F1 2019: Summer Break Part II

Sabendo que alguns fatos ainda passaram em branco, usarei o texto de hoje, para aparar as pontas soltas e ainda não comentadas durante essa pausa da F1.

Não teve muita coisa noticiada, desde a minha última postagem, envolvendo a categoria. Digamos que foi insuficiente para muitos de nós, já que as semanas se arrastaram muito até que pudéssemos projetar o retorno das corridas para o começo de setembro. 
Em compensação, notícias cruelmente ruins na nossa vida social, pessoal e política, meus amigos...  Foram tantas que podemos inclusive usar imagem do Rocky Balboa todo arrebentado sentado no canto do ringue, com toda certeza, sem nenhuma vontade de levantar e continuar apanhando...


Sem querer ser aquela que vê o copo sempre meio vazio, deixo só avisado que estamos indo para o nono mês do ano. Faltam 4 meses ainda para fingirmos demência e mascararmos a ideia de renovação de energias com as festas de fim de ano. Na real, todos estão cansados, moídos e arrebentados físico e mentalmente falando. Nossos refúgios estão insuficientes, façam um ibope por aí e depois me contem. Tudo está muito difícil e estamos todos, cada qual com o seu caso, numa luta diária. 

Mas como quem vive de reclamação é SAC e Procon, deixamos de lado e vamos ao que nos trouxe aqui: F1 nas férias. 

Tópico 1: Rebaixamento de Gasly e promoção de Albon

Logo após a pausa da F1 e algumas declarações que acabaram sendo falsas, a Red Bull anunciou algo que já havia feito antes e agora virou moda na equipe - rebaixou Pierre Gasly à subsidiária Toro Rosso e de lá, promoveu Alexander Albon. 
A premissa era que Gasly estava com a cordinha no pescoço já que não acompanhava Max Verstappen em termos de desempenho. 
Gasly era assunto do paddock assim como o retorno do Fernando Alonso era (ou é, vai saber?!), e inclusive, podemos confirmar que a boataria corria solta com esses nomes envolvidos a partir da coletiva de imprensa pós corrida da Hungria, no dia 4 de agosto. Por sinal, na ocasião da minha última postagem aqui, comentei sobre essa coletiva envolvendo Hamilton, Verstappen e Vettel já sabendo do rebaixamento do Gasly. Achando de extremo mal gosto todo o comentário antiético de Lewis a respeito do companheiro de Verstappen, posso afirmar que, ainda que tenha se confirmado dias depois, mal gosto mesmo é como a Red Bull age com quem trabalha para eles do cockpit.
Saindo na defesa de Gasly, sem desmerecer Albon, serei pragmática: tirar do piloto as condições dele "mostrar serviço" durante uma temporada inteira, faz da Red Bull uma equipe desmerecedora de todo holofote que já teve e ainda tem, pelo trabalho muito bem feito de quem é ou foi compromissado com competir e correr vestindo a sua marca.
Dito isso, por mais que existam explicações "lógicas" para a troca, não justificam aplaudir essa atitude. 
Quanto à questão de desempenho, trabalho e afins da equipe, esperamos que mantenham o foco para continuarem fazendo de sua dupla de pilotos, carnes de pescoço para a Mercedes ter de mastigar. 

Tópico 2: Hamilton nunca entrou de férias tão tranquilo na sua era Mercedes

Estatísticas, números e outras "coisitas más" corroboram com algo que venho escrevendo em toda postagem pós corrida e estou até chata, por conta disso - a temporada não está boa e enchendo nossos olhos tanto assim. A gente está enlouquecendo com os shows dos caras que vão ficar em segundo e terceiro no campeonato, longe "pacas" do Hamilton. 
Ninguém se lembrará desses caras, passada umas semanas após o fim da temporada. Experimentem responder bem rápido, em 3 segundos, sem Google, quem foi o vice campeão em 2005 e a gente volta a conversar...
Apenas um desastre tira o título de Hamilton e da Mercedes no campeonato de construtores e isso, ainda não me soa agradável, mesmo que outros pilotos tenham protagonizados boas corridas e momentos nessa temporada. Usamos os coitados como ursinhos de pelúcias para nossas carências afetivas e falta de abraço.
A mesmice e a falta de equiparidade competitiva ainda estão ali, "sambando na nossa cara" e estamos achando que é "massagem relaxante".

