim como Vettel, Pérez teve o anúncio de que seus serviços não eram mais necessários, por telefone. O dono da equipe, presidente executivo da Aston Martin, Lawrence Stroll ligou para ele e disse que eles estavam indo para outra direção. 
Pareceu que Pérez foi pego de surpresa, assim como Vettel, mas não. Ele afirmou que ninguém havia dito nada, mas ele percebeu alguns sinais. Contudo, não pareceu estar muito magoado. Tinham sido bons 7 anos com a equipe, e que haviam ainda 9 corridas pela frente e ele buscava deixar ambos muito orgulhosos com os resultados. Mas lamentou pois, outros indícios deram como se o pessoal da Racing Point fosse mantê-lo com eles. Isso, acabou sendo a sua chateação, já que achando que permaneceria, ele não procurou um plano B.

Nesse caso, ele comeu mosca: Ele sabia dos assuntos que corriam solto no paddock e o fato de terem mantido ele, aparentemente "longe" dessa decisão, foi digno, a meu ver, por parte da Racing Point. Assim, não houve pressão para que, no afã de ter bons resultados, ele cometesse erros para manter o posto.

Mais tarde, foi isso mesmo que Otmar Szafnauer, chefe da equipe, deixou às claras. Para ele, a declaração do Pérez sobre ninguém ter dito nada, foi imprópria, uma vez que ele estava sim ciente disso. Inclusive, salientou que seu empresário participou de todo o processo de negociação. Acrescentou ainda: "Não foi uma decisão clara, e devemos isso a ele pelo ótimo trabalho feito conosco", o que mostra que foram honestos com Checo, sem ficar forçando a barra. 
Já estavam negociando com Vettel desde maio, quando ele foi "demitido" da equipe de Maranello. Ali sim, houve uma ligação surpresa, pois, mentiram quando disseram que Vettel tinha recebido uma proposta que foi negada. Nunca houve proposta, e o que houve foi, simplesmente, uma dispensa bem amarga

A decisão e o martelo batido ocorreu quase que concomitantemente quando contaram à Pérez. De qualquer modo, desde maio o rumor Vettel na Aston foi crescendo com pequenas "doses de fermento". Checo devia ter procurado um plano B, nem que fosse às escondidas, para não deixar perder a "massa".


Nota 12:

A nota 12 vai ser cheia de subitens rsrsrs... Trago os pontinhos de Mugello e os TLs: 

* Pista boa é pista que tem brita! E tenho dito!

* Leclerc fez o terceiro tempo no TL1, mas no TL2, rodou e fez apenas o 10º. Achava que só o Vettel rodava com F1000...



* Vettel fez 13º e depois, 12º. Com ele é questão de má fase. Agora quando Lelcerc comete muitos erros tem algo errado no carro...

* Kimi Räikkönen meteu a Alfa Romeo na frente da Ferrari, de novo! No TL2, apesar de ter sido atrapalhado por Pérez, ele fechou com o 9º tempo.

* Pérez, para alguns, "tacou o foda-se" depois de ser dispensado pela Racing Point. Atrapalhou Grosjean e depois, Kimi, assim que saiu dos boxes, no TL2. Está com a cabeça em outro lugar, mas para mim é apenas Checo em ação. Vai perder uma posição no grid depois dessa última manobra...

Tradução: "Isso é tão ruim..."

* Lando Norris deu uma pancada no TL1. O piloto ficou bem, mas para a McLaren isso pode ser um problema. 

* Outro que teve falha no carro foi... quem diria?... Vettel! No fim do TL2, o motor dava sinais de estar pifando, assim que ele retornava aos boxes. Afff... Ferrari...

* Bottas foi o primeiro nos dois treinos, marcando tempos de 1:17.879 e depois baixando para 1:16.989. Já Hamilton, no modo "lei do menor esforço", só foi o quarto no TL1, com o tempo 1:18.409 e depois, acompanhou Bottas, marcando 1:17.196. As Mercedes estiveram na frente, há uma possível dobradinha no sábado, e a certeza de vitória no domingo.


Antes de fechar, alguém sabe me dizer se em Monza, teve a manifestação antes da corrida, da campanha "End Racism" promovida pela GPDA e o Lewis?

Bom, desejo à todos, um fim de semana tranquilo, protegidos, em casa, e longe do Covid! E também mando meus costumeiros abraços afáveis! ;)

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