Tópico 3: Hamilton se desculpou por duvidar da estratégia da equipe no último GP antes das férias

Vimos que Hamilton declarou, pós GP da Hungria, que duvidava que a Mercedes estaria fazendo a coisa certa em termos de estratégia, para que ele alcançasse o primeiro lugar que era de Verstappen. Até mesmo o holandês pareceu confortável com algo que eu não teria aceitado "nunquinha"! 
Diante de uma série de blefes que a equipe fez em mais de uma ocasião este ano, essa brincadeirinha não soa também de nada assim tão monumental, e algo totalmente arquitetado antes. A dúvida de Hamilton pairou num fato que ninguém crê que ele possua: insegurança. Em tese, metade da eficácia da estratégia era da equipe. A outra metade,  dele. 
Sabemos sim que o melhor carro "ever and forever" estava em jogo, então a estimativa de seu sucesso caía para 30% de sua responsabilidade total. Esse 30%, fez Hamilton titubear. E claro, reclamou. Rádio "coach" sempre esteve presente com um Hamilton atrás de alguém ou de vários "alguéns". Sem indicativos de "façamos isso, aquilo e aquilo outro" ele trava, baratina e, claro, "chora".
Além disso, seu ego manda muito. E quando o ego fala, a inteligência tira uma soneca. Ele deve ter custado a entender que daria muito certo, ele seria consagrado um "pilotaço" e além disso, ajudaria o seu companheiro capacho a se manter à frente de Verstappen na tabela da temporada antes da pausa do meio do ano.


Concluo o seguinte: ser campeão mundial, todos podem ser. Ser o melhor, é uma questão para poucos.

Tópico 4: Leclerc é melhor que Vettel? (?!?)

Se alguém como eu, tem visto alguns comentários estrangeiros no Twitter, Tumblr ou outras plataformas, vão sacar o seguinte: há uma turma muito revoltada com Vettel, querendo escaldar a sua pele em óleo quente. Inclusive há tifosi louco da vida achando que Leclerc só está abaixo que o alemão no campeonato - pasmem! - por que a Ferrari ainda protege Sebastian, inclusive fazendo com que Leclerc erre de forma infantil em corridas cruciais. Esquecem completamente de todos os problemas que Vettel enfrentou inclusive, nas classificações de sábado.
Leclerc para mim, tem tudo para ser campeão mundial da F1, porém já começou com pé esquerdo: estar na Ferrari é ter muito mais trabalho que qualquer outra equipe, especialmente pois são  teimosos e obtusos em boa parte das decisões internas.
Esse extremismo é comum na equipe inclusive. Nunca há uma dupla confortável com eles e para eles. A lua de mel com pilotos novatos acaba rápido. Falando do tempo que acompanhei, Schumacher era ele e mais alguém - ou Irvine, ou Barrichello ou Massa. Substituído por Raikkonen, ele era do tipo nada afeiçoado à "oba-oba", mas deu certo estando lá, por cerca de 2 anos. Logo se voltaram àquele-que-nem-deveria-ser-nomeado e buscaram alternativas de substituição do finlandês. A alternativa era o nome que desestabilizou Schumacher. O casamento com Alonso ruiu ainda mais rápido. Tanto que trouxeram justamente o "Ricardão" para dentro de casa: Vettel. 
Não tenham dúvidas que se pudessem, teriam "pegado" Hamilton para eles. Estão dando aquela chance de pilotos da casa até que o filho do Schumacher seja capaz de vir para categoria. Temo inclusive que, não teremos muito nem de Mick, nem Leclerc, pois a Ferrari não precisa de pilotos, precisa de ordem na casa para voltar a ser grande. No ato, podem ter todos os melhores pilotos do mundo ao seu dispor. Não adiante ter uma geladeira cheia de legumes e hortaliças fresquinhas, carnes nobres, e uma dispensa recheada de temperos, especiarias, grãos e farinhas, se não tem um mísero conjunto de panelas, fogão e pior, nem saber cozinhar. 

Voltarei amanhã! Comentem aí que vou responder e recuperar o tempo perdido por aqui...
Abraços afáveis!

Comentários

Carol Reis disse…
Leclerc é muito bom, mas melhor que o Vettel? Ainda é cedo para saber. Essas pessoas são as mesmas que acharam engraçado a Ferrari mandar o Vettel abrir caminho p/ o Leclerc passar no Azerbaijão, esquecendo que na semana anterior reclamaram porque a equipe fez o contrário. Tenho 0 paciência p teorias da conspiração de fanboys cegos, que preferem acreditar em tudo, menos no óbvio. E esse óbvio é a Ferrari não sabendo lidar com seus dois pilotos sedentos por vitórias.
Manu disse…
Falou e disse, Carol!

Abs!

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